Luís Camões - Os Lusíadas
Здесь есть возможность читать онлайн «Luís Camões - Os Lusíadas» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. ISBN: , Жанр: foreign_antique, foreign_prose, foreign_poetry, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.
- Название:Os Lusíadas
- Автор:
- Жанр:
- Год:неизвестен
- ISBN:http://www.gutenberg.org/ebooks/27236
- Рейтинг книги:5 / 5. Голосов: 1
-
Избранное:Добавить в избранное
- Отзывы:
-
Ваша оценка:
- 100
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
Os Lusíadas: краткое содержание, описание и аннотация
Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Os Lusíadas»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.
Os Lusíadas — читать онлайн ознакомительный отрывок
Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Os Lusíadas», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.
Интервал:
Закладка:
Andão pela ribeira alua arenoſa,
Os belicoſos Mouros acenando,
Com a adarga, & co a aſtea perigoſa,
Os fortes Portugueſes incitando:
Nam ſoſfre muito a gente generoſa,
Andarlhe os cães os dentes amoſtrando.
Qualquer em terra ſalta, tam ligeiro,
Que nenhum dizer pode que he primeiro.
Qual no corro ſanguino, o ledo amante,
Vendo a fermoſa dama deſejada,
O Touro buſca, & pondo ſe diante,
Salta, corre, ſibila, acena, & brada:
Mas o animal atroçe neſſe instante,
Com a fronte cornigera inclinada,
Bramando duro corre, & os olhos cerra,
Derriba, fere, & mata & poem por terra.
Eis nos bateis o fogo ſe leuanta,
Na furioſa & dura artilheria,
A plumbea pela mata, o brado eſpanta:
Ferido o ar retumba, & aſſouia:
O coraçam dos Mouros ſe quebranta,
O temor grande o ſangue lhe resfria.
Ia foge o eſcondido de medroſo,
E morre o deſcuberto auenturoſo.
Não ſe contenta a gente Portugueſa:
Mas ſeguindo a victoria eſtrue, & mata
A pouoação ſem muro, & ſem defeſa,
Esbombardea, acende, & desbarata.
Da caualgada ao Mouro ja lhe peſa,
Que bem cuidou comprala mais barata:
Ia blasfema da guerra, & maldizia,
O velho inerte, & a mãy que o filho cria.
Fugindo, a ſeta o Mouro vay tirando,
Sem força, de couarde, & de apreſſado,
A pedra, o pao, & o canto arremeſſando,
Dalhe armas o furor deſatinado:
Ia a Ilha, & todo o mais, deſemparando,
Aa terra firme foge amedrontado.
Paſſa, & corta do mar o eſtreito braço,
Que a Ilha em torno cerca, em pouco eſpaço.
Hũs vão nas almádías carregadas,
Hum corta o mar a nado diligente,
Quem ſe affoga nas ondas encuruadas,
Quem bebe o mar, & o deita juntamente:
Arrombão as meudas bombardadas
Os Pangaios ſotis da bruta gente.
Desta arte o Portugues em fim caſtiga,
A vil malicia, perfida, inimiga.
Tornão victorioſos pera a armada,
Co deſpojo da guerra, & rica preſa,
E vão a ſeu prazer fazer agoada,
Sem achar reſiſtencia, nem defeſa
Ficaua a Maura gente magoada,
No odio antigo, mais que nunca aceſa.
E vendo ſem vingança tanto dano,
Somente estriba no ſegundo engano.
Pazes cometer manda arrependido,
O Regedor daquella inica terra,
Sem ſer dos Luſitanos entendido,
Que em figura de paz lhe manda guerra:
Porque o Piloto falſo prometido,
Que toda a mà tenção no peito encerra.
Pera os guiar aa morte lhe mandaua,
Como em ſinal das pazes que trataua.
O Capitão, que ja lhe entam conuinha,
Tornar a ſeu caminho acoſtumado,
Que tempo concertado, & ventos tinha,
Pera yr buſcar o Indo deſejado.
Recebendo o Piloto que lhe vinha,
Foy delle alegremente agaſalhado:
E reſpondendo ao menſageiro, a tento
Aas vellas manda dar ao largo vento.
Desta arte deſpedida a forte armada,
As ondas de Anfitrite diuidia,
Das filhas de Nerêo acompanhada,
Fiel, alegre, & doçe companhia.
O Capitão, que não cahia em nada,
Do enganoſo ardil que o Mouro vrdia:
Delle muy largamente ſe informaua,
Da India toda, & coſtas que paſſaua:
Mas o Mouro inſtruido nos enganos,
Que o maléuolo Baco lhe enſinára
De morte, ou captiueiro nouos danos,
Antes que aa India chegue lhe prepara,
Dando razão dos portos Indianos,
Tambem tudo o que pede lhe declara.
Que auendo por verdade o que dizia,
De nada a forte gente ſe temia.
E diz lhe mais co falſo penſamento,
Com que Synon os Phrigios enganou,
Que perto eſtà hũa Ilha, cujo aſſento,
Pouo antigo Chriſtão ſempre abitou:
O Capitão que a tudo eſtaua a tento,
Tanto co estas nouas ſe alegrou,
Que com dadiuas grandes lhe rogaua,
Que o leue aa terra onde eſta gente eſtaua.
Ho mesmo o falſo Mouro determina,
Que o ſeguro Chriſtão lhe manda & pede,
Que a Ilha he poſſuida da malina
Gente, que ſegue o torpe Mahamede:
Aqui o engano & morte lhe imagina,
Porque em poder & forças muito excede
Aa Moçambique, eſta Ilha que ſe chama
Quîloa, muy conhecida pola fama.
Pera là ſe inclinaua a leda frota:
Mas a Deoſa em Cythere celebrada,
Vendo como deixaua a certa rota,
Por yr buſcar a morte não cuidada,
Não conſente que em terra tão remota
Se perca a gente della tanto amada.
E com ventos contrairos a deſuia,
Donde o Piloto falſo a leua, & guia.
Mas o maluado Mouro nam podendo,
Tal determinação leuar auante,
Outra maldade inica cometendo,
Ainda em ſeu propoſito constante,
Lhe diz, que pois as agoas diſcorrendo,
Os leuàrão por força por diante,
Que outra Ilha tem perto, cuja gente,
Erão Chriſtãos com Mouros juntamente.
Tambem nestas palauras lhe mentia,
Como por regimento em fim leuaua,
Que aqui gente de Chriſto não auia:
Mas a que a Mahamede celeebraua.
O Capitão que em tudo o mouro cria,
Virando as vellas, a Ilha demandaua:
Mas nam querendo a Deoſa guardadora,
Nam entra pela barra, & ſurge fora.
Eſtaua a Ilha aa terra tam chegada,
Que hum eſtreito pequeno a diuidia,
Hũa cidade nella ſituada,
Que na fronte do mar aparecia,
De nobres edificios fabricada,
Como por fora, ao longe deſcobria,
Regida por hum Rei de antigua idade,
Mombaça he o nome da Ilha, & da Cidade.
E ſendo a ella o Capitão chegado,
Eſtranhamente ledo, porque eſpera
De poder ver o pouo baptizado,
Como o falſo Piloto lhe diſſera:
Eis vem bateis da terra com recado
Do Rei, que ja ſabia a gente que era,
Que Baco muito de antes o auiſara,
Na forma doutro Mouro que tomàra.
O recado que trazem he de amigos:
Mas debaxo o veneno vem cuberto,
Que os penſamentos erão de inimigos,
Segundo foy o engano deſcuberto.
O grandes & grauiſsimo perigos,
O caminho de vida nunca certo:
Que aonde a gente poem ſua eſperança,
Tenha a vida tam pouca ſegurança.
No mar tanta tormenta, & tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida,
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta neceſsidade auorrecida:
Onde pode acolherſe hum fraco humano,
Onde terà ſegura a curta vida?
Que não ſe arme, & ſe indigne o Ceo ſereno.
Contra hum bicho da terra tam pequeno.
Fim.
Canto Segundo
Ia neſte tempo o lucido Planeta,
Que as horas vay do dia diſtinguindo,
Chegaua aa deſejada, & lenta Meta,
A luz Celeſte aas gentes encobrindo:
E da caſa maritima ſecreta,
Lhe eſtaua o Deos Nocturno a porta abrĩdo:
Quando as infidas gentes ſe chegárão
Aas naos, que pouco auia que ancorarão
Dantre elles hum que traz encomendado,
O mortifero engano, aſsi dezia.
Capitão valeroſo, que cortado
Tens de Neptuno o reyno, & ſalſa via,
O Rei que manda eſta Ilha, aluoraçado
Da vinda tua tem tanta alegria,
Que nam deſeja mais que agaſalharte,
Verte, & do neceſſario reformarte.
E porque eſtà em eſtremo deſejoſo
De te ver, como couſa nomeada,
Te roga que de nada receoſo,
Entres a barra, tu com toda armada:
E porque do caminho trabalhoſo,
Traras a gente debil, & canſada,
Diz que na terra podes reformala,
Que a natureza obriga a deſejada,
Интервал:
Закладка:
Похожие книги на «Os Lusíadas»
Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Os Lusíadas» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.
Обсуждение, отзывы о книге «Os Lusíadas» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.