Zephyrino Brandão - Pero da Covilhan - Episodio Romantico do Seculo XV

Здесь есть возможность читать онлайн «Zephyrino Brandão - Pero da Covilhan - Episodio Romantico do Seculo XV» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. ISBN: , Жанр: foreign_antique, foreign_prose, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV — читать онлайн ознакомительный отрывок

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Póde o historiador alardear a sua erudição e os seus talentos; se o seu criterio, porém, não fôr imparcial e desapaixonado, sacrificará a verdade, que é a alma, a belleza da historia, e a honra suprema, de quem a escreve.

O facto de ter D. Fernando o Catholico, depois de viuvo, pretendido desposar-se com a princeza D. Joanna, por si só bastaria, para lavar a nodoa, com que macularam a reputação da mulher de D. Henrique.

Mas a tumida onda sediciosa não envolveu unicamente os povos de Castella; saltou a fronteira portugueza, e arrastou na resaca o nosso D. Affonso V, que no conceito de Camões,

Fôra por certo invicto cavalleiro,
Se não quizera ir ver a terra Iberica.

III

NOVO ESCUDEIRO

Após o passamento de Henrique IV, todas as esperanças dos partidarios de D. Joanna firmavam-se no heróe de Arzilla; e as de D. Isabel no apoio de Aragão principalmente. Estava préstes a travar-se a lucta, em que devia afinal decidir-se da sorte das duas contendoras, collocadas em circumstancias mui diversas.

Isabel, ainda em vida de seu irmão, soube preparar-se a tempo; Joanna era uma creança inexperiente, filha de uma senhora sem prestigio, e sem a necessaria energia para collocar-se á frente do movimento, que se operava a favor da justa causa da princeza de Castella.

Tambem a morte veiu surprehender a infeliz viuva no inicio das hostilidades, de sorte que sua filha, orphã prematura de páe e mãe, ficou inteiramente á mercê da versatilidade caracteristica de seus parciaes. Estes, mais por acudir á vingança de seus odios particulares, e ao accrescentamento de seus patrimonios, do que por zelo do bem publico, ou amor de justiça, trataram de comprometter D. Affonso V, para lhes saciar a cobiça.

Estava o rei de Portugal em Extremoz, quando lhe chegou ás mãos o testamento, em que seu cunhado Henrique IV declarava ser a princeza D. Joanna sua filha, e a nomeava herdeira dos reinos de Castella e Leão, pedindo outrosim a D. Affonso V, que acceitasse a governança d'elles e casasse com a sobrinha.

Ouviu D. Affonso sobre o assumpto o parecer de seu filho, bem como o dos grandes e principaes do reino, a quem consultou mais talvez pelo respeito ás praxes estabelecidas, do que resolvido a seguir qualquer conselho, que contrariasse o seu reservado intento. A fim de saber não só quantos e quaes eram os magnates castelhanos legitimistas, como de certificar-se da valia d'elles, enviou a Castella Lopo de Albuquerque, seu camareiro-mór, depois conde de Penamacor.

A esse tempo chegava D. Juan de Guzman a Extremoz, onde foi recebido pelo monarcha.

Não podia ser mais a proposito esta visita, e D. Affonso folgou muito com ella, dando ao seu hospede cordialissimo agasalho, como naturalmente pediam a lhaneza e affabilidade do rei, que captivava com o seu trato grandes e pequenos.

Entregou-lhe o recem-vindo uma carta, em que o duque de Medina Sidonia o apresentava a D. Affonso, garantindo a approvação antecipada a quanto entre ambos ficasse assentado.

Terminada a leitura do escripto, começou Guzman por dizer:

– Não ignora voss'alteza, quanto é lastimoso o estado de Castella. O reino sem direcção, nem governo, combatido por todos os principios de dissolução, caminha rapidamente para uma ruina tremenda, e nas mãos de voss'alteza está o poder evita-la.

– São esses os meus desejos; – replicou D. Affonso – mas, como sabeis, a empresa não é facil, por isso careço de inteirar-me da lealdade dos que se propõem pugnar pela justiça e direitos da princeza, minha sobrinha.

– Da parte de meu irmão – tornou Guzman – venho eu prestar homenagem a voss'alteza, a quem elle jura servir em tudo, obrigando-se a auxiliar, tomar e reconhecer por seu legitimo rei e Senhor, se voss'alteza se desposar com a senhora D. Joanna, e fôr sem demora tomar posse do governo de Castella.

– O duque é digno dos meus louvores, e mais ainda pela fórma, como procede, offerecendo-me occasião de conhecer-vos, para muito vos estimar.

– Mercê a voss'alteza, meu Senhor. Em breve poderei talvez provar-vos a gratidão do meu animo, onde tambem o seu esforço mais se manifeste.

– Praz-me ouvir-vos, e ver-vos tão deliberado!

D. Juan de Guzman cortejou D. Affonso, e disse-lhe com aprimorados ademanes de cavalleiro:

– Espéro, que meu irmão me confie o comando de dois mil cavallos, que desde já põe ao serviço de voss'alteza.

– É contingente valioso esse – observou D. Affonso.

A respeito das forças, com que poderemos contar devo em breve ser definitivamente informado pelo marquez de Vilhena.

– Assim o creio. Talvez a demora dos seus esclarecimentos dependesse da resposta de meu irmão.

– Porquê?

– Á hora da minha partida para Portugal recebeu o duque uma carta de D. Diogo, na qual lhe perguntava com quantos cavallos concorria, pois desejava enviar a voss'alteza uma nota das tropas castelhanas, com que poderiamos entrar em campanha, e a Luiz XI a da totalidade do exercito.

– E o marquez communicava tambem ao duque o computo dos já inscriptos?

– Sim, meu Senhor. Anda por dezoito mil cavallos; devendo, porém, este numero elevar-se, quando constar a entrada de voss'alteza em Castella, pois muitos dos cavalleiros, que até agora não adheriram, o farão immediatamente.

D. Affonso V não poude occultar o jubilo, que lhe causou esta nova de ter já por si em Castella tão importantes forças; e com a sua habitual familiaridade affirmou a D. Juan de Guzman:

– Eu tenho muita confiança nos cavalleiros castelhanos. Não os ha mais briosos certamente.

– Mercê por elles, meu Senhor.

– Agora aqui vos deixo para serdes recebido pelo principe, que muito gostará de conversar comvosco.

É fácil de presumir, sobre que versaria principalmente a palestra, sabendo-se do interesse, que mostrava o principe D. João em seu páe acceitar o papel, que Henrique IV lhe distribuira no testamento.

D. Juan de Guzman poucos dias se demorou em Portugal; foi, porém, o tempo sufficiente para D. Affonso e seu filho conhecerem e apreciarem o pagem, que viera na comitiva. D'elle fizeram grandes gabos ao fidalgo sevilhano, o qual, mais talvez por alardear philaucias de familia, do que por enaltecer as qualidades do môço, ou por ambas as razões, referiu em resumo: que da Covilhan costumava ir a Sevilha o páe do pagem commerciar e conquistára grandes creditos. Tendo afinal estabelecido a sua residencia n'aquella cidade, onde era geralmente estimado, accedeu ao pedido, que lhe fez o duque de Medina Sidonia, de deixar-lhe educar o filho, então muito creança ainda, mas dotado já de singular viveza. Como fallecesse o mercador, pouco depois, e já viuvo, ficára o pagem inteiramente confiado ao amparo do duque. Possuia prendas muito estimaveis, poderia em breve ser um excellente cavalleiro, e chamava-se Pero da Covilhan, por causa da sua procedencia.

Esta narrativa ainda mais aguçou a D. Affonso e ao principe o appetite de terem o pagem ao seu serviço; e D. Juan de Guzman já havia reconhecido isso na maneira como lhe fallavam d'elle.

Na vespera do seu regresso a Sevilha, perguntou Guzman a Pero da Covilhan:

– Quereis ser pagem do rei de Portugal?

– Tudo quanto sou – respondeu Pero – devo ao senhor duque, por isso não tenho animo de separar-me d'elle.

– Esperava essa resposta; – volveu Guzman – mas se eu vos pedir, que fiqueis?

– Obedeço, porque de vossa mercê sómente recebo ordens e não pedidos.

– Meu bom Perico! – exclamou affectuosamente Guzman. – Muito me custa deixar-vos cá; mas o senhor D. Affonso, que, dentro em pouco será rei de Castella, mostra desejos de ser vosso amo, e eu tenho-os de o bem servir; por isso entregar-vos-ei a elle, certo de que meu irmão assentirá ao meu proposito.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV»

Обсуждение, отзывы о книге «Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x