Teófilo Braga - Viriatho - Narrativa epo-historica

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Viriatho: Narrativa epo-historica: краткое содержание, описание и аннотация

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Passado o primeiro impeto de uma carga destemida de lanças, que os soldados de Vetilio apararam rijamente nos seus escudos, o Consul aproveitou-se da tactica aprendida nas guerras de Hespanha, e mandando-os formar em cunha rompeu as filas dividindo-as, mandando em seguida as suas quadrigas a toda a carreira sobre os flancos, para evitar que tornassem outra vez a reunir-se. Os Cavalleiros dispersos por entre a multidão desorientada, trucidavam incessantemente os que encontravam com um furor attonito, mal sabendo defender-se. A Legião romana mais uma vez, sob o commando de um habil chefe, patenteava a importancia da sua constituição estrategica. A lucta prolongou-se com coragem da parte das tribus lusitanas, mas repentinamente ellas reconheceram-se enfraquecidas, não por falta de valentia, nem de bravura, mas pela imprevidencia com que entraram em campanha, sem um chefe que as dirigisse e tivesse firmemente disciplinado.

Toda a lucta n'estas condições era uma temeridade estulta, um inutil sacrificio. A batalha era agora insistentemente continuada por Vetilio; milhares de cadaveres cobriam o solo recalcado, e o Consul pensava já em aniquilar toda essa multidão lusitana que ainda resistia. O sol declinava; prestes viria a noite, e era de força que o triumpho de Roma ficasse definitivo. Os Lusitanos sem esperança, sentiam-se cansados; a fome e a sêde hallucinava-os até ao desespero, e cercados no valle em que tinham sido surprehendidos, só viam um unico refugio para escaparem ao inevitavel destroço – renderem-se!

D'entre o campo dos Lusitanos fôram enviados a Vetilio quatro emissarios, levando erguidos ao alto ramos de oliveira. O Consul consentiu que chegassem á sua presença, e que appresentassem a mensagem; um d'elles por nome Diálcon, fallou:

– Vimos aqui pedir a suspensão do combate, e a paz, rendendo-nos em massa ao Poder de Roma!

O Consul mandou suspender as hostilidades; e perguntou com dureza aos emissarios:

– Quem responde pela revolta contra a soberania de Roma?

– Nós todos, perdendo o direito de Povos livres; mas conservando sómente a liberdade individual de cada lusitano.

– É muito! retorquiu-lhes o Consul.

– Se não quereis matar-nos, passando tudo á espada, só poderemos acceitar a vida com a liberdade individual que pedimos. E é isso bem pouco, diante do Poder de Roma; porque de hoje em diante podereis mandar-nos habitar o territorio que á grande e generosa Roma lhe aprouver conceder-nos. Ahi em campos de concentração, nos conservaremos quietos e submissos no cumprimento de todas as imposições.

Parecia mais que fallava um traidor do que um vencido; mas o escalavro das forças lusitanas era estupendo e tudo justificava. O Consul Vetilio, velho e astuto, determinou que os emissarios se retirassem, voltando na madrugada para assignarem o pacto da rendição e submissão perpetua, incondicional e peremptoria, vindo acompanhados de refens nobres, que pela sua vida ficariam responsaveis pela tranquillidade das tribus lusas. No resto da noite, Caio Vetilio ficou pensando nas consequencias da sua incomparavel victoria, no prestigio que teria em Roma, no impôsto de guerra que cobraria das populações subjugadas, dos escravos que o acompanhariam na entrada triumphal na Cidade do Tibre! Os sonhos acordados são mais bellos do que os que se tem dormindo, mas não são menos fallaciosos.

VIII

Noite cerrada, quando os emissarios chegaram ao acampamento lusitano. Eram esperados com trépida anciedade. Traziam alçados os galhos de oliveira, denunciando de longe a concessão do armisticio e no seguinte dia o assentamento da paz. Extenuadas de fadiga e famintas, as hostes ouviram sem espanto as condições prévias impostas pelo Consul Vetilio. N'aquella angustia desesperada apagavam-se as energias moraes, e era-lhes mesmo indifferente que a Lusitania fôsse livre ou escrava. E considerando a situação, trezentos lusitanos para trez mil romanos patenteavam uma desproporcional desegualdade, que seria rematada loucura defrontarem-se as forças.

Quando os emissarios accentuaram as palavras de Vetilio – submissão perpetua e incondicional, com garantia de refens para a effectividade do pacto – ouviu-se um rugido, como de uma féra que se vê subitamente preza. Esse rugido não articulado, que nem mesmo era imprecação, infundiu uma emoção terrifica e desconhecida. Olharam todos em volta da gente que se atropellava junto do Conselho armado, e viram um homem bastante novo, de menos de trinta annos, de estatura mediana, delgado, mas robusto e de aspecto decidido. Fez-se um silencio inesperado, involuntario, por que aquelle impeto de colera fizera suspender qualquer resolução repentina e fatalmente covarde. O vulto pareceu crescer com a grandeza da commoção, e aproveitando o momento unico, fallou:

– Para ser escravo de Roma não são precisos tratados, nem refens. Tudo isso é um ludibrio. Todos nós sabemos como a grande e generosa Roma cumpre os seus tratados. Seremos nós tão estupidos e indignos, que ainda depois da inolvidavel traição de Servio Galba, e da sua impunidade, confiemos n'uma potencia, que, não fallando já das riquezas, nos rouba a nossa liberdade? E esse Consul, que está em campo aberto, com as suas Legiões contra nós, que outro intuito tem senão a oppressão da desmembrada Lusitania, e o animo exclusivo da rapinagem? Bem pouco tempo ha decorrido sobre o estupendo morticinio, e já parece que ninguem aqui se lembra do juramento feito sobre os despojos dos clamorosos trucidados. O verbo do juramento foi — Vencer ou morrer! – Eu ainda não perdi a esperança de vencermos…

Um rumor irrepressivel cortou a phrase do moço, que suscitára latentes energias.

Elle continuou em um tom firme e de crença communicativa:

– Que loucura o confiar na fé dos Romanos! A tregua que nos concedem até ámanhã é um torpe embuste; o Consul pançudo finge que nos outorga uma paz generosa, simula a assignatura de um pacto para conseguir por esse meio capcioso a entrega das armas pela nossa parte, e em seguida, como é de uso, extermina-nos em massa, porque não quererá ser menos do que Servio Sulpicio Galba. Tal é a sorte miseranda que vos espera a todos, se…

Diante d'esta suspensão intencional e suggestiva, muitas vozes soltas d'entre os grupos o interromperam:

– Que fazer? que fazer?

– Resistir! – exclamou promptamente o moço, confiado e sorridente: Nada está perdido. Poderemos salvar-nos, e até mesmo…

– Falla! falla! Dize o que temos a fazer.

– Obedecer-me.

Ao ouvirem esta phrase incisiva e simples, mas com uma vibração sobrehumana, que denunciava uma absoluta confiança em si, entreolharam-se todos abalados, hesitantes, como que interrogando, quem era e d'onde viera aquelle homem audacioso. Elle proseguiu:

– Comprehendo a vossa desconfiança; não me conheceis de figura, nem mesmo esta estatura meã e magra se vos impõe, como o faria qualquer colosso. Mas, quem aqui se recordar do nome de Ouriato , d'aquelle pastor que conseguiu escapar da carnificina de Galba; d'aquelle que sabe o segredo de dar morte instantanea aos elephantes africanos; d'aquelle que andou de cidade em cidade proclamando a insurreição, a guerra santa e a vindicta contra o invasor estrangeiro, contra a occupação dos Romanos, que nos escravisam, reconhecerá que é um homem decidido que vos offerece a salvação e talvez a victoria.

– Ouriato! Ouriato! – proromperam de todos os lados vozes de acclamação.

Este nome proferido n'aquelle lance extremo de um exercito prestes a entregar-se, reaccendeu coragem nos animos abatidos; todos esperaram que Ouriato completasse o seu pensamento, dando-lhe em um tacito assentimento a certeza da inteira obediencia. O pastor fallou:

– Desde os mais tenros annos, eu trabalho na deambulação dos gados, que vêm das regiões calmosas para a frescura dos dois Herminios, e d'aqui dirigindo-os para os seus bostaes na epoca das invernias. N'este serviço, em que se me tem confiado mais de vinte mil cabeças de gado, e por que soube sempre defendel-o dos perigos das barrocaes, dos ursos e da pilhagem dos romanos, cheguei a ser Maioral, ou chefe da Mésta! Bem comprehendereis que, embora novo, eu devo conhecer como as palmas de minhas mãos todos os territorios da nossa Lusitania, os seus montes, os seus valles, covões, algares, cavernas profundas e passagens dos váos das ribeiras e cachões dos caudalosos rios. É esse conhecimento o que n'este momento me dá um poder unico e inesperado.

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