Mário de Andrade - Mestres da Poesia - Mário de Andrade

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Mestres da Poesia - Mário de Andrade: краткое содержание, описание и аннотация

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Bem-vindo à série de livros Mestres da Poesia, uma selecção das melhores obras de autores notáveis. O crítico literário August Nemo seleciona os textos mais importantes de cada autor. A seleção é realizada a partir da obra poética, contos, cartas, ensaios e textos biográficos de cada escritor. Oferecendo assim ao leitor uma visão geral da vida e obra do autor. Esta edição é dedicada a Mário de Andrade, um poeta, escritor, crítico literário, musicólogo, folclorista, ensaísta e fotógrafo brasileiro. Foi um dos pioneiros da poesia moderna brasileira com a publicação de seu livro Pauliceia Desvairada em 1922. Mario exerceu uma grande influência na literatura moderna brasileira e, como ensaísta e estudioso, foi um pioneiro do campo da etnomusicologia. Sua influência transcendeu as fronteiras do Brasil. Este livro contém os seguintes textos: Poesia: Há uma gota de sangue em cada poema; Paulicéia Desvairada; Losango cáqui ou afetos militares de mistura com os porquês de eu saber Alemão; Clã do Jaboti; Lira Paulistana; A costela do Grão Cão. Contos: O Besouro e a Rosa; Conto de Natal; Tempo da Camisolinha; Brasília; O Poço; O Ladrão; Os Sírios. Crônicas: Congresso de Língua Nacional Cantada, A exposição Machado de Assis, Fantasias de um poeta, Será o Benedito! e O homem que se achou.

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Cospe os fardos! Cospe os fardos!

Vê que facilidade as tais asas?

(Toca a banda do Fieramosca: Pa, pa, pa, pum!

Toca a banda da polícia: ta, ra, ta, tchim!)

És rei! Olha o rei nu!

Que é dos teus fardos, Hermes Pança?!

— Deixei-os lá nas margens das escadarias,

Onde nas violetas corria o rio dos olhos de minha mãe.

— Sossega. És rico, és grandíssimo, és monarca!

Alguém agora t'os virá trazer.

(E ei-lo na curul do vesgo Olho-na-Treva.)

Rua de São Bento

Triângulo.

Há navios de vela para os meus naufrágios!

E os cantares da uiara rua de São Bento...

Entre estas duas ondas plúmbeas de casas plúmbeas, as minhas delícias das asfixias da alma!

Há leilão. Há feira de carnes brancas. Pobres arrozais! Pobres brisas sem pelúcias lisas a alisar!

A cainçalha... A Bolsa... As jogatinas...

Não tenho navios de vela para mais naufrágios! Faltam-me as forças! Falta-me o ar!

Mas qual! Não há sequer um porto morto!

“Can you dance the tarantella” — “Ach! Ya”.

São as califómias duma vida milionária

numa cidade arlequinal...

O Clube Comercial... A Padaria Espiritual...

Mas a desilusão dos sombrais amorosos

põe majoration temporaire, 100% nt!...

Minha Loucura, acalma-te!

Veste o water-proof dos tambéns!

Nem chegarás tão cedo

à fábrica de tecidos dos teus êxtases:

telefone: Além, 3991...

Entre estas duas ondas plúmbeas de casas plúmbeas,

vê, lá nos muito-ao-longes do horizonte,

a sua chaminé de céu azul!

O rebanho

Oh! minhas alucinações!

Vi os deputados, chapéus altos,

Sob o pálio vesperal, feito de mangas-rosas,

Sairem de mãos dadas do Congresso...

Como um possesso num acesso em meus aplausos

Aos salvadores do meu estado amado!...

Desciam, inteligentes, de mãos dadas,

Entre o trepidar dos táxis vascolejantes,

A rua Marechal Deodoro...

Oh! minhas alucinações!

Como um possesso num aceso em meus aplausos

Aos heróis do meu estado amado!...

E as esperanças de ver tudo salvo!

Duas mil reformas, três projetos...

Emigram os futuros noturnos...

E verde, verde, verde!...

Oh! minhas alucinações!

Mas os deputados chapéus altos,

Mudavam-se pouco a pouco em cabras!

Crescem-lhes os cornos, descem-lhes barbinhas...

E vi os chapéus altos do meu estado amado,

Com os triângulos de madeira no pescoço,

Nos verdes esperança, sob as franjas de ouro da tarde,

Se punham a pastar

Rente do Palácio do senhor presidente...

Oh! minhas alucinações!

Tietê

Era uma vez um rio...Porém os Borbas-Gatos dos uitra-nacionais esperiamente! Havia nas manhãs cheias de Sol do entusiasmoas monções da ambição...E as gigânteas vitórias!As embarcações singravam rumo do abismal Descaminho...Arroubos... Lutas... Setas... Cantigas... Povoar!Ritmos de Brecheret!... E a santificação da morte!Foram-se os ouros... E o hoje das turmalinas!... — Nadador! Vamos partir pela via dum Mato-Grosso?— Io! Mai!... (Mais dez braçadas. Quina Migone. Hat Stores. Meia de seda.)Vado a pranzare con la Ruth.

Paisagem n.° 1

Minha Londres das neblinas finas...

Pleno verão. Os dez mil milhões de rosas paulistanas.

Há neves de perfumes no ar.

Faz frio, muito frio...

E a ironia das pernas das costureirinhas

Parecidas com bailarinas...

O vento é como uma navalha

Nas mãos dum espanhol. Arlequinal...

Há duas horas queimou Sol.

Daqui a duas horas queima Sol.

Passa um São Bobo, cantando, sob os plátanos,

Um tralalá... A guarda-cívica! Prisão!

Necessidade a prisão

Para que haja civilização?

Meu coração sente-se muito triste...

Enquanto o cinzento das ruas arrepiadas

Dialoga um lamento com o vento...

Meu coração sente-se muito alegre!

Este friozinho arrebitado

Dá uma vontade de sorrir!

E sigo. E vou sentindo,

À inquieta alacridade da invernia,

Como um gosto de lágrimas na boca...

Ode ao burguês

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,

O burguês-burguês!

A digestão bem feita de São Paulo!

O homem-curva! o homem-nádegas!

O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,

É sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!

Os barões lampeões! os condes Joões! os duques zurros!

Que vivem dentro de muros sem pulos;

E gemem sangues de alguns milréis fracos

Para dizerem que as filhas da senhora falam o francês

E tocam o Printemps com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!

O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!

Fora os que algarismam os amanhãs!

Olha a vida dos nossos setembros!

Fará Sol? Choverá? Arlequinal!

Mas à chuva dos rosais

O êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!

Morte às adiposidades cerebrais!

Morte ao burguês-mensal!

Ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!

Padaria Suíça! Morte viva ao Adriano!

"— Ai, filha, que te darei pelos teus anos?

— Um colar... — Conto e quinhentos!!!

Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!

Oh! purée de batatas morais!

Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!

Ódio aos temperamentos regulares

Ódio aos relógios musculares! Morte e infâmia!

Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!

Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,

Sempiternamente as mesmices convencionais!

De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!

Dois a doisl Primeira posição! Marcha!

Todos para a Central do meu rancor inebriante

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!

Morte ao burguês de giolhos.

Cheirando religião e que não crê em Deus!

Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!

Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!...

Tristura

"Une rose dans les ténèbres” Mallarmé

Profundo. Imundo meu coração...

Olha o edifício: Matadouros da Continental.

Os vícios viciaram-me na bajulação sem sacrifícios...

Minha alma corcunda como a avenida São João...

E dizem que os polichinelos são alegres!

Eu nunca em guisos nos meus interiores arlequinais!...

Paulicéia, minha noiva... Há matrimônios assim...

Ninguém os assistirá nos jamais!

As permanências de ser um na febre!

Nunca nos encontramos...

Mas há rendez-vous na meia-noite do Armenonville...

E tivemos uma filha, uma só...

Batismos do sr. cura Bruma;

água-benta das garoas monótonas...

Registei-a no cartório da Consolação...

Chamei-a Solitude das Plebes...

Pobres cabelos cortados da nossa monja!

Domingo

Missas de chegar tarde, em rendas,

e dos olhares acrobáticos...

Tantos telégrafos sem fio! .

Santa Cecília regorgita de corpos lavados

e de sacrilégios picturais...

Mas Jesus Cristo nos desertos,

mas o sacerdote no "Confiteor"... Contrastar!

— Futilidade, civilização...

Hoje quem joga?... O Paulistano.

Para o Jardim América das rosas e dos ponta-pés!

Friedenreich fez goal! Corner! Que juiz!

Gostar de Bianco? Adoro. Qual Bartô...

E o meu xará maravilhoso!...

— Futilidade, civilização...

Mornamente em gasolinas... Trinta e cinco contos!

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