Ken Kesey - Um Estranho No Ninho

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Um Estranho No Ninho: краткое содержание, описание и аннотация

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O romance de Ken Kesey é inspirado em suas próprias experiências quando participou de pesquisas com drogas psicoativas no centro psiquiátrico do Menlo Park Veterans Hospital (Califórnia). 'Um estranho no ninho' é protagonizado por R. P. McMurphy, um preso que escapa da condenação fingindo-se de louco. McMurphy é então internado em um hospício, sob a tutela da sádica Chefona, a enfermeira Ratched, que comanda os internos com suas rigorosas sessões de terapia e eletrochoque. Aos poucos McMurphy percebe que o hospício pode ser muito pior que a prisão, nesse novo universo cercado de pacientes inseguros, ansiosos e constantemente dopados. Pessoas que buscaram refúgio da sociedade no hospício.

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Harding cala-se de repente e se inclina para frente, para segurar as mãos de McMurphy entre as suas. Seu rosto está estranhamente inclinado, pontiagudo, cheio de mossas vermelhas e cinzentas, uma garrafa de vinho arrebentada.

– Este mundo… pertence aos fortes, meu amigo! – continua ele. – O ritual da nossa existência está baseado em os fortes ficarem mais fortes por devorarem os mais fracos. Nós temos de encarar isso. É mais do que certo que seja assim. Temos de aprender a aceitá-lo como uma lei da natureza. Os coelhos aceitam o seu papel no ritual e reconhecem o lobo como o forte. Para se defender, o coelho torna-se esperto, assustado, arredio e cava buracos e se esconde quando o lobo está por perto. E ele resiste, vai continuando. Conhece o seu lugar. É absolutamente certo que ele não irá desafiar o lobo para um combate. Ora, diga-me, isto seria inteligente? Seria?

Ele solta a mão de McMurphy, torna a se recostar e cruza as pernas, dá uma outra longa tragada no cigarro. Tira o cigarro da estreita fenda que é o seu sorriso, e o riso recomeça – Iii-iii-iii – como um prego sendo arrancado…

– Sr. McMurphy… meu amigo… não sou um frango, sou um coelho. O médico é um coelho. O Cheswick, ali, é um coelho. Billy Bibbit é um coelho. Todos nós aqui somos coelhos, com idades e graus variados, sal – ti – tando pelo nosso mundo de Walt Disney. Oh, não me compreenda mal, não estamos aqui dentro porque somos coelhos, seríamos coelhos onde quer que estivéssemos, estamos todos aqui porque não conseguimos nos ajustar ao fato de sermos coelhos. Nós precisamos de um bom lobo forte, como a enfermeira, para nos ensinar qual é o nosso lugar.

Cara, você está falando como um idiota. Está querendo me dizer que vai ficar sentado sem se mexer e deixar uma velha qualquer de cabelo azulado convencer você de que você é um coelho?

– Não me convencer de que eu sou, não. Eu nasci coelho. Apenas olhe para mim. Eu só preciso da enfermeira para ficar contente com o meu papel.

– Você não é porra de coelho nenhum!

– Vê as orelhas? o nariz se arrebitando? o rabinho bonitinho de pompom?

– Você está falando como um doido…

– Como um doido? Que esperto.

– Merda, Harding, não quis dizer isso. Você não é louco, não desse jeito. Eu quis dizer, diabo, eu fiquei surpreendido de ver como todos vocês são sãos. Tanto quanto eu possa dizer, vocês não são mais loucos do que qualquer babaca médio que anda pelas ruas.

– Ah, sim, o babaca médio que anda pelas ruas.

– Mas, sabe, não loucos de maneira que os filmes pintam gente louca. Vocês só estão perturbados e… como se fossem…

– Como se fôssemos coelhos, não é isso?

– Coelhos, porra nenhuma! Não têm nada a ver com coelhos, droga.

– Sr. Bibbit, dê umas saltitadas por aí para o Sr. McMurphy ver. Sr. Cheswick, mostre a ele como o senhor é peludo.

Billy Bibbit e Cheswick se transformam em coelhos brancos agachados, bem diante dos meus olhos, mas estão envergonhados demais para fazer qualquer das coisas que Harding mandou.

– Ah, eles estão acanhados, Sr. McMurphy. Não é uma gracinha? Ou talvez os caras estejam pouco à vontade porque não ficaram do lado do amigo. Talvez eles estejam sentindo-se culpados pela maneira como, mais uma vez, eles a deixaram fazê-los suas vítimas, transformando-os em seus interrogadores. Alegrem-se, amigos, não têm razão alguma para se sentirem envergonhados. Está tudo como deve ser. Não faz parte do papel do coelho tomar partido do companheiro. Isso teria sido idiota. Não, vocês foram espertos, covardemente, mas espertos.

– Olha aqui, Harding – diz Cheswick.

– Não, não, Cheswick. Não fique irritado com a verdade.

– Olha aqui; já houve ocasiões em que eu disse sobre a velha Ratched as mesmas coisas que McMurphy está dizendo.

– Sim, mas você as disse bem baixinho e engoliu todas depois. Você também é um coelho, não tente fugir à verdade. É por isso que não guardo raiva de você pelas perguntas que me fez hoje, durante a sessão. Você só estava desempenhando seu papel. Se você tivesse estado na berlinda, ou você, Billy, ou você, Fredrickson, eu os teria atacado com a mesma crueldade com que vocês me atacaram. Não nos devemos envergonhar do nosso comportamento; é a maneira como nós os animaizinhos fomos criados para nos comportarmos.

McMurphy vira-se na cadeira e olha para os outros Agudos de cima a baixo.

__ Não tenho tanta certeza de que não devam estar envergonhados. Pessoalmente, achei que foi um bocado escroto o jeito como eles se passaram para o lado dela, contra você. Por um momento ali, pensei que estivesse de volta a um campo de prisioneiros da China comunista…

– Ora, por Deus, McMurphy, escute só um momento – diz Cheswick.

McMurphy vira-se e escuta, mas Cheswick não continua. Cheswick nunca continua; ele é um desses que fazem um grande estardalhaço de que vão liderar um ataque, gritam ao ataque e sapateiam para cima e para baixo durante um minuto, dão dois passos à frente e desistem. McMurphy olha para ele justo onde ele se está desequilibrando outra vez, depois de um começo de aparência tão firme, e lhe diz:

– Um diabo parecido mesmo com um campo de prisioneiros dos chineses.

Harding ergue as mãos pedindo paz.

– Oh, não, não, isso não está certo. Você não nos deve condenar, amigo. Não. Na realidade…

Eu vejo aquela febre sorrateira tornar a surgir nos olhos de Harding; penso que vai começar a rir de novo, mas em vez disso tira o cigarro da boca e aponta com ele para McMurphy – na sua mão, o cigarro parece com um de seus dedos, magros e brancos, soltando fumaça na ponta.

– … você também, Sr. McMurphy, com todo o seu estardalhaço de vaqueiro e o seu falatório de teatro mambembe, você também, sob essa sua superfície calejada, deve ter provavelmente uma alma de coelho tão fofa e esfiapada quanto nós.

– É, é isso aí. Não passo de um coelho. Diga. O que é que faz de mim um coelho, Harding? Minhas tendências psicopáticas? Minhas tendências à briga, ou minha mania de trepação? Deve ser minha mania de trepar, não deve? Todo aquele "foda-se e obrigado, madame". É aquele "foda-se, tome lá", é isso que provavelmente faz de mim um coelho…

– Espere, temo que você tenha levantado uma questão que requer certa reflexão. Os coelhos são conhecidos por essa determinada característica, não são? Na realidade, são famosos pela capacidade de reprodução. Sim. Hum. Mas de qualquer jeito, a questão que você levantou indica simplesmente que você é um coelho saudável, em bom funcionamento e bem-ajustado, enquanto que a maioria de nós aqui não tem nem a capacidade sexual para passar no exame de coelhos ajustados. Fracassos, nós somos… criaturinhas fracas, raquíticas, frágeis, de uma racinha fraca. Coelhos sans foda; uma idéia patética.

– Espere um minuto, você fica torcendo o que eu digo…

– Não. Você estava certo. Lembra-se de que foi você quem chamou a nossa atenção para o ponto em que a enfermeira estava concentrando suas bicadas? Aquilo era verdade. Não há um homem aqui que não esteja com medo de estar perdendo ou que já não tenha perdido o seu aparelho de foder. Nós, as cômicas criaturinhas, não podemos nem ao menos alcançar a maturidade no mundo dos coelhos, isso é que mostra o quanto somos fracos e incapazes. Nós somos… os coelhos, poder-se-ia dizer, do mundo dos coelhos!

Ele novamente se inclina para a frente, e aquele seu riso entrecortado e convulso que eu tenho estado esperando começa a levantar-se da sua boca, as mãos se debatendo, o rosto em contração.

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