Teófilo Braga - Viriatho - Narrativa epo-historica

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Viriatho: Narrativa epo-historica: краткое содержание, описание и аннотация

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«O Pretor Galba não apparecia! Um presentimento de morte se estampou na lividez de todos os rostos, quando viram por detraz dos triarios moverem-se torres de madeira, catapultas e balistas.

«Com certeza Galba planeára uma infamissima traição! Como fugir-lhe? As mulheres, em lamentos atroadores, abraçavam os filhos, sem perceberem ainda o perigo. Os velhos aconselhavam prudencia, esperando serenos as ordens do Pretor.

«N'este momento de angustia pezados calháos fôram de longe arremessados por catapultas contra aquella multidão compacta, esmagando alli algumas centenas de lusitanos. O grito de espanto parecia uma tempestade; os que tentavam fugir fôram espetar-se e morrer nas fileiras cerradas dos Hastarios; os que se estreitavam uns aos outros n'um panico inconsiderado abafavam-se.

«E emquanto iam chovendo os grandes calháos arrojados pelas catapultas, cahiam sobre a multidão as Falaricas ou lanças incendiarias, que os Romanos tinham tomado dos costumes hispanos, e outros engenhos arremessavam panellas de pez e estôpa ardendo, que os Cestrophendones faziam cahir no meio da assembléa.

«E como se não bastasse tudo isto para destruir aquella gente desarmada, os Fundibularios baleares mantinham um chuveiro de pedras sempre certeiras, coadjuvados pelos Arcubalistas.

«A multidão ainda se movia, embora não offerecesse resistencia alguma; mas Galba, querendo terminar a sua hediondissima traição e vendo que o sol já declinava, resolveu o final exterminio antes do descer da noite. Os Cavalleiros recusavam-se á fadiga de passar á espada tantissima gente inerme que ainda sobrevivia. Foi então que Galba se lembrou de como na guerra de Macedonia, Paulo Emilio deveu a victoria decisiva ao emprego da tactica dos Elephantes; e deu logo ordem a que os dez Elephantes offerecidos por Massinissa aos Romanos para servirem nas guerras contra os Celtiberos, se empregassem agora para acabarem de esmagar os temerosos rebeldes Lusitanos.

«Os Elephantes couraçados com chapas guarnecidas de espadas fôram conduzidos para aquelle montão de gente, cuja carne e sangue formava com a terra recalcada uma massa horrenda. De baixo das patas dos dez Elephantes sentiam-se fracassar os ossos das victimas, e o sangue respingava-lhes até aos peitos, prendendo-se-lhe nas pernas as tripas que eram casualmente arrancadas na sua passagem.

«A noite vinha descendo caliginosa e um vapor espêsso se erguia dos valles fundos. Foi então, que ainda d'entre o montão dos cadaveres se ergueu um vulto surrateiramente, e saltando ao pescoço de um Elephante, o pezado animal cahiu redondamente morto em terra! As trévas iam-se engrossando, e o vulto agil e escorreito foi assim saltando sobre cada um dos Elephantes, que por seu turno iam cahindo mortos! Quem seria esse vulto extraordinario, que sabia o segredo de dar a morte instantanea a tão poderosos animaes, em cuja pelle não penetravam os mais pujantes dardos? Quem quer que fôsse, elle sabia o segredo apprendido nas Guerras punicas: de que a mais leve picadela no bolbo pela vertebra que toca no craneo do Elephante fazia-o cahir fulminado instantaneamente. Assim fôram mortos os dez Elephantes.

«A noite era já cerrada; e enquanto Galba mandára lançar fogo ao montão dos cadaveres entre os quaes fôram encontrados os dez Elephantes de Massinissa, d'entre esses cadaveres escaparam-se alguns individuos que se tinham occultado debaixo dos corpos exânimes, e que se fingiram mortos: são esses os que andam de cidade em cidade da Lusitania e da Turdetania pedindo vingança! Vingança! Vingança!»

Por valles e serras, e resoando de monte a monte, entoava-se um Canto de guerra, que fazia referver o sangue nas veias, exaltando os espiritos ainda os mais acabrunhados. O Canto podia mais do que a reflexão, e cada povo accrescentava-lhe uma nova estrophe, como a aspiração do resgate. A palavra poetica é alada, o pelo prestigio da tradição transpõe as edades repercutindo-se na alma dos vindouros.

Baladro de guerra

Terra da Lusitania,
Ensopada de sangue
Por horrendo baldão!

Chamou-nos o Romano
Para a alliança de paz,
Mata-nos á traição!

Virus de iniquidade,
D'esse fermento de odio
Brote a destruição.

Que a lança dos Quirites
Se quebre, e em nossa frente
Não se erga Legião!

Quem sobrevive ao crime,
E escuta estes lamentos
Da atroz desolação;

Quem perdeu lá seus filhos,
Os paes, entes queridos,
O esposo, o irmão;

Que se revoltem todos,
Peitos sejam escudos,
Lanças raios na mão!

Soffrimento e opprobrio,
A morte e a vingança
Forçam á união!

Vós, Povos da Callaecia,
De Oretania, Beturia,
Cynesia região;

Robustos Carpetanos,
Tartessios, desmembrados
Da Lusonia nação!

Que o mesmo odio nos una,
Vingae mortos, e os vivos
Salvae da escravidão!

Reviva a Lusitania,
Ensopada no sangue
Da romana traição.

V

De todas aquellas povoações até onde chegára o rumor da horrente catastrophe, partiram homens audaciosos, movidos pela curiosidade para observarem com os seus olhos os despojos que restavam; alguns não voltaram mais aos seus lares, porque iam engrossando uma onda dos revoltados contra tamanha traição. Os que regressavam espavoridos contavam o assombro que lhes causára o vêr uma ampla campina coberta de cadaveres incompletamente carbonisados, em volta dos quaes uivavam lobos em numerosas alcateias, e aguias e abutres que esvoaçavam em bando sobre a vasta presa, cujo fetido os attrahira de longe. As calmas estivaes tornavam-se mais intensas, apressando a putrefação de tantos cadaveres; as fortes nortadas levavam até muito longe os miasmas, e n'uma e n'outra cidade da Lusitania appareciam ameaços aterradores da peste. Era a perspectiva de uma mais horrivel devastação, porque se não via o látego mortifero que flagellava os povos. Um pensamento de piedade pelos mortos occorreu suscitado pelas calamidades:

– É certo que esses corpos insepultos reclamam dos vivos o cumprimento de um dever sagrado! Em quanto lhes não dermos sepultura condigna, suas almas andarão errantes diante de nós, perturbando-nos, perseguindo-nos até acordarmos do nosso desdem egoista. Carecemos para propria segurança de lhes darmos sepultura segundo o patrio e antigo costume, quando se encontra um morto n'um ermo ou n'uma encruzilhada. Que cada cidade, villar ou aldeia, faça suas peregrinações ao campo da matança, e seguindo a tradição da piedade, cada um arroje uma pedra para cima dos cadaveres até que se formem Montes Gaudios, que serão os tumulos venerandos dos nossos desventurados conterraneos.

Segundo aquelle costume, vogou de cidade em cidade a ideia da funebre peregrinação, e não eram ainda bem passadas duas luas quando por toda a Lusitania se operára um movimento que ligava todas as povoações no mesmo affecto. Os mortos podiam agora mais de que os vivos, porque por via d'elles se uniam tribus até aquelle dia inconciliaveis, que iam visitar o campo da matança e lançar suas pedras para erguerem bem alto os Montes Gaudios, que deviam tornar-se não um simples monumento funerario, mas uma como torre de protesto e de eterna revolta. Muitos povos dispersos nas regiões de entre Durio e Minio, entre o Durio e o Tagus e mesmo os que se achavam para lá da banda de Traz dos Montes, desde a foz do Anas até ao Mar Cantabrico, adheriram á desolação dos Lusitanos, e mandaram tambem peregrinações ao campo da matança para que os Montes Gaudios attestassem aos vindouros que elles se consideravam formando parte d'este valente e activo povo ribeirinho que dos seus portos de Lez e das suas bem trabalhadas Lezirias tomára o nome nacional de Lusitania . O ecco da grande catastrophe produzida pela perfidia impune de Galba chegára egualmente aos confins dos territorios dos Asturios e Celtiberos. Os Povos denominados Carpetanos, os Vettões, os Vacceos e Callaecos, que sempre se tinham conservado apartados para o norte da Hespanha esperando constituir uma Confederação e unidade política sob o nome de Callaecia, agora sentiam-se dominados pela insondavel fatalidade que arrastára os destemidos e independentes Lusitanos á maior das ruinas; elles vierão em magotes vêr de perto a horrorosa mortandade, e arrojar piedosamente mais pedras para os Montes Gaudios. Esses tumulos cresciam, como attestando ao mundo, que eram innumeros os corações que pulsavam por inultos mortos, e que os mesmos braços que arrojaram aquellas pedras, serão os mesmos que arremessarão as suas lanças e brandirão as pezadas lorigas contra o fautor da execranda iniquidade.

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