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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Já disse que nesse tempo a minha grande aspiração era o casamento. Agora posso ver qual era o verdadeiro aspecto que essa ideia tomava dentro de mim. A rua em que morávamos atravessava, quase no seu termo, um bairro menos pobre do que o nosso. Em lugar das nossas casas baixas e iguais, semelhantes a carruagens de caminho de ferro, empoeiradas e velhas, podiam ver-se aí pequenos pavilhões rodeados de jardins. Não eram luxuosos. Os que lá viviam não passavam de modestos empregados ou remediados comerciantes, mas, em comparação com a miséria da nossa casa, esses pavilhões eram infinitamente confortáveis e alegres. Além disso eram todos diferentes uns dos outros e não mostravam o aspecto de decadência que dão as paredes sem cal e cheias de gretas, característica dominante da nossa casa e das dos nossos vizinhos. Também os jardins que os rodeavam, apesar de pequenos, estavam cheios de plantas e davam-me uma doce sensação de intimidade, em contraste com a desagradável promiscuidade da rua. Na minha casa era isso o que se encontrava a todos os momentos e em toda a parte, a rua: no vasto vestíbulo, que tinha o ar de um armazém abandonado, na larga escada nua e suja, e até nas salas, cujos móveis desirmanados e a cair aos pedaços me faziam pensar nos ferros-velhos que os compravam e vendiam ao longo dos passeios.

Uma noite de Verão em que passeava na rua com minha mãe, pela janela de um desses pavilhões vi uma cena familiar que se gravou para sempre no meu espírito e me pareceu corresponder ponto por ponto à ideia que tinha do que deve ser uma vida normal e decente. Uma sala pequena, mas arrumada e limpa, com as paredes forradas de um papel pintado às florinhas, uma credência e um candeeiro de tecto suspenso ao centro da sala por cima da mesa posta. A roda desta mesa sentavam-se cinco ou seis pessoas, entre as quais três crianças dos oito aos doze anos. No meio da mesa havia uma terrina, e a mãe, de pé, servia a sopa. Por muito estranho que isto possa parecer, de todas estas coisas a que mais profundamente se gravou na minha memória foi a luz da suspensão, ou, melhor, o aspecto extraordinariamente sereno e normal que todas as coisas tomavam vistas sob esta luz. Mais tarde, sempre que voltei a pensar nesta cena, tive a convicção absoluta de que o meu fito na vida devia ter sido viver numa casa idêntica, ter uma família como esta e passar os meus dias ao clarão de uma luz assim, que parecia revelar a presença de tantas afeições seguras e tranquilas. Muita gente há-de sorrir da modéstia das minhas aspirações. Mas é preciso não esquecer o que eu era nesse tempo. Para mim, nascida num autêntico tugúrio, aquele pavilhão modestíssimo surgia aos meus olhos como surgiria aos olhos dos seus habitantes, que eu tanto invejava, um dos maiores e mais sumptuosos palácios dos bairros aristocráticos, tão certo é ser o paraíso de uns o que para outros não passa do inferno.

Minha mãe, ao contrário, acalentava grandes projectos para o meu futuro, e eu depressa compreendi que esses projectos excluíam por completo qualquer tipo de vida parecido com o que eu própria desejava. O que ela pensava, em resumo, era que a minha beleza me permitia aspirar a todos os géneros de êxitos, mas de nenhum modo a tornar-me, como as outras raparigas, uma mulher casada, vivendo para o marido e para os filhos. Sendo nós extremamente pobres, a minha beleza parecia-lhe o único património de que dispúnhamos, e pertencia, portanto, tanto a mim como a ela, visto ter sido dela que eu a recebera ao deitar-me ao mundo. E esta riqueza devia servir-me para melhoria da nossa situação, sem ligar importância ao que podiam ser as convenções sociais. No fundo isto não passava de uma completa falta de imaginação. Numa situação como a nossa, a ideia de pôr a minha beleza a render era perfeitamente intuitiva. Minha mãe adoptou-a, agarrou-se a ela e nunca mais a abandonou.

A verdade é que eu só muito vagamente compreendia os projectos da minha mãe. Mas mesmo mais tarde, quando adquiri experiência da vida, nunca tive coragem para lhe perguntar como, incompreensivelmente, tendo ela essas ideias, tinha acedido a casar com um pobre-diabo e cair na miséria. Muitas das suas alusões tinham-me feito compreender que a verdadeira culpada deste estado de coisas era eu, visto que o meu nascimento não tinha sido previsto nem desejado. Por outras palavras, o meu nascimento fora ocasional, e minha mãe, sem coragem de me impedir de nascer (como deveria ter feito, segundo dizia muitas vezes), não tinha tido outro remédio senão casar-se com meu pai e aceitar todas as consequéncias desastrosas de um casamento semelhante. Por isso, com frequéncia, referindo-se ao meu nascimento, afirmava: “Tu foste a minha ruína!”

Estas palavras, apesar da tristeza que me causavam, foram durante muito tempo perfeitamente obscuras para mim. Só muito mais tarde lhes consegui apreender o sentido exacto. O que elas realmente significavam era: “Sem ti nunca me teria casado e a esta hora tinha automóvel!” Era perfeitamente compreensível que, nutrindo ideias destas acerca da sua própria vida, minha mãe não concebesse para mim, muito mais bonita do que ela fora, o caminho dos mesmos erros, e portanto um destino semelhante.

Hoje, que me é possível ver as coisas em perspectiva, não tenho coragem de a condenar. Para minha mãe a palavra família significava miséria, escravidão e algumas pequenas alegrias rapidamente terminadas com a morte do meu pai. Era natural, senão justo, que considerasse a vida honesta e familiar como um caminho seguro para a desgraça e estivesse alerta a não me deixar tentar pelas miragens que a tinham atraído.

A sua maneira, minha mãe gostava muito de mim. Por exemplo: logo que eu comecei a frequentar os ateliers, fez-me dois vestidos: um fato inteiro e outro de saia e casaco. Para falar verdade, eu teria preferido roupa interior, porque tinha vergonha, sempre que era forçada a despir-me, da minha roupa grosseira, usada, e até muitas vezes pouco limpa. Mas minha mãe declarava que o importante era o que estava à vista. Para os fatos escolheu dois tecidos baratos, de cor e padrão vistosos, e cortou-os e coseu-os ela própria. Mas, porque era camiseira e não modista, apesar da sua boa vontade, os resultados foram desastrosos. Lembro-me de que o fato inteiro fazia pregas no peito, deixando-me de tal maneira os seios a descoberto que fui obrigada a usar constantemente um alfinete para fechar um pouco mais o decote, e que o fato de saia e casaco estava demasiadamente apertado e fazia rugas e pregas por todos os lados. Apesar disso, estas roupas pareceram-me verdadeiras maravilhas, em comparação com as coisas que até ali usara. Minha mãe comprou-me também dois pares de meias de seda. Tudo isso me encheu de alegria e de orgulho. Pensava constantemente, com encanto, nas minhas novas coisas e nem por um momento abandonava a preocupação de as não sujar ou estragar, como se aqueles míseros trapos tivessem saído das mãos de um grande costureiro.

Minha mãe pensava muito no meu futuro e não tardou a mostrar-se descontente com a minha actividade de modelo. Segundo ela, o que eu ganhava era uma verdadeira miséria. Além disso, tanto os pintores como os seus amigos eram uns pobretões, e não seria com certeza nos seus ateliers que eu conseguiria algumas relações úteis. De repente meteu-se-lhe na cabeça fazer-me bailarina. A sua cabeça estava sempre cheia de ideias ambiciosas, ao passo que eu, como já tive ocasião de dizer, sonhava com um marido, filhos e uma vida simples e tranquila. A ideia da dança veio à minha mãe num dia em que recebera uma encomenda de camisas para o director de uma companhia de variedades que se exibia num cinema entre dois filmes. Isto não quer dizer que minha mãe pensasse que a profissão de bailarina fosse por si própria muito lucrativa; mas, conforme afirmava constantemente, umas coisas levam às outras e quem se exibe num palco mais tarde ou mais cedo acaba por encontrar um homem decente.

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