Zephyrino Brandão - Pero da Covilhan - Episodio Romantico do Seculo XV
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- Название:Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV
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Á sombra do copado arvoredo alli rezam no mais edificante recolhimento. Terminada a oração as donzellas correm alegremente a colher flores, com que na volta ao palacio enfeitam o altar da virgem.
Na capella é esperada a duqueza com o seu sequito gentilissimo pelas moças da camara, e pelo sacerdote, que celebra a missa, ouvida por aquella pequena côrte.
Em seguida serve-se o almoço, depois do qual a duqueza, acompanhada de suas donzellas e de alguns fidalgos, dos mais apontados em garbos de cavallarias, em esmeros de atavios, e em chistes de conversadores, passeia a cavallo no seu suberbo palafrem. Hoje, todavia, recolheu-se aos seus aposentos, e não deu o seu passeio habitual.
Deixemos, pois, entregue ás suas meditações a virtuosa senhora. Naturalmente algum novo acto de caridade projecta, para juntar aos muitos, que tão justamente lhe tem grangeado o santo e doce nome de mãe dos pobres .
E, emquanto o duque falla com o irmão, acompanhe-me o leitor ao pateo principal do palacio.
É um quadrilongo regular, cercado de galerias, superior e inferiormente, decoradas com arabescos do mais fino gosto, sendo seus arcos em fórma de ferradura, graciosamente entalhados e sustentados por dezenas de columnas de ordem composita e de marmore alvissimo. O pateo é ajardinado, tendo no centro uma fonte, cuja agua crystalina cáe dentro de um tanque largo que a circumda; e os canteiros são separados uns dos outros por lousas de marmore branco.
Na galeria superior sente-se rir e folgar. São as donzellas da duqueza. O sol não as incommoda, porque todo o vão do pateo está coberto com um grande toldo. Uma d'ellas, desviando-se das companheiras, vê no jardim, perto do tanque, um pagem, e pergunta-lhe com ineffavel meiguice:
– Estais a despedir-vos das flores, Perico?..
– Quem sabe, se tornarei a vê-las!.. – respondeo o pagem com pronunciado acento de tristeza.
– Pois porque não haveis de voltar?..
– Deus o sabe; mas diz-me o coração, que nunca mais verei Sevilha!..
– Tem cousas o vosso coração!.. Deixai-o cá, para não vos ir atormentando com presagios pelo caminho…
As outras donzellas, que tiveram curiosidade de saber, com quem a sua companheira conversava, accorreram no momento em que Pero fazia esta pergunta á sua interlocutora:
– Se eu podésse arrancar o coração do peito, de quem poderia confia-lo, na certeza de que ficaria bem guardado?
– De mim! – exclamam todas a um tempo.
– Como elle não póde repartir-se, – ponderou o pagem – entrega-lo-hia a Beatriz.
– Sois mui gentil, Perico! – tornou esta. Graças pela preferencia…
– Não fostes vós, quem me propôz não o levar comigo?..
– Sem duvida!.. É, porém, essa a unica razão da vossa escolha?..
– Não m'o pergunteis… Se tivesse aqui um alaúde, cantar-vos-ia agora ao som d'elle:
Con dos cuidados guerreo
que me dan pena y sospiro;
el uno quando no os veo,
el otro quando vos miro. 1 1 Canc. Gen.
– Bellissimo, Perico!.. – bradaram as donzellas com viva demonstração de alegria.
– Que gracioso sois! – accrescentou Beatriz e perguntou: mas porque esquecestes a guitarra, que é mais maneira, e vos lembrastes do corpulento alaúde, como lhe chamava o arcipreste de Hita?
– Vejo, que conheceis os versos de Juan Ruiz… – observou o pagem.
– Quem haverá ahi, que os não tenha ouvido recitar aos trovadores e aos jograes?!.. A proposito vinha agora recordar aquelles, em que o arcipreste descreve a recepção de D. Amor… Se quereis ter uma igual, quando regressardes, recitai-os, Perico!..
– Careceis dos nossos rogos?.. – atalharam as outras donzellas.
Convem notar, que os duques de Medina Sidonia, á similhança dos reis de Castella, mantêem uma côrte poetica. Fazer versos está na moda, por isso são poetas os grandes senhores: almirantes, condestaveis, duques, marquezes, condes e reis. A verdadeira e legitima poesia conservava-se no estado latente, desde o reinado de D. Pedro, o Cruel. Passou depois á côrte, e fez-se cortezã. Com tudo não havia perdido completamente o favor popular o romance brioso e sentido.
Os melhores poetas, que frequentam a casa Medina Sidonia, são versados na lingua arabe, e sabem numerosas lendas d'este povo de poetas. Conhecem a escola provençal, e é-lhes familiar a litteratura. Os romances castelhanos, e as mais bellas composições poeticas de Hespanha, anteriores ao presente seculo XV, todos os cavalleiros d'aquella côrte sevilhana recitam com applauso de damas e donzellas. O marquez de Santilhana, que por lá surge de quando em quando, ao passo que por todos é escutado com affectuoso enthusiasmo, estimula os moços, repetindo-lhes esta maxima: «a sciencia não embóta o ferro da lança, nem afrouxa a espada na mão do cavalleiro.»
N'este meio social tão distincto, é que tem sido educado o pagem, e a familia Medina Sidonia dispensa-lhe os maiores carinhos.
Tirado, pois, a terreiro pelas donzellas, assume um certo ar de gravidade, parecendo ao mesmo tempo, que do seu olhar vivissimo saltam chispas de luz e de graça, e exclama:
– Attenção!.. Vae fallar Juan Ruiz!..
Quando, porém, se propunha recitar o engraçado episodio, pôz termo ao animado colloquio o apparecimento do irmão do duque a uma porta da galeria inferior.
O pagem dirigiu-se logo a D. Juan, de quem recebeu uma ordem, e em virtude d'ella saiu apressadamente do pateo. As donzellas retiraram tambem logo da galeria.
Junto das cavallariças um velho mendigo, de compridas barbas brancas, de olhar scintillante e modos altaneiros, em que se traduz o seu orgulho de raça, inflexivel sempre, até sob o jugo do infortunio, tem feito as delicias de eguariços e lacaios, ora tocando sanfona, ora narrando historias de bandidos e de feitiços dos mouros de Granada. A famulagem tinha tempo para tudo. Não se tratava então de apparelhar ginetes, para ir no encalço dos Ponces, inimigos irreconciliaveis dos Guzman, apesar do seu proximo parentesco; unicamente cincoenta cavallos estavam arreados, e promptos a enfrear á primeira voz.
São quasi cinco horas da tarde. D. Juan de Guzman despede-se do irmão, que lhe mostra uma carta de D. Diogo Lopes Pacheco, marquez de Vilhena, recebida momentos antes, e abraçando-o diz-lhe: «D. Affonso que conte com dois mil cavallos».
Passados poucos minutos as donzellas da duqueza sóbem a um torreão do palacio, para vêr sair a garrida cavalgada, em que vae caminho de Portugal D. Juan de Guzman.
Para maior luzimento do numeroso prestito de escudeiros e lacaios, com o qual D. Juan pompeava, o duque não só pôz ao seu serviço o discreto pagem, que o leitor conhece, mas deu-lhe tambem por companheiro um dos mais disértos trovadores da sua côrte.
Ao lado dos azemeis, que conduzem possantes mulas pittorescamente ajaezadas e carregadas de bahús com a bagagem, caminham uns romeiros, encostados ao seu bordão, e com a murça da esclavinha ornada de conchas e vieiras. Por intervenção da duqueza, haviam alcançado licença de jornadear com D. Juan até Portugal, devendo d'aqui passar a Santiago de Compostella, onde se dirigem, e d'este modo evitar os caminhos de Hespanha ora tão infestados de bandidos e salteadores.
As donzellas demoraram-se no torreão até se desfazer, lá ao largo, a ultima nuvem da poeira, que envolvia cavalleiros e peões; mas já não logravam distinguir um só d'elles.
– Quem sabe, se Beatriz desejaria descortinar unicamente o pagem?.. Talvez. Nada, porém, communicou ás companheiras, que podésse denunciar esse desejo.
– E Perico?.. Levaria porventura gravada no coração a imagem de Beatriz?.. Começaria a feri-lo deliciosamente o espinho da saudade?.. Ou a lembrança de entrar no seu paiz, que, desde muito creança não tornára a vêr, e em cuja côrte teria ensejo de exhibir as singulares prendas, de que era dotado, apagar-lhe-ia da memoria os venturosos dias de Sevilha?..
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