Eca de Queiros - Romancistas Essenciais - Eça de Queirós

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Romancistas Essenciais - Eça de Queirós: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temosEça de Queirós, o único romancista português a conquistar fama internacional em sua época – atualmente o autor já foi traduzido para mais de 70 idiomas. Em seu tempo ele era polêmico por críticar as instituições nacionais, o clero e os costumes da classe média em saus obras. Seu romance O Crime do Padre Amaro foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Crime do Padre Amaro.
– O Primo Basílio.

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O padre Amaro, curvado quase ao ouvido da entrevada, exortava-a a que se abandonasse à Misericórdia divina; mas vendo que ela não compreendia, ajoelhou, recitou rapidamente o Misereatur; e no silêncio, a sua voz erguendo-se nas sílabas latinas mais agudas, dava uma sensação de enterro que enternecia, fazia soluçar as duas senhoras. Depois ergueu-se, molhou o dedo nos santos óleos; murmurando as expressões penitentes do ritual ungiu os olhos, o peito, a boca, as mãos - que há dez anos só se moviam para chegar a escarradeira, e as plantas dos pés que há dez anos só se aplicavam a buscar o calor da botija. E depois de queimar as bolinhas de algodão úmidas de óleo, ajoelhou-se, ficou imóvel, com os olhos postos no Breviário.

João Eduardo voltou em pontas de pés á sala, sentou-se no mocho do piano: agora decerto, durante quatro ou cinco semanas, Amélia não tornaria a tocar... E uma melancolia amoleceu-o, vendo no doce progresso do seu amor aquela brusca interrupção da morte e dos seus cerimoniais.

A Sra. D. Maria entrou então, toda transtornada daquela cena - e seguida de Amélia que trazia os olhos muito vermelhos.

— Ah! ainda bem que aqui está, João Eduardo! disse logo a velha. Que quero que me faça um favor, que é acompanhar-me a casa... Estou toda a tremer... Estava desprevenida, e com perdão de Deus seja dito, não posso ver gente na agonia... Que ela, coitadinha, vai-se como um passarinho... E pecados não os tem... Olhe, vamos pela Praça que é mais perto. E desculpe... Tu, filha, dispensa, mas não posso ficar... É que me dava a dor... Ai! que desgosto... Que para ela até é melhor... Pois olhem, sinto- me a desfalecer...

Foi mesmo necessário que Amélia a levasse a baixo, ao quarto da S. Joaneira, a reconfortá-la caridosamente com um cálice de jeropiga.

— Ameliazinha, disse então João Eduardo, se eu sou cá necessário para alguma coisa...

— Não, obrigada. Ela está por instantes, coitadinha...

— Não te esqueças, filha, recomendou descendo a Sra. D. Maria da Assunção, põe-lhe as duas velas bentas à cabeceira... Alivia muito na agonia... E se tiver muitos arrancos, põe outras duas apagadas, em cruz... Boas noites... Ai, que nem me sinto!

À porta, mal viu o pálio, os homens com as tochas, apoderou-se do braço de João Eduardo, colou-se toda a ele com terror - um pouco também com o acesso de ternura que lhe dava sempre a jeropiga.

Amaro prometera voltar mais tarde, para "as acompanhar, como amigo, naquele transe". E o cônego (que chegara, quando a procissão como o pálio dobrava a esquina para o lado da Sé), informado desta delicadeza do senhor pároco, declarou logo que visto que o colega Amaro vinha fazer a noitada, ele ia descansar o corpo porque, Deus bem o sabia, aquelas comoções arrasavam-lhe a saúde.

— E a senhora não havia de querer que eu apanhasse alguma, e me visse nos mesmos assados...

— Credo, senhor cônego! exclamou a S. Joaneira, nem diga isso!...

— E começou a choramingar, muito abalada.

— Pois então boas noites, disse o cônego, e nada de afligir. Olhe, a pobre criatura, alegria não a tinha: e como não tem pecados não lhe importa achar-se na presença de Deus. Tudo bem considerado, senhora, é uma pechincha! E adeusinho, que me não estou a sentir bem...

Também a S. Joaneira não se sentia bem. O choque, logo depois do jantar, dera-lhe ameaças de enxaqueca: - e quando Amaro voltou, às onze, Amélia que fora abrir a porta, disse-lhe, ao subir à sala de jantar:

— O senhor pároco desculpe... A mamã veio-lhe a enxaqueca, coitada... Estava que nem via... Deitou-se, pôs água sedativa e adormeceu...

— Ah! deixá-la dormir!

Entraram no quarto da entrevada. Tinha a cabeça virada para a parede; dos seus beiços abertos saía um gemido muito débil e contínuo. Sobre a mesa agora, uma grossa vela benta, de morrão negro, erguia uma luz triste; e ao canto, transida de medo, a Ruça, segundo as recomendações da S. Joaneira, ia rezando a coroa.

— O senhor doutor, disse Amélia baixo, diz que morre sem o sentir... Diz que há-de gemer, gemer, e de repente acabar como um passarinho...

— Seja feita a vontade de Deus, murmurou gravemente o padre Amaro.

Voltaram à sala de jantar. Toda a casa estava silenciosa: fora ventava forte. Havia muitas semanas que não se encontravam assim sós. Muito embaraçado, Amaro aproximou-se da janela: Amélia encostou-se ao aparador.

— Vamos ter uma noite de água, disse o pároco.

— E está frio, disse ela, encolhendo-se no xale. Eu tenho estado passada de medo...

— Nunca viu morrer ninguém?

— Nunca.

Calaram-se - ele imóvel ao pé da janela, ela encostada ao aparador, de olhos baixos.

— Pois está frio, disse Amaro, com a voz alterada da perturbação que lhe ia dando a presença dela àquela hora da noite.

— Na cozinha está a braseira acesa, disse Amélia. É melhor irmos para lá.

— É melhor.

Foram. Amélia levou o candeeiro de latão: e Amaro, indo remexer com as tenazes o brasido vermelho, disse:

— Há que tempo que eu não entro aqui na cozinha... Ainda tem os vasos com os raminhos fora da janela?

— Ainda, è um craveiro...

Sentaram-se em cadeirinhas baixas, ao lado da braseira. Amélia, inclinada para o lume, sentia os olhos do padre Amaro devorá-la silenciosamente. Ele ia falar-lhe, decerto! Tinha as mãos a tremer; não ousava mover- se, erguer as pálpebras, com medo que lhe rompessem as lágrimas; mas ansiava pelas suas palavras, ou amargas ou doces...

Elas vieram enfim, muito graves.

— Menina Amélia, disse, eu não esperava poder assim falar-lhe a sós. Mas as coisas arranjaram-se... É decerto a vontade de Nosso Senhor! E depois, como as suas maneiras mudaram tanto...

Ela voltou-se bruscamente, toda escarlate, o beicinho trêmulo:

— Mas bem sabe por quê! exclamou quase chorando.

— Sei. Se não fosse aquele infame Comunicado, e as calúnias... nada se tinha passado, e a nossa amizade seria a mesma, e tudo iria bem... É justamente a esse respeito que eu lhe quero falar.

Chegou a cadeira mais para junto dela, e muito suave, muito tranquilo:

— Lembra-se desse artigo em que todos os amigos da casa eram insultados? em que eu era arrastado pela rua da amargura? em que a menina mesma, a sua honra era ofendida?... Lembra-se, hem? Sabe quem o escreveu?

— Quem? perguntou Amélia toda surpreendida.

— O Sr. João Eduardo! disse o pároco muito tranquilamente cruzando os braços diante dela.

— Não pode ser!

Tinha-se erguido. Amaro puxou-lhe devagarinho pelas saias para a fazer sentar; e a sua voz continuou paciente e suave:

— Ouça. Sente-se. Foi ele que o escreveu. Soube ontem tudo. O Natário viu o original escrito pela letra dele. Foi ele que descobriu. Por meios dignos decerto,.. e porque era a vontade de Deus que a verdade aparecesse. Agora escute. A menina não conhece esse homem. - Então, baixo, contou-lhe o que sabia de João Eduardo, por Natário: as suas noitadas com o Agostinho, as suas injúrias contra os padres, a sua irreligião...

— Pergunte-lhe se ele se confessa há seis anos, e peça-lhe os bilhetes da confissão!

Ela murmurava, com as mãos caídas no regaço:

— Jesus, Jesus...

— Eu então entendi que como íntimo da casa, como pároco, como cristão, como seu amigo, menina Amélia... porque acredite que lhe quero... enfim, entendi que era o meu dever avisá-la! Se eu fosse seu irmão, dizia-lhe simplesmente: "Amélia, esse homem fora de casa!". Não o sou, infelizmente. Mas venho, com dedicação de alma, dizer-lhe: "O homem com quem quer casar surpreendeu a sua boa-fé e de sua mamã; vem aqui, sim senhor, com aparências de bom moço, e no fundo é..."

Ergueu-se, como ferido duma indignação irreprimível:

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