Paulo Coelho - Veronika decide morrer
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— O que há de errado com a interpretação da minha avó? -disse Veronika.
Eduard estava tão bêbado, que foi preciso um grande esforço para lembrar-se do que dissera no restaurante. Mas conseguiu.
— Sua avó disse que a mulher estava pisando aquela cobra porque o amor tem que dominar o Bem e o Mal. É uma bonita e romântica interpretação, mas não é nada disso: porque eu já vi esta imagem, ela é uma das Visões do Paraiso que eu imaginava pintar. Eu já tinha me perguntado porque sempre retratavam a Virgem desta maneira.
— Por que?
— Porque a Virgem, a energia feminina, é a grande dominadora da serpente, que significa sabedoria. Se você reparar no anel de médico do Dr. Igor, verá que ele tem o simbolo dos médicos: duas serpentes enroladas num bastão. O amor está acima da sabedoria, como a Virgem está sobre a serpente. Para ela, tudo é Inspiração. Ela não fica julgando o bem e o mal.
— Sabe mais o que? — disse Veronika, — A Virgem nunca ligou para o que os outros estavam pensando. Imagine, ter que explicar a todo mundo a história do Espirito Santo! Ela não explicou nada, só disse: «aconteceu assim.» Sabe o que os outros devem ter dito?
— Claro que sei. Que ela estava louca! Os dois riram. Veronika levantou o copo.
— Parabéns. Você devia pintar estas Visões do Paraiso, ao invés de ficar falando.
— Começarei por você — respondeu Eduard.
Ao lado da pequena praça, existe um pequeno monte. Em cima do pequeno monte, existe um pequeno castelo. Veronika e Eduard subiram o caminho inclinado, blasfemando e rindo, escorregando no gelo e reclamando do cansaço.
Ao lado do castelo, existe uma grua gigantesca, amarela. Para quem vai a Lubljana pela primeira vez, aquela grua dá a impressão de que estão reformando o castelo, e que em breve ele será completamente restaurado. Os habitantes de Lubljana, porém, sabem que ela grua está ali há muitos anos — embora ninguém saiba a verdadeira razão. Veronika contou a Eduard que, quando se pede as crianças do jardim de infância para desenhar o castelo de Lubljana, eles sempre incluíam a grua no desenho.
— Aliás, a grua está sempre mais bem conservada que o castelo.
Eduard riu.
— Você devia estar morta — comentou, ainda sob o efeito do álcool, mas com a voz mostrando um certo medo. — Seu coração não devia ter aguentado esta subida.
Veronika deu-lhe um demorado beijo.
— Olhe bem para o meu rosto — disse ela. — Guarde-o com os olhos de sua alma, para que possa reproduzi-lo um dia. Se quiser, comece por ele, mas volte a pintar. Este é o meu último pedido. Você acredita eu Deus?
— Acredito.
— Então você vai jurar, pelo Deus que você acredita, que irá me pintar.
— Eu juro.
— E que, depois de me pintar, irá continuar pintando.
— Não sei se posso jurar isso.
— Pode. E vou lhe dizer mais: obrigado por ter dado um sentido a minha vida. Eu vim a este mundo para passar por tudo que passei, tentar suicídio, destruir meu coração, encontrar você, subir a este castelo, e deixar que você gravasse meu rosto em sua alma. Esta é a única razão pela qual eu vim ao mundo; fazer com que você retornasse ao caminho que interrompeu. Não faça com que eu sinta que minha vida foi inútil.
— Talvez seja cedo demais ou tarde demais, mas, da mesma maneira que você fez comigo, eu quero dizer: te amo. Não precisa acreditar, talvez seja uma bobagem, uma fantasia minha.
Veronika abraçou-se a Eduard, e pediu ao Deus, que ela não acreditava, que a levasse naquele momento.
Fechou os olhos, sentiu que ele também fazia o mesmo. E o sono veio, profundo, sem sonhos. A morte era doce, cheirava a vinho, e acariciava seus cabelos.
Eduard sentiu que alguém lhe cutucava no ombro. Quando abriu os olhos, o dia começava a amanhecer.
— Vocês podem ir para o abrigo da prefeitura — disse o guarda. — Vão congelar, se continuarem aqui.
Em uma fração de segundo, ele lembrou-se de tudo que tinha se passado na noite anterior. Nos seus braços estava uma mulher encolhida.
— Ela...ela está morta.
Mas a mulher se mexeu, e abriu os olhos.
— O que está havendo? — perguntou Veronika.
— Nada — respondeu Eduard, levantando-a. — Ou melhor, um milagre: mais um dia de vida.
Assim que o Dr. Igor entrou no consultório e acendeu a luz — o dia continuava a amanhecer tarde, aquele inverno estava durando além do necessário — um enfermeiro bateu a sua porta.
«Começou cedo hoje», disse ele.
Ia ser um dia complicado, por causa da conversa com a garota. Preparara-se para isso durante toda a semana, e na noite anterior mal conseguira dormir.
— Tenho noticias alarmantes — disse o enfermeiro. — Dois dos internos desapareceram: o filho do embaixador, e a menina com problemas do coração.
— Vocês são uns incompetentes. A segurança deste hospital sempre deixou muito a desejar.
— É que ninguém tentou fugir antes -respondeu o enfermeiro, assustado. — Não sabíamos que era possível.
— Saia daqui! Tenho que preparar um relatório para os donos, notificar a policia, tomar uma série de providencias. E diga que não posso mais ser interrompido, porque estas coisas levam horas!
O enfermeiro saiu, pálido, sabendo que parte daquele grande problema terminaria caindo nos seus ombros, porque é assim que os poderosos agem com os mais fracos. Com toda certeza, estaria despedido antes que o dia terminasse.
O Dr. Igor pegou um bloco, colocou em cima da mesa, e ia começar suas anotações, quando resolveu mudar de ideia.
Apagou a luz, deixou-se ficar no escritório
precariamente iluminado pelo sol que ainda estava nascendo, e sorriu. Tinha conseguido.
Daqui a pouco tomaria as notas necessárias, relatando a única cura conhecida para o Vitriolo: a consciência da vida. E dizendo qual o medicamento que empregara em seu primeiro grande teste com os pacientes: a consciência da morte.
Talvez existissem outros medicamentos, mas o Dr. Igor decidira concentrar sua tese no único que tivera oportunidade de experimentar cientificamente, graças a uma menina que entrara — sem querer — em seu destino. Viera num estado gravíssimo, com intoxicação séria, e inicio de coma. Ficara entre a vida e a morte por quase uma semana, tempo necessário para que ele tivesse a brilhante ideia do seu experimento.
Tudo dependia de apenas uma coisa: da capacidade da menina sobreviver.
E ela conseguira.
Sem nenhuma consequência séria, ou problema irreversível; se cuidasse de sua saúde, poderia viver tanto ou mais que ele.
Mas Dr. Igor era o único que sabia disso, como sabia também que os suicidas frustrados tendem a repetir seu gesto mais cedo ou mais tarde. Por que não utiliza-la como cobaia, para ver se conseguia eliminar o Vitriolo — ou amargura — do seu organismo?
E o Dr. Igor concebera seu plano.
Aplicando um remédio conhecido como Fenotal, conseguira simular os efeitos dos ataques de coração. Durante uma semana, ela recebera injeções da droga, e devia ter ficado muito assustada -porque tinha tempo de pensar na morte, e de rever sua própria vida. Desta maneira, conforme a tese do Dr. Igor («A consciência da morte nos anima a viver mais», seria o titulo do capitulo final do seu trabalho), a menina passou a eliminar o Vitriolo de seu organismo, e possivelmente não repetiria seu ato.
Hoje iria encontrar-se com ela, e dizer que, graças as injeções, tinha conseguido reverter totalmente o quadro dos ataques cardíacos. A fuga de Veronika lhe poupara a desagradável experiência de mentir mais uma vez.
O que Dr. Igor não contava era com o efeito contagiante de uma cura por envenenamento de Vitriolo. Muita gente em Villete ficara assustada com a consciência da morte lenta e irreparável. Todos deviam estar pensando no que estavam perdendo, sendo forçados a reavaliar suas próprias vidas.
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