Melina Galete - Da verdadeira Índia

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De que formas uma viagem pode transformar a nossa vida? 'Da verdadeira Índia' não é apenas um diário autobiográfico desse processo, mas antes a partilha com os leitores da obra de uma importante mutação interior. De Niterói para Aveiro, para onde se mudou com sua filha, Melina Galete já havia atravessado uma mudança cultural, onde se obrigou a desconstruir padrões normativos do seu local de origem. É precisamente em Portugal que a autora conhece a indiana Sridevi (nome fictício, para proteger a respetiva identidade), colega de apartamento, que anos depois a convida para o seu casamento, uma união arranjada, como é comum no país asiático. Embora seja inicialmente resistente à ideia de ver a amiga casar-se com um desconhecido, Melina embarca numa das maiores aventuras de sua vida, para se fazer presente na festa e conhecer um novo país do qual tinha já tantas imagens pré-concebidas. Depois de uma intensa preparação com elementos considerados no ocidente como típicos da cultura indiana, entre tentativas de meditação e muita prática de yoga, a autora descobre-se num novo mundo tão arrebatador quanto surpreendente, longe do que imaginava em Portugal e no Brasil sobre aquela cultura que é tão distinta da sua e ao mesmo tempo tão igual. O desafio do etnocentrismo, a redescoberta de si num lugar novo e os impactos que ficam gravados na alma humana, como tatuagens, são temas centrais de 'Da verdadeira Índia', uma obra sensível e um convite à reflexão sobre o que definimos como norma.

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© Editora Gato-Bravo, 2020

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editor Marcel Lopes

coordenação editorial Paula Cajaty

revisão Inês Carreira

projecto gráfico 54 Design

imagem da capa Kristin. People celebrating Holi festival of colors, India. AdobeStock

Título

Da verdadeira Índia

Autora

Melina Galete

Impressão

Europress Indústria Gráfica

isbn 978-989-8938-75-6

e-isbn 978-989-8938-76-3

1a edição: Julho, 2020

Depósito Legal: 472001/20

gato·bravo

rua Veloso Salgado, 15 A

1600-216 Lisboa, Portugal

tel. [+351] 308 803 682

editoragatobravo@gmail.com

editoragatobravo.pt

Já a manhã clara dava nos outeiros

Por onde o Ganges murmurando soa,

Quando da celsa gávea os marinheiros

Enxergaram terra alta pela proa.

Já fora de tormenta, e dos primeiros

Mares, o temor vão do peito voa.

Disse alegre o piloto Melindano:

“Terra é de Calecu, se não me engano.

Esta é por certo a terra que buscais

Da verdadeira Índia, que aparece;

E se do mundo mais não desejais,

Vosso trabalho longo aqui fenece.”

Sofrer aqui não pode o Gama mais,

De ledo em ver que a terra se conhece:

Os geolhos no chão, as mãos ao céu,

A mercê grande a Deus agardeceo.

Luís de Camões, Os Lusíadas,

Canto VI, estâncias 92 e 93

Sumário

Introdução Introdução • Não é muito comum a presença de estrangeiros em casamentos tradicionais na Índia. Ainda mais incomum é a presença de não indianos nos dias que antecedem a cerimónia, que consistem na preparação dos noivos, separadamente. Quando fui convidada para participar de um dos rituais mais importantes do hinduísmo, eu não julgava que presenciaria algo que poucos ocidentais puderam presenciar: a cerimónia do Mehendi, a festa da música, o banho de especiarias, o casamento, a receção pela família do noivo e, o que foi mais surpreendente, o ritual – Puja –, celebrado no dia a seguir à receção, em que fui a única pessoa de fora da família com permissão para participar, assistir aos sacrifícios animais, oferecer especiarias e frutas aos deuses e alimentar-me com as mesmas especiarias e frutas, após a oferenda. Já no primeiro dia de celebrações pude constatar o ineditismo da presença de estrangeiros naquela fase do casamento. Estávamos há poucos minutos no quintal onde ocorria a cerimónia do Mehendi – que consiste na pintura das mãos com henna, quando chegaram repórteres de jornais impressos e da televisão. Nos dias a seguir ocorreu o mesmo. Aparecemos em todos os noticiários da TV Telugu e em diversos jornais, éramos parados nas ruas para que tirassem fotos conosco e recebemos mais olhares do que os noivos durante a principal cerimónia do casamento. Fui para a Índia com algumas expetativas – nem todas agradáveis. Eu só não esperava que encontraria todas as situações durante a mesma viagem. É conhecido o confuso trânsito local, a dificuldade em atravessar as ruas, a poluição do ar, a imundície dos rios, a pobreza extrema, a escravatura moderna e o machismo exagerado. A pobreza, é certo, existe em todo lado. O machismo eu também encontro em qualquer esquina no Brasil e em Portugal. Já a escravatura eu não esperava encontrar. Mas encontrei. Por estar em um lugar pouco frequentado por turistas e hospedada em casas de parentes da noiva, pude vivenciar na quase totalidade o dia a dia de uma família do sul da Índia. Prescindi de guias turísticos, hotéis, tradutores, alimentação de emergência e até de seguro de viagem completo. Por esse motivo, esses relatos carregam em si um ineditismo surpreendente sobre aquela cultura, tão divulgada – por vezes de maneira errónea – e tão difícil de compreender.

Céu – Algures entre Porto e Amsterdão

Primeiras impressões

O casamento

Primeiro dia: Henna e música

Segundo dia: o banho da noiva

Terceiro dia: o casamento

Quarto dia: a receção inglesa

Quinto dia: rituais e bênçãos

O último dia do fim da minha outra vida

Famosos (uma festa para nós)

O lixo na mala

Uma noção diferente de higiene e limpeza

O perigo da água

(Falta de) segurança

No meio do caminho tinha uma vaca

O comboio que não parava na estação

Empregados ou escravos?

Animais: bênção ou estorvo?

Templo (ou o homem que não controlava o mundo)

O meu marido

O medo por ser mulher

A conversa com a cunhada

Duas formas de aceitar

Minha filha é diferente e na Índia isso é normal

Não voltei

Para a Maria Clara,

por me acompanhar nas viagens da vida.

À minha mãe, ao meu pai e à

Lívia, primeiros leitores sempre,

e à Lavínia, futura leitora.

À Flávia,

por saber antecipadamente o que vai

acontecer na minha vida e me encorajar.

Ao Luis Maffei,

José Eduardo Agualusa e Afonso Cruz,

que, mesmo sem saber, são um pouco responsáveis por este primeiro livro.

À Sangeetha.

Introdução

Não é muito comum a presença de estrangeiros em casamentos tradicionais na Índia. Ainda mais incomum é a presença de não indianos nos dias que antecedem a cerimónia, que consistem na preparação dos noivos, separadamente.

Quando fui convidada para participar de um dos rituais mais importantes do hinduísmo, eu não julgava que presenciaria algo que poucos ocidentais puderam presenciar: a cerimónia do Mehendi, a festa da música, o banho de especiarias, o casamento, a receção pela família do noivo e, o que foi mais surpreendente, o ritual – Puja –, celebrado no dia a seguir à receção, em que fui a única pessoa de fora da família com permissão para participar, assistir aos sacrifícios animais, oferecer especiarias e frutas aos deuses e alimentar-me com as mesmas especiarias e frutas, após a oferenda.

Já no primeiro dia de celebrações pude constatar o ineditismo da presença de estrangeiros naquela fase do casamento. Estávamos há poucos minutos no quintal onde ocorria a cerimónia do Mehendi – que consiste na pintura das mãos com henna, quando chegaram repórteres de jornais impressos e da televisão. Nos dias a seguir ocorreu o mesmo. Aparecemos em todos os noticiários da TV Telugu e em diversos jornais, éramos parados nas ruas para que tirassem fotos conosco e recebemos mais olhares do que os noivos durante a principal cerimónia do casamento.

Fui para a Índia com algumas expetativas – nem todas agradáveis. Eu só não esperava que encontraria todas as situações durante a mesma viagem. É conhecido o confuso trânsito local, a dificuldade em atravessar as ruas, a poluição do ar, a imundície dos rios, a pobreza extrema, a escravatura moderna e o machismo exagerado. A pobreza, é certo, existe em todo lado. O machismo eu também encontro em qualquer esquina no Brasil e em Portugal. Já a escravatura eu não esperava encontrar. Mas encontrei.

Por estar em um lugar pouco frequentado por turistas e hospedada em casas de parentes da noiva, pude vivenciar na quase totalidade o dia a dia de uma família do sul da Índia. Prescindi de guias turísticos, hotéis, tradutores, alimentação de emergência e até de seguro de viagem completo. Por esse motivo, esses relatos carregam em si um ineditismo surpreendente sobre aquela cultura, tão divulgada – por vezes de maneira errónea – e tão difícil de compreender.

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