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Jorge Amado: Capitães da Areia

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Jorge Amado Capitães da Areia

Capitães da Areia: краткое содержание, описание и аннотация

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"Capitães da Areia" é um romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador dos anos 1930.

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E os menores, aqueles pequeninos que chegavam para o grupo cheios de receio tinham nele o mais decidido protetor. Pedro, o chefe, também gostava de ouvi-lo. E João Grande bem sabia que não era por causa da sua força que tinha a amizade do Bala. Pedro achava que o negro era bom e não se cansava de dizer:

- Tu é bom, Grande. Tu é melhor que a gente. Gosto de você - e batia pancadinhas na perna do negro, que ficava encabulado.

João Grande vem vindo para o trapiche. O vento quer impedir passos e ele se curva todo, resistindo contra o vento que levanta a areia. Ele foi à Porta do Mar beber um trago de cachaça com o Querido-de-Deus, que chegou hoje dos mares do Sul, de uma pescaria. O Querido-de-Deus é o mais célebre capoeirista da cidade. Quem não o respeita na Bahia? No jogo de capoeira de Angola ninguém pode se medir com o Querido-de-Deus, nem mesmo Zé Moleque, que deixou fama no Rio de Janeiro. O Querido-de-Deus contou as novidades e avisou que no dia seguinte apareceria no trapiche para continuar as lições de capoeira que Pedro Bala, João Grande e o Gato tomam. João Grande fuma um cigarro e anda para o trapiche. As marcas dos seus grandes pés ficam na areia, mas o vento logo as destrói. O negro pensa que nessa noite de tanto vento são perigosos os caminhos do mar.

João Grande passa por debaixo da ponte - os pés afundam na areia - evitando tocar no corpo dos companheiros que já dormem. Penetra no trapiche. Espia um momento indeciso até que nota a luz da vela do Professor. Lá está ele, no mais longínquo canto do casarão, lendo à luz de uma vela. João Grande pensa que aquela luz ainda é menor e mais vacilante que a da lanterna da Porta do Mar e que o Professor está comendo os olhos de tanto ler aqueles livros de letra miúda. João Grande anda para onde está o Professor, se bem durma sempre na porta do trapiche, como um cão de fila, o punhal próximo da mão, para evitar alguma surpresa.

Anda entre os grupos que conversam, entre as crianças que dormem, e chega para perto do Professor. Acocora-se junto a ele e fica espiando a leitura atenta do outro.

João José, o Professor, desde o dia em que furtara um livro de histórias numa estante de uma casa da Barra, se tomara perito nestes furtos. Nunca, porém, vendia os livros, que ia empilhando num canto do trapiche, sob tijolos, para que os ratos não os roessem. Lia-os todos numa ânsia que era quase febre. Gostava de saber coisas e era ele quem muitas noites, contava aos outras histórias de aventureiros, de borne do mar, de personagens heroicos e lendários, histórias que faziam aqueles olhos vivos se espicharem para o mar ou para as misteriosas ladeiras da cidade, numa ânsia de aventuras e de heroísmo. João José era o único que lia correntemente entre eles e, no entanto, só estive na escola ano e meio. Mas o treino diário da leitura despertara completamente sua imaginação e talvez fosse ele o único que tivesse uma certa consciência do heroico das suas vidas. Aquele saber, aquela vocação para contar histórias, fizera-o respeitado entre os Capitães Areia, se bem fosse franzino, magro e triste, o cabelo moreno caindo sobre os olhos apertados de míope. Apelidaram-no de Professor porque num livro furtado ele aprendera a fazer mágicas com lenços níqueis e também porque, contando aquelas histórias que lia e muitas que inventava, fazia a grande e misteriosa mágica de os transportar para mundos diversos, fazia com que os olhos vivos dos Capitães da Areia brilhassem como só brilham as estrelas da noite da Bahia. Pedro Bala nada resolvia sem o consultar e várias vezes foi a imaginação Professor que criou os melhores planos de roubo. Ninguém sabia, entanto, que um dia, anos passados, seria ele quem haveria de contar em quadros que assombrariam o país a história daquelas vidas e muitas outras histórias de homens lutadores e sofredores. Talvez só o sou se Don ' Aninha, a mãe do terreiro da Cruz de Opô Afonjá, porque Don ' Aninha sabe de tudo que Yá lhe diz através de um búzio noites de temporal.

João Grande ficou muito tempo atento à leitura. Para o negro aquelas letras nada diziam. O seu olhar ia do livro para a luz oscilante da vela, e desta para o cabelo despenteado do Professor. Terminou por se cansar e perguntou com sua voz cheia e quente:

- Bonita, Professor?

Professor desviou os olhos do livro, bateu a mão descarnada no ombro do negro, seu mais ardente admirador:

- Uma história porreta, seu Grande. - Seus olhos brilhavam.

- De marinheiro?

- É de um negro assim como tu. Um negro macho de verdade.

- Tu conta?

- Quando findar de ler eu conto. Tu vai ver só que negro...

E volveu os olhos para as páginas do livro. João Grande acendeu um cigarro barato, ofereceu outro em silêncio ao Professor e ficou fumando de cócoras, como que guardando a leitura do outro. Pelo trapiche ia um rumor de risadas, de conversas, de gritos. João Grande distinguia bem a voz do Sem-Pernas, estrídula e fanhosa.O Sem-Pernas falava alto, ria muito. Era o espião do grupo, aquele que sabia se meter na casa de uma família uma semana, passando por um bom menino perdido dos pais na imensidão agressiva da cidade. Coxo, o defeito físico valera-lhe o apelido. Mas valia-lhe também a simpatia de quanta mãe de família o via, humilde e tristonho, na sua porta pedindo um pouco de comida e pousada por uma noite. Agora, meio do trapiche, O Sem-Pernas metia a ridículo o Gato, que perde todo um dia para furtar um anelão cor de vinho, sem nenhum valo, real, pedra falsa, de falsa beleza também.

Fazia já uma semana que o Gato avisara a meio mundo:

- Vi um anelão, seu mano, que nem de bispo. Um anelão bom pro meu dedo. Batuta mesmo. Tu vai ver quando eu trouxer...

- Em que vitrine?

- No dedo de um pato. Um gordo que todo dia toma o bonde de Brotas na Baixa do Sapateiro.

E o Gato não descansou enquanto não conseguiu, no aperto um bonde das seis horas da tarde, tirar o anel do dedo do homem, escapulindo na confusão, porque o dono logo percebeu. Exibia o anel no dedo médio, com vaidade. O Sem-Pernas ria:

- Arriscar cadeia por uma porcaria! Um troço feio...

- Que tem tu com isso? Eu acho bom, tá acabado.

- Tu é burro mesmo. Isso no prego não dá nada.

- Mas dá simpatia no meu dedo. Tou arranjando uma comida.

Falavam naturalmente em mulher apesar do mais velho ter apenas 16 anos. Cedo conheciam os mistérios do sexo.

Pedro Bala, que ia entrando, desapartou o começo de briga. João Grande deixou o Professor lendo e veio para junto do chefe. O Sem-Pernas ria sozinho, resmungando acerca do anel. Pedro o chamou e foi com ele e com João Grande para o canto onde estava Professor...

- Vem cá, Professor.

Ficaram os quatro sentados. O Sem-Pernas acendeu uma ponta de charuto caro, ficou saboreando. João Grande espiava o pedaço de mar que se via através da porta, além do areal. Pedro falou:

- Gonzales do 14 falou hoje comigo...

- Quer mais corrente de ouro? Da outra vez... - atalhou O Sem-Pernas.

- Não. Tá querendo chapéu. Mas só topa de feltro. Palhinha não vale, diz que não tem saída. E também...

- Que é que tem mais? - novamente interrompeu O Sem-Pernas.

- Tem que muito usado não presta.

- Tá querendo muita coisa. Se ainda pagasse que valesse a pena.

- Tu sabe, Sem-Pernas, que ele é um bicho caiado. Pode não pagar bem, mas é uma cova. Dali não sai nada, nem a gancho.

- Também paga uma miséria. E é interesse dele não dizer nada. Se ele abrir a boca no mundo não há costas largas que livre ele do xilindró...

- Tá bom, Sem-Pernas, você não quer topar o negócio, vá embora, mas deixe a gente combinar as coisas direito.

- Não tou dizendo que não topo. Tou só falando que trabalhar pra um gringo ladrão não é negócio. Mas se tu quer...

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