Станислав Лем - Regresso das estrelas

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Regresso das estrelas: краткое содержание, описание и аннотация

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Bohater, kosmonauta Hal Bregg, uczestnik wyprawy badawczej do Fomalhaut, wraca na Ziemię po 10 latach spędzonych w przestrzeni kosmicznej wg czasu pokładowego. Z powodu zjawiska dylatacji czasu na Ziemi upłynęło 127 lat — po tym czasie na rodzimej planecie zmieniło się wszystko. Nie tylko w sferze techniki, ale przede wszystkim, obyczajowości. Zabiegiem, który miał w założeniu wyeliminować stosowanie przemocy w stosunkach międzyludzkich, ale wpłynął na całą aktywność ludzi, jest betryzacja. Uczestnicy wyprawy badawczej, w której brał udział Hal, są jedynymi osobami na planecie niepoddanymi temu zabiegowi. Konfrontacja zniewieściałego społeczeństwa przyszłości i pierwotnego w swych instynktach, bohatera, to główna oś fabularna powieści.

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— Ele queria matar-se. Por sua causa! — gritou, rouco, a agarrar a garganta.

Virei o rosto e encostei-me à parede, com as pernas a tremer. Estava tão envergonhado, tão horrivelmente envergonhado… Ela olhou-nos, primeiro a um e depois ao outro. Olaf continuava a segurar a garganta.

— Vão, os dois — disse eu, serenamente.

— Terás de acabar primeiro comigo.

— Por piedade.

— Não.

— Vá, por favor — disse ela a Olaf.

Eu fiquei mudo, de boca aberta. Olaf olhou-a, aparvalhado.

— Rapariga, ele… Ela abanou a cabeça.

Sem afastar os olhos de nós, Olaf saiu do quarto. Ela olhou para mim.

— É verdade? — perguntou.

— Eri…

— Tem de ser?

Acenei afirmativamente. E ela abanou a cabeça.

— Quer dizer…? — perguntei, e repeti, tartamudeante: — Quer dizer…? Ficou calada. Aproximei-me dela e vi que estava encolhida, que as suas mãos tremiam agarradas à aba solta do fofo roupão.

— Porquê? Por que tem tanto medo? Abanou a cabeça.

— Não?

— Não.

— Mas está a tremer. 136

— Não é nada.

— E… partirá comigo?

Acenou duas vezes com a cabeça, como uma criança. Abracei-a o mais delicadamente que pude. Como se ela fosse de vidro.

— Não tenha medo — murmurei. — Olhe…

As minhas próprias màos tremiam. Por que nào tinham tremido então, quando me tomara lentamente grisalho à espera de Arder? Que reservas, que íntimos recessos, atingira finalmente, a fim de tomar consciência do que valia?

— Sente-se — disse. — Ainda está a tremer? Não, espere.

Deitei-a na minha cama e tapei-a até ao pescoço.

— Melhor?

Acenou afirmativamente. Seria muda apenas comigo ou era assim mesmo?

— Diga-me qualquer coisa — pedi. num murmúrio.

— O quê?

— Fale-me a seu respeito. Quem é. O que faz. O que deseja. Não… o que desejava antes de eu lhe cair em cima como uma avalanche.

Encolheu ligeiramente os ombros, como se dissesse: «Não há nada a dizer.»

— Não quer falar? Porquê?

— Não é importante — respondeu, e foi de tal maneira como se me batesse com aquelas palavras que recuei.

— Quer dizer… Eri… quer dizer… — gaguejei.

Mas agora compreendia. Compreendia perfeitamente.

Levantei-me de um pulo e comecei a andar de um lado para o outro.

— Dessa maneira, não. Dessa maneira não posso. Não eu…

Fiquei de boca aberta. Mais uma vez. Porque ela sorria. O sorriso era tão ténue que mal se notava.

— Eri. que…?

— Ele tem razão.

— Quem?

— Aquele homem, o seu amigo.

— Tem razão a respeito de qué?

Era-lhe difícil dizê-lo. Desviou o olhar.

— Que não é sensato.

— Como sabe que ele disse isso?

— Quvi-o.

— A nossa conversa? Depois do jantar?

Acenou com a cabeça e corou. Até as suas orelhas ficaram rosadas.

— Não pude deixar de ouvir. Vocês falavam muitíssimo alto. Teria saído. mas…

Compreendi. A porta do seu quarto ficava no corredor. Que grande idiota eu fora! Fiquei atordoado.

— Ouviu tudo?

Acenou afirmativamente.

— E sabia que era a seu respeito?

— Mmm…

— Mas como? Eu nunca mencionei…

— Já sabia, antes disso.

— Como?

— Não sei. Sabia. Quero dizer, ao prinrípio julguei que estava a imaginar.

— E quando, mais tarde?

— Não sei… Durante o dia. Senti-o.

— Teve medo? — perguntei, cabisbaixo.

— Não.

— Não? Porquê?

Voltou a sorrir tenuemente.

— É exactamente, exactamente como…

— Como o quê?

— Como num conto de encantar. Eu não sabia que se podia ser dessa maneira… e se não tivesse sido o faco de… você sabe… teria pensado que era um sonho.

— Não é, garanto-lhe.

— Oh, eu sei! Só disse que era dessa maneira. Sabe o que quero dizer?

— Não sei, exactamente. Parece que sou um obtuso, Eri. Sim, o Olaf tem razão. Sou um asno. Um asno chapado. Por isso, fale claramente sim?

— Está bem. Pensa que é assustador, mas não é nada. Só… Calou-se, como se não conseguisse encontrar as palavras. Eu estivera a escutá-la boquiaberto.

— Eri, minha criança, eu… eu não pensava que fosse assustador. Não pensava. Que disparate. Foi só quando cheguei e ouvi, e aprendi várias coisas… Mas basta. Já disse o suficiente. Já falei de mais. Nunca na minha vida fui tão falador. Fale, Eri, fale. — Sentei-me na cama.

— Não tenho nada que dizer, realmente. A não ser… não sei…

— Não sabe o quê?

— Oue vai acontecer?

Debrucei-me para ela. Fitou-me nos olhos. As suas pálpebras não estremeceram. Os nossos hálitos misturaram-se.

— Por que me deixou beijá-la?

— Não sei.

Toquei-lhe na face com os lábios. No pescoço. Deitei a cabeça no seu ombro. Nunca me sentira assim. Nem soubera que me poderia sentir. Apetecia-me chorar.

— Eri — murmurei, quase inaudivelmente. — Eri. Salve-me.

Ficou imóvel. Ouvi, como que muito distante, o bater rápido do seu coração. Endireitei-me.

— Podíamos… — comecei, mas não tive coragem de acabar. Levantei-me, apanhei o candeeiro, endireitei a secretária e tropecei em qualquer coisa: o canivete. Estava caído no chão. Apanhei-o e atirei-o para a mala. Virei-me para ela.

— Vou apagar a luz — disse. — Está bem?

Não respondeu. Toquei no interruptor. A escuridão tomou-se completa, até na janela aberta, Não eram visíveis luzes nenhumas, nem mesmo distantes. Nada. Tudo negro. Tão negro como lá.

Fechei os olhos. O silêncio parecia zumbir.

— Eri — murmurei.

Ela não respondeu e eu senti o seu medo. Tacteei na direcção da cama. Escutei, para ouvir a sua respiração, mas o silêncio vibrante abafava tudo, como se se tivesse materializado na escuridão e agora fosse a escuridão. Devia ir-me embora, pensei. Sim, partiria imediatamente. Mas inclinei-me e, com uma espécie de clarividência, encontrei-lhe o rosto. Ela conteve a respiração.

— Não — murmurei —, realmente…

Toquei-lhe no cabelo. Afaguei-o com as pontas dos dedos. Ainda era estranho para mim, inesperado. Desejava tanto compreender tudo aquilo? Mas talvez não houvesse nada para compreender. Um tal silêncio… Olaf estaria a dormir? Com certeza que não. Estava a pé, a escutar. A espera. Devia ir ter com ele, então? Mas não podia. Aquilo era muito inprovável, incerto. Não podia. Não podia. Deitei a cabeça no ombro dela. Um movimento e estava a seu lado. Senti todo o seu corpo retesar-se, afastar-se. Murmurei:

— Não tenha medo.

— Não.

— Está a tremer.

— É só…

Enlacei-a. O peso da sua cabeça deslizou para a curva do meu braço. Ficámos assim, lado a lado, na escuridão e no silêncio.

— É tarde — murmurei. — Muito tarde. Pode dormir. Por favor, durma.

Embalei-a, apenas com o lento flectir do meu braço. Ficou quieta, mas eu senti o calor do seu corpo e da sua respiração. Da sua respiração acelerada. E o seu coração batia depressa, alarmado. Pouco a pouco, devagarinho, começou a acalmar. Devia estar muito cansada. Escutei ao princípio com os olhos abertos, mas depois fechei-os. Parecia-me que ouvia melhor assim. Já estaria a dormir? Quem era ela? Porque significava tanto para mim? Fiquei deitado, naquele escuro. Entrava uma brisa pela janela e agitava as cortinas, que faziam um roçagar suave. Eu estava imóvel e cheio de espanto. Ennesson. Thomas. Venturi. Arder. Para que fora tudo? Para aquilo? Uma pitada de pó. Lá onde o vento nunca sopra. Onde não há nuvens, nem sol, nem chuva, onde não há nada, exactamente como se o nada fosse possível ou sequer imaginável. E eu estivera lá? Estivera realmente? Porquê? Já não sabia nada, dissolvia-se tudo na escuridão informe. Imobilizei-me ainda mais. Ela estremeceu. Lentamente, virou-se de lado. Mas a sua cabeça continuou no meu braço. Murmurou qualquer coisa, muito suavemente. E continuou a dormir. Esforcei-me por imaginar a cromosfera de Arcturus. Uma fervilhante vastidão acima da qual voei e tomei a voar, como se girasse num monstruoso e invisível carrocei de fogo, de olhos dilatados e inchados, a repetir numa voz morta: Sonda, zero, sete — sonda, zero, sete — sonda, zero, sete — a repeti-lo mil vezes, de tal modo que depois a simples recordação dessas palavras fazia estremecer qualquer coisa em mim, como se tivesse sido marcado com elas, como se fossem uma ferida. E a resposta era um crepitar nos auriculares e a espécie de gargalhadinha esganiçada em que o meu receptor traduzia as chamas da proeminência — e isso era Arder, o seu corpo e o seu rosto, e o foguetão, transformados em gás, incandescente… E Thomas? Thomas perdera-se e ninguém sabia que ele… E Ennesson? Nunca nos entendemos, eu não o suportava. Mas na câmara de pressão lutei com Olaf, que não queria deixar-me ir porque era demasiado tarde. Que excelentemente nobre da minha parte! Mas não se tratava de nobreza, tratava-se simplesmente de uma questão de preço. Sim, porque nenhum de nós tinha preço, a vida humana atingia o valor mais elevado onde podia não ter nenhum, onde uma película fina, praticamente inexistente, a separava da aniquilação. Aquele fio ou contacto no rádio do Arder. Aquela soldadura no reactor de Venturi que escapara à detecção de Voss — mas era possível que se tivesse aberto subitamente, isso acontecia, no fim de contas, fadiga do metal… E Venturi deixara de existir em cinco segundos, talvez. E o regresso de Thurber? E o miraculoso salvamento de Olaf, que se perdera quando a sua antena direccional se furara — quando? Como? Ninguém sabia. Olaf voltou por milagre. Sim, uma probabilidade num milhão. E eu tive sorte. Uma sorte extraordinária, impossível. O braço doía-me, com uma dor maravilhosa. «Eri», disse mentalmente, «Eri.» Como o canto de um pássaro. Que nome! O canto de um pássaro… Costumávamos pedir ao Ennesson que imitasse cantos de aves. Ele tinha jeito para isso, muito jeito, mesmo. E quando pereceu foram com ele todos esses pássaros…

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