Eca de Queiros - Romancistas Essenciais - Eça de Queirós

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Romancistas Essenciais - Eça de Queirós: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temosEça de Queirós, o único romancista português a conquistar fama internacional em sua época – atualmente o autor já foi traduzido para mais de 70 idiomas. Em seu tempo ele era polêmico por críticar as instituições nacionais, o clero e os costumes da classe média em saus obras. Seu romance O Crime do Padre Amaro foi o seu primeiro grande trabalho, um marco inicial do Realismo em Portugal.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– O Crime do Padre Amaro.
– O Primo Basílio.

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— Senhor secretário-geral, disse Natário curvando-se.

— Um criado de V. S.a. Sinto que não tome uma chávena de chá. E como vai o nosso chantre?

— S. Ex. a nestes últimos dias, segundo creio, tem tornado a sofrer de tonturas.

— Sinto. Uma negligência também! Grande latinista... Tenha cuidado com o degrau!...

Natário correu à Sé, com um passo nervoso, resmungando alto de cólera. Amaro passeava devagar no terraço, com as mãos atrás das costas: tinha as olheiras batidas e a face envelhecida.

— Então? disse ele, indo rapidamente ao encontro de Natário.

— Nada!

Amaro mordeu o beiço: e enquanto Natário lhe contava, excitado, a conversação com o secretário-geral, "e como argumentara com ele, e como o homem tagarelara, tagarelara", - a face do pároco cobria-se duma sombra desconsolada, e ia arrancando raivosamente, com a ponta do guarda-sol, a erva que crescia nas fendas do terraço.

— Um patarata! resumiu o padre Natário com um grande gesto. Pela autoridade não se faz nada. É escusado... Mas a questão agora é entre mim e o liberal, padre Amaro! Eu hei-de saber quem é, padre Amaro! E quem o esmaga sou eu, padre Amaro, sou eu!...

No entanto, João Eduardo desde o domingo triunfava; o artigo fizera escândalo: tinham-se vendido oitenta números avulsos do jornal, e o Agostinho afirmara-lhe que na botica da Praça a opinião era "que o liberal conhecia a padraria a fundo e tinha cabeça" ! _

— És um gênio, rapaz, disse o Agostinho. É trazer-me outro, é trazer-me outro!

João Eduardo gozava prodigiosamente "daquele falatório que ia pela cidade".

Relia então o artigo com uma deleitação paternal; se não receasse escandalizar a S. Joaneira, desejaria ir pelas lojas dizer bem alto: fui eu, eu é que o escrevi! - e já ruminava outro, mais terrível, que se deveria intitular: O diabo feito eremita, ou O sacerdócio de Leiria perante o século XIX!

O doutor Godinho encontrara-o na Praça, e parara com condescendência, para lhe dizer:

— A coisa tem feito barulho. Você é o diabo! E a piada ao Brito é bem jogada. Que eu não sabia... E diz que é bonita, a mulher do regedor...

— V. Ex.a não sabia?

— Não sabia, e saboreei. Você é o diabo! Eu fui que disse ao Agostinho que publicasse a coisa como um comunicado. Você compreende... Eu não me convém ter turras de mais com o clero... E depois lá minha esposa tem seus escrúpulos... Enfim, é melhor e é conveniente que as mulheres tenham religião... Mas no meu foro interior saboreei... Sobretudo a piada ao Brito. O patife fez-me uma guerra dos diabos na eleição passada... Ah! e outra coisa, o seu negócio arranja-se. Lá para o mês que vem tem o seu emprego no governo civil.

— Oh, senhor doutor, V. Ex.a....

— Qual história, você é um benemérito!

João Eduardo foi para o cartório, trêmulo de alegria. O Sr. Nunes Ferral saíra: o escrevente aparou devagar uma pena, começou a cópia duma procuração, - e de repente, agarrando o chapéu, correu à Rua da Misericórdia.

A S. Joaneira costurava só á janela: Amélia fora ao Morenal: e João Eduardo, logo da porta:

— Sabe, D. Augusta? Estive agora com o doutor Godinho. Diz que lá para o mês que vem tenho o meu emprego...

A S. Joaneira tirou a luneta, deixou cair as mãos no regaço:

— Que me diz?...

— É verdade, é verdade...

E o escrevente esfregava as palmas, com risinhos nervosos de júbilo.

— Que pechincha! exclamou. De modo que agora, se a Ameliazinha estiver de acordo...

— Ai! João Eduardo! fez a S. Joaneira com um grande suspiro, que me tira um peso do coração... Que tenho estado... Olhe, nem tenho dormido!...

João Eduardo pressentiu que ela ia falar do Comunicado. Foi pôr o chapéu numa cadeira ao canto; e voltando à janela, com as mãos nos bolsos:

— Então por quê, por quê?

— Aquela pouca-vergonha no Distrito! Que diz você? Aquela calúnia! Ai! tenho-me feito velha!

João Eduardo escrevera o artigo sob as solicitações do ciúme, só para "enterrar" o padre Amaro; não previra o desgosto das duas senhoras; e vendo agora a S. Joaneira com duas lágrimas no branco dos olhos, sentia-se quase arrependido. Disse ambiguamente:

— Eu li, é o diabo...

Mas aproveitando o sentimento da S. Joaneira para servir a sua paixão, acrescentou sentando-se, chegando a cadeira para ao pé dela:

— Eu nunca lhe quis falar disso, D. Augusta, mas... olhe que a Ameliazinha tratava o pároco com muita familiaridade... E pelas Gansosos, pelo Libaninho, mesmo sem quererem, a coisa ia-se sabendo, ia-se rosnando... Eu bem sei que ela, coitada, não via o mal, mas... a D. Augusta sabe o que é Leiria. Que línguas, hem!

A S. Joaneira então declarou que lhe ia falar como a um filho: o artigo afligira-a, sobretudo por causa dele, João Eduardo. Porque enfim ele podia acreditar também, desfazer o casamento, e que desgosto! E ela podia dizer-lhe como mulher de bem, como mãe, que não havia entre a pequena e o senhor pároco, nada, nada, nada! Era a rapariga que tinha aquele gênio comunicativo! E o pároco tinha boas palavras, sempre muito delicado... Que ela sempre o dissera, o Sr. padre Amaro tinha maneiras que tocavam o coração...

— Decerto, disse João Eduardo mordendo o bigode, com a cabeça baixa.

A S. Joaneira então pôs a mão de leve sobre o joelho do escrevente, e fitando-o:

— E olhe, não sei se me fica mal dizer-lho, mas a rapariga quer-lhe deveras, João Eduardo.

O coração do escrevente teve uma palpitação comovida.

— E eu! disse. A D. Augusta sabe a paixão que eu tenho por ela... E lá do artigo que me importa a mim?

Então a S. Joaneira limpou os olhos ao avental branco. Ai! era uma alegria para ela! Ela sempre o dissera, como rapaz de bem, não havia outro na cidade de Leiria! .

— Você sabe, quero-lhe como filho!

O escrevente enterneceu-se:

— Pois vamos a isso, e tapam-se as bocas do mundo... E erguendo- se, com uma solenidade engraçada:

— Sra. D. Augusta! Tenho a honra de lhe pedir a mão...

Ela riu-se, - e na sua alegria João Eduardo beijou-a na testa, filialmente.

— E fale à noite à Ameliazinha, disse ao sair. Eu venho amanhã, e felicidade não há-de faltar...

— Louvado seja Nosso Senhor, acrescentou a S. Joaneira retomando a sua costura, com um suspiro de muito alivio.

Apenas, nessa tarde, Amélia voltou do Morenal, a S. Joaneira, que estava pondo a mesa, disse-lhe:

— Esteve ai o João Eduardo...

— Ah!...

— Ai esteve a falar, coitado...

Amélia, calada, dobrava a sua manta de lã.

— Aí esteve a queixar-se, continuou a mãe.

— Mas de quê? perguntou ela muito vermelha.

— Ora de quê! Que se falava muito na cidade do artigo do Distrito; que se perguntava a quem aludia o periódico com as donzelas inexperientes, e que a resposta era: "Quem há-de ser? a Amélia da S. Joaneira, da Rua da Misericórdia!" O pobre João diz que tem andado tão desgostoso!... Não se atrevia, por delicadeza, a falar-te... Enfim...

— Mas que hei-de eu fazer, minha mãe? exclamou Amélia com os olhos subitamente cheios de lágrimas, àquelas palavras que caíam sobre os seus tormentos como gotas de vinagre sobre feridas.

— Eu digo-te isto para seu governo. Faz o que quiseres, filha. Eu bem sei que são calúnias! Mas tu sabes o que são línguas do mundo... O que te posso dizer é que o rapaz não acreditou no periódico. Que era isso que me dava cuidado!... Credo! tirou-me o sono... Mas não, diz que não lhe importa o artigo, que te quer da mesma maneira, e está a arder por que se faça o casamento... E eu por mim o que fazia, para calar toda essa gente, era casar-me já. Eu bem sei que tu não morres por ele, bem sei. Deixa lá! Isso vem depois. O João é bom rapaz, vai ter o emprego...

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