Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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Parou de se mover e deitou-se no chão. Decidiu que beber tanto foi a coisa certa a fazer: era praticamente uma anestesia. Decidiu dormir.

Não estava sozinho no depósito de carnes. Havia alguém com ele. Alguém que caminhava com quatro patas.

Então ouviu um grunhido:

— Levante-se.

— Não consigo. Estou ferido. Quero dormir.

— Você é uma criatura patética, que destrói tudo o que toca. Agora levante-se.

— Bem que eu queria — respondeu Grahame Coats, na melhor voz que conseguia fazer bêbado. — Não dá. Vou ficar deitado aqui um pouco. De qualquer forma, ela trancou a porta. Eu ouvi.

Ele ouviu um som metálico do outro lado da porta, como se o ferrolho fosse retirado lentamente.

— A porta está aberta. Agora me ouça. Se ficar aqui, você vai morrer.

Ouvia-se um barulho suave e impaciente. Uma cauda a mover-se. Um rugido meio abafado no fundo da garganta.

— Me dê a sua mão. Quero a sua lealdade. Convide-me para entrar em você — disse a voz.

— Eu não enten...

— Me dê a sua mão ou vai sangrar até morrer.

Ali, na escuridão do depósito de carne, Grahame Coats ergueu a mão. Alguém, ou alguma coisa, a pegou e ficou segurando, transmitindo confiança.

— E então? Quer me convidar para entrar em você?

Então um momento de fria sobriedade tomou Grahame Coats. Ele já havia ido muito longe. Nada que fizesse poderia piorar as coisas.

— Absolutotalmente — sussurrou Grahame Coats e, assim que disse isso, começou a mudar. Conseguia enxergar na escuridão como se fosse dia. Pensou, mas só por alguns segundos, ver algo ao seu lado, maior que um homem, com dentes muito afiados. Então a coisa sumiu, e Grahame Coats sentia-se ótimo. O sangue não saía mais de sua perna.

Conseguia enxergar perfeitamente na escuridão. Puxou as facas presas em seu cinto e as deixou cair no chão. Tirou os sapatos. Havia uma arma no chão, mas a deixou lá mesmo. Armas eram para os símios, as aves de rapina, os fracos. Ele não era nenhum símio.

Era um caçador.

Colocou-se de quatro e saiu, com quatro patas, para a adega.

Podia ver as mulheres. Elas haviam encontrado a escada que dava para a casa e se aproximavam dela cegamente, de mãos dadas, na escuridão.

Uma era velha, tinha carne dura. A outra era jovem, com carne macia. Sua boca salivou, a boca de alguém que só em parte era Grahame Coats.

Fat Charlie saiu da ponte, com o chapéu panama do pai enfiado na cabeça, e entrou na luz poente. Caminhou pela praia cheia de pedras, escorregando nelas, caindo em piscinas de água naturais. Então pisou em algo que se mexeu. Tropeçou e saiu de cima.

A coisa ergueu-se no ar, cada vez mais. O que quer que fosse, era enorme. À primeira vista, Fat Charlie pensou que tivesse o tamanho de um elefante, mas era ainda maior.

“Luz”, pensou Fat Charlie. Cantou alto, e todos os vaga-lumes daquele lugar ficaram à sua volta, acendendo-se e apagando-se com uma luz verde e fria. Com aquela luz, conseguia enxergar dois olhos maiores que pratos, que olhavam para ele de um rosto arrogante de réptil.

Ficou olhando para o ser.

— Boa noite — cumprimentou Fat Charlie com uma voz alegre.

— Olá. Ora, ora. Você tem cara de quem vai ser o meu jantar — disse a criatura com sua voz macia como seda.

— Meu nome é Charlie Nancy. Quem é você?

— Eu sou o Dragão. E vou te devorar numa abocanhada só, lentamente, ó homenzinho-de-chapéu.

Charlie piscou.

“O que o meu pai faria?”, pensou. “O que Spider faria?” Não tinha a menor idéia. “Ora, vamos. Afinal de contas, Spider meio que faz parte de mim. Posso fazer tudo o que ele pode.”

— Ahm... Você já está cansado de falar comigo. E vai me deixar seguir em frente, sem nenhum dano à minha pessoa — disse ao dragão do jeito mais convincente que conseguia.

— Uau. Bela tentativa. Mas acho que não vou, não — respondeu o dragão, com entusiasmo. — Na verdade, vou devorar você.

-Você não tem medo de limões, tem? — perguntou Fat Charlie, antes de lembrar que dera seu limão para Daisy. A criatura riu com desdém.

— Nada me dá medo.

— Nada?

— Nada.

— Nada te mata às, medo?

— É. Nada me mata de medo — admitiu o Dragão.

— Sabe, eu nada tenho aqui nos meus bolsos. Quer ver?

— Não — respondeu o Dragão, incomodado. — Não quero ver de jeito nenhum.

As asas bateram, fazendo um barulho semelhante ao de velas de um barco ao vento, e Charlie ficou sozinho na praia.

— Essa foi bem fácil.

Continuou a andar. Criou uma música para sua caminhada. Charlie sempre quisera criar músicas, mas nunca o fizera, em parte porque tinha certeza de que, se escrevesse uma música, alguém pediria a ele para cantá-la, e isso seria tão bom quanto morrer enforcado. Agora ligava cada vez menos para isso, e cantou sua música para os vagalumes, que o seguiam em sua caminhada. A canção falava sobre a Mulher Pássaro, sobre encontrar o seu irmão. Esperava que os vagalumes gostassem. A luz deles parecia pulsar e brilhar no ritmo da música.

A Mulher Pássaro esperava por ele no topo do morro.

Charlie tirou o chapéu. Puxou a pena presa à faixa.

— Toma. Acho que isso é seu. — Ela não fez nenhum movimento para pegar a pena. — Nosso trato acabou. Trouxe a sua pena. Eu quero o meu irmão. Você o levou. Quero ele de volta. Não tenho permissão para dar a outra pessoa a linhagem de Anansi.

— E se o seu irmão não estiver mais comigo?

Era difícil discernir, naquela luz dos vagalumes, mas Charlie achou que os lábios dela não tinham se movido. As palavras o cercaram por meio dos gritos dos noitibós, nos “u-úúú” das corujas.

— Quero o meu irmão de volta. E inteirinho, são e salvo. E quero que me traga ele agora. Senão tudo o que aconteceu entre você e o meu pai durante todos aqueles anos será apenas o prelúdio. Você sabe. Só o começo.

Charlie nunca ameaçara ninguém antes. Não tinha a mínima idéia de como levaria a cabo suas ameaças, mas não tinha nenhuma dúvida de que o faria.

— Eu estava com ele — respondeu ela, com o som distante de uma garça. — Mas o deixei, sem a língua, no mundo do Tigre. Eu não poderia causar dano à linhagem de seu pai. O Tigre, sim, assim que tivesse coragem.

Ela fez “shhhhh”. As rãs e os pássaros noturnos ficaram totalmente em silêncio. Olhou para ele, impassiva, o rosto quase como se fizesse parte das sombras. Pôs a mão no bolso do casaco.

— Dê-me a pena.

Charlie colocou a pena em sua mão.

Ele se sentiu mais leve, como se ela tivesse tirado dele mais do que uma simples pena.

Então ela colocou algo em sua mão. Algo frio, úmido. Parecia um pedaço de carne. Charlie teve que reprimir a vontade de fazer um movimento com a mão para jogar aquilo fora.

— Dê isso a ele — disse ela com a voz da noite. — Agora estamos quites.

— Como eu chego ao mundo do Tigre?

— Como você chegou até aqui? — perguntou ela num tom de quem parecia achar graça. A escuridão da noite agora era completa, e Charlie estava sozinho sobre o morro.

Abriu a mão e olhou para o pedaço de carne, mole e estriado. Parecia uma língua, e ele sabia de quem deveria ser.

Colocou o chapéu de volta na cabeça e pensou: “Pondo o meu capacete de raciocínio”. Enquanto pensava, não pareceu tão engraçado. O panamá verde não era um capacete que ajudava a pensar. Era o tipo de chapéu que deveria ser usado por alguém que não apenas pensava, mas também chegava a conclusões importantes e vitais.

Imaginou os mundos como se fossem uma teia. Ela brilhava em sua mente, conectando-o a todas as pessoas que conhecia. O fio que o conectava a Spider era forte e brilhante, e emitia uma luz fria, como se fosse um vagalume ou uma estrela.

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