Станислав Лем - Regresso das estrelas

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Regresso das estrelas: краткое содержание, описание и аннотация

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Bohater, kosmonauta Hal Bregg, uczestnik wyprawy badawczej do Fomalhaut, wraca na Ziemię po 10 latach spędzonych w przestrzeni kosmicznej wg czasu pokładowego. Z powodu zjawiska dylatacji czasu na Ziemi upłynęło 127 lat — po tym czasie na rodzimej planecie zmieniło się wszystko. Nie tylko w sferze techniki, ale przede wszystkim, obyczajowości. Zabiegiem, który miał w założeniu wyeliminować stosowanie przemocy w stosunkach międzyludzkich, ale wpłynął na całą aktywność ludzi, jest betryzacja. Uczestnicy wyprawy badawczej, w której brał udział Hal, są jedynymi osobami na planecie niepoddanymi temu zabiegowi. Konfrontacja zniewieściałego społeczeństwa przyszłości i pierwotnego w swych instynktach, bohatera, to główna oś fabularna powieści.

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— Ainda fumas?

— Ainda. Trouxe dois pacotes. O que acontecerá depois disso, não sei. Por enquanto, fumo. Queres um?

— Um. Fumámos.

— Como vai ser? Cartas na mesa? — perguntou, após uma longa pausa.

— Sim. Eu dir-te-ei tudo. E tu a mim?

— Sempre. Mas, Hal, não sei se vale a pena.

— Diz-me uma coisa: sabes o que é o pior de tudo?

— Mulheres.

— Exactamente.

Ficámos de novo silenciosos.

— É por causa disso? — perguntou-me.

— É. Verás ao jantar. Lá em baixo. Eles alugaram metade da moradia.

— Eles?

— Um jovem casal.

Os músculos do seu queixo moveram-se de novo sob a pele sardenta.

— Isso é pior.

— Pois é. Estou aqui há dois dias. Não sei como foi possível, mas… logo na primeira conversa. Sem qualquer razão, sem qualquer… nada, nada. Absolutamente nada.

— Curioso.

— O quê?

— Fiz o mesmo.

— Então porque vieste?

— Fizeste uma boa acção, Hal. Compreendes?

— Por ti?

— Não. Por outra pessoa. Teria acabado mal.

— Porquê?

— Ou sabes, ou então não compreenderás.

— Sei. Que é isto, Olaf? Somos realmente selvagens?

— Não sei. Estivemos dez anos sem mulheres. Não esqueças isso.

— Isso não explica tudo. Há uma espécie de implacabilidade em mim, não tomo ninguém em consideração, compreendes?

— Ainda tomas, meu amigo. Ainda tomas.

— Bem, é verdade. Mas tu sabes o que quero dizer.

— Pois sei. Novo silêncio.

— Queres falar mais ou jogar boxe? — perguntou-me por fim. Ri-me.

— Onde arranjaste as luvas?

— Hal, nunca adivinharias.

— Mandaste-as fazer?

— Roubei-as.

— Não!

— Palavra! De um museu. Tive de voar para Estocolmo especialmente para as arranjar.

— Nesse caso, vamos.

Olaf tirou da mala os seus modestos pertences e mudou de roupa. Vestimos ambos roupões e descemos. Ainda era cedo. Normalmente, o pequeno-almoço só seria servido dali a meia hora.

— Acho melhor irmos para as traseiras da casa — sugeri. — Lá ninguém nos verá.

Parámos num círculo de arbustos altos. Primeiro espezinhámos a erva, que já de si era baixa.

— É escorregadio — disse Olaf, a fazer deslizar um pé no ringue improvisado.

— Não tem importância. Será mais difícil.

Calçámos as luvas. Tivemos um pequeno problema, pois não havia ninguém para as atar e eu não queria chamar um robot.

Olaf parou à minha frente. O seu corpo era completamente branco.

— Ainda hão bronzeaste — observei.

— Mais tarde contar-te-ei o que me tem acontecido. Não tive tempo para ir à praia. Gongo.

— Gongo.

Começámos sem pressa. Uma finta. Outra e outra. Aqueci. Dava mais sapatadas do que socos. Não queria, realmente, aleijá-lo. Eu era uns bons 15 kg mais pesado e o seu alcance ligeiramente mais comprido não anulava a minha vantagem, tanto mais que eu era também o melhor pugilista. Por essa razão dei-lhe diversas vezes uma aberta, embora não fosse obrigado a isso. De súbito, ele baixou as luvas. Tinha o rosto duro. Estava zangado.

— Desta maneira, não — declarou.

— Que se passa?

— Nada de brincadeiras, Hal. Ou jogamos boxe ou não jogamos.

— Está bem! — exclamei, e cerrei os dentes. — Jogamos boxe.

Comecei a penetrar. Luva bateu em luva com uma pancada forte. Ele apercebeu-se de que eu estava a sério e levantou a guarda. O ritmo acelerou-se. Fintei para a esquerda e para a direita, sucessivamente, e a última pancada quase lhe acertou no peito — Olaf não foi suficientemente rápido. Inesperadamente, tomou a ofensiva e encaixou uma bela direita que me atrirou dois passos para trás. Refiz-me imediatamente. Andámos ã roda, ele atacou e eu ocultei-me atrás da luva, recuei e atirei uma direita directa de meia distância, com o meu peso atrás. Olaf pareceu amolecer e afrouxou por momentos a guarda, mas depois avançou cuidadosamente, encolhido. No minuto seguinte bombardeou-me com socos. As luvas batiam-me nos antebraços com um barulho assustador, mas inofensivamente. Uma vez, esquivei-me mesmo a tempo e a sua luva ainda me roçou na orelha. Se tem acertado em cheio ter-me-ia atirado ao chão. Andámos de novo ã roda. Ele levou um soco no peito, com força, baixou a guarda e eu poderia tê-lo fustigado, mas não fiz nada, fiquei como que paralisado… Ela estava a uma das janelas, tão branca como o tecido que lhe cobria os ombros. Passou uma fracção de segundo. No instante seguinte, um soco violento deixou-me atordoado. Caí de joelhos.

— Desculpa! — ouvi Olaf gritar.

— Não tens nada de que pedir desculpa… Foi um bom golpe — tartamudeei, a levantar-me.

A janela fechara-se. Combatemos talvez meio minuto mais e, de súbito, Olaf recuou.

— Que se passa contigo?

— Nada.

— Não é verdade.

— Está bem, já me chega. Não estás zangado?

— Claro que não. Não fazia sentido nenhum, de qualquer modo, recomeçar… Vamos.

Fomos para a piscina. Olaf era melhor mergulhador do que eu. Era capaz de fazer coisas fantásticas. Temei um gainer com torsão, como ele fazia, mas só consegui bater na água com as coxas. Sentado na beira da piscina, salpiquei a pele a arder com água. Olaf riu-se.

— Perdeste a prática.

— Que queres dizer? Nunca fui capaz de dar esse salto bem. Tu é que és formidável!

— Nunca se perde o jeito. Hoje foi a primeira vez.

— Sério?

— Sério. Isto é óptimo.

O Sol já estava alto. Deitámo-nos na areia e fechámos os olhos.

— Onde estão… eles? — perguntou-me, após longo silêncio.

— Não sei. Provavehnente no seu quarto. As janelas dão para as traseiras da casa. Eu não sabia.

Senti-o mexer-se. A areia estava muito quente.

— Sim, foi por causa disso — murmurei.

— Eles viram-nos?

— Ela viu-nos.

— Deve ter-se assustado, não achas? — perguntou, baixinho.

Não respondi. Nova pausa.

— Hal!

— Que é?

— Sabias que eles agora quase não voam?

— Sabia.

— Sabes porquê?

— Alegam que não vale a pena…

Comecei a expor-lhe o que lera no livro de Starck. Ele permaneceu imóvel e calado, mas eu sabia que escutava atentamente.

Quando acabei, não falou logo.

— Leste Shapley?

Salto em que o mergulhador sai da prancha voltado para a frente, dá uma cambalhota para trás e entra na água com os pés. (N. da T.)

— Não. Que Shapley?

— Não? Pensei que tinhas lido tudo… Um astrónomo do século XX. Um dos seus livros veio parar-me às mãos, uma vez, precisamente sobre esse assunto. Muito parecido com o teu Starok.

— O quê? Isso é impossível. Shapley não podia saber… Mas lê tu mesmo o Starck.

— Não tenciono fazê-lo. Sabes o que tudo isso é? Uma cortina de fumo.

— Uma cortina de fumo?

— Sim. Julgo saber o que aconteceu.

— Que foi?

— Betrização.

Sentei-me.

— Achas que sim?

Olaf abriu os olhos.

— É óbvio. Eles não voam nem nunca voarão. Irá de mal a pior. Papas. Um grande chiqueiro de papas. Não suportam ver sangue. Não podem pensar no que poderia acontecer quando…

— Aguenta aí — interrompi-o. — Isso é impossível. No fim de contas, há médicos. Deve haver cirurgiões…

— Então não sabes?

— Não sei o quê?

— Os médicos só planeiam as operações. São os robots que as fazem.

— Não pode ser!

— Estou a dizer-te! Eu próprio vi, em Estocolmo.

— E se um médico tem de intervir, de repente?

— Não tenho a certeza. Deve haver uma droga que anule parcialmente os efeitos da betrização, durante muito pouco tempo, mas eles ocultam isso, como podes imaginar. A pessoa que me disse não quis adiantar nada específico. Teve medo.

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