Ursula Le Guin - Os Túmulos de Atuan

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O universo destas narrativas envolve-nos, desde o princípio, numa atmosfera mágica e deveras inquietante. Este segundo volume é uma obra onde impera o suspense, os encontros místicos, os horrores inomináveis, mas também o sentido de humor. É neste cenário que os destinos dos heróis, Tenar e Gued, irão entrecruzar-se. Tenar, a grande sacerdotisa, é uma criança que foi despojada da própria identidade e afastada da família para se dedicar ís entidades do além: Aqueles-Que-Não-Têm-Nome, as forças misteriosas dos túmulos de Atuan. Gued, o jovem feiticeiro, é o bravo herói que arrisca a vida no labirinto proibido em busca do grande tesouro, o famoso Anel de Erreth-Akbe. Ao mesmo tempo, é também sua missão libertar Tenar daquele local tenebroso.

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O Gavião fez uma curta pausa e logo prosseguiu:

— Ora a metade veio parar às minhas mãos assim. Era eu pouco mais velho que tu és agora, andava numa perseguição… numa espécie de caçada através do mar. Aquilo que eu perseguia iludiu-me, de maneira que fui lançado para uma ilha deserta, não muito longe das costas de Karego-at e de Atuan, para sudoeste daqui. Era um pequeno ilhéu, pouco mais que um banco de areia, com longas dunas cobertas de plantas rasteiras no meio, uma fonte de água salobra e nada mais. No entanto, viviam ali duas pessoas. Dois velhos, um homem e uma mulher, irmãos, creio. Estavam aterrados com a minha presença. Já não viam outro rosto humano há… sei lá quanto! Anos, dezenas de anos. Mas eu precisava de ajuda e eles foram bons para mim. Tinham uma cabana de madeiras trazidas pelo mar e um fogo. A mulher deu-me comida, mexilhões que apanhava das rochas na maré baixa, carne seca de aves que matavam atirando-lhes pedras. Ela tinha medo de mim mas, mesmo assim, deu-me de comer. Depois, como eu não fazia nada que a pudesse atemorizar, acabou por confiar em mim e mostrou-me o seu tesouro. Também ela tinha um tesouro… Era um vestido pequeno. Todo feito de seda, recamada de pérolas. Um vestido de criança, um vestido de princesa. E ela vestia-se com peles de foca por curtir. Não podíamos conversar. Nessa altura eu não sabia a língua de Karg e eles não conheciam a língua do Arquipélago e muito pouco da sua própria língua. Devem ter sido levados para ali ainda muito pequenos e abandonados para morrer. Não sei por que motivos e duvido de que eles os conhecessem. Nada conheciam, para além da ilha, do mar e do vento. Mas quando me vim embora, ela deu-me um presente. Deu-me a metade perdida do Anel de Erreth-Akbe.

De novo fez uma pausa.

— Sabia tanto do que se tratava como ela. Era o maior presente possível nesta era do mundo e foi dado por uma pobre mulher, velha, tonta e vestida de peles de foca, a um rústico idiota que o enfiou no bolso, disse obrigado e zarpou dali… Bom, lá segui e fiz o que tinha a fazer. Depois surgiram outras coisas e eu fui até ao Passo dos Dragões, e para ocidente, e assim. Mas mantive sempre aquilo comigo porque sentia gratidão por aquela velha que me dera o único presente que tinha para dar. Passei uma corrente por um dos orifícios que o atravessavam, habituei-me a usá-lo ao pescoço e nunca mais pensei em tal. E depois, certo dia, em Selidor, a Mais Longínqua Ilha, a terra onde Erreth-Akbe morreu em combate com o dragão Orm… em Selidor, dizia, falei com um dragão que era da linhagem de Orm. E ele disse-me o que eu trazia sobre o peito. Achou muito engraçado que eu não soubesse. Os dragões acham-nos divertidos. Mas lembram-se de Erreth-Akbe e, dele, falam como se de um dragão se tratasse, não de um homem. Quando regressei às Ilhas Interiores, fui finalmente a Havnor. Eu tinha nascido em Gont, que não fica muito longe a ocidente das vossas terras karguianas e vagueara bastante desde então, mas nunca estivera em Havnor. Era tempo de lá ir. Vi as torres brancas e falei com os grandes homens, os mercadores e os príncipes e os senhores dos antigos domínios. Disse-lhes o que tinha comigo. Disse-lhes que, se assim quisessem, iria em busca do resto do anel nos Túmulos de Atuan, a fim de encontrar a Runa Perdida, a chave para a paz. Porque precisamos seriamente de paz no mundo. Todos me louvaram muito. E um deles até me deu dinheiro para que eu provesse o meu barco. De modo que aprendi a vossa língua e vim até Atuan.

Calou-se, com o olhar perdido nas sombras à sua frente.

— Mas as pessoas nas nossas vilas não viam que eras do ocidente, pela cor da tua pele, pelo modo de falar?

— Ah, é fácil iludir as pessoas — respondeu o Gavião, distraidamente —, desde que se saibam os truques. Fazem-se algumas mudanças-de-ilusão e só outro Mago será capaz de ver através delas. E aqui, nas terras karguianas, vocês não têm feiticeiros nem Magos. É uma coisa estranha. Vocês baniram todos os vossos feiticeiros há muito tempo e proibiram que se praticasse a Arte Mágica. E agora já quase não acreditam em nada disso.

— Eu fui ensinada a não acreditar. E contrário aos ensinamentos dos Reis Sacerdotes. Mas sei que só por magia podes ter entrado nos Túmulos e pela porta da rocha vermelha.

— Não foi só feitiçaria, mas também bons conselhos. Sabes ler?

— Não. É uma das artes negras.

— Mas muito útil — retorquiu ele, com um aceno de cabeça. — Um antigo ladrão, que não teve êxito, deixou certas descrições dos Túmulos de Atuan e indicações para se poder entrar, caso alguém soubesse usar as Grandes Encantamentos de Abrir. Tudo isto estava escrito num livro, no tesouro de um príncipe de Havnor. Ele deixou que o lesse. E foi assim que consegui alcançar a caverna grande.

— O Subtúmulo.

— O ladrão que escreveu as indicações para entrar julgava que o tesouro estava lá, no Subtúmulo. Portanto, procurei por ali mas tinha a sensação de que devia estar mais bem escondido, mais para dentro do dédalo. Eu conhecia a entrada para o Labirinto e, quando te vi, entrei lá, pensando esconder-me e procurar. É claro que isso foi um erro. Aqueles-que-não-têm-Nome já se tinham apoderado de mim, confundindo-me as idéias. E desde aí tenho vindo a ficar cada vez mais fraco e mais estúpido. Não nos devemos submeter a eles, devemos resistir, manter o nosso espírito sempre forte e seguro. Aprendi isso há muito tempo. Mas aqui, onde eles são tão fortes, é difícil consegui-lo. Não são deuses, Tenar. Mas são mais fortes que qualquer homem.

Durante longo tempo ficaram ambos silenciosos. Depois, numa voz átona, ela perguntou:

— Que mais encontraste nas arcas do tesouro?

— Inutilidades. Ouro, pedrarias, coroas, espadas. Nada a que homem vivo algum tenha o menor direito… Diz-me uma coisa, Tenar. Como foste tu escolhida para seres a Sacerdotisa dos Túmulos?

— Quando a Primeira Sacerdotisa morre, vão em busca por toda a Atuan de uma criança do sexo feminino que tenha nascido na noite em que a Sacerdotisa morreu. E encontram sempre uma. Porque é a Sacerdotisa renascida. Quando a criança chega aos cinco anos, trazem-na para aqui, para o Lugar. E ao fazer os seis, é oferecida aos Senhores da Treva que lhe devoram a alma. E assim pertence-lhes e sempre lhes pertenceu, desde o princípio dos tempos. E não tem nome.

— Acreditas nisso?

— Sempre acreditei.

— Mas acreditas agora?

Ela nada disse.

Uma vez mais o silêncio ensombrado caiu entre eles. Passado muito tempo, ela disse-lhe:

— Conta-me… conta-me dos dragões, no Ocidente.

— Tenar, que vais tu fazer? Não podemos ficar aqui a contar histórias um ao outro até que a vela se apague e a escuridão regresse de novo.

— Mas eu não sei o que fazer. Tenho medo. — Sentada muito direita na arca de pedra, enclavinhou as mãos uma na outra e, como alguém que sofre uma dor, confessou alto: — Tenho medo do escuro.

Suavemente, ele respondeu:

— Tens de fazer uma escolha. Ou me deixas, fechas a porta, sobes aos teus altares e me entregas aos teus Senhores. E depois vais ter com Kossil, fazes as pazes com ela… e esse é o fim da história. Ou então abres a porta e sais comigo. Deixa os Túmulos, deixa Atuan e vem comigo até ao outro lado do mar. E esse é o início da história. Tu tens de ser ou Arha ou Tenar. Não podes ser as duas.

A voz profunda era amiga e segura. Por entre as sombras, ela olhou-lhe o rosto, um rosto duro e sulcado de cicatrizes, mas onde não havia crueldade nem engano.

— Se eu abandonar o serviço dos Senhores da Treva, eles matam-me. Se deixar este lugar, morro.

— Não. Tu não morres. É Arha que morre.

— Não posso…

— Para renascer é preciso morrer, Tenar. Não é tão difícil como parece visto do outro lado.

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