August Nemo - Romancistas Essenciais - Camilo Castelo Branco

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Romancistas Essenciais - Camilo Castelo Branco: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Camilo Castelo Branco, escritor português, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. Foi um dos escritores mais prolíferos e marcantes do romantismo em língua portuguesa.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– Amor de Perdição.
– A Brasileira de Prazins.

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— Isto aqui não é caminho. Que quer?

O fidalgo não respondeu.

— Parece-me que lhe abro a boca com uma bala - tornou Simão.

— Que lhe importa o senhor quem está?! - disse Baltasar - Se eu tiver um segredo, como o senhor parece que tem o seu nestes sítios, sou obrigado a confessar-lho!?

Simão refletiu, e replicou.

— Este muro pertence a uma casa onde mora uma só família, e uma só mulher.

— Estão nessa casa mais de quarenta mulheres esta noite - redargüiu o primo de Teresa. - Se o cavalheiro espera uma, eu posso esperar outra.

— Quem é o senhor? - tornou com arrogância o filho do corregedor.

— Não conheço a pessoa que me interroga, nem quero conhecer. Fiquemos cada um com o nosso incógnito. Boas noites.

Baltasar Coutinho retrocedeu, dizendo entre si:

— "Que partido tem uma espada contra dois homens e duas pistolas?"

Simão Botelho cavalgou, e partiu para casa do hospitaleiro ferrador.

O sobrinho de Tadeu de Albuquerque entrou na sala sem denunciar levemente alteração de ânimo. Viu que Teresa o observava de revés, e soube dissimular-se de modo que a sossegou. A pobre menina, ansiosa por se ver sozinha, viu com prazer erguer-se para sair a primeira família, que deu rebate às outras, menos ao de Castro-d'Aire e suas irmãs, que ficaram hospedados em casa de seu tio, com tenção de se demorarem oito dias em Viseu.

Velou Teresa o restante da noite, escrevendo a Simão a longa história dos seus terrores, e pedindo-lhe perdão de o ela não ter advertido do baile, por ficar doida de alegria com a sua vinda. No tocante ao plano de se encontrarem na seguinte noite não havia alteração na carta. Isto espantou o acadêmico. A seu ver, o vulto era Baltasar Coutinho, e o pai de Teresa devia ser avisado naquela mesma noite.

Respondeu ele contando a história do incidente com o encapotado; receando, porém, assustar Teresa e privar-se da entrevista, escreveu nova carta em que não transluzia medo de ser atacado, nem sequer receio de marear-lhe a fama. Quis parecer a Simão Botelho que este era o digno porte de um amante corajoso.

Passou o estudante aquele dia contando as longas horas, e meditando instantes nos funestos resultados que podia ter a sua temerária ida, se Baltasar Coutinho era aquele homem que reservara para melhor relance a vingança da provocação insolente. Mas de si para si tinha ele que pensar em que tal era mais cobardia que prudência.

O ferrador tinha uma filha, moça de vinte e quatro anos, formas bonitas, um rosto belo e triste. Notou Simão os reparos em que ela se demorava a contemplá-lo, e perguntou-lhe a causa daquele olhar melancólico com que ela o fitava. Mariana corou, abriu um sorriso triste, e respondeu:

— Não sei o que me adivinha o coração a respeito de vossa senhoria. Alguma desgraça está para lhe suceder...

— A menina não dizia isso - replicou Simão - sem saber alguma coisa da minha vida.

— Alguma coisa sei... - tornou ela.

— Ouviu contar ao arreeiro?

— Não, senhor. E que meu pai conhece o paizinho de vossa senhoria, e também conhece o senhor. E há bocadinho que eu ouvi estar meu pai a dizer a meu tio, que é o arreeiro que veio com vossa senhoria, que tinha suas razões para saber que alguma desgraça lhe estava para acontecer...

— Por quê?

— Por amor duma fidalga de Viseu, que tem um primo em Castro-d'Aire.

Simão espantou-se da publicidade do seu segredo, e ia colher pormenores do que ele julgava mistério entre duas famílias, quando o mestre ferrador João da Cruz entrou no sobrado, onde o precedente diálogo se passara. A moça, como ouvisse os passos do pai, saíra lentamente por outra porta.

— Com sua licença - disse mestre João.

Dizendo, fechou por dentro ambas as portas, e sentou-se sobre uma arca.

— Ora, meu fidalgo - continuou ele, descendo as mangas arregaçadas da camisa, e apertando-as com dificuldade nos grossos pulsos, como quem sabe as etiquetas das mangas - há de desculpar que eu viesse assim em mangas de camisa; mas não dei com a jaqueta...

— Está muito bem, senhor João - atalhou o acadêmico.

— Pois, senhor, eu devo um favor a seu pai, e um favor daquela casta. Uma vez armou-se aqui à minha porta uma desordem, a troco de um couce que um macho dum almocreve deu numa égua, que estava ferrando, e, em tão boa hora foi, que lhe partiu rente o jarrete por aqui, salvo tal lugar.

João da Cruz mostrou na sua perna o ponto por onde fora fraturada a da égua, e continuou:

— Eu tinha ali à mão o martelo, e não me tive que não pregasse com ele na cabeça do macho, que foi logo pra terra. O recoveiro de Carção, que era chibante, deitou as unhas a um bacamarte, que trazia entre uma carga, e desfechou comigo, sem mais tirte nem garte. "Ó alma danada! - disse-lhe eu - pois tu vês que o teu macho me aleijou esta égua, que custou vinte peças a seu dono, e que eu tenho de pagar, e dás-me um tiro por eu te atordoar o macho!?"

— E o tiro acertou-lhe? - atalhou Simão.

— Acertou; mas saberá vossa senhoria que me não matou; deu-me aqui por este braço esquerdo com dois quartos. E vai eu, entro em casa, vou à cabeceira da cama, e trago uma clavina, e desfecho-lha na tábua do peito. O almocreve caiu como um tordo, e não tugiu nem mugiu. Prenderam-me, e fui para Viseu e já lá estava há três anos, no ano que o paízinho de vossa senhoria veio corregedor. Andava muita gente a trabalhar contra mim, e todos me diziam que eu ia pernear na forca. Estava lá na enxovia comigo um preso a cumprir sentença, e disse-me ele que o senhor corregedor tinha muita devoção com as sete dores de Nossa Senhora. Uma vez que ele ia passando com a família para a missa, disse-lhe eu: - "Senhor corregedor, peço a vossa senhoria, pelas sete dores de Maria Santíssima, que me mande ir à sua presença para eu explicar a minha culpa a vossa senhoria". O paizinho de vossa senhoria chamou o meirinho-geral, e mandou tomar o meu nome. Ao outro dia fui chamado ao senhor corregedor, e contei-lhe tudo, mostrando-lhe ainda as cicatrizes do braço. Seu pai ouviu-me, e disse-me: - "Vai-te embora, que eu farei o que puder". O caso é, meu fidalgo, que eu saí absolvido, quando muita gente dizia que eu havia de ser enforcado à minha porta. Faz favor de me dizer se eu não devo andar com a cara onde o seu paizinho põe os pés?!

— Tem o senhor João motivo para lhe ser grato, não há dúvida nenhuma.

— Agora faz favor de ouvir o mais. Eu, antes de ser ferrador, fui criado de farda em casa do fidalgo de Castrod'Aire, que é o senhor Baltasar. Conhece-o vossa senhoria? Ora, se conhece...

— Conheço de nome.

— Foi ele que me abonou dez moedas de ouro para me estabelecer; mas paguei-lhas, Deus louvado. Há de haver seis meses que ele me mandou chamar a Viseu, e me disse que tinha trinta peças para me dar, se eu lhe fizesse um serviço. - "O que vossa senhoria quiser, fidalgo". E vai ele disse-me que queria que eu tirasse a vida a um homem. Isto buliu cá por dentro comigo, porque. a falar a verdade, um homem que mata outro num aperto não é matador de oficio, acho eu, não é assim?

— De certo... - respondeu Simão, adivinhando o remate da história. - Quem era o homem que ele queria morto?

— Era vossa senhoria... O homem! - disse o ferrador com espanto - O senhor nem sequer mudou de cor!

— Eu não mudo nunca de cor, senhor João - disse o acadêmico.

— Estou pasmado!

— E vossemecê não aceitou a incumbência, pelo que vejo - tornou Simão.

— Não, senhor; e, então, logo que ele me disse quem era, a minha vontade era pregar-lhe com a cabeça numa esquina.

— E ele disse-lhe a razão por que me mandava matar?

— Não, meu fidalgo; eu lhe conto: Na semana adiante, quando soube que o senhor Baltasar (raios o partam!> tinha saído de Viseu, fui falar com o senhor corregedor, e contei-lhe tudo como se passara. O senhor corregedor esteve a cismar um pouquinho, e disse-me, e vossa senhoria há de perdoar por eu lhe dizer o que seu pai me disse, tal e qual.

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