Giuseppe Garibaldi - Memorias de José Garibaldi, volume I

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Memorias de José Garibaldi, volume I: краткое содержание, описание и аннотация

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Este serviço durou quinze dias. No fim d'este tempo, como o cholera diminuiu de intensidade e achava uma occasião favoravel de ver novos paizes, embarquei-me, como segundo no brigue Nantonnier , de Nantes, capitão Beauregard, que se achava proximo a partir para o Rio de Janeiro.

Muitos dos meus amigos me teem dito que antes de tudo sou poeta.

Se para ser poeta é necessario escrever a Iliada , a Divina Comedia , as Meditações de Lamartine , ou os Orientaes , de Victor Hugo, eu não sou poeta: mas se para o ser é necessario passar horas e horas a procurar nas aguas asuladas e profundas do mar os mysterios da vegetação submarina, se é necessario ficar em extase diante da bahia do Rio de Janeiro, de Napoles ou de Constantinopla, se é preciso pensar no amor filial, nas recordações infantis, ou n'um amor juvenil no meio das ballas e bombas, sem pensar que esse sonho ha-de acabar pela cabeça ou por um braço quebrado – então sou poeta.

Recordo-me que um dia, durante a ultima guerra, não dormindo havia quarenta horas, e morto de cançasso costeava Urbano e os seus doze mil homens com os meus quarenta bersaglieri, os meus quarenta cavalleiros e um milhar de homens armados na sua maioria pessimamente, seguia por um pequeno atalho do outro lado do monte Orfano com o coronel Turr e cinco ou seis homens, quando parei repentinamente, esquecendo a fadiga e o perigo para ouvir um rouxinol.

Era uma noite magnifica. Sonhava ouvindo este amigo de infancia, que um orvalho benefico e regenerador chovia em torno de mim. Os que me rodeavam julgaram ou que hesitava no caminho a seguir, ou que ouvia ao longe troar os canhões, ou os passos da cavallaria inimiga. Não! Escutava um rouxinol que ha mais de dez annos, póde ser, eu não tinha ouvido. Este extase durou não até que os que me rodeavam me tivessem repetido duas ou tres vezes «General, ahi está o inimigo» mas até que este rompendo o fogo fizesse desapparecer o meu encanto.

Quando depois de ter costeado os rochedos graniticos que occultam a todas as vistas o porto, que os indios na sua linguagem expressiva chamam Nelheroky, quer dizer, agua occulta, quando depois de haver passado a estrada que conduz á nova bahia socegada como um lago; quando na margem occidental d'esta bahia, vi elevar-se a cidade chamada Paus d'Assucar , immenso rochedo conico que serve não de pharol, mas de balisa aos navegantes, quando appareceu em volta de mim essa natureza luxuriante de que a Africa e a Asia só me tinham dado uma fraca idéa, fiquei maravilhado do espectaculo esplendido que meus olhos contemplavam.

Foi no Rio de Janeiro que a minha boa estrella fez com que eu encontrasse a coisa mais rara do mundo, isto é, um amigo.

Não tive necessidade de o procurar, não tivemos necessidade de nos estudar, para nos conhecermos, encontramo-nos, trocamos um olhar e nada mais; depois um sorriso, um aperto de mão, e Rossetti e eu eramos dous irmãos.

Mais tarde terei occasião de dizer o que valia esta nobre alma; e não obstante, eu, o seu maior amigo, seu irmão, o seu companheiro por tanto tempo inseparavel, morrerei, póde ser, sem ter occasião de plantar uma cruz no ponto ignorado da terra aonde repousam os restos deste generoso e valente cidadão.

Depois de termos passado algum tempo na ociosidade – Chamo ociosidade o estarmos Rossetti e eu, seguindo um modo de vida para que não tinhamos disposição alguma – o acaso fez com que travassemos relações com Zambecarri, secretario de Bento Gonçalves, presidente da republica do Rio Grande, que se achava então em guerra com o Brasil. Ambos estavam prisioneiros de guerra em Santa Cruz n'uma fortaleza que se eleva á direita á entrada do porto d'onde chamam os navios á falla. Zambecarri, filho do famoso areonauta perdido n'uma viagem á Syria e de que nunca mais se ouviu fallar, apresentou-me ao presidente que me deu a carta para poder piratear os navios brasileiros.

Algum tempo depois Bento Gonçalves e Zambecarri fugiram a nado chegando livres de todo o perigo ao Rio Grande.

VIII

CORSARIO

Armámos em guerra o Mazzini , pequeno navio de trinta toneladas, e fizemo-nos ao mar com dezeseis companheiros de aventuras. Finalmente eramos livres, navegavamos debaixo de um pavilhão republicano; emfim eramos corsarios .

Com dezeseis homens de equipagem e um navio eramos capazes de declarar a guerra a um imperio.

Sahindo do porto dirigi-me para as ilhas Marica, situadas a cinco ou seis milhas da embocadura da barra. As nossas armas e munições estavam occultas debaixo das carnes salgadas e da mandioca, unico alimento dos negros.

Naveguei para a maior d'estas ilhas, que possue um ancuradouro, lancei a ancora, saltei em terra e subi ao monte mais elevado.

Ahi estendi os braços com um sentimento de felicidade e orgulho inexplicavel, dando um grito similhante ao da aguia quando paira no mais alto dos ares.

O Oceano pertencia-me e eu tomava posse do meu imperio.

A occasião de o exercer não se fez esperar.

Em quanto estava como um passaro do mar, debruçado sobre o meu observatorio, vi uma galeota navegando com o pavilhão brasileiro.

Mandei apromptar tudo para nos fazermos immediatamente ao mar, e desci á praia.

Navegámos direitos á galeota que não julgava por certo correr tão grande perigo a tres milhas da barra do Rio de Janeiro.

Abordando-a fizemo-nos conhecer, e intimámos o capitão para se render immediatamente. Para sua justiça é necessario dizer que não fizeram a mais pequena resistencia. Em poucos momentos estavamos a seu bordo. Vi então dirigir-se-me um passageiro portuguez, que trazia na mão uma caixa. Abriu-a, e mostrou-a cheia de diamantes, que me offereceu em troca da vida.

Fechei a caixa e entreguei-lh'a, dizendo-lhe que a sua vida não corria perigo algum, e que por consequencia, podia guardar os seus diamantes para melhor occasião.

Não tinhamos tempo a perder, estavamos quasi debaixo do fogo das baterias do porto. Transportámos as armas e munições para bordo da galeota e affundámos o Mazzini que como se vê, tinha tido uma curta, mas gloriosa existencia.

A galeota pertencia a um rico negociante austriaco que habitava a ilha Grande, situada á direita sahindo do porto, a quinze milhas de terra, e estava carregada de café que era enviado á Europa.

O navio era para mim, por todos os motivos, uma excellente presa, porque pertencia a um austriaco a quem eu tinha feito a guerra na Europa, e a um negociante brasileiro domiciliado no Brasil a quem eu fazia a guerra na America.

Dei á galeota o nome de Farropilha , derivado de Farrapos , nome que no imperio do Brasil se dá aos habitantes das republicas da America do Sul, assim como Filippe II chamava mendigos de terra ou de mar , aos revoltosos dos Paizes Baixos.

Até então a galeota chamava-se Luiza .

O nome que lhe havia dado calhava perfeitamente. Os meus companheiros não eram Rossettis, e devo confessar, que a figura de alguns d'elles, não era satisfatoria; isto explica a rapida entrega da galeota e o terror do portuguez que me offereceu os seus diamantes.

Durante todo o tempo que fui corsario dei ordem á minha gente para a vida, honra e fortuna dos passageiros ser respeitada… ir dizer debaixo de pena de morte, mas não devo dizer tal, porque não tendo até hoje ninguem infringindo as minhas ordens, não tenho tido ninguem que punir.

Depois de concluidos os nossos primeiros arranjos dirigi-me para o Rio da Prata, e para dar o exemplo de respeito que eu queria se tivesse no futuro pela vida, liberdade e bens dos passageiros, quando cheguei á altura da ilha de Santa Catharina, um pouco abaixo do cabo Itapoya, mandei deitar ao mar a lancha do navio e entregando tudo quanto pertencia aos passageiros e alguns mantimentos os fiz embarcar deixando-os livres de se dirigirem para onde quizessem.

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