Francisco Amorim - Diccionario de João Fernandes

Здесь есть возможность читать онлайн «Francisco Amorim - Diccionario de João Fernandes» — ознакомительный отрывок электронной книги совершенно бесплатно, а после прочтения отрывка купить полную версию. В некоторых случаях можно слушать аудио, скачать через торрент в формате fb2 и присутствует краткое содержание. Жанр: foreign_antique, foreign_prose, на португальском языке. Описание произведения, (предисловие) а так же отзывы посетителей доступны на портале библиотеки ЛибКат.

Diccionario de João Fernandes: краткое содержание, описание и аннотация

Предлагаем к чтению аннотацию, описание, краткое содержание или предисловие (зависит от того, что написал сам автор книги «Diccionario de João Fernandes»). Если вы не нашли необходимую информацию о книге — напишите в комментариях, мы постараемся отыскать её.

Diccionario de João Fernandes — читать онлайн ознакомительный отрывок

Ниже представлен текст книги, разбитый по страницам. Система сохранения места последней прочитанной страницы, позволяет с удобством читать онлайн бесплатно книгу «Diccionario de João Fernandes», без необходимости каждый раз заново искать на чём Вы остановились. Поставьте закладку, и сможете в любой момент перейти на страницу, на которой закончили чтение.

Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

BOMBEIRO– Inimigo de innovações.

BONDADE– Qualidade que attrahe o abuso.

BORBORYGMOS– O gargantear das tripas.

BOTAS– Terror dos selvagens. Umas botas apertadas, umas calças com suspensorios e prezilhas, e um collarinho bem teso – eis os beneficios que a civilisação offerece, de envolta com os seus vicios, ao homem primitivo! Entalado, esticado e gemendo dentro d'essas prisões, o pobre diabo, costumado a ter como a sua melhor riqueza a liberdade de movimentos, atira com tudo isso para longe de si, no primeiro ensejo, e foge para os seus bosques, arma o arco e espreita por entre as arvores os inquisidores que o atormentaram para lhes agradecer a judiaria com frechadas. Se estes, porém, o avistam primeiro, e lhe mostram de longe uma bota e um par de calças, o desgraçado larga as armas, e precipita-se no rio, preferindo ser comido pelos jacarés, ou morrer afogado, a dar-se em holocausto áquellas machinas de tratos.

BOTEQUIM– Escola de bellas-letras e de bons costumes.

BOTICARIO– Agente do coveiro.

BRAZÃO– Estudo dos fosseis.

BRUTO– Animal commum: morde e dá coice.

BUGIO– Parodia humana.

BURLESCO– Annuncio em que se promettem enterros pobres fingindo de ricos. É de tentar os defuntos mais exigentes?

BURRA– A personificação do amor moderno. Se Balaam cá voltasse, veria o que é eloquencia! As burras de hoje teem todas o diabo no corpo, um diabo amarello e luzente, que faz dar urros a quem o quer apanhar!

BURRO– Irracional a quem muita gente faz concorrencia.

C

CABEÇADA– Mais vale sentil-a sem a trazer do que trazel-a sem a sentir.

CABELLEIRA– Illusão… para quem a traz.

CABELLO– Uma canção saudosa, cantada em côro por todos os calvos.

CABRESTO– Leme que governa á prôa. Nem sempre se põe a quem mais precisa d'elle.

CAÇA– A mais procurada é a dos grandes empregos; sobretudo da especie sinecura.

CACETADA– Um dos modos de exprimir o pensamento.

CACETE– Uma idéa… politica.

CACHORRO– Expressão affectuosa, no nosso tempo.

CADUCIDADE– Infancia sem mãe nem mama.

CAHOS– Olhae á roda de vós.

CAÍM– Primeiro exemplo de fraternidade, e segunda victoria do mal contra o bem. Desde então teem sido tantos os casos, que já se perdeu a conta d'elles.

CAÍR– Emprestar a caloteiros.

CALÇADO– Flagello que se impõe aos selvagens, a pretexto de os civilisar.

CALLO– Perdão, minhas senhoras! É com o mais profundo respeito, e por interesse vosso, que vos aconselho a não coxear. Não ha paixão que lhe resista. Um pé pequeno é bello. Não deixeis suspeitar que elle se parece com um banco de ostras. Cautela com a baixa-mar! Não consintaes sequer que o vosso King Charles vos veja tirar as meias. O diabo ás vezes arma-as!

CALOTE– Ferida ruim.

CALOTEIRO– Ente feliz, que achou quem lhe fiasse.

CALUMNIA– Nodoa, que se chega á pelle nunca mais se tira.

CALUMNIADOR– Sujeito que atira pedras a uma sombra, e consegue por vezes acertar-lhe.

CALVA– Solidão melancolica.

– Terreno esterilisado pelos annos.

– Arvore, d'onde cairam as ultimas folhas.

– Pedra tumular, em cuja superficie pallida e lustrosa se reflecte a morte… dos cabellos.

CALVO– Audacioso, que ainda falla verdade… com a cabeça.

CAMELLO– O mais injuriado dos animaes. Até confundem certos homens com elle!

CAMISA– Uma convenção social.

CAMISEIRO– Aio da pudicicia.

CANADA– Uma das nossas glorias passadas, que o litro assassinou.

CANALHA– Tomado á franceza, é gallicismo; porém a abundancia de genero nacionalisou-o.

CANÇÃO– O chiar lyrico da frigideira, onde bailam as pescadinhas de rabo na bôca.

CANDIDATO(A DEPUTADO) – Projecto de caustico no paiz.

CANEIRO– O cocyto de Alcantara. Desemboca no Phlegetonte, vulgo Tejo, que é outro lameiro pestilento, nas praias de Lisboa.

CANGA– Benção matrimonial.

CANNA(DA INDIA) – Materia prima das azas de pau.

CANNIBAL– Grande mamador da teta do orçamento.

CANO(DE DESPEJO) – Fornecedor dos cemiterios de Lisboa.

– Um socio da medicina.

CANONISAR– Fingir que se abre aos outros uma porta de que não se tem a chave.

CANTO– A alma buscando outra patria.

CANTORA(CELEBRE) – Prodigio de aluguel.

– Escandalo ambulante, á moda Patti.

CAPACHO– Limpa-botas, que ss. ex.as elevam às vezes até á altura de poder limpar tambem as algibeiras á mãe patria.

CAPADO– Mortal do genero neutro.

CARA– Desconfiae das taboletas.

CARACOL– Coração de mulher leviana. Por mais que se lhe corte a cabeça, revive sempre, e apega-se a todas as plantas.

CARACTER– Torneira que só quando serve se vê se está rota.

CARANGUEJO– Exemplificação dos nossos systemas de viação accelerada. Isto é: progresso do retrocesso , segundo a feliz expressão de um sabio frade bernardo.

CARAPUÇA– Barrete que se põe dando urros intimos.

CARESTIA– Synonymo de subsistência, em Lisboa.

– Doença que não convem curar para não offender Nosso Senhor Monopolio.

CARICATURA– O retrato dos nossos amigos.

CARIDADE– Virtude, que deixa de o ser quando se mostra.

– Flor do céu, desabrochando no coração humano.

CARNAVAL– Tempo em que toda a gente finge doudejar, para fazer suppor que é séria no resto do anno.

– Sujidade que se cobre com cinza.

CARRUAGEM– Desespero dos que andam a pé, e que se não lembram que as suas pernas não correm risco de tomar o freio nos dentes, como as parelhas dos trens.

CARTA(AMOROSA) – Folha da arvore do amor. Amarellece com o casamento.

CARTAZ– Programma de governo. Diz sempre a mesma cousa, e nem sequer os que o fazem acreditam n'elle.

CASADO– Boi de canga.

CASADOS– A ostra e a perola.

CASAMENTO– Prisão cellular perpetua.

CASAR– Bolo de amor, que todos querem comer, salvo os que teem medo de indigestões.

CASPA– A fina flor mais palpitante 2 2 Deixem passar o gallicismo. da actualidade, que orna as cabeças modernas. Substitue quasi as idéas e os cabellos.

CATAVENTO– Pára-raios politico.

– Um gastronomo philosopho. Acha todas as comidas boas, e só exige que outros as paguem por elle.

CAVALLEIRO(FIDALGO) – Pessoa que, em geral, não usa cavallo.

CELEBRIDADES– Pessoas a quem a fama põe chocalhos, ás vezes muito bem merecidos, mas muito mal postos.

CENSURA– Unico prazer dos deuses… invejosos.

CEPA– Tronco genealogico do fidalgo que mais alegra a gente.

Читать дальше
Тёмная тема
Сбросить

Интервал:

Закладка:

Сделать

Похожие книги на «Diccionario de João Fernandes»

Представляем Вашему вниманию похожие книги на «Diccionario de João Fernandes» списком для выбора. Мы отобрали схожую по названию и смыслу литературу в надежде предоставить читателям больше вариантов отыскать новые, интересные, ещё непрочитанные произведения.


Отзывы о книге «Diccionario de João Fernandes»

Обсуждение, отзывы о книге «Diccionario de João Fernandes» и просто собственные мнения читателей. Оставьте ваши комментарии, напишите, что Вы думаете о произведении, его смысле или главных героях. Укажите что конкретно понравилось, а что нет, и почему Вы так считаете.

x