Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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Spider não podia vê-las, mas sabia que estavam todas ali: as grandes e pequenas aranhas, aranhas venenosas e aranhas que apenas picavam, aranhas grandes, peludas, e aranhas elegantes, quitinosas. Seus olhos absorviam o mínimo de luz que conseguiam encontrar, mas viam por meio de suas pernas, de suas patas, pegando as vibrações e juntando-as para formar uma imagem virtual do mundo ao redor.

Eram um exército.

O Tigre falou mais uma vez, na escuridão.

— Quando você estiver morto, filho de Anansi, quando a sua linhagem não existir mais, as histórias serão minhas. As pessoas ouvirão histórias do Tigre mais uma vez. Ficarão unidas e louvarão minha astúcia, minha força, minha crueldade, minha alegria. Todas as histórias serão minhas. Todas as canções. O mundo será como foi uma vez: um lugar difícil, um lugar obscuro.

Spider ouviu o rastejar de seu exército.

Havia um motivo para estar sentado perto do penhasco. Embora fosse um lugar que não lhe permitia uma saída, também significava que o Tigre não podia pular sobre ele, apenas chegar perto pelo chão.

Spider começou a rir.

— Do que está rindo, filho de Anansi? Ficou louco?

Com isso, Spider riu mais e mais alto.

Uma espécie de uivo soou na escuridão. O Tigre finalmente se deparara com o exército de Spider.

Há diferentes venenos de aranha. Muitas vezes, pode levar muito tempo até se descobrir os efeitos de uma picada. Os biólogos há anos pensam nisso. Há aranhas cuja picada pode fazer o lugar infectado apodrecer e morrer, muitas vezes, mais de um ano depois da picada. E por que as aranhas fazem isso? A resposta é simples. Acham isso divertido e não querem que você as esqueça jamais.

Picadas de viúvas-negras sobre o nariz ferido do Tigre, picadas de tarântulas em suas orelhas. Em poucos segundos, todos os locais sensíveis queimavam e pulsavam, inchados, coçando. O Tigre não sabia o que estava acontecendo: tudo o que ele percebia eram a queimação, a dor, o medo repentino.

Spider riu, mais e mais alto. Prestava atenção no som de uma grande fera caindo na relva, rugindo de agonia e pavor.

Então se sentou e esperou. O Tigre voltaria, sem dúvida. Ainda não tinha acabado.

Spider pegou a aranha de sete pernas em seu ombro e a acariciou, percorrendo com os dedos seu corpo largo.

Pouco abaixo do declive, algo brilhava com uma luminosidade verde e fria, e piscava como se fossem luzes de uma pequena cidade à noite. A coisa se aproximava.

O tremular da luz tomou a forma de milhares de vaga-lumes. Uma silhueta iluminada estava no centro daquela luz, no formato de um homem. Caminhava firmemente morro acima.

Spider pegou uma pedra e mentalmente deu a entender a seu exército que devia se preparar. Então ele parou. Havia algo familiar naquela silhueta à luz dos vaga-lumes. Era alguém com um chapéu panamá verde.

Grahame Coats tinha tomado metade de uma garrafa de rum que encontrara na cozinha. Abrira a garrafa porque não queria descer até a adega e também porque imaginava que aquilo lhe deixaria bêbado mais rápido que o vinho. Infelizmente não foi o caso. A bebida não parecia fazer efeito, e muito menos o desligava emocionalmente dos fatos, o que ele precisava. Caminhou pela casa com a garrafa numa mão e um copo meio cheio na outra. Às vezes tomava um gole da garrafa, outras, do copo. Viu seu reflexo num espelho, intimidado, suado.

— Ânimo! — disse em voz alta. — Talvez nunca aconteça. Nunca perder a ishperança. Panela em que muitos mexem shai insossa. Vida é doce maish né mole não.

O rum chegava ao fim.

Voltou para a cozinha. Abriu vários armários até notar que havia uma garrafa de xerez no fundo. Grahame pegou a garrafa e a abraçou com carinho, como se fosse uma pequena velha amiga que ficara anos no mar.

Destampou a garrafa. Era um xerez doce, usado para culinária, mas ele entornou a bebida como se fosse limonada.

Grahame Coats percebera outras coisas enquanto procurava bebidas na cozinha. Havia, por exemplo, facas. Algumas bem afiadas. Numa gaveta, havia um pequeno serrote de aço inoxidável. Grahame Coats aprovou: seria uma solução simples para o problema que se encontrava no porão.

— Hábeas corpus. Ou hábeas delicti. Um desses dois. Se não há corpo, não há crime. Ergo. Quod erat demonstrandum.

Pegou a arma do bolso do paletó e colocou-a sobre a mesa da cozinha. Dispôs as facas num padrão, como se fossem os raios de uma roda. E então disse, no mesmo tom que usou certa vez para persuadir as inocentes boy bands que era hora de assinar um contrato com ele e abrir as portas para a fama, e talvez para a fortuna:

— Bom... o presente é o aqui. É o agora.

Colocou três facas de cozinha no cinto, pôs o serrotinho no bolso e, com a arma na mão, desceu as escadas para o porão. Acendeu as luzes e ficou piscando, olhando para as garrafas de vinho, deitadas, cada uma em seu suporte, cada uma coberta com uma fina camada de poeira. Chegou perto da porta de metal do depósito de carnes.

— Muito bem — gritou. — Vocês ficarão felizes em saber que não vou machucá-las. Vou deixar as duas irem embora. Foi tudo um erro. Mesmo assim, nada de guardar ressentimentos. Sem chorar sobre o leite derramado. Fiquem de pé perto da parededos fundos. Fiquem em posição. Nada de gracinha.

“É reconfortante”, pensou enquanto puxava os ferrolhos da porta, “a quantidade de clichês já existentes para pessoas armadas.” Grahame Coats sentiu-se como um membro de uma irmandade: ao seu lado Bogart, Cagney e todas as pessoas que gritavam umas com as outras em COPS [3] Você sabe como é. Você pega um livro, vai até a dedicatória e, mais uma vez, descobre que o autor dedicou o livro a outra pessoa. Mas não desta vez. Nós ainda não nos encontramos/temos uma relação distante/somos loucos um pelo outro/não nos vemos há muito tempo/nunca nos encontraremos, mas apesar disso, creio eu, sempre pensaremos com carinho um no outro... Este livro é dedicado a você. Você sabe com o quê, e provavelmente também sabe por quê. NOTA: o autor gostaria de aproveitar a oportunidade para fazer uma respeitosa reverência aos espíritos de Zora Neale Hurston, Thorne Smith, P. G. Wodehouse e Frederick “Tex” Avery. .

Acendeu a luz e empurrou a porta. A mãe de Rosie permanecia de pé, perto da parede dos fundos, de costas para ele. Quando ele entrou, subiu a saia e rebolou para ele uma bunda marrom, absurdamente ossuda.

Ele ficou boquiaberto. Foi aí que Rosie bateu uma corrente enferrujada contra o punho de Grahame Coats, o que fez a arma voar pelos ares.

Com o entusiasmo e a destreza de uma mulher muito mais jovem, a mãe de Rosie chutou Grahame Coats no saco e, enquanto ele punha as mãos lá e se dobrava de dor, emitindo sons numa freqüência que apenas cães e morcegos são capazes de ouvir, Rosie e a mãe saíram atabalhoadamente.

Empurraram a porta, fecharam-na, e Rosie empurrou um dos ferrolhos. As duas se abraçaram.

Ainda estavam ali, na adega, quando todas as luzes se apagaram.

— Deve ser algum fusível — disse Rosie, para tranqüilizar a mãe. Mas não tinha certeza de que acreditava no que dizia, embora não houvesse outra explicação.

— Você devia ter trancado a porta com os dois ferrolhos — observou a mãe. Depois fez “ai!” ao bater com o dedão do pé em alguma coisa, e disse um palavrão.

— Se pensarmos pelo lado positivo, ele também não consegue enxergar no escuro. Segura a minha mão. Acho que as escadas ficam para cá.

Grahame Coats estava de quatro sobre o chão de concreto do depósito de carnes, na escuridão, quando as luzes se apagaram. Algo quente escorria por sua perna. Pensou por um desagradável momento que tinha urinado nas calças, mas aí entendeu que a lâmina de uma das facas que colocara no cinto fizera um corte profundo na parte superior de sua perna.

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