Ken Kesey - Um Estranho No Ninho

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Um Estranho No Ninho: краткое содержание, описание и аннотация

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O romance de Ken Kesey é inspirado em suas próprias experiências quando participou de pesquisas com drogas psicoativas no centro psiquiátrico do Menlo Park Veterans Hospital (Califórnia). 'Um estranho no ninho' é protagonizado por R. P. McMurphy, um preso que escapa da condenação fingindo-se de louco. McMurphy é então internado em um hospício, sob a tutela da sádica Chefona, a enfermeira Ratched, que comanda os internos com suas rigorosas sessões de terapia e eletrochoque. Aos poucos McMurphy percebe que o hospício pode ser muito pior que a prisão, nesse novo universo cercado de pacientes inseguros, ansiosos e constantemente dopados. Pessoas que buscaram refúgio da sociedade no hospício.

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Era de manhã, no princípio do inverno, e eu ainda usava a jaqueta que nos deram quando ganhamos o campeonato – uma jaqueta vermelha e verde com mangas de couro e um emblema com o formato de uma bola de futebol bordado nas costas, dizendo o que havíamos vencido – e ela estava fazendo com que uma porção de moças negras olhassem. Eu a tirei, mas elas continuaram olhando. Eu era muito maior naquela época.

Uma das moças afastou-se de sua máquina e olhou para um lado e para o outro das passagens entre as máquinas, para ver se o capataz estava por perto, depois veio até onde eu estava. Perguntou se íamos jogar na escola secundária naquela noite e me disse que tinha um irmão que jogava como zagueiro para eles. Falamos um pouco a respeito de futebol e coisas assim, e reparei como o rosto dela parecia indistinto, como se houvesse uma névoa entre nós dois. Era a lanugem do algodão pairando no ar.

Falei-lhe a respeito da lanugem. Ela revirou os olhos e cobriu a boca com a mão, para rir, quando eu lhe disse como era parecido com olhar o seu rosto numa manhã enevoada de caça ao pato. E ela disse: "Agora me diga para que é que você quereria nesse bendito mundo estar sozinho comigo lá fora, numa tocaia de pato?" Disse-lhe que ela poderia tomar conta da minha arma, e as moças começaram a rir com a boca escondida atrás das mãos na fábrica inteira. Eu também ri um pouco, vendo como havia parecido inteligente. Ainda estávamos conversando e rindo quando ela agarrou meus pulsos e os apertou com as mãos. Os traços do seu rosto de repente se acentuaram num foco radioso; vi que ela estava aterrorizada por alguma coisa.

– Leve-me – disse ela num murmúrio. – Leve-me mesmo, garotão. Para fora desta fábrica aqui, para fora desta cidade, para fora desta vida. Me leva para uma tocaia de pato qualquer, num lugar qualquer. Num outro lugar qualquer. Hem, garotão, hem?

O seu rosto negro, bonito, cintilava ali na minha frente. Fiquei boquiaberto, tentando pensar em alguma maneira de responder. Ficamos juntos, enlaçados daquela maneira durante alguns segundos; então o som da fábrica saltou num arranco, e alguma coisa começou a puxá-la para trás, afastando-a de mim. Um cordão em algum lugar que eu não via se havia prendido naquela saia vermelha florida e a puxava para trás. As unhas dela foram arranhando minhas mãos e, tão logo ela desfez o contato comigo, seu rosto saiu novamente de foco, tornou-se suave e escorregadio como chocolate derretendo-se atrás daquela neblina de algodão que soprava. Ela riu e girou depressa deixando que eu visse a perna amarela, quando a saia subiu. Lançou-me uma piscadela de olho por sobre o ombro enquanto corria para sua máquina, onde uma pilha de fibra deslizava da mesa para o chão; ela apanhou tudo e saiu correndo sem barulho pela fileira de máquinas para enfiar as fibras num funil de enchimento; depois, desapareceu do meu ângulo de visão virando num canto.

Todos aqueles fusos bobinando e rodando, e lançadeiras saltando por todo lado, e carretéis fustigando o ar com fios, paredes caiadas e máquinas cinza-aço e moças com saias floridas saltitando para a frente e para trás e a coisa toda tecida como uma teia, com linhas brancas corrediças que prendiam a fábrica, mantendo-a unida – aquilo tudo me marcou e de vez em quando alguma coisa na enfermaria o traz de volta à minha mente.

Sim. Isto é o que eu sei. A enfermaria é uma fábrica da Liga. Serve para reparar os enganos cometidos nas vizinhanças, nas escolas e nas igrejas, isso é o que o hospital é. Quando um produto acaba, volta para a sociedade lá fora – todo reparado e bom como se fosse novo, às vezes melhor do que se fosse novo, traz alegria ao coração da Chefona; algo que entrou deformado, todo diferente, agora é um componente em funcionamento e bem-ajustado, um crédito para todo esquema e uma maravilha para ser observado. Observe-o se esgueirando pela terra com um sorriso, encaixando-se em alguma vizinhançazinha, onde estão escavando valas agora mesmo, por toda a rua, para colocar encanamento para a água da cidade. Ele está contente com isso. Ele finalmente está ajustado ao meio-ambiente…

Puxa, nunca vi algo capaz de superar a mudança que houve em Maxwell Taber desde que ele voltou daquele hospital; com umas marcas roxas em volta dos olhos, um pouco mais magro, e, sabe de uma coisa?, ele é um outro homem. Deus, a moderna ciência americana…

E a luz fica acesa na janela de seu porão, muito depois da meia-noite, toda noite, à medida que os Elementos de Reação Retardada, que os técnicos instalaram, emprestam habilidades ligeiras aos seus dedos quando ele se inclina sobre o vulto entorpecido da esposa, das suas garotinhas de apenas quatro e seis anos, o vizinho com quem joga boliche às segundas-feiras; ele os ajusta como foi ajustado. É assim que eles espalham o sistema.

Quando a corda dele finalmente acaba, depois de um número de anos preestabelecido, a cidade o ama carinhosamente e o jornal publica seu retrato ajudando os escoteiros, no ano passado, no Dia de Limpeza do Cemitério, e a esposa dele recebe uma carta do diretor da escola secundária, dizendo como Maxwell Taber era uma figura inspiradora para a juventude da nossa maravilhosa comunidade.

Até embalsamadores, normalmente uns pão-duros, contadores de tostão, ficam influenciados. "É, olhe só para ali: o velho Max Taber era um bom sujeito. Que é que você acha de usarmos aquele peso, 30 mais caro, sem cobrar nenhuma taxa extra da esposa dele? Não, que diabo, vamos fazê-lo por conta da casa."

Um Desfecho bem sucedido como esse é um produto que traz alegria ao coração da Chefona e faz a propaganda da sua arte e da indústria inteira de maneira geral. Todo mundo fica satisfeito com o Desfecho.

Mas uma Admissão é uma história diferente. Mesmo a Admissão mais bem comportada está destinada a precisar de algum trabalho para entrar na rotina e, também, nunca se pode dizer quando poderia entrar justamente aquele determinado tipo, que é suficientemente livre para estragar as coisas à direita e à esquerda, realmente fazer um diabo de uma confusão e constituir uma ameaça a toda a organização bem lubrificada do esquema. E, como já expliquei, a Chefona fica realmente furiosa se qualquer coisa impede seu esquema de funcionar direitinho.

Antes do meio-dia eles estão novamente na máquina de neblina, mas não a ligaram a toda; não está tão espessa assim, posso ver com algum esforço. Um dia desses, deixarei de me esforçar e me deixarei levar por completo, me perderei na neblina como alguns dos Crônicos se perderam, mas por enquanto estou interessado nesse cara novo – quero ver como é que ele vai reagir à Sessão de Grupo que vem aí.

Aos dez para uma, a neblina se dissolve por completo e os crioulos estão dizendo aos Agudos para desimpedir o aposento para a sessão. Todas as mesas são levadas para fora da enfermaria e para a sala da banheira, do outro lado do corredor. "Desocupem o chão", diz McMurphy, como se estivéssemos querendo dar uma festa de dança.

A Chefona observa tudo pela sua janela. Ela não se mexeu daquele lugar, diante daquela janela, durante três horas inteiras, nem mesmo para almoçar. O chão da enfermaria fica livre de mesas e, à uma hora, o médico sai do consultório, no fundo do corredor, cumprimenta a enfermeira com um aceno de cabeça ao passar por onde ela está, observando pela janela, e se instala em sua cadeira, um pouco à esquerda da porta. Os pacientes sentam-se em seguida; e aí as enfermeirinhas e os internos vêm entrando um a um. Quando todo mundo está sentado, a Chefona se levanta por trás da janela e vai até os fundos da Sala de Enfermeiras, até aquele painel de aço, com controles e botões, liga uma espécie qualquer de piloto automático para dirigir as coisas enquanto ela estiver fora e sai para a enfermaria, trazendo o diário e um punhado de anotações. O uniforme dela, mesmo depois de ela ter estado ali durante a metade de um dia, ainda se conserva tão duro de engomado que não se dobra exatamente em lugar algum; estala e se parte nas juntas com um som como o de uma lona congelada ao ser dobrada.

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