Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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Spider já fizera parte dele. Concentrou-se nesse pensamento e deixou que a teia preenchesse sua mente. Sobre sua mão estava a língua do irmão. Aquilo fizera parte de Spider até pouco tempo antes e desejava intensamente voltar a ser parte dele. Coisas vivas têm memória.

A luz insana da teia brilhava ao seu redor. Tudo o que Charlie precisava fazer era segui-la.

Ele a seguiu, e os vagalumes ficavam juntinhos ao seu redor, viajando com ele.

— Ei, sou eu — disse Charlie.

Spider emitiu um som pequeno, horrível.

Sob a luz dos vagalumes, Spider tinha uma péssima aparência. A aparência de alguém que fora caçado, que estava ferido. Havia sangue coagulado em seu rosto e em seu peito.

— Acho que isto aqui talvez seja seu.

Spider pegou a língua com um gesto exagerado de gratidão, colocou-a na boca, empurrou-a e segurou firme. Charlie observava, esperando. Logo Spider parecia satisfeito. Experimentou mexer a boca, empurrando a língua de um lado para o outro, como se estivesse se preparando para raspar o bigode, abrindo bem a boca e movimentando a língua. Fechou a boca e se levantou. Finalmente, numa voz ainda meio mole, disse:

— Bonito chapéu.

Rosie alcançou primeiro o topo da escada e empurrou a porta da adega. Saiu tropeçando para dentro da casa. Esperou pela mãe, bateu e fechou os ferrolhos da porta da adega. As luzes não funcionavam, mas a lua estava alta, quase cheia. Depois de toda aquela escuridão, a luz pálida da lua que atravessava as janelas da cozinha era praticamente uma inundação de luz.

“Meninos e meninas, venham brincar a noite está clara com a luz do luar..” Rosie lembrou-se de uma rima de sua infância.

— Liga pra polícia — sugeriu sua mãe.

— Onde fica o telefone?

— Como é que eu vou saber onde fica o telefone? Ele ainda está lá embaixo.

-Tá bem — disse Rosie, pensando se deveria achar um telefone para ligar para a polícia ou simplesmente sair da casa. Antes que chegasse a uma decisão, era tarde demais.

Ouviu-se um barulho tão alto que fazia doer os ouvidos. Então a porta que dava para o porão foi arrombada.

Uma sombra saiu de lá.

Era real. Ela sabia que era real. Podia vê-lo. Mas parecia impossível: era a sombra de um felino selvagem, peludo, enorme. Estranhamente, quando a luz da lua a tocava, a sombra parecia mais escura. Rosie não conseguia ver os olhos, mas sabia que aquilo estava olhando para ela. E que estava com fome.

O felino iria matá-la. Tudo acabaria.

A mãe disse:

— Ele quer você, Rosie.

— Eu sei.

Rosie apanhou o objeto grande mais próximo, um bloco de madeira, um suporte para facas agora vazio. Jogou na direção da sombra com o máximo de força que podia. Sem esperar para ver se atingira o animal, ela saiu o mais rápido que podia da cozinha, em direção ao corredor. Sabia onde ficava a porta da frente...

Algo sombrio, algo de quatro patas, movia-se mais rápido: pulou por sobre sua cabeça e aterrissou quase silenciosamente à sua frente.

Rosie encostou na parede, com a boca seca.

A fera encontrava-se entre ela e a porta da casa. Caminhava lenta e suavemente na direção de Rosie, como se tivesse todo o tempo do mundo.

A mãe saiu correndo da cozinha, passou por Rosie e foi pelo corredor até aquela sombra enorme, com os braços agitando-se no ar. Com seus punhos magros, deu um soco nas costelas do animal. Houve uma pausa, como se o mundo segurasse a respiração, e a fera virou-se para ela. Viu-se um vulto, um movimento rápido, e a mãe de Rosie agora estava no chão enquanto a sombra a sacudia, como se ela fosse uma boneca de pano na boca de um cachorro.

E então a campainha tocou.

Rosie quis gritar por socorro, mas em vez disso apenas gritava alto, sem parar. Quando se deparou com uma inesperada aranha numa banheira, ela fora capaz de gritar como uma atriz de filme B ao encontrar na banheira um homem com roupa de mergulho. Agora estava numa casa escura, com um tigre feito de sombra e um potencial assassino em série, e um deles, talvez os dois juntos, acabara de atacar a sua mãe. Pensou em duas possíveis saídas {o revólver: estava lá embaixo, no porão, tinha que descer e pegar a arma; ou a porta; podia tentar passar pela mãe e pela sombra e destrancar a porta da frente), mas seus pulmões e sua boca apenas gritavam.

Alguém bateu bem forte na porta da frente. “Estão tentando arrombar a porta”, pensou Rosie. “Mas não vão conseguir. É muito grossa.”

Sua mãe estava deitada no chão, sob a luz do luar, e a sombra permanecia sobre ela. O tigre jogou a cabeça para trás e rugiu, um rugido profundo, áspero, um misto de medo, desafio, sensação de posse.

“Estou ficando louca”, pensou Rosie, com uma certeza alucinada. “Fiquei trancada num porão por dois dias e estou tendo alucinações. Não há tigre nenhum.”

Da mesma forma, ela tinha certeza de que não havia uma mulher branca à luz da lua, embora pudesse vê-la caminhando pelo corredor. Uma mulher com cabelos loiros, pernas muito compridas e os quadris estreitos de dançarina. A mulher parou perto da sombra do tigre. E disse:

— Olá, Grahame. — A sombra-fera ergueu sua enorme cabeça e grunhiu. — Não vá pensando que pode se esconder de mim nessa fantasia idiota de tigre — continuou a mulher. Ela não parecia muito satisfeita.

Rosie percebeu que podia ver a janela através da parte superior do corpo da mulher e, assustada, caminhou para trás até ficar completamente colada à parede.

A fera grunhiu novamente, mas menos segura de si.

A mulher prosseguiu:

— Eu não acredito em fantasmas, Grahame. Passei a vida toda não acreditando em fantasmas. Aí eu conheci você. Você deixou a carreira do Morris ir ralo abaixo. Roubou da gente. Você me assassinou. Finalmente, como se já não bastasse tudo isso, me obrigou a acreditar em fantasmas.

Agora a grande sombra do felino dava ganidos baixinhos, andando de costas para a parede.

— Não pense que pode me evitar desse jeito, seu vermezinho inútil. Você pode fingir ser um tigre o quanto quiser. Mas não é um tigre. É um rato. Aliás, isso é um insulto a uma nobre e numerosa espécie de roedores. É pior que um rato. É um gerbilzinho. Uma... uma doninha.

Rosie correu pelo corredor. Passou pela fera, pela sua mãe caída. Atravessou a mulher branca, e a sensação era a de atravessar uma névoa. Chegou até a porta da frente e começou a mexer nos ferrolhos.

Em sua mente, ou talvez no mundo real, Rosie conseguia ouvir pessoas discutindo. Alguém dizia:

“Não preste atenção nela, seu idiota. Ela não pode tocá-lo. Ela é só uma duppy. Não é nem real. Pegue a moça! Vá atrás dela!”

E outra pessoa respondia:

“Sem dúvida, o seu argumento tem certo fundamento. Mas não estou convencido de que você levou em conta todos os fatores em relação a... bom discrição, custo-benefício etc... Entende?”

“Eu mando em você. Você é que tem que entender o que eu digo.”

“Mas...”

— O que eu quero saber mesmo é se você, no momento, está pouco ou muito fantasmagórico. Eu não consigo tocar as pessoas. Nem mesmo consigo tocar as coisas. Mas consigo tocar fantasmas.

A mulher branca ensaiou um chute poderoso no focinho da fera. O felino feito de sombras sibilou, como fazem os gatos, e deu um passo para trás. O pé da mulher não acertou o focinho por questão de alguns centímetros.

Conseguiu acertar o chute seguinte, e a fera deu um rugido de dor. Outro chute, bem forte, contra o lugar que seria o focinho do tigre, e o animal fez o som que faz um gato ao tomar banho: um único “nhááu” de medo, vergonha e derrota.

O corredor encheu-se da gargalhada de uma mulher morta, uma gargalhada de quem se sentia feliz, exultante.

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