Hermann Hesse - Viagem ao Oriente
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- Название:Viagem ao Oriente
- Автор:
- Издательство:Civilização Brasileira
- Жанр:
- Год:1970
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Voltou-se em minha direção e disse com sua voz clara e empestada:
— Auto-acusado H., reconhece a Corte de Justiça e concorda em submeter-se aos seus desígnios?
— Sim — respondi.
— Auto-acusado H. — prosseguiu ele — concorda em que esta Corte de Justiça o julgue sem a presença do Presidente, ou deseja que ele próprio dê seu veredicto?
— Concordo — disse eu — em ser julgados pêlos seus membros, com ou sem a presença do Presidente. O Presidente da Assembléia preparava-se para retrucar quando, do fundo da sala, ouviu-se uma voz suave dizer:
— O próprio Presidente está pronto para dar o veredicto.
O som daquela voz macia provocou-me um estremecimento. Das profundezas do recinto, do remoto horizonte dos arquivos, surgiu um homem. Tinha o andar leve e fácil, suas vestes cintilavam com reflexos dourados. Aproximou-se por entre o silêncio da Assembléia, e então reconheci o seu andar, seus movimentos, e finalmente sua face. Era Leo. Subiu as filas de assentos, com suas magníficas e vistosas roupas, e, como um Papa, chegou ao Alto Trono. Subia as escadas, com as vestes reluzindo como uma flor rara e esplendorosa. Todos se ergueram à sua passagem. Conduzia-se com a mesma humildade e zelo com que o fazem o santo Papa ou o patriarca.
Achava-me ansioso e comovido, à espera do julgamento que estava humildemente pronto a aceitar, fosse para punir-me ou favorecer-me. Perturbava-me também o fato de tratar-se de Leo, nosso antigo serviçal, o homem que ocupava o cargo máximo de toda a Confraria, prestes a julgar-me. Porém, a grande descoberta daquele dia deixava-me ainda mais atônito, surpreso e feliz: a Confraria estava mais poderosa e sólida do que nunca, e não fora esta nem Leo que me haviam abandonado e desiludido, e sim eu mesmo, que fora tão fraco e tolo a ponto de desvirtuar o sentido de minhas próprias experiências, de duvidar da Confraria, de considerar a Viagem ao Oriente um fracasso, e considerar-me o sobrevivente e narrador de uma história concluída e esquecida, quando não passava de um fugitivo, um traidor, um desertor. Estes pensamentos causavam-me júbilo e estupefação. Lá estava eu, de pé diante do Alto Trono, pelo qual fora outrora aceito como membro da Confraria, que dirigira a cerimônia de meu noviciado, do qual recebera o anel, sendo imediatamente enviado ao serviçal Leo para os preparativos da jornada. E em meio a tudo isto, descobria um novo pecado, lima falta inexplicável, uma nova vergonha: não mais possuía o anel da Confraria. Perdera-o, não sabia onde ou quando, e não dera pela sua falta até aquele dia!
Nesse ínterim, o Presidente Leo, envolto em suas vestes douradas, começou a falar com sua bela e delicada voz; suas palavras evocavam bondade e conforto, eram cálidas como o sol.
— O auto-acusado — disse do Alto Trono — teve oportunidade de redimir-se de alguns erros. Há muito que ser dito contra ele. Podemos julgar compreensível e até desculpável que tenha sido infiel à Confraria, que a reprovasse através de suas próprias falhas e fantasias, que duvidasse da continuidade de sua existência, que tivesse a estranha ambição de tornar-se seu historiador. Nenhuma dessas acusações pesa gravemente sobre ele. São, se o auto-acusado não se opõe ao termo, tolices de noviciado. Podem ser perdoadas com um sorriso.
Respirei profundamente, e todos os membros da ilustre Assembléia deixaram transparecer um leve sorriso nos lábios. Era para mim um enorme alívio ver que o mais grave de meus pecados, e mesmo minha ilusão de que a Confraria não mais existisse, e que era eu o único discípulo remanescente, eram considerados pelo Presidente como «tolices», coisas sem importância, e ao mesmo tempo que isto me levava de volta ao ponto de partida.
— Contudo — prosseguiu Leo, sua voz agora triste e grave -existem outras ofensas mais sérias atribuídas ao réu, e a mais grave é que ele não se coloca como auto-acusado por esses pecados, mas demonstra desconhecê-los. Lamenta profundamente haver traído a Confraria em pensamento; não pode perdoar-se por não haver reconhecido no serviçal Leo o Presidente Leo, e começa a compreender a extensão de sua infidelidade à Confraria. Mas, ao passo que atribui enorme gravidade a esses pensamentos faltosos, e acaba de perceber que podem .ser perdoados com um sorriso, esquece-se obstinadamente de suas verdadeiras ofensas, que são inumeráveis, cada uma delas grave o bastante para merecer um castigo severo.
Meu coração disparou. Leo voltou-se para mim.
— Réu H., mais tarde compreenderá a extensão de suas faltas e saberá também como evitá-las no futuro. No entanto, apenas para mostrar-lhe como ainda desconhece sua situação, pergunto-lhe: Recorda-se de sua caminhada pelas ruas da cidade em companhia do serviçal Leo, que, no papel de mensageiro, deveria trazê-lo perante o Alto Trono? Sim, você se lembra. Lembra-se também de havermos passado pela Municipalidade, pela Igreja de São Paulo e pela Catedral, quando o serviçal Leo entrou para ajoelhar-se e orar, e você não só recusou-se a entrar em sua companhia para cumprir suas devoções, de acordo com o quarto preceito do seu juramento à Confraria, como permaneceu do lado de fora, impaciente e aborrecido, esperando pelo fim da tediosa cerimônia que lhe parecia tão desnecessária, que para você não passava de um teste desagradável à sua impaciência egoísta? Sim, você se lembra. Pelo simples comportamento que demonstrou à porta da Catedral, já teria ferido os requisitos fundamentais e os costumes da Confraria. Negligenciou a religião, mostrou-se insolente com um irmão da Confraria, rejeitou com impaciência uma oportunidade e um convite para rezar e meditar. Seriam pecados imperdoáveis, não houvesse circunstâncias atenuantes especiais em seu caso. Agora ele chegara ao ponto crítico. Tudo seria dito; não havia mais assuntos secundários, nem tolices. Ele tinha razão. Atingira o ponto crucial da questão.
— Não é nossa intenção enumerar todas as faltas do réu -prosseguiu o Presidente. — Ele não será julgado de acordo com nossos preceitos, e sabemos que seria necessária apenas a nossa advertência para despertar sua consciência e fazê-lo arrepender-se. Do mesmo modo, auto-acusado H., é preciso preveni-lo para que faça um exame de consciência a respeito de outros atos que praticou. Será preciso lembrá-lo da noite em que visitou o serviçal Leo e expressou o desejo de ser por ele reconhecido como um membro da Confraria, embora isso fosse impossíveL pois você se tornara irreconhecível como nosso irmão? Devo lembrá-lo da conversa que manteve com o serviçal Leo sobre a venda de seu violino? A vida estúpida, chocante, medíocre e suicida que levou durante tantos anos?
— Existe ainda um ponto, irmão H., sobre o qual não posso calar-me. É bem possível que o empregado Leo lhe tenha feito uma injustiça naquela noite. Vamos supor que sim. O serviçal Leo talvez tenha sido muito severo, muito racional; talvez não tenha demonstrado muita indulgência ou compreensão pela sua situação. Mas existem autoridades mais poderosas e juizes mais infalíveis do que o serviçal Leo. Como reagiu o animal? Lembra-se do cão Necker, de como o repeliu e condenou? Ele é incorruptível, não toma partido, não é um membro da Confraria.
Fez uma pausa. Sim, o cão policial Necker! Ele sem dúvida me repelira e condenara. Eu concordava. O cão policial e eu mesmo já havíamos feito o meu julgamento.
— Auto-acusado H. — recomeçou Leo, sua voz agora fria e cristalina por sob o brilho dourado do manto e do dossel, como a voz do comandante ao surgir à porta de Don Giovanni no último ato. — Auto-acusado H., você me ouviu e deu-me razão. Presumimos que terá dado seu próprio veredicto?
— Sim — respondi com a voz embargada, — ... sim.
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