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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

A Romana: краткое содержание, описание и аннотация

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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“Realmente — pensava eu às vezes — … que defeitos tem ele? É novo, é belo, é inteligente, é honesto, é sério, não se lhe pode apontar o mais pequeno defeito.” Isso admirava-me porque não é fácil encontrar a perfeição, e o conhecê-la quase me afligia. “Que homem é este que, depois de perscrutado, não revela a menor mácula, nem a menor falta?”

Na verdade, eu apaixonara-me sem dar por isso. E agora sei que o amor tem uns óculos através dos quais um monstro nos parece maravilhoso.

Estava de tal maneira apaixonada que a primeira vez que ele me beijou, na estrada onde tivera lugar a nossa primeira conversa, experimentei uma tal sensação que se poderia traduzir como a satisfação natural de um velho anseio, há muito desejado. Contudo, a irresistível espontaneidade com que as nossas bocas se uniram assustou-me um pouco, porque eu pensava que de futuro os meus actos já não dependiam de mim, mas da força irresistível que me atraía com tão doce violência para os seus braços. No entanto, fiquei plenamente descansada, porque logo que nos separámos ele disse-me que nos podíamos considerar daí em diante como noivos.

Ainda desta vez não pude impedir-me de pensar que ele encontrara sem dificuldades as palavras que correspondiam aos meus anseios mais íntimos. Assim, o receio que este beijo me despertara desvaneceu-se e todo o tempo em que estivemos parados na estrada fui eu quem o beijou, sem reserva, com um sentimento de inteiro, violento e legítimo abandono. Dei e recebi na minha vida muitos beijos. Sabe Deus quantos dei e recebi sem a menor reacção, não só afectiva mas também física, como se dá ou se recebe uma moeda usada por mil mãos. Mas nunca mais esquecerei aquele primeiro beijo, pela intensidade quase dolorosa com a qual satisfiz plenamente, não apenas o meu amor por Gino, mas uma espera de toda a minha vida. Lembro-me de ter tido a sensação de que à nossa volta o mundo girava, que eu tinha o céu em baixo e a Terra em cima de mim.

Na realidade tinha-me apenas debruçado um pouco sobre a sua boca para prolongar o beijo. Qualquer coisa de fresco e de vivo tocava e forçava os meus dentes, e quando os descerrei senti que a sua língua, que tanta vez me acariciara os ouvidos com as suas palavras, se me revelava agora mudamente, fazendo penetrar na minha boca uma outra doçura desconhecida. Não sabia que se podia beijar assim e por tanto tempo; bem depressa perdi a respiração e senti-me tão vazia que quando nos separámos encostei-me às costas do banco com os olhos fechados e o espírito abstracto, como se fosse desmaiar. Nesse dia descobri que havia outras alegrias no mundo além de uma vida tranquila no seio da família. Mas não pensava que essas alegrias pudessem impedir aquelas a que eu até então aspirara.

Depois da promessa de noivado de Gino senti-me segura de poder sem pecado nem remorsos daqui para o futuro saborear ao mesmo tempo umas e outras. Estava tão convencida da honestidade e da dignidade da minha conduta que nessa mesma noite, com um pouco de excitação e satisfação ao mesmo tempo, contei o caso a minha mãe. Encontrei-a a coser à máquina junto da janela à luz crua de uma lâmpada sem abat-jour, e disse-lhe com a cara a arder:

— Mamã, estou noiva!

Vi a sua face enrugar-se com uma contracção como se tivesse sentido um fio de água gelada correr-lhe pelas costas abaixo.

— E de quem? — perguntou.

— De um rapaz que conheci há uns dias.

— Que faz ele?

— É chauffeur.

Gostaria de ter acrescentado mais alguma coisa, mas ela não me deu tempo. Afastou-se da máquina e. saltando da cadeira, agarrou-me pelos cabelos:

— Ficaste noiva sem nada me dizeres! E com um chauffeur? Coitada de mim! Tu vais ser a minha morte.

Gritando, ela tentava esbofetear-me. Eu protegia a cara com as mãos e acabei por me escapar, mas ela seguiu atrás de mim. Corri à volta da mesa que ocupava o centro da sala, enquanto ela me perseguia com lamentações de desespero. Eu estava completamente apavorada ao ver o seu rosto magro virado para mim com uma espécie de fúria dolorosa.

— Eu mato-te! — gritava. — Desta vez mato-te! — Cada vez que ela dizia “mato-te” dir-se-ia que a sua raiva aumentava e que ela ia pôr em prática as suas ameaças. Eu estava no topo da mesa e vigiava os seus gestos porque naquele momento ela era capaz senão de me matar, pelo menos de me ferir com a primeira coisa que apanhasse à mão. Com efeito a certa altura brandiu a grande tesoura de costura; só tive tempo de me virar e logo a tesoura voou pelo ar e foi bater na parede. O seu próprio gesto assustou-a. Bruscamente sentou-se junto da mesa, com o rosto entre as mãos, e teve uma crise de lágrimas nervosas entrecortada por ataques de tosse, onde havia mais raiva que dor. Ouvia-a dizer por entre lágrimas:

— E eu que tinha tantos planos para ti!… Eu que te via rica… com a tua beleza… E logo te foste comprometer com um esfomeado!

— Mas ele não é um esfomeado — interrompi timidamente.

— Um chauffeur! Um chauffeur! — repetia ela levantando os ombros. — Tu não passas de uma desgraçada e acabas por me desgraçar a mim também!

Pronunciou lentamente estas palavras como para saborear a sua amargura.

— Vai casar contigo e tu serás a sua criada primeiro e depois a criada dos teus filhos… assim que tudo acabará!

— Casaremos logo que ele tenha dinheiro suficiente para comprar um carro! — declarei, anunciando um dos vários planos de Gino.

— Veremos!… Mas não o quero cá metido! — gritou bruscamente, voltando para mim a cara coberta de lágrimas. — Não o quero ver! Faz o que quiseres… encontra-te com ele lá fora, as não o metas aqui!

Nessa noite fui-me deitar sem jantar, muito triste e muito desencorajada. Mas percebi que se minha mãe se portava comigo desta maneira era por gostar de mim e por ter feito para o meu futuro não sei que planos que o meu noivado com Gino deitava por terra. Mais tarde, quando compreendi quais eram esses planos, não senti coragem para a condenar. Ela não tinha recebido da sua vida honesta e laboriosa outras recompensas que não fossem amarguras, tormentos e miséria. Que admira que sonhasse para a sua filha uma sorte completamente diferente?

Devo acrescentar que se tratava talvez não tanto de planos, mas mais propriamente de sonhos vagos e cintilantes que podia acalentar sem muitos remorsos precisamente por serem vagos e cintilantes. Mas isto é uma suposição. Pode muito bem ser que, pelo contrário, a minha mãe, por um desvio inveterado de consciência, tenha realmente decidido encaminhar-me um dia para o caminho que fatalmente eu iria tomar sozinha. Se digo estas coisas não é por rancor contra minha mãe, mas porque ainda hoje não sei bem o que pensava ela então e porque a experiência me ensinou que se pode pensar e sentir ao mesmo tempo as coisas mais diferentes sem lhes notar a contradição.

Minha mãe jurara que em caso nenhum se encontraria com Gino e durante algum tempo respeitei o seu juramento. Mas depois dos primeiros beijos, Gino parecia extremamente desejoso de apôr tudo em ordem, como ele dizia, e todos os dias insistia comigo para ser apresentado a minha mãe. Não tinha coragem para lhe dizer que ela não o queria conhecer porque achava a sua profissão demasiado humilde e vi-me por isso forçada a encontrar constantemente pretextos para retardar essa ocasião. Por fim Gino compreendeu que eu lhe escondia qualquer coisa e insistiu tanto que me vi forçada a revelar-lhe a verdade.

— Minha mãe não te quer conhecer. Acha que eu devia casar-me com um homem rico e não com um chauffeur.

Esta conversa passava-se dentro do carro na ruazinha costumada do arrabalde. Gino olhou-me com tristeza, suspirando. Eu estava a tal ponto apaixonada por ele que nem me dei conta do que havia de fingido na sua maneira de falar.

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