Varios autores - Formar-se en Psicología

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Formar-se en psicología busca que diversas personas, tanto las que hacen parte del campo de la psicología como las de otras áreas, puedan dialogar con autores que han hecho contribuciones históricas en términos epistemológicos, teóricos, metodológicos y de formación de varias generaciones de psicólogos. En este sentido, bien puede decirse que este es un libro-homenaje a los maestros de la disciplina.El tema central del libro es la formación en psicología a partir de cuatro ejes temáticos: la trayectoria formativa del entrevistado; la comprensión del estado actual de la formación en el campo; los aspectos y procesos nucleares de dicha formación; y las perspectivas de la disciplina y de la formación en ella.

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C. M. R.: Indo ao encontro disso que você colocou como quarto momento: o atual contexto político do país tem influência na formação em Psicologia e Psicanálise?

C. D.: Tem influência e essa influência deveria estar mais mais clara para as pessoas, que deveriam estar mais conscientes disso. Porque nós estamos vivendo um processo de reformulação da problemática política. Nós vivemos um processo ligado às ditaduras, e agora estamos diante de outra coisa, que passa pela emergência de discursos, que eu não gosto muito de chamar de fascista, porque isso nos remete aos anos trinta. É uma coisa nova sobre a qual temos que pensar, e também enfrentar. Acho que temos visto professores, não tanto na Psicologia, mas professores que trazem Marx para a sala de aula serem demitidos. Isso ocorre não por eles serem contra o governo, mas, simplesmente, porque tal prática não interessa ao nosso mercado, assim como não interessa ao nosso mercado uma série de outras coisas que, no fundo, são coisas caras, que a gente não quer pôr na balança. Porque, formação e educação são caras, independentemente de quem vá pagar a conta, se é o Estado, se é a iniciativa privada, se é a sociedade civil. No Brasil, pelo menos, essa discussão está sendo acobertada por outras coisas: “porque é ideológico”; “porque é mais funcional, ou menos funcional”; “ensino a distância”… No fundo, você está tentando inventar uma espécie de junk food ; uma forma de pensar assim: “Olha, a gente consegue fazer barato e melhor”. E, na Psicologia, você não consegue.

Note: não estou falando apenas com uma ênfase na clínica, que demanda tempo, pois você precisa ver pacientes, precisa cometer erros e depois aprender com esses erros, precisa combinar experiências de vida com o que você está enfrentando ali, precisa de uma vasta formação cultural, precisa de erudição, precisa trafegar em outras áreas… Porque o limite do que você consegue escutar, às vezes, é o limite da sua linguagem e da sua experiência. Sem isso, você só escuta aqueles que são iguais a si mesmo.

Isso tudo, então, demanda tempo e custa caro. No fundo, a Psicanálise está em vantagem aí, porque ela, justamente, insiste nessa pegada. Muitas vezes, as pessoas tomam isso como sendo de elite e para ricos. Não é para ricos, só que demora e não é fácil, e o “x” da questão é como vamos produzir um ambiente de maior excelência. Por isso é que eu digo que a Psicanálise é uma peça civilizatória, porque ela está puxando para cima os nossos medíocres parâmetros de avaliação, expectativa, ensino, universidade, relações pessoais e tudo mais. Isso tudo é extremamente miserável, no mal sentido; é pobreza de espírito. A pobreza de espírito é a indecência com que a gente trata aquilo que seria mais precioso: as pessoas, suas relações, suas histórias, sua cultura.

C. M. R.: São exigências, no mínimo, pessoais…

C. D.: Sim. Mas isso deveria ser institucional, deveria ser comum, só que não é. No fundo, é uma discussão que está acontecendo para nós na universidade, mas também na educação em geral. Nós conseguimos incluir muita gente, muito mais do que até então o país conseguia, porém à base de uma educação pouco qualificada, muito massificada, de baixa qualidade.

C. M. R.: É um processo de precarização que não está acontecendo só na universidade e não só na educação. É uma precarização em todos os âmbitos.

C. D.: Exato.

C. M. R.: Em relação a essa questão do preço que se paga para uma formação em Psicanálise, o que você pensa da popularização do ensino da Psicanálise?

C. D.: Bom, eu concorro para isso… Tenho meu canal no Youtube (risos)… Acho que, por um lado, isso cria e reforça problemas desagradáveis ligados à psicologização e a questões de contradições sociais. Isso educora e oferece narrativas mestres no sentido do que pensa Fredric Jameson, da ideologia do capital. Existe uma quantidade extensa de problemas que vêm com essa popularização. Mas eu perguntaria: “E a popularização das outras coisas, dos outros discursos que não são da Psicanálise?” Que comparação a gente faria? A popularização da Psicanálise, que é, até onde entendo, de baixo nível corporativo, é que consegue, de fato, controlar a produção. O trabalho de Psicanálise continua bastante artesanal, com muita liberdade. Inclusive, os analistas que trabalham em instituições fazem o que podem –ou fazem o que conseguem, o que querem. E isso diferentemente de outras áreas, em que você tem um sindicato, ou uma organização que estipula e controla sua prática. Quanto a nós, devido ao nosso anacronismo, não conseguimos fazer isso com a psicanálise, por mais que a gente a popularize. Por mais que se divulguem as ideias, ninguém vai se formar psicanalista vendo coisas no Youtube ou lendo trabalhos de popularização. Essa nossa prática tem um outro sentido, um sentindo de intervenção social, de transmitir junto com a Psicanálise valores críticos, valores culturais, introdução a reflexões estéticas, problemáticas éticas. Ou seja, isso é muito mais importante do que aderência a conceitos, valores, identificações com psicanalistas específicos ou que você quiser inventar. Dito de outro modo, é nessa condição, no Brasil de hoje, que a gente tem nosso aproveitamento indireto, de que aquilo que é exigido pela formação de um psicanalista tem valor social, não de apenas se formar como psicanalista, mas para penar, para refletir, para se disseminar certa discussão ética e política, por exemplo.

C. M. R.: No seu ponto de vista, quais são os aspectos nucleares da formação em Psicologia?

C. D.: A gente pode pensar nuclear como as condições críticas, os pontos decisivos. Essa é uma resposta bastante contextualizada. Talvez, daqui a alguns anos as respostas, possam ser outras. Pensando hoje, as perguntas que eu faria, se eu fosse escolher um curso, como, por exemplo, a Psicologia, seriam: nesse curso a gente lê os autores, nas suas formações iniciais, originais, ou a gente lê comentadores, facilitadores? Segunda pergunta: nesse curso eu vou ter experiências concretas com pessoas, pessoas que sofrem, pacientes em hospitais, em escolas, em espaços jurídicos, ou eu vou ouvir experiências que outros vão me contar? Terceiro qualificativo: nesse curso eu vou encontrar professores que são burocratas, que estão interessados em sair da sala de aula, que estão mais preocupados em preencher formulários para os seus departamentos, ou vou encontrar professores que estão ligados aos seus alunos? Que têm espaço, tempo e incentivo institucional para dar, em curso, aquilo que se desvia do programado? Aquilo que vem como efeito secundário dos encontros que vamos fazendo? Se não houver espaço para isso, eu procuro outro curso.

Outro tipo de pergunta que eu faria seria: que tipo de relação orgânica há entre aquela experiência que você vai fazer e a continuidade dela, seja como pesquisa, iniciação cientifica, seja com estágios ou como formações complementares? Isto é, como você vai sair daquele curso? Se você encontra uma proposta de curso em que tudo vai acontecer lá onde você está, dentro da sala de aula, que funciona como um shopping center ou como uma espécie de condomínio fechado, procure outro curso, porque esse vai te enganar, vai provocar a sensação de que você aprende sobre o mundo fora do mundo. Não é assim.

Outra pergunta que eu faria diz respeito a qual nível de violência institucional você encontra. Qual a quantidade de processos, de sindicâncias, de pessoas se agredindo, se atacando dentro do curso? É difícil termos acesso a isso, porque está escondido, mas, se procurar um pouquinho na internet, você acaba descobrindo. Cursos que têm relações entre os funcionários, os professores e os alunos, do tipo jurídico, contratualista, que tem tudo que ver com a lei, com o segmento das ordens. São cursos que estão acabando com a experiência do comum, que não têm cultura acadêmica, tampouco essa experiência de um destino comum. Fuja desses cursos, pois são feitos apenas para reproduzir uma promessa ilusória que você tem na sua cabeça e que não tem nada a ver como o que é, de fato, a experiência concreta com pessoas no universo do sofrimento e da Psicologia.

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