João Pedro Duarte - Carta muito pessoal de um recluso Covid-ativo

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Carta muito pessoal de um recluso Covid-ativo: краткое содержание, описание и аннотация

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Dividido em três partes, o livro 'Carta muito pessoal de um recluso Covid-ativo' traz-nos dois contos e um conjunto de cartas, escritas pelo autor durante o confinamento decretado no país em março de 2020. Com uma prosa aprimorada e recheada de referências familiares, o autor inicia-se na ficção com os contos 'Um fim de semana qualquer' e 'O último heterónimo de Fernando Pessoa'. Na terceira parte, apresenta-nos as suas reflexões durante a quarentena, encarada como um desafio desconcertante, mas nem por isso inexequível. Fala-nos dos heróis da nova rotina, dos livros que saíram das prateleiras, das mudanças que podem ter vindo para ficar. Partilhas com laivos humorísticos, mas igualmente pertinentes, que espelham a experiência que tem sido o ano de 2020.

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Editora GatoBravo 2021 Não é permitida a reprodução total ou parcial deste - фото 1

© Editora Gato-Bravo, 2021

Não é permitida a reprodução total ou parcial deste livro nem o seu registo em sistema informático, transmissão mediante qualquer forma, meio ou suporte, sem autorização prévia e por escrito dos proprietários do registo do copyright.

editor Marcel Lopes

coordenação editorial Paula Cajaty

revisão Margarida Fontes

projecto gráfico Bookxpress

imagem da capa Omar, at Adobestock

Título

Carta muito pessoal de um recluso Covid-ativo

Autor

João Pedro Duarte

e-isbn 978-989-8938-86-2

1a edição: fevereiro, 2021

gato·bravo

rua de Xabregas 12, lote A, 276-289

1900-440 Lisboa, Portugal

tel. [+351] 308 803 682

editoragatobravo@gmail.com

editoragatobravo.pt

Sumário

Prólogo Prólogo Por opção, este livro está divido em três partes. As duas primeiras partes espelham dois pequenos contos que escrevi: “Um fim de semana qualquer” e “O último heterónimo de Fernando Pessoa”. A terceira parte é a mais extensa, e incide num vasto número de cartas que escrevi nestes tempos de quarentena que, aliás, deram origem ao título do livro. As personagens dos meus dois contos são inspiradas em pessoas que conheci na minha vida pessoal. Não obstante, o segundo conto é a minha homenagem um tanto ou quanto modesta a Pessoa. As cartas foram escritas para suportar melhor a vida cá por casa, nesta condição de prisão domiciliária.

Primeira Parte Um fim de semana qualquer

Segunda Parte: O último heterónimo de Fernando Pessoa

Terceira Parte: Cartas

Carta de Apresentação

18 de março de 2020

19 de março de 2020

20 de março de 2020

21 de março de 2020

22 de março de 2020

23 de março de 2020

24 de março de 2020

25 de março de 2020

26 de março de 2020

27 de março de 2020

28 de março de 2020

29 e 30 de março

31 de março de 2020

1 de abril de 2020

2 de abril de 2020

3 de abril de 2020

4 de abril de 2020

5 de abril de 2020

6 de abril de 2020

7 de abril de 2020

8 de abril de 2020

9 de abril de 2020

10 de abril de 2020

11 de abril de 2020

12 de abril de 2020

13 de abril de 2020

14 de abril de 2020

15 de abril de 2020

16 de abril de 2020

17 de abril de 2020

18 de abril de 2020

Capítulo Final

O Ilusionista e a lata de atum

Para a minha mãe

Para a minha mãe.

Prólogo

Por opção, este livro está divido em três partes. As duas primeiras partes espelham dois pequenos contos que escrevi: “Um fim de semana qualquer” e “O último heterónimo de Fernando Pessoa”. A terceira parte é a mais extensa, e incide num vasto número de cartas que escrevi nestes tempos de quarentena que, aliás, deram origem ao título do livro.

As personagens dos meus dois contos são inspiradas em pessoas que conheci na minha vida pessoal. Não obstante, o segundo conto é a minha homenagem um tanto ou quanto modesta a Pessoa.

As cartas foram escritas para suportar melhor a vida cá por casa, nesta condição de prisão domiciliária.

Primeira Parte:

Um fim de semana qualquer

Aqui perto, existe o desassossego habitual de quem corre atrás de sonhos e esperanças, mas que se vê confinado a desempenhar as funções que lhe são admoestadas com o tempo. Efetivamente, este desassossego é intrínseco ou jovial, uma vez que o Quinto Império não está à distância de uma corrida desenfreada que podemos dar para apanhar o autocarro já em andamento, ou até quando nos aventuramos a deambular pela passadeira quando o semáforo está vermelho para os peões. Em Lisboa, já lá vai o tempo em que se ouvia “como está, vossa mercê?”. No Carmo, o eco da liberdade é abafado à medida que nos deixamos embalar pela maresia de um Tejo, que tende agora a ser vislumbrado pelas redes sociais.

A uns tantos quilómetros de distância, ao pé da terra onde El Rei D. Dinis imperou que se plantasse um sublime pinhal, ainda existe uma insustentável leveza do ser. É naquele local que posso inspirar e suster as recordações de uma infância qualquer que tive, onde idealizava, numa árvore, a estrutura coesa de uma casa que nunca cheguei a conhecer. Lá, descobri que, a par da árvore, o melhor resultado do trabalho árduo a que nos submetemos quando usamos uma enxada reside nos calos que tendem a prevalecer nas nossas mãos pelo resto da vida. Porém, o breve conto que aqui promete ser narrado tem somente lugar na capital lusitana, sendo que, pelo menos, foi o que me fez parecer desde a última vez que o visitei. Não obstante, é de conhecimento popular que quem conta um conto acrescenta sempre um ponto.

Naquela manhã de sábado, escoltado pelo calor radiante que fazia abanar os demais corpos agitados, o rapaz sentia a leve brisa que emanava numa esplanada em Belém. Não tomava uma refeição desde as vinte e uma horas da noite anterior, e, como tal, o estômago fazia questão de emitir a luz amarelada da reserva através de um conhecido efeito sonoro. Posteriormente, a torrada servida era convidativa às gaivotas, que se adiantavam em busca de umas quantas migalhas que dali poderiam sobrar.

Na humildade da sua pessoa, o rapaz esperava a companhia de uma senhora cujo nome não é pertinente ser revelado neste momento. À medida que observava atentamente o horizonte na direção do Padrão dos Descobrimentos, o recibo da conta surgia acompanhado de um mísero rebuçado. A senhora não fazia cerimónia nesta sua demora, como se estivéssemos perante o dia “D” onde os amados juram adorar-se pela eternidade. Depois de folhear o jornal que comprou num quiosque ali perto, Armando deixou uma nota de cinco euros em cima da mesa onde tomara a refeição.

Durante horas a fio, o jovem passeou à beira do Tejo enquanto ouvia o burburinho habitual das pessoas que andavam por ali em busca de alegria e boa disposição. No entanto, o entardecer já estava prolongado, e daqui por uma hora ia ter início mais um jogo do Benfica. Ele era um adepto fervoroso de futebol, todavia, não compactuava com as cenas de pancadaria e escárnio que assumem forte protagonismo na relação entre os aficionados dos vários clubes. Após alguns minutos à procura do lugar onde havia deixado o carro, descobriu que tinha sido a largos metros de distância da esplanada onde esteve da parte da manhã.

Na mesma altura em que o rapaz estava atarefado a tentar remover a sua viatura do estacionamento sem embater nos carros que estavam localizadas em seu redor, Luísa descascava uma laranja a alguns quilómetros de distância. Luísa, a mãe do nosso protagonista, tinha somente um metro e meio, porém, esta medida representava uma mulher doce, de beleza irredutível e coragem desmedida. De facto, os múltiplos adjetivos de excelência não chegam para dignificar o estatuto de uma mulher que recebeu a educação do povo descendente da padeira de Aljubarrota. Luísa tomava o gosto ao sumo da laranja enquanto olhava para o relógio da cozinha, cujos ponteiros indicavam que a chegada do filho deveria estar para breve.

Nos dias em que eram transmitidos jogos de futebol, não existiam refeições muito elaboradas lá em casa. O rapaz, que nunca tinha grande apetite quando se confirmava o infortúnio da turma da Luz, optava sempre pela eficaz sanduíche de presunto quando fados mais alegres fixavam o resultado final. O jovem tentava dominar a arte sublime da cozinha, mas não se pode dizer que ostentava feitos propriamente valerosos. Embora nunca tenha sido muito esquisito a avaliar os atributos culinários de outras pessoas, é certo que ainda ia tendo as suas birras de petiz, e, nessas situações, Luísa resolvia a questão com o requinte de uma posta de tamboril confeccionada com uma batata cozida, o único “prato” que o filho detestava com quantas forças tinha.

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