Rafael Pires - A viagem de Óscar

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Na véspera de completar vinte e cinco anos, Óscar decide que aquele será o seu último dia na Terra. Planeia suicidar-se. Caetana pretende interromper um casamento de modo a vingar-se de um evento do seu passado. Quando os seus caminhos se cruzam, também os seus planos se interligam. A viagem em que embarcam, porém, não acabará no destino que desejam. Rafael Pires apresenta-nos o romance 'A viagem de Óscar' com sua escrita fluída e límpida e, não cedendo a sentimentalismos, explora temas profundos e familiares a cada um de nós: a insegurança, o desamor, o aborrecimento, a raiva, a incompreensão. Com diálogos repletos de humor entre jovens adultos que procuram o seu lugar no mundo e o seu propósito na vida, e recheado de referências a símbolos da nossa cultura e da sociedade moderna, este é um romance que nos arrebata, suave e tenso e, através dele, Rafael Pires acaba por roubar o nosso coração.

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© Editora Gato-Bravo, 2021

Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro nem o seu registo em sistema informático, transmissão mediante qualquer forma, meio ou suporte, sem autorização prévia e por escrito dos proprietários do registo do copyright.

editor Marcel Lopes

coordenação editorial Paula Cajaty

revisão Margarida Fontes

projecto gráfico Bookxpress

imagem da capa AdobeStock

Título

A viagem de Óscar

Autor

Rafael Pires

e-isbn 978-989-8938-93-0

1a edição: Junho, 2021

gato·bravo

rua de Xabregas 12, lote A, 276-289

1900-440 Lisboa, Portugal

tel. [+351] 308 803 682

editoragatobravo@gmail.com

editoragatobravo.pt

Sumário

CAPÍTULO 1

CAPÍTULO 2

CAPÍTULO 3

CAPÍTULO 4

CAPÍTULO 5

CAPÍTULO 6

CAPÍTULO 7

CAPÍTULO 8

CAPÍTULO 9

CAPÍTULO 10

CAPÍTULO 11

CAPÍTULO 12

CAPÍTULO 13

CAPÍTULO 14

CAPÍTULO 15

CAPÍTULO 16

CAPÍTULO 1

Óscar estava deitado na cama, os olhos fixos no teto. Um sonho acordara-o, mas ainda não perdera tempo a pensar nele. A dúvida com que adormecera na noite anterior persistia: Será possível ser-se verdadeiramente livre?

No seu cérebro não se referia àquela liberdade mais representativa em que se pensa quando se discutem liberdades sociais ou medita sobre o livre-arbítrio do homem. Óscar ia um pouco mais longe do que isso. Pensava num estado de liberdade em que o Ser se solta do tudo o que existe, um tudo tanto literal como figurado.

Antes que se prolongasse neste pensamento, que, na sua modesta opinião, era até bastante filosófico, os gritos dos vizinhos do lado já interrompiam o seu raciocínio. Eram os Antunes, dissera-lhe a Dona Helena uma vez. Óscar puxou a almofada para si e pressionou-a contra a cara quase até lhe faltar o ar. Depois, atirou- a e bocejou, conformado em ouvir os berros grosseiros dele e os estridentes dela. Desta vez discutiam sobre loiça, ou então sobre roupa, não tinha a certeza. O vizinho era um tipo de trinta e tal anos, mas tinha cara de quarenta. A ela, Óscar só a vira uma ou duas vezes, e tinha cabelos amarelos.

Um segundo bocejo e voltou a aninhar-se nos lençóis, arrependendo-se logo de ter atirado a almofada sabe-se lá para onde. Fechou os olhos, mas só por um instante.

— Mijar.

Ergueu-se sobre o chão frio de cerâmica, reparando que lhe faltava uma meia, e seguiu para a casa de banho. Não se deu ao trabalho de limpar duas pingas de mijo que caíram no assento da sanita, e puxou o autoclismo antes de lavar as mãos com três pedaços de sabonete praticamente desfeitos, desejando ter um daqueles líquidos que não partiam quando caíam ao chão. Perguntou-se se venderia isso na loja, mas achou que não.

Fechou a torneira com um movimento curto, mas lento. O espelho quadrado sobre o lavatório devolvia-lhe a imagem do rosto, não feio mas banal e incaracterístico a que se habituara ao fim de vinte e quatro anos. Sempre se considerara um gajo simples. Uma trunfa castanho-escura em caracol desviava as atenções de dois olhos escuros, castanhos também, e sem brilho. O nariz e a boca, sabia lá ele, tinha-los comuns, embora não desgostasse da curvatura angular do queixo.

Regressou ao quarto com a ligeira sensação de que não chegara a sair. Estacou junto à secretária do computador e deteve a atenção no tapete que a mãe sempre lhe dizia para arejar com frequência, coisa que ele não fazia. Era um quarto aborrecido, que Óscar nunca soubera como tornar mais interessante. Não via onde se poderia ter metido a meia que lhe faltava.

Pisou a almofada que tinha atirado há pouco e levantou-a com os dedos do pé descalço, pontapeando- a para cama. Seguiu o seu movimento com o próprio corpo, cansado, nem sabia bem porquê; talvez do sonho que estava a ter pouco antes de acordar. Os sonhos, por vezes, também eram cansativos. Sonhava com o quê, afinal? Tentou lembrar-se, mas a única coisa que lhe assomava à memória eram portas. Muitas portas. Mal voltara a fechar os olhos quando retomaram as interjeições desarticuladas da casa ao lado, que Óscar nem se apercebeu que teriam terminado. Tinham uma miúda de dez ou onze anos, ou coisa parecida, e viviam na moradia geminada há quatro ou cinco. Desentendiam-se por tudo e por nada e discutiam todos os dias, discussões feias ao som de gemidos e pancadas abafadas e objetos a partir. Um daqueles casos de violência doméstica que agora se dizia ser um crime público. Talvez a miúda os motivasse a continuarem juntos. Óscar não fazia ideia. Nada sabia sobre ter filhos ou sobre casamentos e muito menos ainda sabia sobre as complicações que se guardavam nas mentes das pessoas.

Certa vez, ainda os pais de Óscar moravam com ele, tentou-se chamar a polícia, mas a informação que lhes chegara por telefone era que os agentes nada podiam fazer sem testemunhas que comprovassem supostas agressões. Talvez a definição de crime público devesse implicar a existência de um vizinho valente capaz de arrombar portas para testemunhar ocorrências de violência doméstica em primeira mão, coisa que nunca aconteceu naquele caso, pelo que toda a atuação das partes envolvidas se reduzira ao famoso ditado que dizia que entre marido e mulher não se punha a colher.

Com um gesto rápido e mecânico puxou do seu velho mp3, máquina boa, ainda que meio ultrapassada para padrões atuais, em cima da mesinha de cabeceira. Pôs os headphones na cabeça, escolheu uma música chamada Swoon, dos The Chemical Brothers. O relógio digital da mesinha de cabeceira disse-lhe que ainda era cedo. Era sábado, Óscar não ia trabalhar e o seu único compromisso era à tarde, portanto acordara consigo mesmo que ficaria deitado durante toda a manhã. Levantar-se-ia apenas para o ocasional lanche, ou para bater uma, quem sabe. Não era o plano ideal, mas tinha a certeza de que havia outros piores. Foi então que algo de errado aconteceu. Óscar desconectou os headphones e voltou a conectá-los, mas não solucionou o problema. Estavam estragados ou meio estragados, pelo menos, uma vez que as batidas agudas e prolongadas da canção só se faziam ouvir do lado direito.

Na casa ao lado continuavam os berros. Óscar retirou os headphones da cabeça e suspirou. Desligou o mp3 e foi até à janela, espreitar o dia de sol. Suspirou, voltou a sentar-se na cama, segurou na cabeça. Amanhã seria o dia do seu aniversário, faria vinte e cinco anos e precisava dos headphones a funcionar para o que se ia passar.

Foi limpar aquelas pingas de mijo que tinha deixado no assento da sanita e de seguida voltou ao quarto para procurar a meia que lhe faltava entre os lençóis. Calçou umas calças de ganga azul, deixou-se ficar com a t-shirt branca que já tinha vestida e agarrou no seu casaco amarelo, estilo corta-vento. Junto à porta, pegou na chave de casa e na carteira e tentou recordar-se, mesmo antes de sair, do sonho que tivera horas antes. Não se conseguiu lembrar de nada senão do raio das portas.

A luz nas escadas piscava.

Ainda não alcançara o rés-do-chão quando se apercebeu da presença da velha Dona Helena à porta de casa, no lado direito, inócua e sorrateiramente vasculhando a mala. Com certeza já dera por ele a descer, e agora não havia maneira de não se cruzarem. Quando Óscar, descendo sem pressa, finalmente alcançou o último patamar, mostrou-se agradavelmente surpreendida, como se uma lembrança fortuita lhe ocorresse à cabeça.

— Já viste isto, Óscar? — Perguntou-lhe, segurando com uma das mãos a malita quadrada que levava a tiracolo, com sacos de compras entre as pernas. — O homem ‘teve cá nem faz uma semana a tratar da luz e já está assim outra vez.

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