August Nemo - Romancistas Essenciais - Camilo Castelo Branco

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Romancistas Essenciais - Camilo Castelo Branco: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Camilo Castelo Branco, escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi um dos escritores mais prolíferos e marcantes do romantismo em língua portuguesa.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– Amor de Perdição.
– A Brasileira de Prazins.

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— Tenha lá mão, mestre; não vá você atirar-me! - bradou Simão ao ferrador.

— Pois o fidalgo já aí anda!? Então está fechado o cerco. Eu cá vou fazer de furão. Se este nos escapa, não há nada seguro neste mundo!

Não se enganaram. O criado de Baltasar Coutínho, quando se atirara desamparado à brenha, deslocara um joelho, e caíra atordoado. O arreeiro não examinou o efeito do tiro, porque atirara à ventura, e achava natural que o fugitivo se não molestasse. Quando volveu a si do aturdimento da queda, o homem arrastou-se até encontrar um cercado de árvores silvestres, em que pernoitava a passarinhada. Como os melros cacarejassem, esvoaçando, o criado de Baltasar retrocedeu para o mato, cuidando que aí escaparia; mas o arreeiro jogava enormes calhaus em todas as direções, e alguns acercavam mais que as balas do seu bacamarte. João da Cruz tirou do bolso da jaqueta um podão, e começou a cortar a selva de carvalhas novas e giestas que se emaranhavam em redor do esconderijo. Já cansado, porém, e vendo o pouco fruto do trabalho, disse ao arreeiro:

— Petisca lume, vai ali dentro buscar um pouco de restolho seco, e vamos pegar fogo ao mato, que este ladrão há de morrer assado.

O perseguido, quando tal ouviu, tirou do maior perigo coragem para fugir, rompendo a espessura e saltando a parede da tapada para o campo do restolho em que o arreeiro andava apanhando palha e Simão esperava o desfecho da montaria. Correram a um tempo o arreeiro e o acadêmico sobre ele, O fugitivo, sentindo-se alcançado, lançou-se de joelhos e mãos erguidas, pedindo perdão, e dizendo que o amo o obrigaria àquela desgraça. Já a coronha do bacamarte do arreeiro lhe ia direita ao peito, quando Simão lhe reteve o braço.

— Não se bate num homem ajoelhado! - disse o moço - Levanta-te, rapaz!

— Eu não posso, senhor. Tenho uma perna quebrada e estou aleijado para a minha vida!

Neste comenos chegou o ferrador, e exclamou:

— Pois esse tratante ainda está vivo!?

E correu sobre ele com o podão.

— Não mate o homem, senhor João! - disse o filho do corregedor'.

— Que o não mate! Essa é de cabo de esquadra! Com que então o fidalgo quer pagar-me com a forca o favor de o acompanhar... hein?

— Com a forca?! - atalhou Simão.

— Pudera não! Quer que este homem fique para ir contar a história? Acha bonito? Lá vossa senhoria, como é filho de ministro, não terá perigo; mas eu, que sou ferrador, posso contar que desta vez tenho o baraço no pescoço. Não me faz jeito o negócio. Deixe-me cá com o homem...

— Não o mate, senhor João; peço-lhe eu que o deixe ir. Uma testemunha não nos pode fazer mal.

— O quê! - redargüiu o ferrador - vossa senhoria é doutor, saberá muito, mas de justiça não sabe nada. e há de perdoar o meu atrevimento. Basta uma só testemunha para guiar a justiça na devassa. As duas por três, uma testemunha de vista, e quatro de ouvir dizer, com o fidalgo de Castrod'ALre a mexer os pauzinhos, é forca certa, como dois e dois serem quatro.

— Eu não digo nada; não me matem, que eu nem torno a ir para Castro-d'Aire - exclamou o homem.

— Deixe-o ficar, João da Cruz... vamos embora...

— Isso! - acudiu o ferrador - Chame-me João da Cruz... para este maroto ficar bem certo de que sou o João da Cruz... Como efeito, não sei o que me parece vossa senhoria querer deixar com vida uma alma do diabo que lhe deu um tiro para o matar.

— Pois sim, tem você razão; mas eu não sei castigar miseráveis que não resistem.

— E, se ele o tivesse matado, castigava-o? Responda a isto, senhor doutor.

— Vamos embora - tornou Simão - deixemos por aí esse miserável.

Mestre João cismou alguns momentos, coçando a cabeça, e resmungou com descontentamento:

— Vamos lá. .. Quem o seu inimigo poupa nas mãos lhe morre.

Tinham já saído do plano e saltado o tapada, e iam descendo para a estrada, quando o ferrador exclamou:

— Lá me ficou a minha clavina escostada à sebe... Vão indo que eu venho já.

O arreeiro conduzia o cavalo, que pacificamente estivera tosando a relva das paredes marginais da estrada, quando Simão ouviu gritos. Conjeturou com certeza o que era.

— O João lá está a fazer justiça! - disse o arreeiro - Deixá-lo lá, meu amo, que ele é homem que sabe o que faz.

João da Cruz apareceu daí a pouco, limpando com fentos o podão ensangüentado.

— Você é cruel, sr. João - disse o acadêmico.

— Não sou cruel - disse o ferrador - o fidalgo está enganado comigo; é que, diz lá o ditado, morrer por morrer, morra meu pai, que é mais velho. Tanto faz matar um como dois. Quando se está com a mão na massa, tanto faz amassar um alqueire como três. As obras devem ser acabadas, ou então o melhor é não se meter a gente nelas. Agora levo a minha consciência sossegada. A justiça que prove, se quiser; mas não há de ser porque lho digam aqueles dois que eu mandei de presente ao diabo.

Simão teve um instante de horror do homicida, e de arrependimento de se ter ligado com tal homem.

VII

O ferimento de Simão Botelho era melindroso demais para obedecer prontamente ao curativo do ferrador, enfronhado em aforismos de alveitaria. A bala passara-lhe de revés a porção muscular do braço esquerdo; mas algum vaso importante rompera, que não bastavam compressas a vedar-lhe o sangue. Horas depois de ferido, o acadêmico deitou-se febril, deixando-se medicar pelo ferrador. O arreeiro partiu para Coimbra, encarregado de espalhar a notícia de ter ficado no Porto Simão Botelho.

Mais que as dores e o receio da amputação, o mortificava a ânsia de saber novas de Teresa. João da Cruz estava sempre de sobrerrolda, precavido contra algum procedimento judicial por suspeitas dele. As pessoas que vinham de feirar na cidade contavam todas que dois homens tinham aparecido mortos, e constava serem criados dum fidalgo de Castrod'Aire, Ninguém, porém, ouvira imputar o assassínio a determinadas pessoas.

Na tarde desse dia recebeu Simão a seguinte carta de Teresa:

"Deus permita que tenhas chegado sem perigo a casa dessa boa gente. Eu não sei o que se passa. mas há coisa misteriosa que eu não posso adivinhar. Meu pai tem estado toda a manhã fechado com o primo, e a mim não me deixa sair do quarto. Mandou-me tirar o tinteiro; mas eu felizmente estava prevenida com outro. Nossa Senhora quis que a pobre viesse pedir esmola debaixo da janela do meu quarto; senão, eu nem tinha modo de lhe dar sinal para ela esperar esta carta. Não sei o que ela me disse Falou-me em criados mortos; mas eu não pude entender... Tua mana Rita está-me acenando por trás dos vidros do teu quarto...

Disse-me agora tua mana que os moços de meu primo tinham aparecido mortos perto da estrada. Agora já sei tudo. Estive para lhe dizer que tu aí estás, mas não me deram tempo. Meu pai de hora a hora dá passeios no corredor, e solta uns ais muitos altos.

Ó meu querido Simão, que será feito de ti?... Estás ferido? Serei eu a causa da tua morte?

Dize-me o que souberes. Eu já não peço a Deus senão a tua vida. Foge desses sítios: vai para Coimbra, e espera que o tempo melhore a nossa situação. Tem confiança nesta desgraçada, que é digna da tua dedicação... Chega a pobre: não quero demorá-la mais... Perguntei-lhe se se dizia de ti alguma coisa, e ela respondeu que não. Deus o queira".

Respondeu Simão a querer tranqüilizar o ânimo de Tereza. Do seu sofrimento falava tão de passagem, que dava a supor que nem o curativo era necessário. Prometia partir para Coimbra logo que o pudesse fazer sem receio de Teresa sofrer na sua ausência. Animava-a a chamá-lo assim que as ameaças do convento passassem a ser realizadas.

Entretanto, Baltasar Coutinho, chamado às autoridades judiciárias para esclarecer a devassa instaurada, respondeu que efetivamente os homens mortos eram seus criados, de quem ele e sua família se acompanhara de Castro-d'Aire. Acrescentou que não sabia que eles tivessem inimigos em Viseu, nem tinha contra alguém as mais leves presunções.

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