Paulo Coelho - Veronika decide morrer
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Zedka pegou-a carinhosamente, e levou-a até o banheiro.
— É um banheiro de homens — disse a moça.
— Não há ninguém aqui, não se preocupe.
Retirou o suetér imundo, , lavou-o, e colocou-o em cima do radiador de calefação. Depois, tirou sua própria blusa de lã, e vestiu-a em Veronika.
— Fique com isso. Vim aqui para despedir-me.
A menina parecia distante, como se nada a interessasse mais. Zedka a conduziu de volta a cadeira onde ela estava sentada.
— Ele vai acordar daqui a pouco. Talvez custe a se lembrar do que aconteceu, mas a memória retornará rápido. Não fique assustada se ele não a reconhecer nos primeiros instantes.
— Não ficarei — respondeu Veronika. — Porque tampouco reconheço a mim mesma.
Zedka puxou uma cadeira, e sentou-se ao lado dela. Ficara em Villete tanto tempo, que não custava permanecer mais alguns minutos com aquela menina.
— Lembra-se de nosso primeiro encontro? Naquele dia eu lhe contei uma história, para tentar explicar que o mundo é
exatamente da maneira que o vemos. Todos achavam o rei louco, porque ele queria impor uma ordem que já não existia na mente dos seus súditos.
«Entretanto, há coisas na vida que, não importa de que lado a enxerguemos, continuam sempre as mesmas — e valem para todo mundo. Como o amor, por exemplo».
Zedka notou que os olhos de Veronika haviam mudado. Resolveu continuar.
— Eu diria que, se alguém tem muito pouco tempo de vida, e resolve passar este pouco tempo que lhe resta diante de uma cama, olhando um homem dormindo, há algo de amor. Diria mais: se durante este tempo, esta pessoa teve um ataque cardíaco, e ficou em silêncio — só para não ter que sair de perto daquele homem — é porque este amor pode crescer muito.
— Pode ser também desespero — disse Veronika. — Uma tentativa de provar que, afinal de contas, não há motivos para se continuar lutando debaixo do sol. Não posso estar apaixonada por um homem que vive em outro mundo.
— Todos nós vivemos em nosso próprio mundo. Mas se você olhar para o céu estelado, verá que todos estes mundos diferentes se combinam, formando constelações, sistemas solares, galáxias.
Veronika levantou-se e foi até a cabeceira de Eduard. Carinhosamente, passou as mãos nos seus cabelos. Estava contente por ter alguém com quem conversar.
— Há muitos anos atrás, quando eu era uma criança e minha mãe me obrigava a aprender piano, eu dizia a mim mesma que só seria capaz de toca-lo bem quando estivesse apaixonada. Ontem a noite, pela primeira vez na minha vida, senti que as notas saiam de meus dedos como se eu não tivesse controle algum sobre o que fazia.
« Uma força me guiava, construía melodias e acordes que nunca pensei ser capaz de tocar. Eu me entregara ao piano porque tinha acabado de me entregar a este homem, sem que ele tivesse tocado um fio sequer do meu cabelo. Ontem eu não fui eu mesma, nem quando me entreguei ao sexo, nem quando toquei piano. Mesmo assim, acho que fui eu mesma».
Veronika balançou a cabeça.
— Nada do que estou dizendo faz sentido.
Zedka lembrou-se de seus encontros no espaço, com todos aqueles seres que flutuavam em dimensões diferentes. Quis contar para Veronika, mas ficou com medo de confundi-la mais ainda.
— Antes que você repita que vai morrer, quero dizer algo: há gente que passa a vida inteira procurando um momento como você teve ontem a noite, e não consegue. Por isso, se você tiver que morrer agora, morra com o coração cheio de amor.
Zedka levantou-se.
— Você não tem nada a perder. Muita gente não se permite amar justamente por causa disso — porque há muita coisa, muito futuro e passado em jogo. No seu caso, existe apenas o presente.
Ela aproximou-se, e deu um beijo em Veronika.
— Se eu ficar aqui por mais tempo, vou terminar desistindo de ir embora. Estou curada da minha depressão, mas descobri, aqui dentro, outros tipos de loucura. Quero carrega-los comigo, e começar a ver a vida com meus próprios olhos.
«Quando entrei, era uma mulher deprimida. Hoje, sou uma mulher louca, e tenho muito orgulho disso. Lá fora, me comportarei exatamente como os outros. Farei as compras no supermercado, conversarei trivialidades com minhas amigas, perderei algum tempo importante diante da televisão. Mas sei que minha alma está livre, e eu posso sonhar e conversar com outros mundos que, antes de entrar aqui, nem sonhava que existiam.
«Vou me permitir fazer algumas bobagens, só para que as pessoas digam: ela saiu de Villete! Mas sei que minha alma estará completa, porque minha vida tem um sentido. Poderei olhar um por do sol e acreditar que Deus está por detrás dele. Quando alguém me aborrecer muito eu direi alguma barbaridade, e não vou me incomodar com o que pensam, já que todos dirão: ela saiu de Villete!
«Vou olhar os homens na rua, dentro de seus olhos, sem vergonha de me sentir desejada. Mas, logo depois, passarei numa loja de produtos importados, comprarei os melhores vinhos que meu dinheiro puder comprar, e farei meu marido beber junto comigo, porque quero rir com ele — a quem tanto amo.
«Ele me dirá, rindo: você está louca! E eu responderei: claro, estive em Villete! E a loucura me libertou. Agora, meu adorado marido, você tem que pedir férias todos os anos, e me levar a conhecer algumas montanhas perigosas, porque preciso correr o risco de estar viva.
«As pessoas vão dizer: ela saiu de Villete, e está enlouquecendo o marido! E ele entenderá que as pessoas tem razão, e dará graças a Deus porque o nosso casamento está começando agora, e nós somos loucos — como são loucos os que inventaram o amor.»
Zedka saiu, cantarolando uma música que Veronika nunca havia escutado.
O dia estava sendo exaustivo, mas recompensador. O Dr. Igor procurava manter a fleugma e a indiferença de um cientistas, mas quase não conseguia controlar seu entusiasmo: os testes para a cura do envenenamento por Vitriolo estavam dando resultados surpreendentes!
— Você não tem hora marcada hoje — disse para Mari, que havia entrado sem bater na porta.
— Não vou demorar muito. — Na verdade, gostaria de pedir apenas uma opinião.
«Hoje todos estão querendo apenas uma opinião», pensou o Dr. Igor, lembrando-se da menina e sua pergunta sobre sexo.
— Eduard acaba de receber um choque elétrico.
— Terapia Eletro-convulsiva; por favor use o nome
correto, ou vai parecer que somos um grupo de bárbaros. — Dr. Igor conseguira disfarçar a suprêsa, mas depois iria apurar quem tinha decidido aquilo. — E se você quer minha opinião sobre o assunto, devo esclarecer que as TEC não aplicados hoje como eram antigamente.
— Mas é perigoso.
— Era muito perigoso; não sabiam a voltagem exata, o local certo onde colocar os eletrodos, e muita gente morreu de derrame cerebral durante o tratamento. Mas as coisas mudaram: hoje em dia, a TEC está voltando a ser utilizada com muito mais precisão técnica, e tem a vantagem de provocar uma amnésia rápida, evitando a intoxicação quimica por uso prolongado de medicamentos. Leia algumas revistas psiquiátricas, por favor, e não confunda a TEC com os choques elétricos dos torturadores sul-americanos.
«Pronto. Sua opinião está dada. Agora tenho que voltar ao trabalho.»
Mari não se mexeu.
— Não foi isso que vim perguntar. Na verdade, o que quero saber é se posso sair daqui.
— Você sai quando quer, e volta porque assim deseja — e porque seu marido ainda tem dinheiro para mante-la num lugar caro como este. Talvez você devesse me perguntar: estou curada? E minha resposta é outra pergunta: curada de que?
«Você dirá: curada do meu medo, da Sindrome de Pânico. E eu responderei: bem Mari, há três anos você não sofre mais disso.»
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