Jorge Amado - Capitães da Areia

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Capitães da Areia: краткое содержание, описание и аннотация

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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- Esse Gato quando tem sorte é um caso sério...

- Também, quando dá de perder, perde a noite toda - replicou João Grande e esta sua réplica deu grande confiança aos marinheiros sobre a honestidade do jogo e a possibilidade da sorte virar. E continuaram a jogar e a perder. O baixo só dizia:

- A sorte tem de virar...

O outro, que tinha um bigodinho, jogava calado e cada vez apostava mais alto. Também Pedro Bala subia o valor das suas apostas. Certa hora o de bigodinho virou pro Gato:

- A banca topa cinco mil?

O Gato coçou o cabelo cheio de brilhantina barata, aparentando uma indecisão que os companheiros sabiam que não possuía.

Vá lá. Topo. Só pra dar meio de você livrar teu prejuízo.

O de bigodinho apostou cinco mil. O baixo foi com três mil-réis. Foram ambos num ás contra um valete da banca. Pedro Bala e João Grande foram no ás também. O Gato começou a virar as cartas. A primeira era um nove. O baixo batia com os dedos, o outro puxava o bigodinho. Veio em seguida um dois e o baixo disse:

- Agora é o ás. Dois, depois um... - e batia com os dedos.

Mas veio um sete e depois um dez e então veio um valete. O Gato arrastou a mesa, enquanto Pedro Bala fazia uma cara de grande aborrecimento e dizia:

- Amanhã, quando o peso te pegar, tu vai ver que te arraso.

O baixo confessou que estava limpo. O de bigodinho meteu as mãos nos bolsos:

- Tou só com os níqueis pra pagar a cerveja. O garoto é um braço.

Se levantaram, cumprimentaram o grupo, pagaram a cerveja que tinham bebido na outra mesa. O Gato os convidou a voltarem no outro dia. O baixo respondeu que o navio deles saía aquela noite para Caravelas. Só quando voltasse. E se foram, de braço dado, comentando a pouca sorte.

O Gato contou o lucro. Sem juntar o dinheiro que Pedro Bala e João Grande haviam perdido, existia um lucro de trinta e oito mil-réis. O Gato devolveu o dinheiro de Pedro Bala, depois o de João Grande, ficou um minuto pensando. Meteu a mão no bolso, tirou os cinco mil réis que o Querido-de-Deus havia perdido anteriormente:

- Toma, batuta. Tinha trapaça, eu não quero embolsar teu cobre...

O Querido-de-Deus beijou a nota com satisfação, bateu a mão nas costas do Gato:

- Tu vai longe, menino. Tu pode enricar com essas treitas.

Mas já o sol se punha e o homem não vinha. Eles pediram outra pinga. Com o cair da tarde o vento que vinha do mar aumentou. O Querido-de-Deus começava a ficar impaciente. Fumava cigarro sobre cigarro. Pedro Bala espiava para a porta. O Gato dividiu os trinta e oito mil-réis pelos três. João Grande perguntou:

- Como teria ido o Sem-Pernas com o abafa de chapéus?

Ninguém respondeu. Esperavam o homem e agora tinham a impressão que ele não viria. A informação tinha sido errada. Não ouviam sequer a canção que vinha do mar.A Porta do Mar estava deserta e seu Felipe quase dormia no balcão. Não tardaria, no entanto, a estar cheia, e então todo acerto seria impossível com o homem. Ele não haveria de querer conversar ali com o salão cheio. Poderiam conhecê-lo, e ele não queria isto. Tampouco o queriam os Capitães da Areia. Em verdade, o Gato não sabia de que se tratava. E pouco má sabiam Pedro Bala e João Grande. Sabiam quanto sabia o Querido-de-Deus, a quem o negócio tinha sido proposto e que o tinha aceito para Pedro Bala e os Capitães da Areia. No entanto, ele mesmo tinha apenas vagas informações e iam saber de tudo pelo homem que marcara uma entrevista à tarde na Porta do Mar. Mas até as seis horas não chegou. Em lugar dele chegou o tal que tinha falado ao Querido-de-Deus. Chegou na hora em que o grupo ia sair. Explicou que homem não tinha podido vir. Mas que esperava o Querido-de-Deus à noite, na rua em que morava. Viria por volta de uma da madrugada O Querido-de-Deus declarou que não podia ir, mas que entregava o assunto aos Capitães da Areia. O intermediário mirou os meninos, desconfiado. O Querido-de-Deus perguntou: - Nunca ouviu falar nos Capitães da Areia?

- Já, sim. Mas...

- De qualquer jeito quem ia tratar do negócio era eles. Daí...

O intermediário pareceu se conformar. Combinaram pan um da manha e se separaram. O Querido-de-Deus foi para seu barco, os Capitães da Areia para o trapiche, o intermediário desapareceu no cais.

O Sem-Pernas não havia ainda voltado. Não havia ninguém no trapiche. Deviam estar todos espalhados pelas ruas da cidade, cavando o jantar. Os três saíram novamente e foram comer num restaurante barato que havia no mercado. Na saída do trapiche, o Gato, que estava muito alegre com o resultado do jogo, quis passar uma rasteira em Pedro Bala. Mas este livrou o corpo e derrubou o Gato:

- Tou treinado nisso, bestão.

Entraram no restaurante fazendo barulho. Um velho, que era o garçom, se aproximou com desconfiança. Sabia que os Capitães da Areia não gostavam de pagar e que aquele de talho na cara era o mais temível de todos. Apesar de haver bastante gente no restaurante, o velho disse:

- Acabou tudo. Não tem mais boia.

Pedro Bala replicou:

- Deixa de conversa fiada, meu tio. Nós quer comer.

João Grande bateu a mão na mesa:

- Senão a gente vira esse frege-mosca de cabeça pra baixo.

O velho ficava indeciso. Então o Gato bateu o dinheiro em cima da mesa:

- Hoje nós vai fazer gasto.

Foi um argumento suficiente. O garçom começou a trazer os pratos: um prato de sarapatel e depois uma feijoada. Quem pagou foi o Gato. Depois Pedro Bala propôs que fossem andando até Brotas, pois já que iam a pé tinham muito que caminhar.

- Não vale a pena tomar a taioba - disse Pedro Bala. - É melhor que ninguém saiba que a gente foi pra lá.

O Gato então disse que chegaria depois e os encontraria lá. Tinha uma coisa que fazer antes. Ia avisar a Dalva para que não o esperasse essa noite.

E agora estavam ali, no Ponto das Pitangueiras, esperando que o guarda se alistasse. Escondidos no vão de um portal, não falavam. Ouviam o voo dos morcegos que atacavam os sapotis maduros nos pés. Finalmente, o guarda andou, eles ficaram espiando até que a sua figura desapareceu na curva que a rua fazia. Então atravessaram e entraram na alameda das chácaras e novamente se esconderam num portal. O homem não tardou muito. Saltou de um automóvel na esquina, pagou a corrida e veio subindo a alameda. Tudo o que se ouvia eram os seus passos e o rumor das folhas que o vento balançava nas árvores. Quando o homem vinha próximo, Pedro Bala saiu do portal.Os outros vieram logo depois e como que o guardavam, pareciam dois guarda-costas. O homem se aproximou mais do muro junto ao qual vinha andando. Pedro caminhava para ele. Quando estava defronte, parou:

- Pode me dar o fogo, senhor? - levava na mão um cigarro apagado.

O homem não disse nada. Sacou a caixa de fósforos, estendeu ao menino. Pedro riscou um e, enquanto acendia o cigarro, olhou para o homem. Depois, ao entregara caixa de fósforos, perguntou:

- É o senhor que se chama Joel?

- Porquê? - quis saber o homem. - Foi o Querido-de-Deus que nos mandou.

João Grande e o Gato se aproximavam. O homem mirou os três com espanto:

- Porém são uns meninos! Isso não é negócio para - Diga o que é, a gente sabe fazer o trabalho direito - retrucou Pedro Bala, quando os outros dois tinham se aproximado.

- Mas se um negócio que talvez nem homens... - e o homem pôs a mão na boca, como quem teme ter dito mais do que convinha.

- Nós sabe guardar um segredo tão bem como um cofre. E Capitães da Areia sempre faz os serviços bem feito...

- Os Capitães da Areia? Esse grupo de que falam os jornais? meninos abandonados? São vocês?

- É a gente, sim. E dos que manda.

O homem parecia refletir. Enfim se decidiu:

- Eu preferia entregar esse negócio a homens. Mas como tem que ser esta noite mesmo... O jeito...

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