Guido Pagliarino - O Metro Do Amor Tóxico - Romance
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Copyright © 2019 Guido Pagliarino
All rights reserved
Book published by Tektime
Tektime S.r.l.s. - Via Armando Fioretti, 17 - 05030 Montefranco (TR) – Italy
Guido Pagliarino
O Metro Do Amor Toxico
Romance
(Tradução da terceira revisão italiana transformada pelo autor)
Com apendice do conto, sobre as mesmas personagens,
O Defunto D’Aiazzo
Tradução de italiano para português de Aderito Francisco Huo
© Copyright 2019 Guido Pagliarino
Obra distribuida pela Tektime
Edição desta obra em língua italioana:
1a Edição, com o título “Il Poeta e il Committente, romance”, livro cartão, © Copyright Boopen Editore, fora de catalogo do ano 2014; do mesmo ano il © Copyright voltou ao Guido Pagliarino
2a Edição, revista e modificada, publicada apenas em ebook de todos os formatos com o título “Il metro dell’amore tossico (Il Poeta e il Committente), romanzo”, © Copyright 2015 Guido Pagliarino, Smashwords Edition
3a Edição, conforme à segunda, publicada em e-book de todos os formatos e em livro cartão com o título “Il Metro dell'Amore Tossico, romanzo - Il Fu D’Aiazzo, racconto”, Tektime Editore, © Copyright 2017 Guido Pagliarino
As personagens, os aconteciemntos, os nomes das pessoas entidades e firmas e as suas sedes mencionados no romance e no conto são imaginários, eventuais referências à realidade passada e presente são casuais e absolutamente involutários.
Índice
O Metro do Amor Tóxico - Romance Guido Pagliarino O Metro do Amor Tóxico Romance (© 1992 - 2019)
I Capítulo
II Capítulo
III Capítulo
IV Capítulo
V Capítulo
VI Capítulo
VII Capítulo
VIII Capítulo
IX Cap ítulo
X Cap ítulo
XI Cap ítulo
XII Cap ítulo
XIII Cap ítulo
XIV Cap ítulo
XV Cap ítulo
XVI Cap ítulo
XVII Cap ítulo
XVIII Cap ítulo
XIX Cap ítulo
XX Cap ítulo
XXI Cap ítulo
XXII Cap ítulo
XXIII Cap ítulo
XXIV Capítulo
XXV Capítulo
O Defunto D’Aiazzo - Conto
Guido Pagliarino
O Metro do Amor Tóxico
Romance
(© 1992 - 2019)
I Capítulo
Era 1 de Julho de 1969, uma terça-feira regressando no fim da tarde, tinha retirado um envelope grande no marco do correio. No momento tinha apenas observado que chegara via aérea duma desconhecida Alfio Valente Cultural Foundation – New York. Não tinha dado a devida importância àquele maço, sem pressa tinha subido em casa, um modesto apartamento no último andar dum velho prédio do centro histórico, pusera-me em liberdade e, finalmente, sentado na escrivaninha do quartinho que servia-me de escritório, tinha aberto o envelope. Tivera uma exaltante surpresa. Tinham-me atribuído o Brooklyn Alfio Valente Poetry Award pela minha obra poética traduzida e publicada nos Estados Unidos: um premio em dinheiro, nada menos de 5.000 dólares, um montante chorudo naqueles tempos; as despesas de estadia estavam pagas. Aqueles senhores americanos deviam nutrir grande confiança nos serviços dos correios, visto que não tinham-me advertido por registo internacional. Pediam-me, a assinatura do presidente Albert Valente, que tinha imaginado parente e teria sabido do filho defunto titular da Fundação, para confirmar telefonicamente a aceitação do premio e a minha presença à cerimonia da entrega. Tinha considerado, depois de ter dado uma olhadela no relógio e ter subtraído 6 horas às 17 e 38 minutos que marcava, que por causa da diferença do fuso horário em New York ainda era manhã. Tinha ligado para a central telefónica da única sociedade telefónica italiana daqueles tempos, a SIP, para que me conectassem à fundação: quanto à celeridade de chamadas internacionais, eram tempos de mamute, o utente devia recorrer a uma das telefonistas SIP e esperar que ela, depois de tantos minutos de espera como mínimo, no fim o conectasse com o distante numero graças a um circuito de comunicação operado a mão. Tinha pegado de novo e, esperando que o aparelho tocasse para advertir que estava em linha, tinha-me cozido ao fogo lento pela ideia do inesperado ganho que estava para chegar, realmente providencial porque a arte poética, como na sua natureza, não me rendia quase nada e vivia graças às contínuas colaborações num diário de Torino, La Gazzetta del Popolo, e à incerta posição de tradutor e editor duma casa editora, retribuído por empreitada por cada l4ivro. Pela verdade tinha também redigido um romance, potencialmente muito mais comercial que as obras em versos, e tinha até conseguido publicá-lo com a mesma casa editora de Torino pelo qual trabalhava, não sem o desgaste de umas tantas aproximações ao Khan dos Khan, como ousamos chamar entre nós o altivo e às vezes caprichoso proprietário: tinha tido muitos elogios da crítica, que não tinham enchido a minha carteira, e nenhum sucesso mercantil, tratando-se de “uma obra de prosa poética mais que dum romance narrado” como editor, já hesitante em publicá-lo, tinha-me enfim comunicado, frisando o tom sobre a última palavra. É bom que eu antecipe alem de mais, não apenas tratando-se dum caso ligado à minha miséria condição económica daqueles tempos mas porque, como veremos, se teria revelado dramático para mim e até fatal para muitos cidadãos dos Estados Unidos e da Itália, que seis meses antes de receber o premio Brooklyn Alfio Valente, ao desejar mais dinheiro teria colhido a improvisa ocasião a mim oferecida por um poderoso para compor-lhe e vender-lhe, por uma relevante soma, uma vintena de sonetos em honra da sua querida, poesias que ele tinha a declarada intenção de fazer passar por fruto do seu talento com a namorada. Digo sem hesitação, sinto ainda hoje amargura por ter vendido a minha arte e, por um conjunto de circunstâncias derivadas, até dignidade e liberdade, ainda que, como melhor narrarei no seu devido tempo, teria sido punido moralmente e fisicamente.
Enquanto esperava de ser posto em comunicação com a fundação, a alegria tinha-me reduzido imediatamente: lendo de novo com mais atenção a carta, tinha notado que a data da entrega dos prémios estava próxima, nem sequer uma vintena de dias, e tinha verificado logo depois que o meu passaporte tinha inspirado validade. Um arrepio longo na coluna, textualmente, depois um acesso de ira: porquê tinham-me avisado no último momento? ! Dirigido portanto uma olhadela à data da expedição no envelope, tinha percebido que a fundação não era a culpada pelo atraso, a carta tinha partido a partir de New York há mais de duas semanas. Eh, sim, mas pelo menos de não ter enviado como carta com valor declarado isso sim, culpado, tinha-as de todas as formas lançado idealmente; e logo depois estava possuído com o incógnito descuidado – dos correios? Dum aeroporto? – Cujo devia a sucessiva complicação; para terminar tinha-me questionado se poderia obter a tempo a renovação do passaporte no comando da polícia, apesar de tudo, e, considerado que os prudentes Estados Unidos tinham-me exigido também um visto consular preventivo, tinham-me respondido: quase precisamente não; mas eis que tinha-me fulgurado uma esperança: … mas sim, pedirei ajuda ao Vittorio!
Comandante adjunto da polícia, Vittorio D´Aiazzo servia no comando policial de Torino, onde mesmo eu tinha operado às suas ordens antes de demitir-se poucos anos antes. Era um queridíssimo amigo, ou melhor o único que poderia ter; e sabia dele que eu mesmo, ambos de alma reservada, era o único verdadeiro amigo seu.
Imagina um pouco, tinha-me cada vez mais confortado, se, vista a importância da coisa, não se prodigalizará!
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