Paulo Coelho - Veronika decide morrer
Здесь есть возможность читать онлайн «Paulo Coelho - Veronika decide morrer» весь текст электронной книги совершенно бесплатно (целиком полную версию без сокращений). В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: Современная проза. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.
- Название:Veronika decide morrer
- Автор:
- Жанр:
- Год:неизвестен
- ISBN:нет данных
- Рейтинг книги:4 / 5. Голосов: 1
-
Избранное:Добавить в избранное
- Отзывы:
-
Ваша оценка:
- 80
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
Veronika decide morrer: краткое содержание, описание и аннотация
Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Veronika decide morrer»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.
Veronika decide morrer — читать онлайн бесплатно полную книгу (весь текст) целиком
Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Veronika decide morrer», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.
Интервал:
Закладка:
E o medo aterrador, inexplicável, o pânico de estar só naquele outro planeta. A morte.
«Não posso pensar. Tenho que fingir que tudo está bem, e tudo ficará bem».
Procurou agir naturalmente, e por alguns segundos a sensação de estranheza diminuiu. Desde o momento em que tivera o primeiro sintoma de taquicardia, até a hora que alcançou a porta, havia passado os dois minutos mais aterradores de sua vida.
Quando chegaram a sala de espera iluminada, porém, tudo pareceu voltar. As cores eram fortes, o ruido da rua lá fora parecia entrar por todos os cantos, e as coisas eram absolutamente irreais. Começou a reparar em detalhes que nunca antes havia notado: a nitidez da visão, por exemplo, que cobre apenas uma pequena área onde concentramos nossos olhos, enquanto o resto fica totalmente desfocado.
Foi mais longe ainda: sabia que tudo aquilo que via a sua volta não passava de uma cena criada por impulsos elétricos dentro de seu cérebro, utilizando impulsos de luz que atravessavam um corpo gelatinoso, chamado «olho».
Não. Não podia começar a pensar nisso. Se enveredasse por ai, ia terminar completamente louca.
A esta altura, o medo do aneurisma já tinha passado; ela sairá da sala de projeção e continuava viva — enquanto sua amiga não tivera nem tempo de mover-se da cadeira.
— Chamarei uma ambulância — disse o marido, ao ver o rosto pálido e os lábios sem cor de sua mulher.
— Chame um taxi — pediu, escutando o som que saia de sua boca, consciente da vibração de cada corda vocal.
Ir para o hospital significava aceitar que estava realmente muito mal: Mari estava decidida a lutar até o último minuto para que as coisas voltassem a ser o que eram.
Sairam da sala de espera, e o frio cortante pareceu surtir algum efeito positivo; Mari recuperou um pouco o controle de si mesma, embora o pânico, o terror inexplicável continuasse. Enquanto o marido, desesperado, tentava encontrar um táxi aquela hora da noite, ela sentou-se no meio fio e procurou não olhar o que havia a sua volta — porque os garotos brincando, os ônibus passando, a música que vinha de um parque de diversões nas cercanias, tudo aquilo parecia absolutamente surrealista, assustador, irreal.
Um taxi finalmente apareceu.
— Para o hospital — disse o marido, ajudando a mulher a entrar.
— Para casa, pelo amor de Deus — pediu ela. Não queria mais lugares estranhos, precisava desesperadamente de coisas familiares, iguais, capazes de diminuir o medo que sentia.
Enquanto o taxi se dirigia ao destino indicado, a
taquicardia foi diminuindo, e a temperatura de seu corpo começou a voltar ao normal.
— Estou melhorando -disse para o marido. — Deve ser sido alguma coisa que comi.
Quando chegaram em casa, o mundo parecia de novo o mesmo que conhecera desde sua infância. Ao ver o marido dirigir-se ao telefone, perguntou o que ia fazer.
— Chamar um médico.
— Não há necessidade. Olhe para mim, veja que estou bem. A cor de seu rosto havia voltado, o coração batia
normalmente, e o medo incontrolável tinha desaparecido.
Mari dormiu pesadamente aquela noite, e acordou com uma certeza; alguém colocara alguma droga no café que haviam bebido antes de entrar no cinema. Tudo não passara de uma brincadeira perigosa, e ela estava disposta — no final da tarde — a chamar um promotor e ir até o bar para tentarem descobrir o irresponsável autor da ideia.
Foi para o trabalho, despachou alguns processos que estavam pendentes, procurou ocupar-se com os mais diversos assuntos — a experiência do dia anterior ainda lhe deixava um pouco assustada, e precisava mostrar a si mesma que aquilo não se repetiria nunca mais.
Discutiu com um dos seus sócios o filme sobre El Salvador e mencionou — de passagem — que já estava cansada de fazer todo dia a mesma coisa.
— Talvez tenha chegado a hora de me aposentar.
— Você é uma das melhores que temos — disse o sócio. — E o Direito é uma das raras profissões onde a idade sempre conta a favor. Por que não tira umas férias prolongadas? Tenho certeza que voltará com entusiasmo para cá.
— Quero dar uma guinada na minha vida. Viver uma aventura, ajudar os outros, fazer algo que nunca fiz.
A conversa acabou por ali. Foi até a praça, almoçou num restaurante mais caro do que o que costumava almoçar sempre, e voltou mais cedo para o escritório — a partir daquele momento, estava começando a sua retirada.
O resto dos funcionários ainda não voltara, e Mari aproveitou para ver o trabalho que ainda estava em sua mesa. Abriu a gaveta para pegar uma caneta que sempre colocava no mesmo lugar, e não conseguiu encontra-la. Por uma fração de segundo, pensou que talvez estivesse agindo de maneira estranha, pois não havia recolocado sua caneta onde devia.
Foi o suficiente para que o coração tornasse a disparar, e o terror da noite anterior voltasse com toda a sua força.
Mari ficou paralisada. O sol que entrava pelas persianas dava a tudo uma cor diferente, mais viva, mais agressiva, mas ela tinha a sensação de que ia morrer no próximo minuto; tudo aquilo ali era absolutamente estranho, o que estava fazendo naquele escritório?
«Meu Deus, eu não acredito em você, mas me ajuda».
Começou de novo a suar frio, e viu que não conseguia controlar seu medo. Se alguém entrasse ali, naquele momento, ia notar seu olhar assustado, e ela estaria perdida.
«O frio».
O frio tinha feito com que se sentisse melhor no dia anterior, mas como chegar até a rua? De novo estava percebendo cada detalhe que se passava com ela — o ritmo da respiração (havia momentos em que sentia que, se não inspirasse e expirasse, o corpo seria incapaz de fazer isso por si mesmo), o movimento da cabeça (as imagens mudavam de lugar como se fosse uma câmara de televisão girando) , o coração disparando cada vez mais, o corpo sendo banhado por um suor gelado e pastoso.
E o terror. Sem qualquer explicação, um medo gigantesco de fazer qualquer coisa, dar qualquer passo, sair de onde estava sentada.
«Vai passar».
Tinha passado no dia anterior. Mas agora estava no trabalho, o que fazer? Olhou o relógio — que lhe pareceu também um mecanismo absurdo, com duas agulhas girando em torno do mesmo eixo, indicando uma medida de tempo que ninguém jamais dissera porque devia ser 12, e não 10 — como todas as outras medidas do homem.
«Não posso pensar nestas coisas. Elas me deixam louca».
Louca. Talvez esta fosse a palavra certa para o que estava lhe acontecendo; juntando toda a sua vontade, Mari levantou-se e caminhou para o banheiro. Felizmente o escritório continuava vazio, e ela conseguiu chegar onde queria em um minuto — que lhe pareceu uma eternidade. Lavou o rosto, e a sensação de estranhamento diminuiu, mas o medo continuava.
«Vai passar», dizia para si mesma. «Ontem passou».
Lembrava-se que, no dia anterior, tudo havia demorado aproximadamente uns 30 minutos. Trancou-se dentro de uma das toaletes, sentou-se no vaso, e colocou a cabeça entre as pernas. A posição fez com que o som de seu coração fosse ampliado, e Mari logo ergueu o corpo.
«Vai passar.»
Ficou ali, achando que não conhecia mais a si mesma, estava irremediavelmente perdida. Escutou passos de gente entrando e saindo do banheiro, torneiras sendo abertas e fechadas, conversas inúteis sobre temas banais. Mais de uma vez alguém tentou abrir a porta do toalete onde estava, mas ela dava um murmúrio, e ninguém insistia. Os ruidos das descargas soavam como algo apavorante, capaz de derrubar o edifício e levar todas as pessoas para o inferno.
Mas — conforme previra — o medo foi passando, e seu coração foi voltando ao normal. Ainda bem que sua secretária era incompetente o bastante para sequer notar a sua falta, ou já todo o escritório estaria no banheiro, perguntando se ela estava bem.
Читать дальшеИнтервал:
Закладка:
Похожие книги на «Veronika decide morrer»
Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Veronika decide morrer» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.
Обсуждение, отзывы о книге «Veronika decide morrer» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.