Bernardo Guimarães - A escrava Isaura
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— Salvar-me por meio de uma indignidade, de uma infâmia, meu pai!... retorquiu a moça com exaltação. — Como posso eu, sem cometer a mais vil deslealdade, aparecer apresentada por ele como uma senhora livre em uma sala de baile?... Quando esse senhor e tantas outras ilustres pessoas souberem que ombreou com elas, e a par delas dançou uma miserável escrava fugida...
— Cala-te, menina! — interrompeu o velho, incomodado com a exaltação da filha. — Não fales assim tão alto... tranqüiliza-te; eles nunca saberão de nada. O mais breve que puder ser deixaremos esta terra; amanhã mesmo, se for possível. Embarcaremos em qualquer paquete, e iremos para bem longe, para os Estados Unidos, por exemplo. Lá, segundo me consta, poderemos ficar fora do alcance de qualquer perseguição. Eu com o meu trabalho, e tu com as tuas prendas e habilitações, podemos viver sem sofrer necessidades em qualquer canto do mundo.
— Ah! meu pai! essa idéia de irmos para tão longe, sem esperança de um dia podermos voltar, me oprime o coração.
— Que remédio, minha filha!.., já agora, ainda que tenhamos de ir parar ao fim do mundo, nos é forçoso fugir às garras do monstro.
— Mas esse moço, que tanto se interessa por nós, o senhor Álvaro, nobre e generoso como é, sabendo da minha verdadeira condição, e das terríveis circunstâncias que nos obrigam a andar assim fugitivos e disfarçados pelo mundo, talvez queira e possa nos amparar e valer contra as perseguições...
— E quem nos afiança isso?... o mais certo é ele entregar-te ao desprezo, logo que saiba que não passas de uma escrava fugida, se, despeitado com o logro que levou, não for o primeiro a denunciar-te à polícia. No transe em que nos achamos, é de absoluta necessidade enganar a ele e a todos; se revelarmos a quem quer que seja o segredo de nossa posição, estamos perdidos. Toma coragem, e vamos ao baile, minha filha; é um sacrifício cruel, mas passageiro, a que devemos nos sujeitar a bem de nossa segurança. Em breve estaremos longe, e se algum dia souberem quem tu eras, que nos importa? nunca mais nos verão o rosto, nem ouvirão nossos nomes. Tens a consciência escrupulosa em demasia. Se ignoram quem tu és, a tua companhia em nada os pode infamar. Com isso não fazes mal a ninguém; é uma medida de salvação, que todos te perdoariam.
— Meu pai parece que tem razão; mas não sei por que, repugna-me absolutamente ao coração dar esse passo.
— Mas é preciso dá-lo, minha filha, se não queres para nós ambos a desgraça e a morte. Se não formos a esse baile, e desaparecermos de um dia para outro, como nos é forçoso, então as suspeitas que começamos a despertar tomarão muito maior vulto, e a policia pôr-se-á à nossa pista, e nos perseguirá por toda parte. É um sacrifício na verdade, mas não será ele muito mais suave do que as perseguições da polícia, a prisão, as torturas e a morte, que é o que podes esperar em casa de teu senhor?...
Isaura não respondeu; seu espírito agitava-se entre as mais pungentes e amargas reflexões.
As palavras de seu pai a tinham abismado em glacial e profundo desalento. Aturdida por tantos golpes, sua alma debatia-se em um mar de dúvidas e perplexidades, como frágil barca em meio de um oceano irritado, sacudida aos boléus por vagalhões desencontrados.
O grito de sua consciência escrupulosa e delicada, a lisura e sinceridade de seu coração, que não podia acomodar-se com o embuste e a mentira, e uma espécie de vago pressentimento que lhe pesava sobre o espírito, a desviavam daquele baile, e por momentos pareciam fixar definitivamente a sua resolução; e firme neste propósito dizia consigo mesma: — não, não irei.
Por outro lado as considerações de seu pai, que pareciam tão razoáveis, bem como o desejo de ver Álvaro ainda uma vez, de gozar por algumas horas a sua presença, faziam-lhe de novo flutuar o espírito no mar das irresoluções. A lembrança de que em breve, talvez no dia seguinte, tinha de deixar aquela terra e separar-se de Álvaro, sem esperança alguma de jamais tornar a vê-lo, sem poder dizer-lhe um adeus, sem que ele pudesse saber quem ela era, nem para onde ia, dilacerava-lhe o coração. Partir sem ter um ente a quem apertar nos braços na hora da despedida, nem ter um seio onde verter as lágrimas da mais pungente saudade; partir para levar uma vida errante e fugitiva, sem esperança nem consolação alguma, através de mil trabalhos e perigos, para terminá-la talvez entre os tormentos da mais atroz escravidão, oh!... isto era pavoroso! — e, entretanto, era esse o único futuro que a pobre Isaura tinha diante dos olhos. Mas não; tinha ainda diante de si uma noite inteira de prazer e de ventura, uma noite esplêndida de baile e regozijo de seu amante, respirando o mesmo ar, inebriando-se de sua voz, bebendo o seu hálito, recolhendo dentro d’alma seus olhares apaixonados, sentindo na sua a pressão daquela mão adorada, contando as pulsações daquele coração, que só por ela palpitava. Oh! uma noite assim valia bem uma eternidade, viessem depois embora as angústias e perigos, a escravidão e a morte!
Cândida e modesta como era, nem por isso Isaura deixava de ter consciência do quanto valia. Vendo-se o objeto do amor de um jovem de espírito elevado, e dotado de tão nobres e brilhantes qualidades como Álvaro, ainda mais se confirmou na idéia que de si mesma fazia.
Com sua natural perspicácia e penetração, bem depressa convenceu-se de que o afeto que o mancebo lhe consagrava não era simples e superficial homenagem rendida a seus encantos e talentos, nem tampouco passageiro capricho de mocidade, mas verdadeira paixão, sincera, enérgica e profunda. Era isso para ela motivo de um orgulho íntimo, que a elevava a seus próprios olhos, e por momentos a fazia esquecer-se que era uma escrava.
— Estou convencida de que sou digna do amor de Álvaro, senão, ele não me amaria; e se sou digna de seu amor, por que não o serei de me apresentar no seio da mais brilhante sociedade? A perversidade dos homens pode acaso destruir o que há de bom e de belo na feitura do Criador? Assim refletia Isaura, e exaltada com estas idéias e com a sedutora perspectiva de algumas horas de inefável ventura em companhia do amante exclamava dentro d’alma: — Hei de ir, hei de ir ao baile!
Enquanto Isaura, silenciosa e com a face na mão, se embebia em suas cismas, procurando firmar-se em uma resolução, o pai, não menos inquieto e preocupado, passeava distraído entre os canteiros do jardim, aguardando com ansiedade uma resposta definitiva de sua filha.
— Irei, meu pai, irei ao baile, — disse ela por fim levantando-se, mas vou preparar-me para ele como a vítima que tem de ser conduzida ao sacrifício entre cânticos e flores. Tenho um cruel pressentimento, que me acabrunha...
— Pressentimento de quê, Isaura?...
— Não sei, meu pai; de alguma desgraça.
— Pois quanto a mim, Isaura, o coração como que está-me adivinhando que de ir a esse baile resultará a nossa salvação.
13
Não pense o leitor que já se acha terminado o baile a que estávamos assistindo. A pequena digressão que por fora dele fizemos no capitulo antecedente, nos pareceu necessária para explicar por que conjunto de circunstãncias fatais a nossa heroína, sendo uma escrava, foi impelida a tomar a audaciosa resolução de apresentar-se em um esplêndido e aristocrático sarau, — fraqueza de coração, ou timidez de caráter, que pode ser desculpada, mas não plenamente justificada em uma pessoa de consciência tão delicada e de tão esclarecido entendimento.
O baile continua, mas já não tão animado e festivo como ao princípio. Os aplausos frenéticos, a admiração geral, de que Isaura se havia tornado objeto da parte dos cavalheiros, tinham produzido um completo resfriamento entre as mais belas e espirituosas damas da reunião. Arrufadas com seus cavalheiros prediletos, em razão das entusiásticas homenagens, que francamente iam render aos pés daquela que implicitamente estavam proclamando a rainha do salão, já nem ao menos queriam dançar, e em vez de tisos folgazões, e de uma conversação franca e jovial, só se ouviam pelos cantos entre diversos grupos expansões misteriosamente sussurradas, e cochichos segredados entre amarelas e sarcásticas risotas.
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