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Alberto Moravia: A Romana

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Alberto Moravia A Romana

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Um livro de Alberto Moravia, escrito durante a Segunda Grande Guerra, que se centra na vida simples e aparentemente desinteressante de Adriana, uma jovem habitante de Roma. Traída pelo seu primeiro amor, a romana entrega-se à prostituição como quem se entrega a uma vocação. Numa trajetória de inúmeros amantes, três homens se destacam: um jovem revolucionário, um criminoso foragido e um alto funcionário do governo facista, a romana interliga o destino desses homens, quem têm um final dramático e inesperado. No romance de Moravia o sexo tem um valor sobretudo simbólico.

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Quando minha mãe quer impor a outras pessoas o seu ponto de vista usa sempre a táctica da gritaria, como se realmente estivesse possuída de uma violenta cólera; eu, que a conheço como às minhas mãos, sei perfeitamente que aquilo não passa de um processo; grita como as regateiras do mercado quando o comprador lhes faz uma oferta que elas consideram baixa. E este processo dá sempre resultado, especialmente com as pessoas que, pela sua formação, não podem responder aos seus gritos com gritos semelhantes. É com essas, aliás, que ela emprega mais vezes o sistema.

Com o pintor também não falhou. Enquanto minha mãe se esganiçava cada vez mais, ele sorria, e apenas fazia de vez em quando um vago gesto para a interromper. Por fim, aproveitando uma oportunidade em que minha mãe se calara durante alguns momentos para respirar, perguntou-lhe calmamente quanto pretendia que ele me pagasse. Mas minha mãe não lhe respondeu imediatamente. Atirou este argumento que ninguém podia esperar:

— O que eu gostava de saber era quanto esse que pintou o quadro que acaba de nos mostrar pagou ao seu modelo!

O pintor desatou a rir:

— Mas o que tem uma coisa a ver com a outra? Os tempos mudaram muito de então para cá. Ele deve ter-lhe dado em troca uma boa garrafa de vinho, talvez um par de luvas, não sei…

De novo minha mãe ficou tão desorientada como quando ele lhe tinha dito que a gravura representava Dánae. Eu compreendia que o pintor estava a divertir-se à sua custa. Mas era sem maldade, e minha mãe não se apercebeu disso. Desatou novamente a gritar, chamando-lhe miserável avarento e exaltando a minha beleza sem par. Depois, de repente, pareceu acalmar-se e disse-lhe a quantia que entendia que devia pagar-me, ou melhor, que ela queria que me pagasse. O pintor não concordou, discutiram ainda um bom bocado, mas por fim acabaram por assentar numa importância um pouco inferior à que minha mãe tinha indicado. O pintor dirigiu-se para uma mesita, abriu uma gaveta e pagou-lhe. Ela guardou alegremente o dinheiro, fez-me algumas recomendações e retirou-se. O pintor foi fechar a porta, voltou a sentar-se diante do seu cavalete e perguntou-me:

— A tua mãe fala sempre assim aos gritos?

— Minha mãe gosta muito de mim — respondi.

— Pois olha — disse ele tranquilamente, continuando a desenhar. — Cá, para mim, do que ela gosta muito é de dinheiro…

— Oh! Não, isso não é assim! — respondi vivamente.

— De quem ela gosta acima de tudo é de mim. Mas tem pena que eu tenha nascido pobre e gostava de me ver ganhar a vida largamente.

Quis relatar pormenorizadamente esta história do pintor porque esse foi o meu primeiro dia de trabalho, se bem que eu tivesse acabado por escolher um ofício inteiramente diferente, e também para mostrar como o seu procedimento indicava o seu carácter e os seus sentimentos para comigo.

Terminada a minha hora de pose fui ter com minha mãe a uma leitaria onde tínhamos marcado encontro. Perguntou-me como se tinha passado a sessão e obrigou-me a relatar-lhe minuciosamente todas as palavras do pintor, que era, aliás, pouco falador. Finalmente disse-me que eu precisava de ter os olhos bem abertos. Que talvez esse pintor não tivesse más intenções a meu respeito, mas que a maioria dos artistas tentava sempre tornar-se amante dos seus modelos, quando valia a pena, é claro. Ora era preciso que eu repudiasse energicamente qualquer proposta desse género.

— Nenhum deles tem onde cair morto — explicou-me e nada há de bom a esperar deles. E tu, com a beleza que Deus te deu, podes aspirar a coisa muito melhor…

Era a primeira vez que minha mãe se me dirigia nestes termos. Mas ela falava com a segurança de uma pessoa que se refere a coisas longamente meditadas.

— Que queres dizer com isso? — perguntei, surpreendida.

Vagamente, respondeu-me:

— Falam todos muito bem, mas não têm um chavo. Uma linda rapariga como tu não deve frequentar senão homens decentes…

— Como homens decentes? Eu ninguém conheço…

Ela olhou-me durante uns momentos e concluiu, com os seus modos distraídos:

— Por agora podes perfeitamente ser modelo. Mais tarde veremos… Cada coisa a seu tempo.

Havia nos seus olhos uma expressão ávida e concentrada que quase me fez medo. E nesse dia a conversa ficou por aí.

As recomendações e os conselhos de minha mãe eram desnecessários, porque eu era nesse tempo extremamente séria, talvez como consequência da minha juventude. Depois deste pintor trabalhei para outros e tornei-me muito conhecida entre eles. Devo dizer que, de um modo geral, os pintores se mostravam correctamente reservados e respeitosos para comigo, se bem que alguns deles nada fizessem para me esconder os seus sentimentos a meu respeito. Mas eu afastava-os imediatamente com tal violência que rapidamente adquiri a fama de que comigo nada havia a fazer. Mas creio que a verdadeira razão do modo reservado como os pintores se portavam comigo era que na realidade o que lhes interessava não era fazer-me a corte, mas pintar. Ora, enquanto desenhavam ou pintavam, os olhos com que me viam eram olhos de artista, e não de homem. Quero dizer que, na minha opinião, olhavam para mim com a mesma insensibilidade com que teriam olhado para uma cadeira ou para outro objecto qualquer. Estavam habituados a trabalhar com modelos, e o meu corpo nu, apesar de jovem e provocante, não lhes causava qualquer impressão, como sucede com os médicos. O que me complicava às vezes a existência eram os amigos dos pintores. Chegavam e punham-se a conversar. Mas não tiravam os olhos de mim, apesar da indiferença que afectavam. Outros nem sequer tentavam disfarçar o que sentiam e andavam constantemente de um lado para o outro de modo a poderem mirar-me de todos os ângulos. Foram estes olhares e as obscuras alusões de minha mãe que acordaram o meu amor-próprio feminino, tornando-me consciente, ao mesmo tempo, da minha beleza e das vantagens que podia tirar dela. E acabei, não só por me habituar a essas assiduidades, mas até por sentir um certo prazer quando os visitantes se perturbavam por minha causa e uma estranha desilusão quando isso não acontecia.

Terminei por convencer-me, como o desejava minha mãe, de que eu possuía na minha beleza um bom capital, que um dia poderia render lucros pingues e seguros.

Nessa época da minha vida eu pensava, no entanto, em me casar. Os meus sentidos ainda não tinham acordado e, pondo de lado a vaidade, os homens que olhavam para mim enquanto posava não me provocavam qualquer sentimento. Entregava pontualmente a minha mãe todo o dinheiro que me pagavam, e quando não tinha trabalho ficava com ela em casa, ajudando-a a cortar e a coser as camisas. Este era o nosso meio de existência desde a morte de meu pai, que tinha sido ferroviário. Vivíamos num pequeno apartamento situado no segundo andar de uma pobre casa, construída havia cinquenta anos para o pessoal dos caminhos de ferro, numa rua da periferia da cidade. De um lado havia uma fileira de construções do mesmo tipo, com dois andares, uma fachada de tijolos sem reboco, doze janelas — seis em cada andar — e em baixo uma porta central. Do outro lado estendiam-se as antigas muralhas da cidade, que neste local se mantinham de pé, cobertas de heras e trepadeiras. Uma porta rasgava-se nessas muralhas, próximo da nossa casa. Perto dessa porta havia uma espécie de Luna-Parque, sempre iluminado e com música durante o tempo seco. Da minha janela eu podia ver grinaldas de lâmpadas multicores, tectos dos quais se erguiam pequenas bandeiras e pendões e a multidão que se comprimia à entrada, debaixo dos enormes plátanos que davam sombra a esse lado da rua. A música ouvia-se distintamente em nossa casa.

Muitas vezes, durante a noite, eu deixava-me ficar acordada para a escutar, sonhando com os olhos abertos. Parecia-me que ela chegava até mim vinda de um mundo inacessível, circunstância que a pequenez do meu quarto reforçava. Tinha a impressão de que toda a população da cidade vinha divertir-se para o Luna-Parque e que eu era a única que não tinha posses para o fazer. E a música, que soava em toda a noite, evocava no meu espírito a ideia de um castigo que eu sofria por causa de crimes que devia ter cometido, mas que ignorava quais tivessem sido. Por vezes, ao ouvi-la, chegava a chorar, de tal modo a minha exclusão me humilhava e tornava infeliz, porque nesse tempo eu era terrivelmente sentimental: um gesto ou uma palavra mais brusca de uma amiga, uma censura de minha mãe, uma cena emocionante vista no cinema, qualquer coisa era suficiente para que as lágrimas me viessem aos olhos. Possível que eu não tivesse com tanta nitidez a percepção de um mundo de felicidades que me estavam vedadas se durante a minha infância minha mãe não impedisse tão exclusivamente a minha entrada no Luna-Parque. Mas a sua viuvez precoce, a sua falta de recursos e principalmente a sua hostilidade para com todos os divertimentos de que ela própria estava privada fizeram com que ela nunca me permitisse a entrada no Luna-Parque ou em qualquer outro lugar de distracção senão muito mais tarde, quando eu já era uma mulherzinha e o meu carácter já se encontrava formado. Provavelmente a isso que devo ter guardado em toda a minha vida esta convicção da existência de um mundo de alegria e de felicidade vedado para mim por um destino ao qual já pertencia ainda antes de ter nascido. E esta sensação radicou-se tão profundamente dentro de mim que não consigo libertar-me dela nem quando tenho a certeza de que sou feliz.

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