Foraine Amukoyo Gift - O Cidadão Anulado E Outras Histórias

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O Cidadão Anulado E Outras Histórias: краткое содержание, описание и аннотация

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O Jornalista Cidadão – Frequentemente, nos esquecemos da força que os burocratas exercem sobre a mídia. O primeiro passo na direção do controle populacional é o controle da mídia. Isso concede às pessoas poder sobre a opinião pública. A corrupção nessas áreas está pior do que nunca. Essa história é extremamente relevante no que diz respeito à corrupção e à política atualmente nos Estados Unidos da América. Concordo com Kola: deveria haver apenas uma maneira de se divulgar notícia - relatando a verdade. O Cidadão Anulado – Outra história comovente e politicamente estimulante. Devido à nossa ganância, crescimento e necessidade de inovação, repetidamente negligenciamos as consequências para o meio ambiente. É muito fácil esquecer o alcance disso quando se vive em uma área urbana que tem se desenvolvido ao longo dos séculos.
A mulher estava em trabalho de parto. Algumas pessoas na rua podiam ouvir os seus gritos. Aqueles que se comoviam com as fortes dores que ela devia estar sentindo dedicavam alguns momentos para fazer pequenas orações pela paciente, enquanto outros lançavam olhares para o hospital. Após horas em um difícil trabalho de parto, médicos e enfermeiras entregaram à mãe um menino. O bebê era enorme. A mulher estava com a vagina rompida. Sangrava sem parar. Desmaiou várias vezes e o médico a reanimou com choques elétricos. Ela perdia muito sangue. Acreditava que transfusão de sangue não era da vontade de Deus. Seu marido rezou por intervenção divina. “Senhor Jason, precisa autorizar a transfusão para salvar a sua alma-gêmea. Não quer que as crianças fiquem sem mãe, não é?, advertiu o doutor Greg. O senhor Jason ponderou por alguns minutos. “Não, não quero perder a minha esposa. Não poderia suportar isso. Por favor, faça a transfusão”, replicou. A senhora Jason estava inflexível: “Jason, por que você tem tão pouca fé? Não quero fazer transfusão de sangue”.

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O Cidadão Anulado
Gift Foraine Amukoyo
O Cidadão Anulado e Outras Histórias
Contos

Gift Foraine Amukoyo

Tradução: Valeria Gauz

Publicado por

TEKTIME

© Gift Foraine Amukoyo, 2019

Publicado pela primeira vez em 2021 Todos os direitos reservados Design da capa - фото 1

Publicado pela primeira vez em 2021

Todos os direitos reservados

Design da capa de Owoyale Ibrahim damola

Primeira impressão, julho de 2021

Tradução: Valeria Gauz

Para a minha avó

Esther Willie Awerije

SUMÁRIO

1 Um gesto de Amor 2 Histórias da Aldeia 3 Eu Enterrarei o meu Pai 4 Lição Amarga 5 Ouro na Lama 6 Leia e Lidere 7 Vida Moderna 8 Um Gosto de Racismo 9 Um Teste de Fé 10 O Jornalista Cidadão 11 Aso Ebi, o Tecido Tradicional 12 Ama e Amber 13 O Lado Sombrio de uma Maternidade 14 Nome e a Tradição de Vabam 15 Anita na Escuridão 16 Dê-me um Neto 17 Educação Sexual? 18 Em Farrapos 19 A Força da Mulher 20 O Cidadão Anulado 21 A Vida Tem seus Caminhos

2 Histórias da Aldeia 2 Histórias da Aldeia 3 Eu Enterrarei o meu Pai 4 Lição Amarga 5 Ouro na Lama 6 Leia e Lidere 7 Vida Moderna 8 Um Gosto de Racismo 9 Um Teste de Fé 10 O Jornalista Cidadão 11 Aso Ebi, o Tecido Tradicional 12 Ama e Amber 13 O Lado Sombrio de uma Maternidade 14 Nome e a Tradição de Vabam 15 Anita na Escuridão 16 Dê-me um Neto 17 Educação Sexual? 18 Em Farrapos 19 A Força da Mulher 20 O Cidadão Anulado 21 A Vida Tem seus Caminhos

3 Eu Enterrarei o meu Pai

4 Lição Amarga

5 Ouro na Lama

6 Leia e Lidere

7 Vida Moderna

8 Um Gosto de Racismo

9 Um Teste de Fé

10 O Jornalista Cidadão

11 Aso Ebi, o Tecido Tradicional

12 Ama e Amber

13 O Lado Sombrio de uma Maternidade

14 Nome e a Tradição de Vabam

15 Anita na Escuridão

16 Dê-me um Neto

17 Educação Sexual?

18 Em Farrapos

19 A Força da Mulher

20 O Cidadão Anulado

21 A Vida Tem seus Caminhos

Um

Um gesto de Amor

Rabisquei minha assinatura na primeira página do documento e parei. A caneta escorregou dos meus dedos úmidos de suor. Não era fácil dar fim à vida de uma pessoa.

Mira fixou seus olhos em mim, mas eles estavam distantes.

- Se realmente me ama, apenas assine. Você é o único membro da família autorizado a acabar com esse sofrimento - ela disse.

- Como posso fazer isso? Não quero perder a única pessoa que tenho na família. Você é tudo para mim nesse mundo.

- Eu não posso continuar assim. Estou sendo um estorvo.

- Fique comigo. Não me importo. Fique o tempo que quiser. Eu não quero ser o seu assassino. Não conte comigo.

- Não é homicídio; é suicídio. Eu estou me matando. Apenas faça, Tejiri.

- Não posso permitir isso. Mira, fique comigo.

Peguei os seus pálidos dedos.

- Tejiri, você não tem escolha. Todos morrerão um dia. Eu, hoje.

- Não, Mira. Eu realmente tenho escolha.

- Deveria fazer uma escolha sensata. Faça isso e volte para a sua vida. Estou matando você com a minha doença. Tejiri, olhe no espelho. Está perdendo peso. Estou mais gordinha do que você.

Ri. - Bem que gostaria; bem que gostaria, Mira.

Eu peguei seu punho fino e concordei: - Sim, você parece mais saudável do que eu, por isso deveria ir para casa e cuidar de mim. Sinto falta de todas as suas sopas e lanches. Gostaria que um milagre acontecesse.

- Se existisse, teria me livrado dessa doença há muito tempo. Todos os jejuns inúteis, vigílias e preces nas montanhas mostraram que não tive sorte para me curar. Milagres não existem. Se existem, eu fui abandonada; não são para mim. Ah, deuses do Céu e da Terra: preciso de uma segunda chance com saúde, para respirar sem medo de ser a última vez. A ideia de deixá-lo é a única coisa que me amedronta.

Mira se virou, a fim de esconder as lágrimas rolando por sua face.

- Mira, tenho tanto medo de ficar sem a sua presença. Ficarei tão sozinho... - Solucei.

Mira secou suas lágrimas, virou o rosto pra mim e respirou. - Pare de chorar como um menininho. Você já é um homem crescido. Essas bolas entre as pernas e a barba não são apenas enfeites. Tejiri, não seja imprudente. Você abriu mão do seu emprego para cuidar de mim. Pedi a seu chefe que segurasse a sua carta de demissão. Ele fez um favor a uma moribunda e lhe deu uma licença por sete dias. Ainda temos cinco. Tejiri, assine os papéis e volte a viver a sua vida.

Mira tossiu sangue por dez minutos. A visão era terrível. Via sofrimento em seus olhos e algo como uma súplica urgente. Peguei a caneta e rabisquei minha assinatura definitiva. Uma enfermeira com ar arrogante levou o documento embora. O sorriso e maneira de caminhar dela pareciam ser de triunfo. Isso deu um nó na minha cabeça.

O médico e duas enfermeiras retornaram com a injeção letal: - Deve ser rápido. É indolor - disse o médico.

Não conseguiria presenciar a morte da Mira. Saí do quarto, pensando se a minha decisão final tinha sido correta. Fora insuportável vê-la sofrer dia e noite. Sua dor no abdômen, constantes enjoos e vômitos deixaram um peso doloroso no meu coração. O câncer havia perfurado o seu intestino. Ela era alimentada por meio de sondas e evacuava na cama. Às vezes, quando tinha vômito fecal, os resíduos chegavam à sua boca, nariz e ânus ao mesmo tempo.

A doença de Mira irritava algumas enfermeiras. Hesitavam em atender os chamados do seu quarto. Uma vez, escutara uma das enfermeiras fofocar que eu havia perdido a noção das coisas.

- Ele está absorvendo a doença dela. Como pode uma pessoa respirar confortavelmente nesse corpo fedido?

Mira era o meu anjo da guarda. Ela me acolheu depois de eu perder os meus pais aos 15 anos, mortos durante um protesto contra salários atrasados e suspensos. De acordo com o relatório policial, balas perdidas os haviam matado. Eles eram a espinha dorsal do protesto de solidariedade à causa em Lagos. Por acaso, ouvi Mira dizer a um colega que eles foram vítimas de uma conspiração.

Meus pais morreram como médicos pobres. O juramento proferido, pessoal e profissional, foi o de salvar vidas. Pagavam contas de estranhos no hospital. Após o enterro deles, nenhum parente quis a minha guarda. Sabiam que o hospital particular da minha família estava falido. Mira me adotou. Era a enfermeira-chefe da instituição.

Eu estava exausto. Fechei os olhos. Minha cabeça doía. Ouvir a confirmação da morte de Mira seria como receber um soco. Sequer escutei os passos vindos na minha direção, até sentir mãos me tocando.

- Tejiri, ganhamos. O juiz concedeu permissão para você levar Mira para casa até que ela... se vá.

A novidade de Kome, meu advogado, me trouxe alegria. Chorei e o abracei com força. Corri na direção da enfermaria de Mira. Gritei para o médico parar o procedimento.

Eu estava ofegante ao chegar. - Pare, doutor, o seu hospital perdeu. O senhor e toda a equipe perderam. Eu ganhei a ação para levar Mira pra casa. Ela vai comigo.

Meu advogado adiantou-se com a ordem judicial: - Por favor, autorize a saída da paciente para o meu cliente. Daqui por diante ele é o responsável.

Sorri, radiante de alegria, ao ouvir a afirmação. - Sim, devolva a minha Mira. Todos devem ter dito a ela coisas horríveis para que odiasse a si própria e procurasse a morte como solução.

Toquei a bochecha de Mira.

Ela sorriu debilmente. - Você é um tolo. Ah, Tejiri, isso foi uma bobagem. O fedor será insuportável na sua casa. Depois da minha partida, o apartamento irá cheirar mal ainda por um bom tempo.

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