Neil Gaiman - Os Filhos de Anansi

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Os Filhos de Anansi: краткое содержание, описание и аннотация

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Os Filhos de Anansi, obra prima que estreiou em primeiro lugar na lista dos mais vendidos do New York Times. O livro conta a história de Fat Charlie, um tímido americano que escolheu ter uma vida pacata e sem-graça como contador numa empresa londrina. Ao ir ao funeral de seu pai, Sr. Nancy, Fat Charlie ouve uma velhinha, amiga do pai há anos, dizer que ele na verdade era o deus Anansi, uma divindade trapaceira e brincalhona da mitologia africana. A partir desse episódio, sua vida vira de cabeça para baixo. Os Filhos de Anansi mistura mitologia com toques xamanistas, elementos do folclore afro-americano e uma deliciosa descrição do mundo interior de um homem muito tímido mas, acima de tudo é uma história sobre algo bastante comum: as conturbadas relações entre pais e filhos.Tudo isso envolto num humor discreto capaz de fazer o leitor rir com uma única linha. A obra é a continuação do consagrado escritor Neil Gaiman para sua saga a respeito de deuses modernos.

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— O que nós vamos fazer agora? — perguntou. — Para onde estamos indo?

— Estamos de luto pelo meu pai. Eu acho.

— Isso é uma daquelas pegadinhas da TV?

— Espero que não.

Spider parou e virou-se. O brilho em seus olhos era perturbador.

— Chegamos — anunciou. — Chegamos. É o que ele gostaria que a gente fizesse.

Havia uma mensagem escrita à mão, numa folha de papel de um laranja bem gritante, sobre a porta do pub que dizia: “Hoje à noite, KARAOKÊ no andar de cima”.

— Música — disse Spider. E gritou: — Está na hora do show!

— Não — interrompeu Fat Charlie. Ele parou e ficou onde estava.

— É o que ele adoraria.

— Eu não canto. Não em público. E estou bêbado. E realmente acho que isso não é uma boa idéia.

— E uma excelente idéia! — Spider tinha um sorriso perfeitamente convincente. Se utilizado de maneira adequada, um sorriso daqueles poderia dar início a uma guerra santa. Fat Charlie no entanto não se convenceu.

— Olha... — começou, tentando esconder o pânico em sua voz. — Existem coisas que as pessoas não fazem. Certo? Algumas pessoas não conseguem voar. Outras não fazem sexo em público. Outras não se transformam em fumaça e saem por aí. Eu não consigo fazer nada disso, e também não consigo cantar.

— Nem mesmo pelo nosso pai?

— Especialmente nesse caso. Ele não vai conseguir me fazer passar vergonha depois de morto. Bem, pelo menos não mais do que já fez.

— Licença — disse uma das moças. — Com licença, a gente vai entrar? Porque eu estou ficando com frio, e a Sybilla precisa fazer xixi.

— A gente vai entrar — assentiu Spider, e sorriu para ela.

Fat Charlie quis protestar, fazer valer sua opinião, mas percebeu que o arrastaram para dentro, e se odiou por isso. Alcançou Spider nas escadas.

— Está bem, eu vou entrar. Mas não vou cantar.

— Você já entrou.

— Eu sei. Mas não vou cantar.

— Não faz muito sentido dizer que você não vai entrar se você já entrou.

— Eu não sei cantar.

— Então você está me dizendo que eu herdei também todo o talento musical?

— Eu estou dizendo que, se eu tiver que abrir a boca para cantar em público, eu vomito.

Spider apertou o braço dele para passar confiança.

— É só ver como eu faço.

A aniversariante e duas de suas amigas subiram, trôpegas, no palco e cantaram, entre risadinhas, “Dancing Queen”. Fat Charlie ficou tomando uma tônica com gim que alguém colocou na mão dele e fazia uma leve careta a cada nota desafinada que cantavam, a cada mudança de tom errada. Houve uma salva de palmas do restante do grupo da aniversariante.

Outra mulher foi para o palco. Era a mocinha pequenina que havia perguntado a Fat Charlie para onde iriam. A música começou — “Stand By Me” —, e ela foi atrás, pronunciando a letra da melhor maneira que conseguia para acompanhar a música. Não acertava uma nota, começava cada estrofe muito antes ou muito depois, e alterou grande parte da música. Fat Charlie ficou condoído.

Ela desceu do palco e foi até o bar. Fat Charlie planejava dizer algo para demonstrar empatia, mas ela vibrava de alegria.

— Foi o máximo! Sério, foi fantástico. — Fat Charlie pagou uma bebida para ela, um drink de vodca com laranja. — Foi tão divertido. Você vai cantar também? Vai lá. Você tem que cantar. Aposto que não é tão ruim quanto eu.

Fat Charlie deu de ombros de uma maneira, assim esperava, capaz de indicar que dentro dele havia um nível de ruindade bastante alto, ainda não descoberto.

Spider caminhou até o palco como se um holofote o seguisse.

— Aposto que ele vai cantar bem — disse a vodca-com-laranja. — Disseram que você é irmão dele, é verdade?

— Não — murmurou Fat Charlie, de um jeito meio rude. — Eu disse que ele era meu irmão.

Spider começou a cantar. A música era “Under the Boardwalk”.

Não teria acontecido se Fat Charlie não gostasse tanto da música. Quando tinha 13 anos, ele acreditava que “Under the Boardwalk” era a melhor música do mundo (na época em que tinha 14 anos e já sabia mais do mundo, a melhor música passou a ser “No Woman No Cry”, do Bob Marley). Agora Spider cantava a sua música, e cantava muito bem. No tom certo, como se as palavras fizessem sentido para ele. As pessoas pararam de beber, pararam de conversar e ficaram olhando para ele, ouvindo.

Ao final da apresentação, as pessoas vibraram. Se estivessem usando chapéus, teriam jogado para cima.

— Agora entendo por que você não quer cantar também — observou a vodca-com-laranja para Fat Charlie. — Quer dizer, não dá pra competir, né?

— Bom... — começou Fat Charlie.

— Quer dizer — emendou ela com um sorriso —, dá para ver quem herdou todo o talento da família.

E inclinou a cabeça enquanto dizia isso. Depois mexeu o queixo, fazendo uma cara piedosa. Foi essa mexida no queixo que pôs tudo a perder.

Fat Charlie caminhou até o palco, colocando um pé na frente do outro numa impressionante demonstração de destreza física. Ele suava.

Os minutos seguintes passaram como uma névoa. Ele falou com o DJ, escolheu uma música da lista — “Unforgettable” —, esperou o que pareceu ser uma pequena eternidade, e finalmente puseram um microfone em suas mãos.

Sua boca estava seca. Seu coração batia forte.

Na tela, apareceu a primeira palavra: Unforgettable...

Na verdade, Fat Charlie sabia cantar. Sua voz tinha alcance, força, expressão. Quando cantava, todo o seu corpo virava um instrumento.

A música começou.

Em sua cabeça, Fat Charlie estava pronto para abrir a boca e cantar “Unforgettable”. Cantaria para seu pai morto, para seu irmão, para a noite, para dizer-lhes que eram inesquecíveis.

Só que não conseguia. Havia pessoas olhando para ele. Mais ou menos umas 20 pessoas no andar de cima de um pub. Muitas eram mulheres. Diante de uma platéia, Fat Charlie não conseguia sequer abrir a boca.

Ele podia ouvir a música, mas ficou parado. Sentiu-se gelado. Seus pés pareciam muito distantes de seu corpo.

Forçou-se a abrir a boca.

— Eu acho — começou a dizer claramente ao microfone, por sobre a música, com sua voz ecoando de todas as paredes — que vou passar mal.

Não foi bonita sua saída do palco.

Depois disso, tudo ficou girando.

Há lugares míticos. Eles existem, cada um à sua maneira. Alguns pairam sobre o mundo. Outros existem sob o mundo, como o esboço de uma pintura.

Há montanhas. Um lugar rochoso que fica antes dos penhascos que delimitam o fim do mundo. Nessas montanhas há cavernas, cavernas profundas que já eram habitadas bem antes de o primeiro homem caminhar sobre a Terra.

E ainda são habitadas.

5

No qual examinamos as diversas conseqüências da manhã seguinte

Fat Charlie estava com sede.

Fat Charlie estava com sede, e sua cabeça doía.

Fat Charlie estava com sede, sua cabeça latejava, tinha um gosto horrível na boca, seus olhos eram comprimidos pela cabeça, seus dentes pareciam ter os nervos expostos, seu estômago queimava, suas costas doíam de um jeito que começava nos joelhos e terminava na testa, seu cérebro parecia ter sido substituído por bolas de algodão, alfinetes e agulhas, por isso doía tanto pensar, e seus olhos não eram só comprimidos pela cabeça — ele tinha a impressão de que tinham caído durante a noite e sido recolocados no lugar com pregos. Agora percebia que qualquer coisa que fizesse mais barulho que o movimento das partículas de ar passando suavemente umas sobre as outras estava acima de seu limite de dor. Além disso, queria morrer.

Fat Charlie abriu os olhos, o que foi um erro, porque deixou a luz do dia entrar, e isso doía. Abrir os olhos informou-lhe sobre seu paradeiro (estava em sua cama, em seu quarto) e, porque olhava o relógio sobre o criado-mudo, viu que eram 1 lh30 da manhã.

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