Ursula Le Guin - A praia mais longínqua

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A Praia mais Longínqua é o terceiro volume desta série e promete ser tão fantástico como os anteriores. Desta vez, Gued, o poderoso arquimago, terá como missão descobrir por que razão a magia foi secando como um rio no mundo de Terramar. Os encantamentos deixaram de ter poder e as palavras de feitiçaria foram esquecidas. A fim de restaurar os poderes mágicos perdidos, Gued embarca com Arren, príncipe de Enland, para bem longe, isto é, para o terrível reino dos mortos, onde encontram pessoas muito estranhas e também alguns dragões. No fim desta empreendedora viagem, conseguirá Gued alcançar o seu objetivo ou a feitiçaria acabará mesmo por desaparecer? Não perca esta empolgante obra já com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.

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Ele era o príncipe. Mas nas velhas histórias esse era o início. E aqui parecia ser o final.

Não estava abatido. Embora tão cansado e sofrendo pelo companheiro, não sentia a mínima amargura ou arrependimento. Só que nada havia já que pudesse fazer. Tudo fora feito.

Quando as forças lhe voltassem, pensou, tentaria pescar na rebentação com a linha que trazia na mochila. Porque, uma vez estancada a sua sede, começara a sentir o roer da fome e a comida acabara-se, salvo um embrulho de pão duro. Mas esse poupá-lo-ia pois, se o molhasse e amaciasse na água, talvez conseguisse dar algum a comer a Gued.

E era tudo o que restava para fazer. Para além, não conseguia descortinar nada. O nevoeiro rodeava-o por todos os lados.

Ali sentado, ele e Gued como um volume indistinto no meio do nevoeiro, revistou os bolsos na esperança de encontrar alguma coisa que lhes pudesse ser de utilidade. No bolso da sua túnica estava uma coisa dura, de arestas agudas. Tirou-a para fora e olhou-a, intrigado. Era uma pequena pedra, negra, porosa e dura. Depois tateou com a mão as arestas, ásperas e cortantes, sentiu-lhe o peso e reconheceu de que se tratava. Um pedaço de rocha das Montanhas de Dor. Caíra-lhe para dentro do bolso quando trepava ou rastejava em direção ao fim da passagem com Gued. Segurou na sua mão aquela coisa imutável, a pedra de dor. Fechou a mão ao seu redor e manteve-a assim. E sorriu então, um sorriso que era, a um tempo, sombrio e alegre, ao conhecer pela primeira vez na sua vida, solitário, sem louvores, e no fim do mundo, a vitória.

As névoas adelgaçaram-se e começaram a mover-se. Através delas, lá longe, entreviu a luz do Sol brilhando sobre o mar aberto. As dunas e as colinas apareciam e desapareciam, sem cor e ampliadas pelos véus de nevoeiro. O Sol resplandeceu sobre o corpo de Orm Embar, magnífico na morte.

O dragão negro de ferro continuava agachado e imóvel na outra margem do ribeiro.

Depois do meio-dia, a luz do Sol tornou-se mais clara e quente, libertando o ar dos últimos vestígios de névoa. Arren libertou-se das suas vestes molhadas e ficou nu, apenas com o cinto e a bainha da espada. Deixou também que o sol secasse as roupas de Gued. Mas embora o grande e confortável fluxo de calor e luz, com o seu poder de curar, descesse sobre o mago, mesmo assim ele permaneceu imóvel.

Ouviu-se um ruído como de metal roçando em metal, o sussurro dissonante de duas espadas que se cruzam. O dragão cor de ferro erguera-se sobre as pernas angulosas. Avançou, atravessando o arroio, com um suave som sibilante ao arrastar o longo corpo sobre a areia. Arren viu as rugas nas articulações dos ombros, a malha dos flancos marcada de cortes e cicatrizes qual a armadura de Erreth-Akbe, os longos dentes amarelos e gastos. Em tudo isto, como nos seus seguros e poderosos movimentos, e ainda na profunda e assustadora serenidade que havia nele, descortinou os sinais da idade. De uma grande idade, de anos sem conta. E assim, quando o dragão parou a poucos pés de onde Gued jazia, erguendo-se entre ambos, Arren perguntou, em Hardic pois não conhecia a Antiga Fala:

— Serás tu Keilessine?

O dragão não disse palavra, mas pareceu sorrir. Depois, baixando a enorme cabeça e estendendo o pescoço, olhou para Gued e pronunciou-lhe o nome.

A voz era profunda e suave e o seu sopro tinha o odor de uma forja de ferreiro.

De novo falou e uma vez mais ainda e, à terceira vez, Gued abriu os olhos. Uns momentos depois, tentou sentar-se, mas não conseguiu. Arren ajoelhou-se junto dele para o apoiar. E então Gued falou.

— Keilessine — disse a custo —, senvanissai’n ar Roke!

Tendo falado, faltaram-lhe de novo as forças. Encostou a cabeça ao ombro de Arren e fechou os olhos.

O dragão não replicou. Agachara-se como antes, imóvel. O nevoeiro estava de novo a formar-se, obscurecendo o Sol à medida que este descia para o mar.

Arren vestiu-se e enrolou Gued no seu manto. A maré que já estivera muito baixa estava de novo a encher e ele pensou em levar o companheiro para um solo mais seco, nas dunas, pois sentia que lhe estavam a voltar as forças.

Porém, ao curvar-se para levantar Gued, o dragão estendeu um grande pé revestido de placas, quase a tocar-lhe. As garras daquele pé eram quatro, com um esporão para trás como se vê na pata de um galo, mas os dele eram esporas de aço e tão longas como lâminas de gadanha.

Sobriost — soou a voz do dragão, qual vento de Janeiro através de juncos gelados.

— Deixa estar o meu senhor. Ele salvou-nos a todos e, ao fazê-lo, gastou a sua força e talvez também a sua vida. Deixa-o em paz!

Assim falou Arren, intensamente e em tom de comando. Já demasiadas vezes tinha sido intimidado e assustado, haviam-no enchido de terror, e estava farto e não o iria voltar a permitir. Estava furioso com o dragão pelo seu tamanho e força brutais, a sua injusta vantagem. Ele vira a morte, sentira o gosto da morte, e agora não havia ameaça que tivesse poder sobre ele.

O velho dragão Keilessine fitou-o, voltando para ele um longo, dourado e terrível olho. Havia idades sobre idades nas profundas daquele olhar e, mais profundamente ainda, estava o amanhecer do mundo. E embora Arren não olhasse para dentro dele, sabia que o fitava com uma profunda e branda hilaridade.

Arw sobriost — soou de novo a voz do dragão e as suas narinas cor de ferrugem alargaram-se até se ver brilhar lá muito dentro o seu fogo contido, sufocado.

Arren tinha o braço sob os ombros de Gued, pois estava a tentar erguê-lo quando o movimento de Keilessine o interrompera, e sentiu a cabeça do mago voltar-se um pouco e ouviu-lhe a voz:

— O que ele está a dizer é «monta aqui».

Por um instante, Arren permaneceu imóvel. Que loucura, tudo aquilo. Mas ali estava o grande pé com as suas garras colocado como um degrau em frente de si. E mais acima a curva da articulação do cotovelo. E mais acima ainda, a saliência do ombro e a musculatura da asa onde esta surgia da omoplata. Quatro degraus, uma escada. E ali, em frente das asas e do primeiro grande espinho de ferro de todos os que lhe armavam o dorso até à cauda, no cavado do pescoço, havia lugar para um homem se sentar escarranchado. Ou mesmo dois homens, se fossem doidos, tivessem perdido a esperança e se entregassem à loucura.

— Monta! — insistiu Keilessine na língua da Criação.

E assim Arren ergueu-se e ajudou o companheiro a levantar-se. Gued conseguiu manter a cabeça direita e, com os braços de Arren a guiá-lo, trepou aqueles estranhos degraus. Ambos se escarrancharam no cavado do pescoço do dragão, coberto de áspera malha de escamas, com Arren atrás, pronto a amparar Gued se tal fosse necessário. Ambos sentiram um calor penetrá-los, um quente bem-vindo como o quente do sol, saindo dos pontos onde tocavam a pele do dragão. A vida ardia em fogo sob aquela armadura de ferro.

Arren viu que tinham deixado o bordão de teixo do mago caído e meio enterrado na areia e o mar vinha subindo a apoderar-se dele. O rapaz fez menção de descer para o ir apanhar, mas Gued impediu-o, dizendo:

— Deixa-o. Gastei toda a feitiçaria naquela nascente seca, Lebánnen. Já não sou mago algum.

Keilessine voltou a cabeça e olhou-o de esguelha. O velho riso transparecia no seu olhar. Se Keilessine era macho ou fêmea ninguém saberia dizer. O que Keilessine pensava, não havia forma de saber. Lentamente, as asas ergueram-se e desdobraram-se. Não eram douradas como as de Orm Embar mas vermelhas, vermelhas-escuras, escuras como ferrugem ou sangue ou a seda carmesim de Lorbanery. O dragão ergueu as asas cuidadosamente, não fossem elas desalojar os seus diminutos cavaleiros. Cuidadosamente também, apoiou o peso nas molas tensas das suas grandes ancas, saltou como um gato para cima e as asas, com uma vigorosa batida, ergueram-nos acima do nevoeiro que o vento arrastava sobre Selidor.

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