Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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Spider ficou em silêncio. E então assentiu com a cabeça.

— Acho que sim.

Viraram-se juntos, para uma direção que nem sempre estivera ali, e caminharam para longe da rua principal de Williamstown.

Agora o sol se erguia, e Charlie e Spider caminhavam por uma praia cheia de crânios. Não eram exatamente crânios humanos. Cobriam a areia como se fossem pedrinhas amarelas. Charlie evitava pisar neles o máximo que podia, enquanto Spider andava por cima deles, esmagando-os. Chegando ao fim da praia, pegaram uma saída à esquerda que dava para tudo, e as montanhas do começo do mundo erguiam-se à frente deles, e o penhasco lá embaixo.

Charlie lembrou-se da última vez que estivera ali. Parecia que tinha sido mil anos antes.

— Onde estão todos? — perguntou bem alto, e sua voz ecoou contra as rochas. — Alguém aí?

E lá estavam eles, observando-o. Todos eles. Pareciam mais altivos agora. Menos humanos, mais animalescos, mais selvagens. Deu-se conta de que os vira como pessoas da última vez porque esperava encontrar pessoas. Mas não eram pessoas. Dispostos sobre as pedras, acima deles, estavam o Leão e o Elefante, o Crocodilo e a Serpente, o Coelho e o Escorpião, e todos os outros, centenas deles. Eles os observavam com olhos sérios: animais, sem dúvida. Animais que nenhuma pessoa viva seria capaz de identificar. Todos os animais que já apareceram nas histórias. Todos os animais com que as pessoas já sonharam, adoraram religiosamente ou foram capazes de estabelecer relações.

Charlie viu todos eles.

“Uma coisa é cantar para salvar a própria pele, num salão cheio de gente jantando, de impulso, com alguém apertando uma arma contra a barriga da moça que você—, da moça que você— Ah. Bom”, pensou Charlie, “vou pensar nisso depois.”

Naquele momento, a única coisa que queria era pôr a cabeça num saco de papel ou então desaparecer.

— Deve haver centenas deles — comentou Spider, admirado.

Houve um movimento rápido no ar, sobre uma rocha perto deles, o qual se transformou na Mulher Pássaro. Ela cruzou os braços e ficou olhando para eles.

— O que quer que você pense em fazer, é melhor fazer logo. Eles não vão esperar pra sempre — observou Spider.

A boca de Charlie estava seca.

— Certo.

— Então— Ahm.... O que devemos fazer agora?

— Vamos cantar para eles.

— Quê?

— E assim que resolvemos as coisas. Eu descobri. Nós cantamos, eu e você.

— Não entendo. Cantar o quê?

— A canção. Você canta essa canção e resolve tudo — a voz de Charlie soava desesperada. — A canção.

Os olhos de Spider estavam vazios como poças com água da chuva. Charlie viu neles coisas que não vira antes: afeição, talvez. Confusão também. E, em grande parte, arrependimento.

— Eu não sei do que você está falando.

O Leão os observava do lado de uma pedra que saía do chão. O Macaco os observava de uma árvore. E o Tigre..

Charlie viu o Tigre. Ele caminhava alegremente. Sua face estava inchada, ferida, mas havia um brilho em seus olhos. Parecia que ficaria mais do que feliz em empatar o placar com Charlie e Spider.

Charlie abriu a boca. Saiu um som baixinho, um coaxado, como se ele tivesse engolido uma rã nervosa.

— Não adianta. Foi uma idéia idiota, não foi? — sussurrou para Spider.

— É.

— Você acha que dá para a gente simplesmente ir embora?

O olhar nervoso de Charlie varreu a encosta da montanha e as cavernas, vendo cada uma das centenas de criaturas, totens que existiam antes do começo de tudo. Havia uma figura que não vira da última vez, e que olhou para eles: um homem pequeno, com luvas verde-limão e um bigodinho fino, mas sem chapéu panamá para cobrir seu cabelo já ralo.

Quando Fat Charlie olhou para ele, o velho piscou.

Não era muito, mas foi o suficiente.

Charlie encheu os pulmões e começou a cantar. “Meu nome é Charlie”, cantou. “Sou filho de Anansi. Ouçam a minha canção. Ouçam a minha vida.”

Cantou para eles a música sobre o menino que era metade deus e metade gente e foi dividido em dois por uma velha ressentida. Cantou sobre o pai, cantou sobre a mãe.

Cantou sobre nomes, palavras, as estruturas sob a realidade, os mundos que faziam os mundos, as verdades por trás de como as coisas são. Cantou a respeito do destino adequado e de fins justos para aqueles que o machucassem ou machucassem sua família.

Cantou o mundo.

Era uma boa música, e era a sua música. Algumas vezes havia palavras, outras não se ouvia palavra alguma.

Enquanto cantava, todas as criaturas que o ouviam começaram a bater palmas, a bater os pés e a cantarolar junto. Charlie sentia-se como um fio condutor para uma fantástica canção que englobava a todos. Cantou sobre os pássaros, sobre a magia que era olhar para cima e vê-los voando, e o brilho do sol sobre a pena de uma asa à luz da manhã.

Os totens agora dançavam, cada um fazendo a dança de sua espécie. A Mulher Pássaro fazia os passos da dança arrastada dos pássaros, exibindo as penas da cauda, jogando a cabeça para trás.

Havia uma única criatura perto da montanha que não dançava.

O Tigre agitava a cauda. Não batia palmas, não cantava nem dançava. Seu rosto estava roxo, ferido, e seu corpo, coberto de picadas e pontos inchados. Ele desceu com passos de veludo pelas pedras, um passo de cada vez, até ficar perto de Charlie.

— As músicas não são suas — grunhiu.

Charlie olhou para ele e começou a cantar sobre o Tigre, sobre Grahame Coats, sobre aqueles que faziam dos inocentes suas vítimas. Virou-se e viu Spider olhando para ele com admiração. O Tigre rugiu de raiva. Charlie pegou o rugido e o cobriu com sua canção. Então ele mesmo rugiu, exatamente como o Tigre. Bom, o rugido começou exatamente como o rugido do Tigre, mas então Charlie o modificou, de modo a fazer dele um rugido abobalhado. Todas as criaturas que observavam sobre as pedras começaram a rir. Era impossível não rir. Charlie fez o rugido abobalhado de novo. Como toda imitação, como toda caricatura perfeita, isso teve o efeito de tornar aquilo que imitava intrinsecamente ridículo. Ninguém jamais ouviria o Tigre rugir de novo sem ouvir o rugido do Charlie junto. “Que rugido mais abobalhado!”, diriam.

O Tigre deu as costas para Charlie. Andou com passos rápidos pela multidão, rugindo enquanto corria, o que apenas provocou risos ainda mais altos. O Tigre voltou para sua caverna, aborrecido. Spider fez um gesto com as mãos, um movimento rápido. Ouviu-se um som de pedras rolando, e a entrada da caverna do Tigre ficou coberta com as pedras que caíram. Spider pareceu satisfeito. Charlie continuou a cantar.

Cantou sobre Rosie Noah e a também a canção da mãe de Rosie: cantou desejando uma longa vida para a Sra. Noah e também toda a felicidade que ela merecia.

Cantou sobre sua vida, sobre a vida de todos eles. Em sua canção, viu o modo de vida que levavam como se fosse uma teia em que caíra uma mosca. Com sua canção, envolveu a mosca, impedindo-a de fugir, enquanto consertava a teia com novos fios. Agora a canção chegava, em seu ritmo natural, ao fim. Charlie deu-se conta, muito surpreso, de que gostou de cantar para outras pessoas. Naquele momento soube que aquilo era o que ele faria pelo resto da vida. Ele cantaria. Não canções grandes e mágicas, que criavam mundos ou recriavam a existência, mas canções pequenas, que deixariam as pessoas felizes por algum tempo, que as fariam dançar e se esquecer, mesmo que por pouco tempo, de seus problemas. Ele sabia que sempre teria medo antes de cantar. O medo de subir num palco, que nunca iria embora. Mas também compreendeu que seria como pular dentro de uma piscina: a água seria fria e desagradável apenas por alguns segundos, mas o desconforto passaria e ele se sentiria bem...

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