Ursula Le Guin - A praia mais longínqua

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A Praia mais Longínqua é o terceiro volume desta série e promete ser tão fantástico como os anteriores. Desta vez, Gued, o poderoso arquimago, terá como missão descobrir por que razão a magia foi secando como um rio no mundo de Terramar. Os encantamentos deixaram de ter poder e as palavras de feitiçaria foram esquecidas. A fim de restaurar os poderes mágicos perdidos, Gued embarca com Arren, príncipe de Enland, para bem longe, isto é, para o terrível reino dos mortos, onde encontram pessoas muito estranhas e também alguns dragões. No fim desta empreendedora viagem, conseguirá Gued alcançar o seu objetivo ou a feitiçaria acabará mesmo por desaparecer? Não perca esta empolgante obra já com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.

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Chegou aos degraus que conduziam ao alpendre. Não estava ali ninguém, nada se movia. Embora suficientemente aquecido dentro do seu volumoso casaco de marinheiro e gorro de lã, teve um calafrio, enquanto aguardava, no escuro, de pé sobre os degraus de pedra.

Os alpendres dos barcos erguiam-se negros acima do negro da água. E de repente, de lá de dentro, veio um som mortiço e cavo, uma pancada ecoante que se repetiu por três vezes. Arren sentiu os cabelos eriçarem-se-lhe. Uma sombra comprida deslizou silenciosamente para a água. Era um barco que se aproximou suavemente do molhe. Arren correu pelos degraus abaixo até ao molhe e saltou para dentro do barco.

— Põe-te ao leme — disse o Arquimago, uma figura flexível, quase uma sombra apenas, à proa. — Mantém o barco firme enquanto eu iço a vela.

Estavam já em plena água, com a vela a abrir-se no mastro como uma asa, sob a luz nascente.

— Este vento de oeste que nos vai poupar de remar para fora da baía é um presente de despedida do Mestre Chave-do-Vento, tenho a certeza. Cuidado com o barco, rapaz, olha que ele é ligeiro a obedecer! Ora, pois. Um vento de oeste e uma manhã de céu limpo no primeiro dia da Primavera.

— Este barco é o Vê-longe? — perguntou Arren que ouvira falar do barco do Arquimago em canções e histórias.

— É, sim — respondeu o outro, ocupado com os cabos. O barco encabritou-se e virou de bordo com o avivar do vento. Cerrando os dentes, Arren esforçou-se por o manter na rota.

— É verdade que o barco é ligeiro a obedecer, mas parece-me um pouco voluntarioso, Senhor.

O Arquimago riu-se.

— Deixa-o ir como lhe apetece. Também ele é sábio. Mas, escuta, Arren — e fez uma pausa, ajoelhando-se no banco para olhar o rapaz de frente. — Agora, nem eu sou Senhor, nem tu és Príncipe. Eu sou um mercador chamado Falcão e tu és o meu sobrinho, a quem ando a ensinar as coisas do mar, chamado Arren. E vimos de Enlad. De que povoação? Tem de ser uma grande, não se dê o caso de depararmos com um citadino.

— Temíar, na costa sul? Fazem comércio com todas as Estremas.

O Arquimago aprovou com um aceno de cabeça.

— Mas — disse Arren cautelosamente —, tu não tens bem o sotaque de Enlad.

— Bem sei. Tenho o sotaque de Gont — disse o companheiro e riu-se, erguendo os olhos para leste, onde crescia a claridade do dia. — Mas acho que posso tomar de empréstimo o que preciso de ti. Viemos, pois de Temíar no nosso barco, o Golfinho, e eu não sou Senhor, nem mago, nem Gavião, mas… então como é que me chamam?

— Falcão, meu Senhor.

E logo Arren mordeu o lábio.

— Ensaia, sobrinho — disse o Arquimago. — É preciso ensaiar. Toda a vida nunca foste outra coisa senão um príncipe. Ao passo que eu fui muitas coisas e a última de todas, talvez a menor de todas, Arquimago… Vamos para sul em busca de pedra emmel, esse material azul de que se fazem talismãs. Sei que o apreciam em Enlad. Com eles fazem amuletos contra as dores reumáticas, entorses, torcicolos e deslizes de língua.

Passado um instante, Arren riu-se e, ao levantar a cabeça, o barco foi erguido por uma grande vaga e ele viu perante si o rebordo do Sol sobre a orla do oceano, um súbito clarão dourado.

De pé, o Gavião apoiava-se ao mastro, pois o pequeno barco saltava sobre o mar picado, e, encarando o nascer do Sol do equinócio da Primavera, cantou. Arren não conhecia a Antiga Fala, a língua dos feiticeiros e dos dragões, mas escutou louvor e regozijo nas palavras, além de que havia nelas um forte ritmo como de marcha, semelhante ao subir e descer das marés ou ao equilíbrio de dia e noite, seguindo-se um ao outro para sempre. Gaivotas gritavam no vento, as praias da Baía de Thwill deslizaram para trás deles à direita e à esquerda, e finalmente entraram nas longas vagas, plenas de luz, do Mar Interior.

A viagem não é muito longa entre Roke e a Cidade de Hort, mas passaram três noites no mar. O Arquimago tivera grande urgência em partir mas, uma vez que o fizera, mostrou-se mais que paciente. Os ventos passaram a contrários logo que se afastaram do tempo mágico de Roke, porém ele não invocou um vento de magia para a vela, como o teria feito qualquer fazedor de tempo. Em vez disso, gastou horas a ensinar Arren como governar o barco com vento forte de proa, no mar povoado de rochedos a leste de Issel. Na segunda noite choveu, a chuva agreste e fria de Março, mas ele não teceu esconjuro algum para a manter afastada. Na noite seguinte, encontravam-se eles fora da entrada para o Porto de Hort, numa escuridão calma, fria e enevoada, Arren pensou em tudo isso e reparou que, no breve tempo passado desde que o conhecera, o Arquimago não fizera magia absolutamente nenhuma.

Mas era um marinheiro incomparável. Arren aprendera mais ao navegar com ele durante três dias que nos dez anos que passara a remar e a entrar em regatas na Baía de Berila. E mago e marinheiro não estão assim tão distantes um do outro. Ambos trabalham com os poderes do céu e do mar, vergam grandes ventos ao uso nas suas mãos, reúnem o que estava afastado. Arquimago ou Falcão, mercador dos mares, eram quase a mesma coisa.

Era um homem bastante calado, se bem que de perfeito bom humor. Não havia falta de jeito de Arren que o irritasse. Era um bom companheiro. Não poderia haver melhor camarada de bordo, pensava Arren. Mas era capaz de se enfronhar nos seus próprios pensamentos e permanecer em silêncio durante horas a fio. Depois, quando voltava a falar, havia aspereza na sua voz e o seu olhar trespassava Arren. Isso não enfraquecia o afeto que o rapaz tinha por ele, mas talvez reduzisse o quanto dele gostava. Era um pouco assustador. Talvez o Gavião tivesse sentido isso, porque, nessa noite de nevoeiro ao largo das praias de Uothort, começou a falar a Arren, com bastantes interrupções, acerca de si próprio.

— Não me agrada ir encontrar-me outra vez entre as pessoas, amanhã — começou. — Tenho andado a fingir que sou livre… Que não há nada de errado no mundo. Que não sou Arquimago, nem sequer um mágico. Que sou Falcão de Temíar, sem responsabilidades nem privilégios, não devendo nada a ninguém…

Fez uma pausa e, daí a pouco, continuou:

— Tenta escolher cuidadosamente, Arren, quando as grandes escolhas tiverem de ser feitas. Quando eu era novo, tive de escolher entre a vida de ser e a vida de fazer. E lancei-me à segunda como a truta se lança à mosca. Mas cada coisa que fazes, cada ato teu, liga-te a ele e às suas conseqüências, obriga-te a agir de novo, e de novo ainda. E então é muito raro que alcances um espaço, ou um tempo como este, entre um ato e outro, quando podes parar e simplesmente ser. Ou tentar saber, ao fim e ao cabo, quem és.

Mas como podia um tal homem, cogitou Arren, estar em dúvida em relação a quem ou o que era? Sempre acreditara que tais dúvidas estavam reservadas aos jovens, que não tinham feito nada ainda.

O barco balançava na vasta e fria escuridão.

— É por isso que gosto do mar — soou a voz do Gavião no meio daquele negrume.

Arren compreendia-o, mas os seus próprios pensamentos corriam para diante, como o tinham feito durante todos aqueles três dias e noites, para a sua demanda, a finalidade do seu navegar. E como o companheiro estava disposto finalmente a falar, perguntou-lhe:

— Achas que iremos encontrar na Cidade de Hort o que procuramos?

O Gavião sacudiu a cabeça, talvez significando que não, ou talvez que não sabia.

— Poderá tratar-se de uma espécie de pestilência, uma praga, que vai indo de terra em terra, que faz mirrar as colheitas, os rebanhos e o espírito dos homens?

— Não. Uma pestilência é uma deslocação da grande Harmonia, do próprio Equilíbrio. Isto é diferente. Há nele o fedor do mal. Nós podemos sofrer quando a harmonia das coisas se restaura a si própria, mas não perdemos a esperança, nem renunciamos à arte, nem esquecemos as palavras da Criação. Nada há na Natureza que não seja natural. Isto não é uma restauração da harmonia, mas a corrupção dela. Só uma criatura é capaz de fazer tal.

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