Paulo Coelho - Veronika decide morrer
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Lembrou-se do exercício tão singelo, tão simples, que escutara o mestre sufi ensinando, enquanto esperava Veronika voltar ao piano: olhar uma rosa. Era preciso mais que isso?
Mesmo assim, depois da experiência da meditação profunda, depois de terem chegado tão perto das visões do paraiso, ali estavam aquelas pessoas discutindo, argumentando, criticando, estabelecendo teorias.
Cruzou seus olhos com o de Mari. Ela evitou-o, mas Eduard estava decidido a terminar de vez com aquela situação; aproximou-se dela e segurou-a pelo braço.
— Pare com isso, Eduard.
Ele podia dizer: «venha comigo». Mas não queria faze-lo na frente daquela gente, que ficaria surpresa com o tom firme de sua voz. Por isso, preferiu ajoelhar-se e implorar com seus olhos.
Os homens e mulheres riram.
— Você virou uma santa para ele, Mari — alguém comentou. — Foi a meditação de ontem.
Mas os anos de silencio de Eduard o tinham ensinado a falar com os olhos; era capaz de colocar toda a sua energia neles. Da mesma maneira que tinha absoluta certeza que Veronika percebera sua ternura e seu amor, sabia que Mari iria entender seu desespero, porque ele estava precisando muito dela.
Ela relutou mais um pouco. Finalmente, levantou-o e pegou-o pela mão.
— Vamos dar um passeio — disse. — Você está nervoso.
Os dois tornaram a sair para o jardim. Assim que estavam a uma distancia segura, certos de que ninguém assistia a conversa, Eduard quebrou o silencio.
— Durante anos permaneci aqui em Villete — disse. -Deixei de envergonhar meus pais, deixei minhas ambições de lado, mas as Visões do Paraiso permaneceram.
— Sei disso — respondeu Mari. — Já conversamos a
respeito muitas vezes. E sei também onde você quer chegar: é hora de sair.
Eduard olhou o céu; será que ela sentia o mesmo?
— E é por causa da garota — continuou Mari. — Já vimos muita gente morrer aqui dentro, sempre no momento em que não esperavam, e geralmente depois de terem desistido da vida. Mas esta é a primeira vez que isso acontece com uma pessoa jovem, bonita, saudável — com tanta coisa pela frente para viver.
«Veronika é a única que não desejaria continuar em Villete para sempre. E isto nos fez perguntar: e nós? O que procuramos aqui?»
Ele fez um sinal afirmativo com a cabeça.
— Então, ontem a noite, eu também me perguntei o que estava fazendo neste sanatório. E achei que seria muito mais interessante estar na praça, nas Três Pontes, no mercado em frente ao teatro — comprando maçãs e discutindo o tempo. Claro que estaria lidando com coisas já esquecidas — como contas a pagar, dificuldades com os vizinhos, olhar irónico de gente que não me compreende, solidão, reclamações de meus filhos. Mas penso que isso tudo faz parte da vida, e o preço de enfrentar estes pequenos problemas é bem menor que o preço de não reconhece-los como nosso.
«Estou pensando em ir a casa de meu ex-marido hoje, só para dizer «obrigado». O que você acha?
— Nada. Será que devia ir até a casa dos meus pais, e dizer o mesmo?
— Talvez. No fundo, a culpa de tudo que acontece em nossa vida é exclusivamente nossa. Muitas pessoas passaram pelas mesmas dificuldades que passamos, e reagiram de maneira diferente. Nós procuramos o mais fácil: uma realidade separada.
Eduard sabia que Mari tinha razão.
— Estou com vontade de recomeçar a viver, Eduard. Cometendo os erros que sempre desejei e nunca tive coragem. Enfrentando o pânico que pode voltar a surgir, mas cuja presença apenas me dará cansaço, porque sei que não vou morrer ou desmaiar por causa dele. Posso arranjar novos amigos, e ensina-los a serem loucos, para que sejam sábios. Direi que não sigam o manual do bom comportamento, descubram suas próprias vidas, desejos, aventuras, e VIVAM! Citarei o Eclesiastes para os católicos, o Corão para os islâmicos,a Torah para os judeus, os textos de Aristóteles para os ateus. Nunca mais quero ser advogada, mas posso usar minha experiência para dar conferencias sobre homens e mulheres que conheceram a verdade desta existência, e cujos escritos podem ser resumidos em uma única palavra: «Vivam». Se você viver, Deus viverá com você. Se você se recusar a correr seus riscos, Ele retornará ao distante Céu, e será apenas um tema de especulação filosófica.
«Todo mundo sabe disso. Mas ninguém dá o primeiro passo. Talvez por medo de ser chamado de louco. E, pelo menos, este medo nós não temos, Eduard. Já passamos por Villete.
— Só não podemos ser candidatos à Presidência da República. A oposição ia explorar muito o nosso passado.
Mari riu e concordou.
— Cansei desta vida. Não sei se vou conseguir superar meu medo, mas estou farta da Fraternidade, deste jardim, de Villete, de fingir que sou louca.
— Se eu fizer isso, você faz?
— Você não fará isso.
— Quase fiz, há alguns minutos atrás.
— Não sei. Cansei disso tudo, mas já estou acostumada.
— Quando entrei aqui, com diagnóstico de esquizofrenia, você passou dias, meses, me dando atenção e me tratando como um ser humano. Eu também estava me acostumando com a vida que decidira levar, com a outra realidade que criei, mas você não deixou. Eu a odiei, e hoje a amo. Quero que você saia de Villete, Mari, como eu sai do meu mundo separado.
Mari afastou-se sem dar resposta.
Na pequena — e nunca frequentada — biblioteca de Villete, Eduard não achou o Corão, nem Aristóteles, nem outros filósofos que Mari se referira. Mas ali estava o texto de um poeta:
«Por isso disse para mim mesmo: «a sorte do insensato será também a minha».
«Vai, come teu pão com alegria,
e bebe gostosamente o teu vinho
porque Deus já aceitou tuas obras.
Que tuas vestes sejam brancas todo o tempo,
e nunca falte perfume em tua cabeça.
Desfruta a vida com a mulher amada
em todos os teus dias de vaidade que Deus
te concedeu debaixo do sol.
Porque esta é tua porção na vida
e no trabalho que te afadigas debaixo do sol.
Segue os caminhos do teu coração
e o desejo dos teus olhos,
sabendo que Deus te pedirá contas».
— Deus pedirá contas no final — disse Eduard em voz alta E eu direi: «por algum tempo da minha vida fiquei olhando o
vento, me esqueci de semear, não desfrutei meus dias, nem sequer bebi o vinho que me era oferecido. Mas um dia me julguei pronto, e voltei ao meu trabalho. Contei aos homens as minhas Visões do Paraiso, como Bosch, Van Gogh, Wagner, Beethoven, Einstein, e outros loucos fizeram antes de mim. Bom, Ele dirá que eu sai do hospício para não ver uma menina morrendo, mas ela estará lá no céu, e intercederá por mim.
— O que você está dizendo? interrompeu o encarregado da biblioteca.
— Quero sair de Villete agora— respondeu Eduard, num tom de voz mais alto do que o normal. — Tenho o que fazer.
O empregado apertou uma campainha, e em pouco tempo dois enfermeiros apareceram.
— Quero sair — repetiu Eduard, agitado. — Estou bem, deixe-me falar com o Dr. Igor.
Mas os dois homens já o tinham agarrado, um por cada braço. Eduard tentava soltar-se dos braços dos enfermeiros, mesmo sabendo que era inútil.
— Você está tendo uma crise, fique tranquilo — disse um deles. — Vamos cuidar disso.
Eduard começou a debater-se.
— Deixem-me falar com o Dr. Igor. Tenho muito o que dizer a ele, tenho certeza que vai entender!
Os homens já o arrastavam para a enfermaria.
— Soltem-me! — gritava. — Deixem-me falar pelo menos um minuto!
O caminho para a enfermaria passava pelo meio da sala de estar, e todos os outros internos estavam ali reunidos. Eduard debatia-se, e o ambiente começou a ficar agitado.
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