Filipa Amaral - Flores de Inverno

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É sobre a beleza resiliente, sobre a intensa resistência que conforma a vida, que Filipa Amaral escreve em «Flores de Inverno». Nasce entre as suas poesias um manifesto contra a desumanização provocada pela exaustão e a ignorância e, simultaneamente, um apelo ao que de belo permanece entre nós. Ante o questionamento e reflexão exigidos por cada um dos seus textos, a poeta apresenta-nos a busca pelo que é estável e perene num mundo dominado pela efemeridade e azáfama. Em 76 poemas livres, Filipa Amaral fala-nos «dos sorrisos francos, mãos generosas, esperanças grandes» numa exploração da sua maneira de ver, sentir e dizer. Presta homenagem aos «homens francos» que «dançam ao sol e ouvem música nos ares que cada vez mais poucos escutam». E evoca a coragem de permanecer, em nós, as flores resilientes que enfrentam e superam o mais inóspito inverno.

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Editora GatoBravo 2021 Não é permitida a reprodução total ou parcial deste - фото 1

© Editora Gato-Bravo, 2021

Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro nem o seu registo em sistema informático, transmissão mediante qualquer forma, meio ou suporte, sem autorização prévia e por escrito dos proprietários do registo do copyright.

editor Marcel Lopes

coordenação editorial Paula Cajaty

revisão Margarida Fontes

projecto gráfico Bookxpress

imagem da capa AdobeStock

Título

Flores de inverno

Autor

Filipa Amaral

e-isbn 978-989-9069-022

1a edição: Julho, 2021

gato·bravo

rua de Xabregas 12, lote A, 276-289

1900-440 Lisboa, Portugal

tel. [+351] 308 803 682

editoragatobravo@gmail.com

editoragatobravo.pt

A quem tocou o meu coração, sabem quem são.

A todos que amam e sabem ouvir a música nas palavras.

Sumário

I I Desde sempre a pergunta por fazer, o alçar do véu, iluminar a alma com verdade, suportando corajosamente a consequência — desde agora — Desde sempre o abraço ao raio de luz, o calor da certeza, a transparência invés da máscara baça, da dissimulação profícua Desde sempre o ímpeto da audácia, recuando perante brejos sujos tantas vezes fingidos de lagos celestiais, onde só o faro que o tempo apura, desvenda o fundo putrefacto — desde agora — Desde sempre a inocência, o fervor da espontaneidade, o voo e sabor de ar respirável longe de vermes e coisas mortas Desde sempre o sorriso crescente, o olhar generoso, os sabores das estações em ciclo harmónico Desde sempre a discreta lágrima rolada na carnação suave, tão oposta aos ásperos desprazimentos e desenganos — desde agora —

II II Parece-me que o mundo cada vez mais venera o gesto e a palavra em gatilho-anzol de interesse, esquece logo o que não convém, num trôpego atropelar de vaidades. E são já tantos os tronos similares em insolência e altivez que enfada de verdade o olhar claro, sequioso de vistas únicas.

III III Que faço aqui? Ainda não descobri. Tanto para ser, sentir, saber. As minhas âncoras são balões. O que me prende e me faz perder É O que também me faz sonhar e entender Que assim sou: Livre, dentro de um labirinto.

IV IV Quando andamos à procura de respostas, lá vem a vida e muda-nos as perguntas. O [in]constante [im]previsto [im]previsível.

V V Pedra dura versus efémera flor A pedra ganha e esmaga sempre mas não sabe que a flor ganhou primeiro. A flor abriu-se ao sol, dançou na brisa, Perfumou e doou anónima cor ao mundo, Enfeitou cabelos, deleitou sorrisos, poetizou amores, trouxe Primaveras.

VI VI O Homem-Carvoeiro, o comboio a vapor: foram cerca de 480 meses, 14.600 dias, 116.800 horas de suor e fagulhas, de ardor constante e fuligem negra, de cansaços e dores silenciadas, de uma vida dedicada a enterrar pás na massa negra incandescente alimentícia para que os vorazes e serpentinos-vagões pudessem assim desfilar terra adentro no seu tchuck - tchuck - tchuck - tchuck -tchuck - tchuck constante. Um Homem de que já ninguém sequer se lembra, de que ninguém ouviu falar, de que não restou nem uma única fotografia para olhar o seu rosto sulcado e cansado, para olharmos a face deste Homem que tanto labutou, que anonimamente sonhou em cinzas.

VII VII Ela olhou-o e disse: — Sempre comovo-me com fogo de artifício. É a sua leveza a riscar e a subir os céus, as cores em movimentos livres, o troar forte e vigoroso, a sua magia que me percorre e faz brilhar o olhar, essa palavra que ganha significado dentro de mim; é o próprio romper da opacidade da noite, a comoção pelo seu vibrar enérgico, tudo isso, realmente, fascina-me. Sempre que sinto fogo de artifício, emociono-me deveras em reverência e silêncio. Infelizmente sei que, tal como muitas pessoas, nem todos estão destinados a brilhar no firmamento. São aqueles fogos que sobem, sobem, mas por algum motivo nunca irão mostrar o seu brilho, nunca irão explodir em magnificência; é pena, pois todos têm algo bom para dar, se pudessem, esses foguetes e os humanos. Vem depois a simples e intensa comunhão e júbilo com o mundo, já apenas e só o entusiasmo do momento que me percorre o íntimo, a alegria espontânea de ainda estar viva. Viva. Compreende isto? Ele sorriu-lhe, concordando com um olhar que só pedia: “Beije-me como se tu e eu fôssemos também feitos de fogo e incandescência”.

VIII VIII O centro perfeito do teu olhar As pontas dos teus dedos que tocam, acariciam e sabem percorrer sem pressa, os afagos de um homem e uma mulher que dançam em fogo que cintila. Tudo se ilumina porque sei que te quero amar, mesmo sendo tu e eu de carne, sangue e ossos, mesmo sabendo que na limitação deste verídico, seremos brilho pertinaz. O teu universo é a proeza que quero arriscar, nesta oferta cada vez mais vasta de universos sedutores-vazios, preenchidos de excessivos néones e garridas gambiaras. Tu não. Tu tens luz própria.

IX IX Livre: Que posso acrescentar ao que sou, ao que faço, se o meu trajeto é não querer ter trajetos, ou pelo menos dos que surgem por inevitabilidade existencial, ir-me sempre libertando?

X X Uma pequena ode ao silêncio, esse silêncio que a muitos assusta por tanto lhes trazer os seus particulares barulhos ensurdecedores. Silêncio em mim é degustado em suaves tragos de borbulhante contentamento cor de primavera.

XI XI Tudo encaixa neste amanhecer o silêncio reina, o perfeito momento de um despertar em serenidade, a aconchegante sensação de fazer sentido na singeleza desse desabotoar do céu em sol amornado. São as coisas mais simples que nos dão, sem nada querer em troca, sincera substância. E eis o cheiro da terra e orvalho, fértil para lançar a semente, o beijo-sol que acaricia a sua terra, desejoso de a despertar.

XII XII Tem dias. Fecho os olhos, giro o globo, feito à medida da minha humana dimensão, e aponto. Abro os olhos, vejo onde calhou. E depois sonho.

XIII XIII A ideia de que somos concebidos como uma imensa tela me consome. Imagino-nos, cada um de nós, com seu fio condutor e um grande tecelão, qual maestro, que devagar nos tece. Acho que deus é isto. Esta incomensurável maquinaria invisível que nos atravessa e nos urde. Uma fazedura gigantesca, a grande obra de arte intemporal, que o nosso fugaz olhar terreno não consegue nunca adivinhar nem vislumbrar. Acredito que os nossos mortos, consoante vingança ou compaixão, nos criam novelos, nós-de-vida ou desatam-nos. Temos sempre que ser generosos, gratos e prudentes com os nossos mortos. Eles sabem coisas que nós ainda não.

XIV

XV

XVI

XVII

XVIII

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XXV

XXVI

XXVII

XXVIII

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XXXVI

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