Eca de Queiros - Romancistas Essenciais - Eça de Queirós

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Romancistas Essenciais - Eça de Queirós: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temosEça de Queirós, o único romancista português a conquistar fama internacional em sua época – atualmente o autor já foi traduzido para mais de 70 idiomas. Em seu tempo ele era polêmico por críticar as instituições nacionais, o clero e os costumes da classe média em saus obras. Seu romance O Crime do Padre Amaro foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Crime do Padre Amaro.
– O Primo Basílio.

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— Ó Amaro, você está aí?

— Que temos?

O padre Natário fechou a porta, e atirando os braços para o ar:

— Grande novidade, é o escrevente!

— Que escrevente?

— O João Eduardo! É ele! É o liberal! Foi ele que escreveu o Comunicado!

— Que me diz você? fez Amaro atônito.

— Tenho provas, meu amigo! Vi o original, escrito pela letra dele. O que se chama ver! Cinco tiras de papel!

Amaro, com os olhos esgazeados, fitava Natário.

— Custou, exclamou Natário. Custou, mas soube-se tudo! Cinco tiras de papel! E quer escrever outro! O Sr. João Eduardo! O nosso rico amigo Sr. João Eduardo!

— Você está certo disso?

— Se estou certo! Estou a dizer-lhe que vi, homem!

— E como soube você, Natário?

Natário dobrou-se; e com a cabeça enterrada nos ombros, arrastando as palavras:

— Ah, colega, lá isso... Os comos e os porquês... Você compreende... Sigillus magnus!

E com uma voz aguda de triunfo, a largos passos pela sacristia:

— Mas ainda isto não é nada! o Sr. Eduardo, que nós víamos ali na casa da S. Joaneira, tão bom mocinho, é um patife antigo. É o intimo do Agostinho, o bandido da Voz do Distrito! Está metido na redação até altas horas da noite... Uma orgia, vinhaça, mulheres... E gaba-se de ser ateu... Há seis anos que se não confessa... Chama-nos a canalha canônica... É republicano... Uma fera, meu caro senhor, uma fera!

Amaro, escutando Natário, arrumava atarantadamente, com as mãos trêmulas, papéis no gavetão da escrivaninha.

— E agora?... perguntou.

— Agora? exclamou Natário. Agora é esmagá-lo!

Amaro fechou o gavetão, e, muito nervoso, passando o lenço pelos lábios secos:

— Uma assim, uma assim! E a pobre rapariga, coitada... Casar agora com um homem desses... Um perdido!

Os dois padres, então, olharam-se fixamente. No silêncio, o velho relógio da sacristia punha o seu tiquetaque plangente. Natário tirou da algibeira dos calções a caixa do rapé, e com os olhos ainda fixos em Amaro, a pitada nos dedos, disse sorrindo friamente:

— Desmanchar-lhe o casamentozinho, hem?

— Você acha? perguntou sofregamente Amaro.

— Caro colega, é uma questão de consciência... Para mim era uma questão de dever! Não se pode deixar casar a pobre pequena com um brejeiro, um pedreiro-livre, um ateu...

— Com efeito! com efeito! murmurava Amaro.

— Vem a calhar, hem? fez Natário; e sorveu com gozo a pitada. Mas o sacristão entrou; eram as horas de fechar a igreja; vinha perguntar a suas senhorias se demoravam.

— Um instante, Sr. Domingos.

E, enquanto o sacristão corria os pesados ferrolhos da porta interior do pátio, os dois padres muito chegados falavam baixo.

— Você vai ter com a S. Joaneira, dizia Natário. Não, escute, é melhor que lhe fale o Dias; o Dias é que deve falar á S. Joaneira. Vamos pelo seguro. Você fale à pequena e diga-lhe simplesmente que o ponha fora de casa! - E ao ouvido de Amaro: - Diga à rapariga que ele vive ai de casa e pucarinho com uma desavergonhada!

— Homem! disse Amaro recuando, não sei se isso é verdade!

— Há-de ser. Ele é capaz de tudo. E depois é um meio de levar a pequena.

E foram descendo a igreja atrás do sacristão, que fazia tilintar o seu molho de chaves, pigarreando grosso.

Nas capelas pendiam as armações de paninho negro agaloadas de prata; ao centro, entre quatro fortes tocheiras de grosso morrão, estava a essa, com o largo pano de veludilho cobrindo o caixão do Morais, recaindo em pregas franjadas; à cabeceira tinha uma larga coroa de perpétuas; e aos pés pendia, dum grande laço de fita escarlate, o seu hábito de cavaleiro de Cristo.

O padre Natário então parou; e tomando o braço de Amaro, com satisfação:

— E depois, meu caro amigo, tenho outra preparada ao cavalheiro...

— O quê?

— Cortar-lhe os víveres!

— Cortar-lhe os víveres?

— O pateta estava para ser empregado no governo civil, primeiro amanuense, hem? Pois vou-lhe desmanchar o arranjinho!... E o Nunes Ferral que é dos meus, homem de boas idéias, vai pô-lo fora do cartório... E que escreva então Comunicados!

Amaro teve horror àquela intriga rancorosa:

— Deus me perdoe, Natário, mas isso é perder o rapaz.

— Enquanto o não vir por essas ruas a pedir um bocado de pão, não o largo, padre Amaro, não o largo!

— Oh, Natário! oh, colega! isso é de pouca caridade... Isso não é de cristão... E então aqui que Deus está a ouvi-lo...

— Não lhe dê isso cuidado, meu caro amigo... Deus serve-se assim, não é a resmungar Padre-Nossos. Para ímpios não há caridade! A Inquisição atacava-os pelo fogo, não me parece mau atacá-los pela fome. Tudo é permitido a quem serve uma causa santa... Que se não metesse comigo!

Iam a sair; mas Natário deitou um olhar para o caixão do morto, e apontando com o guarda-chuva:

— Quem está ali?

— O Morais, disse Amaro.

— O gordo, picado das bexigas?

— Sim.

— Boa besta!

E depois de um silêncio:

— Foram os Ofícios do Morais... Eu nem dei por isso, ocupado cá na minha campanha... E a viúva fica rica. É generosa, é presenteadora... Quem a confessa é o Silvério, hem? Tem as melhores pechinchas de Leiria, aquele elefante!

Saíram. A botica do Carlos estava fechada, o céu muito escuro.

No largo, Natário parou:

— Resumindo: o Dias fala à S. Joaneira, e você fala à pequena. Eu por mim me entenderei com a gente do governo civil e com o Nunes Ferral. Encarreguem-se vocês do casamento, que eu me encarrego do emprego! - E batendo no ombro do pároco jovialmente: - É o que se pode dizer atacá-lo pelo coração e pelo estômago! E adeusinho, que as pequenas estão à espera para a ceia! Coitadita, a Rosa tem estado com um defluxo!... É fraquita, aquela rapariga, dá-me muito cuidado... Que eu em a vendo murcha até perco logo o sono. Que quer você? Quando se tem bom coração... Até amanhã, Amaro.

— Até amanhã, Natário.

E os dois padres separaram-se, quando davam nove horas na Sé.

Amaro entrou em casa ainda um pouco trêmulo, mas muito decidido, muito feliz: tinha um dever delicioso a cumprir! E dizia alto, com passos graves pela casa, para se compenetrar bem dessa responsabilidade estimada:

— É do meu dever! É do meu dever!

Como cristão, como pároco, como amigo da S. Joaneira, o seu dever era procurar Amélia, e, com simplicidade, sem paixão interessada, contar- lhe que fora João Eduardo, o seu noivo, que escrevera o Comunicado.

Foi ele! Difamou os íntimos da casa, sacerdotes de ciência e de posição; desacreditou-a a ela; passa as noites em deboche na pocilga do Agostinho; insulta o clero, baixamente; gaba-se de irreligião; há seis anos que se não confessa! Como diz o colega Natário, é uma fera! Pobre menina! Não, não podia casar com um homem que lhe impediria a vida perfeita, lhe achincalharia as boas crenças! Não a deixaria rezar, nem jejuar, nem procurar no confessor a direção salutar, e, como diz o santo padre Crisóstomo, "amadureceria a sua alma para o inferno"! Ele não era seu pai, nem seu tutor; mas era pároco, era pastor: - e se a não subtraísse àquele destino herético pelos seus conselhos graves, pela influência da mãe e das amigas, - seria como aquele que tem a guarda dum rebanho numa herdade, e abre indignamente a cancela ao lobo! Não, a Ameliazinha não havia de casar com o ateu!

E o seu coração então batia forte sob a efusão daquela esperança. Não, o outro não a possuiria! Quando viesse a apoderar-se legalmente daquela cinta, daqueles peitos, daqueles olhos, daquela Ameliazinha - ele, pároco, lá estava para dizer alto: Para trás, seu canalha! isto aqui é de Deus!

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