Ken Kesey - Um Estranho No Ninho

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Um Estranho No Ninho: краткое содержание, описание и аннотация

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O romance de Ken Kesey é inspirado em suas próprias experiências quando participou de pesquisas com drogas psicoativas no centro psiquiátrico do Menlo Park Veterans Hospital (Califórnia). 'Um estranho no ninho' é protagonizado por R. P. McMurphy, um preso que escapa da condenação fingindo-se de louco. McMurphy é então internado em um hospício, sob a tutela da sádica Chefona, a enfermeira Ratched, que comanda os internos com suas rigorosas sessões de terapia e eletrochoque. Aos poucos McMurphy percebe que o hospício pode ser muito pior que a prisão, nesse novo universo cercado de pacientes inseguros, ansiosos e constantemente dopados. Pessoas que buscaram refúgio da sociedade no hospício.

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E mais tarde, escondendo-me dos crioulos no banheiro, eu olhava para mim mesmo no espelho e me perguntava maravilhado como era possível que alguém pudesse conseguir fazer uma coisa tão enorme como ser o que ele era. Lá estava o meu rosto no espelho, moreno e duro, com as maçãs do rosto grandes e altas como se as bochechas sob elas tivessem sido arrancadas a machadadas, os olhos negros e duros, de expressão maligna, iguaizinhos aos de papai ou aos olhos de todos esses índios de aparência dura e má que a gente vê na televisão, e eu pensava, esse não sou eu, esse não é o meu rosto. Não era eu nem quando eu estava tentando ser aquele rosto. Eu não era nem eu realmente, naquela época; eu estava apenas sendo do jeito que eu aparentava ser, do jeito que as pessoas queriam. Não me parece que eu jamais tenha sido eu. Como é que McMurphy consegue ser ele mesmo?

Eu o estava olhando de maneira diferente de quando ele chegou; estava vendo mais coisas nele do que apenas mãos grandes e costeletas ruivas e um sorriso de nariz quebrado. Eu o via fazer coisas que não combinavam com o seu rosto ou com suas mãos, coisas como pintar na Terapia Ocupacional com tintas de verdade, num papel em branco sem traços ou números para lhe dizer onde pintar, ou como escrever cartas para alguém com uma bela caligrafia, toda floreada. Como podia um homem com a cara dele pintar quadros ou escrever cartas para pessoas, ou ficar aborrecido e preocupado, como o vi ficar uma vez, quando recebeu uma resposta? Este tipo de coisas era as que se esperavam de Billy Bibbit ou de Harding. Harding tinha mãos que aparentemente deveriam ter feito quadros, embora elas nunca os tenham feito. Harding prendia as mãos e as forçava a serrar tábuas para casas de cachorros. McMurphy não era assim. Ele não deixara que sua aparência dirigisse sua vida de uma maneira ou de outra, da mesma forma como não deixaria a Liga triturá-lo para o encaixar onde queriam que ele se encaixasse.

Eu estava vendo uma porção de coisas de maneira diferente. Imaginei que a máquina de neblina se tivesse quebrado dentro das paredes quando eles a ligaram com força demais para aquela sessão na sexta-feira, de forma que agora não podiam fazer circular a neblina e o gás, e distorcer a aparência das coisas. Pela primeira vez em anos, eu via as pessoas sem nada daquele contorno preto que elas costumavam ter, e uma noite até consegui ver do lado de fora das janelas.

Como já expliquei, em quase todas as noites, antes de me levarem para a cama, eles me davam aquele comprimido, que me fazia dormir e me mantinha inconsciente. Ou, se alguma coisa saía errada com a dose e eu acordava, sentia meus olhos sem vida, e o dormitório, cheio de fumaça, os fios nas paredes carregados ao limite máximo, contorcendo-se e soltando fagulhas de morte e de ódio no ar – tudo demais para que eu suportasse, de forma que eu enfiava a cabeça debaixo do travesseiro e tentava dormir de novo. Toda vez que eu dava uma olhadela para fora, havia um cheiro de queimado no ar e um chiado como o de um pedaço de carne numa grelha quente.

Mas nessa noite, umas poucas noites depois da grande sessão, acordei e vi que o dormitório estava limpo e em silêncio; exceto pela respiração suave dos homens e do negócio a chocalhar solto sob as costelas frágeis dos dois velhos Vegetais. Um silêncio de morte. Uma janela estava aberta, e o ar no dormitório estava puro, e havia um gosto nele que fez com que eu me sentisse tonto e inebriado. Deu-me aquele impulso repentino de me levantar da cama e fazer alguma coisa.

Saí de debaixo dos lençóis e fui andando descalço pelos ladrilhos frios entre as camas. Senti os ladrilhos sob os meus pés e me perguntei quantas vezes, quantos milhares de vezes, eu havia passado o esfregão por esse mesmo chão de ladrilhos, sem nunca tê-lo realmente sentido. Aquelas limpezas me pareciam um sonho, como se eu não pudesse realmente acreditar que todos aqueles anos de trabalho haviam acontecido realmente. Só aqueles ladrilhos frios sob os meus pés eram reais naquele momento.

Andei em meio dos homens amontoados em longas fileiras brancas como montes de neve, tomando cuidado para não esbarrar em ninguém, até que cheguei à parede com as janelas. Fui andando pelas janelas até uma em que a cortina oscilava suavemente para dentro e para fora com a brisa, e encostei a testa na grade. O arame estava frio e penetrante, e rolei a cabeça contra ele de um lado para outro para senti-lo no rosto. E senti o cheiro da brisa. É o outono chegando, pensei, posso sentir aquele cheiro agridoce dos silos, batendo no ar como um sino – cheiro causado por alguém que andou queimando folhas de carvalho, deixando-as arder durante a noite, por estarem muito verdes.

É o outono chegando, continuava pensando, outono chegando; como se aquilo fosse a coisa mais estranha que jamais aconteceu. Outono. Lá fora bem perto, lá estava a primavera há pouco tempo, então era verão e agora é outono – esta realmente é uma idéia curiosa.

Percebi que ainda estava com os olhos fechados. Eu os havia fechado quando encostei o rosto na tela, como se estivesse com medo de olhar para fora. Agora eu tinha de abri-los. Olhei para fora pela janela e vi pela primeira voz como o hospital ficava afastado, no campo. A lua brilhava baixa no céu sobre a pastagem que se estendia cheia de marcas e de arranhaduras, no ponto em que se libertava do emaranhado de cerrados de carvalhos e de urzes, no horizonte. As estrelas no alto, perto da lua, estavam pálidas; mostravam-se mais brilhantes e mais fortes à medida que se iam afastando do círculo de luz dominado pela lua gigantesca. Fez com que eu me lembrasse de como havia notado exatamente a mesma coisa quando saí para caçar com papai e os tios e me deitei enrolado nos cobertores que vovó tecia, um pouco afastado do lugar em que os homens se achavam reunidos em volta da fogueira, enquanto bebiam uma jarra de aguardente de cacto, num círculo silencioso. Fiquei observando aquela grande pradaria do Oregon, a lua acima de mim empalidecendo todas as estrelas. Fiquei acordado, observando, para ver se alguma vez a lua ficava menos brilhante ou se as estrelas, mais luminosas, até que o orvalho começou a cair no meu rosto e tive de cobrir a cabeça com um cobertor.

Alguma coisa se moveu no chão, embaixo da minha janela, lançando uma longa sombra parecida com uma aranha pela grama, enquanto corria para fora de minha visão atrás de uma cerca. Quando voltou correndo, vi que era um cachorro, um vira-lata novo e magro, certamente fugido de casa para descobrir as coisas que aconteciam depois que escurecia. Farejava buracos de esquilos, não com o intuito de cavar e ir atrás de um, mas apenas, quem sabe, para ter uma idéia do que eles faziam àquela hora da noite. Passava o focinho por um buraco, o empinava alto no ar. sacudindo o rabo, saía correndo atrás de um outro. A lua cintilava em torno dele na grama molhada; e quando corria deixava rastros como manchas de tinta escura respingada na superfície brilhante do gramado. Correndo de um buraco para o seguinte, ficou tão entusiasmado com o que estava descobrindo – a lua lá em cima, a noite, a brisa cheia de cheiros tão selvagens que fazem um cachorro jovem ficar bêbado – que teve de se deitar de costas e rolar. Ele se torceu e se remexeu como um peixe, as costas arqueadas e a barriga empinada, e quando se levantou e se sacudiu um borrifo saiu do seu pêlo sob o luar, como escamas de prata.

Farejou mais uma vez todos os buracos, rápido, um depois do outro, para guardar bem os cheiros. Então, de repente, ficou imóvel, paralisado, com uma pata levantada e a cabeça inclinada, na escuta. Eu também fiquei ouvindo, mas não consegui escutar nada, a não ser o bater da cortina na janela. Fiquei na expectativa durante muito tempo. Então, de muito longe, ouvi um grasnado agudo, gargalhante, indistinto, mas cada vez mais perto. Gansos canadenses, emigrando para o sul para o inverno. Eu me lembrei de todas as caçadas e de todo o rastejar sobre a barriga que já tinha feito, tentando matar um ganso, sem nunca ter conseguido.

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