Paulo Coelho - Veronika decide morrer
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— Talvez seja mesmo hora de você se aposentar.
Mari entendeu o que estava por detrás daquelas palavras: ninguém ia querer confiar seus negócios a uma advogada que já tinha sido internada num hospício.
— Você disse que o trabalho era a melhor terapia. Eu preciso voltar, nem que seja por um tempo muito curto.
Ela aguardou qualquer reação, mas ele não disse nada. Mari continuou:
— Você mesmo sugeriu que eu me tratasse. Quando eu pensava em aposentadoria, estava pensando em sair vitoriosa, realizada, por minha livre e expontânea vontade. Não quero largar meu emprego assim, porque fui derrotada. Dê-me pelo menos uma chance de recuperar minha auto-estima, e então eu peço a aposentadoria.
O advogado pigarreou.
— Eu sugeri que você se tratasse, não que se internasse.
— Mas era uma questão de sobrevivência. Eu simplesmente não conseguia sair na rua, o meu casamento estava acabando.
Mari sabia que estava jogando suas palavras fora. Nada do que fizesse iria conseguir dissuadi-lo — afinal de contas, era o prestigio do escritório que estava em jogo. Mesmo assim, tentou mais uma vez.
— Eu aqui dentro tenho convivido com dois tipos de pessoas: gente que não tem chance de voltar a sociedade, e gente que está absolutamente curada, mas prefere fingir-se de louca, para não ter que enfrentar as responsabilidades da vida. Eu quero, eu preciso voltar a gostar de mim mesma, devo convencer-me que sou capaz de tomar minhas próprias decisões. Não posso ser empurrada para coisas que não escolhi.
— Nós podemos cometer muitos erros em nossas vidas -disse o advogado. — Menos um: aquele que nos destrói.
Não adiantava continuar a conversa: na opinião dele, Mari havia cometido o erro fatal.
Dois dias depois, anunciaram a visita de outro advogado — desta vez de um escritório diferente, considerado o melhor rival dos seus agora ex-companheiros. Mari animou-se: talvez ele soubesse que ela estava livre para aceitar um novo emprego, e ali estava a chance de recuperar o seu lugar no mundo.
O advogado entrou na sala de visitas, sentou-se diante dela, sorriu, perguntou se já estava melhor, e tirou vários papéis da mala.
— Estou aqui por causa do seu marido — disse. — Isto é um pedido de divórcio. É claro, ele pagará suas despesas de hospital pelo tempo que permanecer aqui.
Desta vez, Mari não reagiu. Assinou tudo, mesmo sabendo que — de acordo com a Justiça que havia aprendido — podia prolongar indefinidamente aquela briga. Em seguida, foi até o Dr. Igor, e disse que os sintomas de pânico haviam retornado.
Dr. Igor sabia que ela estava mentindo, mas prolongou a internação por tempo indeterminado.
Veronika resolveu se deitar, mas Eduard continuava de pé, ao lado do piano.
— Estou cansada, Eduard. Preciso dormir.
Gostaria de continuar tocando para ele, retirando de sua memória anestesiada todas as sonatas, requiens, adágios que conhecia — porque ele sabia admirar sem exigir. Mas seu corpo não aguentava mais.
Ele era um homem tão bonito! Se pelo menos saisse um pouco de seu mundo e a olhasse como uma mulher, então as suas últimas noites nesta terra podiam ser as mais belas de sua vida, porque Eduard era o único capaz de entender que Veronika era uma artista. Conseguira com aquele homem um tipo de ligação como jamais conseguira com alguém — através da emoção pura de uma sonata ou de um minueto.
Eduard era o homem ideal. Sensível, educado, que destruirá um mundo desinteressante para recria-lo de novo em sua cabeça, desta vez com novas cores, personagens, histórias. E este mundo novo incluia uma mulher, um piano, e uma lua que continuava a crescer.
— Eu podia me apaixonar agora, entregar tudo que tenho a você — disse, sabendo que ele não podia entende-la. -Você me pede apenas um pouco de música, mas eu sou muito mais do que pensava que era, e gostaria de dividir outras coisas que passei a entender.
Eduard sorriu. Será que tinha compreendido? Veronika ficou com medo — o manual do bom comportamento diz que não se deve falar de amor de uma maneira tão direta, e jamais com um homem que vira tão poucas vezes. Mas resolveu continuar, porque não tinha nada a perder.
— Você é o único homem na face da terra pelo qual eu posso me apaixonar, Eduard. Simplesmente porque, quando eu morrer, você não sentirá minha falta. Não sei o que um esquizofrênico sente, mas certamente não deve ser saudades de alguém.
«Talvez, no inicio, você estranhe o fato de que não existe mais música durante a noite; entretanto, sempre que a lua aparecer, haverá alguém disposto a tocar sonatas, principalmente num sanatório — já que todos nós aqui somos «lunáticos».
Não sabia qual a relação entre os loucos e a lua, mas devia ser muito forte, pois usavam uma palavra daquelas para descrever os doentes mentais.
— E eu tampouco vou sentir falta de você, Eduard, porque vou estar morta, longe daqui. E como não tenho medo de perde-lo, não me importo com o que você vai pensar ou não de mim, eu hoje toque para você como uma mulher apaixonada. Foi ótimo. Foi o melhor momento de minha vida.
Olhou para Mari lá fora. Lembrou-se de suas palavras. E tornou a olhar para o rapaz a sua frente.
Veronika tirou o suéter, aproximou-se de Eduard — se tivesse que fazer algo, que fosse agora. Mari não ia aguentar o frio lá fora por muito tempo, e logo tornaria a entrar.
Ele recuou. A pergunta em seus olhos era outra: quando iria voltar para o piano? Quando tocaria uma nova musica, para encher sua alma com as mesmas cores, sofrimentos, dores, e alegrias daqueles compositores loucos, que tinham atravessado tantas gerações com suas obras?
— A mulher lá fora me disse: «masturbe-se. Saiba onde quer chegar». Será que posso ir mais longe do que sempre fui?
Ela pegou sua mão, e quis conduzi-lo até o sofá, mas Eduard polidamente recusou. Preferia ficar de pé onde estava, ao lado do piano, esperando pacientemente que ela voltasse a tocar.
Veronika ficou desconcertada, e logo se deu conta que nada tinha a perder. Estava morta, de que adiantava ficar alimentando medos ou preconceitos com que sempre limitaram a sua vida? Tirou a blusa, a calça, o sutiã, a calcinha, e ficou nua diante dele.
Eduard riu. Ela não sabia de que, mas reparou que ele rira. Delicadamente, pegou sua mão, e colocou-a em seu sexo; a mão ficou ali, imóvel. Veronika desistiu da ideia, e retirou-a.
Algo a estava excitando muito mais do que um contato fisico com aquele homem: o fato de que podia fazer o que quisesse, de que não havia limites — exceto pela mulher lá fora, que podia entrar a qualquer hora, ninguém mais devia estar acordado.
O sangue começou a correr mais rápido, e o frio -
sentira ao seu despir — foi desaparecendo. Os dois estavam de pé, frente a frente, ela nua, ele totalmente vestido. Veronika desceu a mão até o seu sexo, e começou a masturbar-se; já fizera aquilo antes, sozinha ou com alguns parceiros — mas nunca numa situação como esta, onde o homem não demonstrava qualquer interesse pelo que estava acontecendo.
E isso era excitante, muito excitante. De pé, com as pernas abertas, Veronika tocava seu sexo, seus seios, seus cabelos, entregando-se como nunca se entregara, nem tanto porque queria ver aquele rapaz saindo do seu mundo distante, mas porque nunca tinha experimentado isto.
Começou a falar, a dizer coisas impensáveis, que seus pais, seus amigos, seus ancestrais considerariam o que havia de mais sujo no mundo. Veio o primeiro orgasmo, e ela mordeu os lábios para não gritar de prazer.
Eduard a encarava. Havia um brilho diferente nos seus olhos, parecia que estava compreendendo alguma coisa, nem que fosse a energia, o calor, o suor, o cheiro que exalava do seu corpo. Veronika ainda não estava satisfeita. Ajoelhou-se, e começou a masturbar-se de novo.
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