Paulo Coelho - Veronika decide morrer
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Quando viu que conseguia manter de novo o controle de si mesma, Mari abriu a porta, lavou o rosto por um longo tempo, e voltou para o escritório.
— A senhora está sem maquiagem — disse uma estagiária. -Quer que eu lhe empreste a minha?
Mari não se deu ao trabalho de responder. Entrou no escritório, pegou sua bolsa, seus pertences pessoais, e disse para a secretária que ia passar o resto do dia em casa.
— Mas existem muitos encontros marcados! — protestou a secretária.
— Você não dá ordens: recebe. Faça exatamente o que estou mandando.
A secretária acompanhou com os olhos aquela mulher, com quem trabalhava há quase três anos, e que nunca fora grosseira. Algo muito sério devia estar acontecendo com ela: talvez alguém lhe tivesse dito que o marido estava em casa com uma amante, e ela queria provocar um flagrante de adultério.
«É uma advogada competente, sabe como agir», disse a moça para si mesma. Com certeza, amanhã a doutora lhe pediria desculpas.
Não houve amanhã. Naquela noite teve uma longa conversa com o marido, e descreveu-lhe todos os sintomas do que passara a sentir. Juntos, chegaram a conclusão que as palpitações no coração, o suor frio, a estranheza, impotência e descontrole -tudo podia ser resumido numa só palavra: medo.
Marido e mulher estudaram juntos o que estava acontecendo. Ele pensou em um câncer na cabeça, mas não disse nada. Ela pensou que estava tendo premonições de algo terrível, e tampouco disse. Procuraram um terreno comum para conversar, com a lógica e a razão de gente madura.
— Talvez seja bom você fazer uns exames.
Mari concordou, sob uma condição: ninguém, nem mesmo os seus filhos, podiam saber de nada.
No dia seguinte solicitou — e recebeu — uma licença não remunerada de 30 dias no escritório de advocacia. O marido pensou em leva-la para a Áustria, onde estavam os grandes especialistas de doenças no cérebro, mas ela recusava-se a sair de casa — os ataques agora eram mais frequentes, e demoravam mais tempo.
Com muito custo, e a base de calmantes, os dois até um hospital de Lubljana, e Zedka submeteu-se a uma quantidade enorme de exames. Nada de anormal foi encontrado — nem mesmo um aneurisma, o que tranquilizou Mari pelo resto dos anos seguintes.
Mas os ataques de pânico continuavam. Enquanto o marido ocupava-se das compras e cozinhava, e Mari fazia uma limpeza diária e compulsiva na casa, para manter a mente concentrada em outras coisas. Começou a ler todos os livros de psiquiatria que podia encontrar, e parou de ler logo em seguida — porque parecia identificar-se com cada uma das doenças que eram descritas ali.
O mais terrível de tudo é que os ataques já não eram mais novidade, e mesmo assim ela continuava sentindo pavor, estranhamento diante da realidade, incapacidade de controlar a si mesma. Além disso, começou a culpar-se pela situação do marido, que era obrigado a trabalhar dobrado, suprindo suas próprias tarefas como dona de casa — exceto a limpeza.
Com os dias passando, e a situação não se resolvendo, Mari começou a sentir — e externar — uma irritação profunda. Tudo era motivo para que perdesse a calma e começasse a gritar, terminando invariavelmente num choro compulsivo.
Depois de trinta dias, o sócio de Mari no escritório apareceu em sua casa. Ele ligava todos os dias, mas ela não atendia o telefone, ou mandava o marido dizer que estava ocupada. Naquela tarde, ele simplesmente ficou tocando a campainha, até que ela abrisse a porta.
Mari tinha passado uma manhã tranquila. Preparou um chá, conversaram sobre o escritório, e ele perguntou quando ela voltaria a trabalhar.
— Nunca mais.
Ele recordou a conversa sobre El Salvador.
-Você sempre deu o melhor de si, e tem o direito de escolher o que quiser— disse ele, sem qualquer rancor na voz. -Mas penso que o trabalho, nestes casos, é a melhor de todas as terapias. Faça as suas viagens, conheça o mundo, seja útil onde acha que estão precisando de você, mas as portas do escritório estão abertas, esperando sua volta.
Ao ouvir isso, Mari caiu em prantos — como costumava fazer agora, com muita facilidade.
O sócio esperou até que ela se acalmasse. Como bom advogado, não perguntou nada; sabia que tinha mais chances de conseguir uma resposta com o seu silencio, do que com uma pergunta.
E assim foi. Mari contou a história, desde o que acontecera no cinema, até os seus recentes ataques histéricos com o marido, tanto a apoiava.
— Estou louca — disse.
— É uma possibilidade — respondeu ele, com ar de quem entende tudo, mas com ternura em sua voz. — Neste caso, você tem duas coisas a fazer: tratar-se, ou continuar doente.
— Não há tratamento para o que estou sentindo. Continuo em pleno dominio de minhas faculdades mentais, e estou tensa porque esta situação já se prolonga por muito tempo. Mas não tenho os sintomas clássicos da loucura — como ausência da realidade, desinteresse, ou agressividade descontrolada. Apenas medo.
— É o que todos os loucos dizem: que são normais. Os dois riram, e ela preparou um pouco mais de chá.
Conversaram sobre o tempo, o sucesso da independência eslovena, a tensões que agora surgiam entre a Croácia e a Yugoslavia. Mari assistia TV o dia inteiro, e estava muito bem informada sobre tudo.
Antes de se despedir, o sócio tornou a tocar no assunto.
— Acabam de abrir um sanatório na cidade — disse. -Capital externo, e tratamento de primeiro mundo.
— Tratamento de que?
— Desequilíbrios, vamos dizer assim. E medo em exagero é um desequilíbrio.
Mari prometeu pensar no assunto, mas não tomou nenhuma decisão neste sentido. Continuou a ter ataques de pânico por mais um mês, até entender que não apenas sua vida pessoal, mas seu casamento estava vindo abaixo. De novo pediu alguns calmantes, e ousou sair de casa — pela segunda vez em sessenta dias.
Tomou um táxi, e foi até o novo sanatório. No caminho, o motorista perguntou se ia visitar alguém.
— Falam que é muito confortável, mas dizem também que os loucos são furiosos, e que os tratamentos incluem choques elétricos.
— Vou visitar alguém — respondeu Mari.
Bastou apenas uma hora de conversa para que dois meses de sofrimento de Mari terminassem. O chefe da instituição — um homem alto e cabelos tingidos de negro, que atendia pelo nome de Dr. Igor — explicou que tratava-se de apenas um caso de Sindrome do Pânico, doença recem-admitida nos anais da psiquiatria universal.
— Não quer dizer que a doença seja nova — explicou, com o cuidado de ser bem compreendido. — Acontece que as pessoas afetadas costumava esconde-la, com medo de serem confundidos com loucos. É apenas um desequilíbrio quimico no organismo, como é o caso da depressão.
Dr. Igor escreveu uma receita, e pediu que voltasse para casa.
— Não quero voltar agora — respondeu Mari. — Mesmo com tudo que o senhor me disse, não vou ter coragem de sair na rua. Meu casamento virou um inferno, e preciso deixar que meu marido também se recupere destes meses que passou cuidando de mim.
Como sempre acontecia em casos como estes — já que os acionistas queriam manter o hospício funcionando em plena capacidade — o Dr. Igor aceitou a internação, embora deixando bem claro que não era necessário.
Mari recebeu a medicação necessária, teve um
acompanhamento psicológico, e os sintomas diminuíram — terminando por passar completamente.
Neste meio tempo, porém, a história da internação de Mari correu a pequena cidade de Lubljana. O seu sócio, amigo de muitos anos, companheiro de não se sabe quantas horas de alegria e medo, veio visita-la em Villete. Cumprimentou-a pela coragem de aceitar seu conselho, e procurar ajuda. Mas logo disse a razão por que viera:
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