Joaquim Manuel de Macedo - Romancistas Essenciais - Joaquim Manuel de Macedo

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Romancistas Essenciais - Joaquim Manuel de Macedo: краткое содержание, описание и аннотация

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Na coleção Romancistas Essenciais o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos Joaquim Manuel de Macedo,médico e escritor brasileiro. No mesmo ano em que se formou em medicina, Macedo estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna imediata. Sua obra é extensa e fez grande sucesso na época. Sua grande importância literária está no fato de ser considerado um dos fundadores do romance no Brasil e, certamente, um dos principais responsáveis pela criação do teatro no Brasil.
Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Essa obra inclui:
– A Moreninha.
– O Moço Loiro.

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— Fabrício! Não convêm tais amores ao jovem de letras e de espírito. O estudante deve considerar o amor como um excitante que desperte e ateie as faculdades de sua alma: pode mesmo amar uma moça feia e estúpida, contanto que sua imaginação lha represente bela e espirituosa. Em amor a imaginação é tudo: é ardendo em chamas, é elevado nas asas de seus delírios que o mancebo se faz poeta por amor.

Eu então te respondia:

— Mas quando as chamas se apagam, e as asas dos delírios se desfazem, o poeta não tem, como eu, nem quitutes nem empadas.

E tu me tornavas:

— E porque ainda não experimentaste o que nos prepara o que se chama amor platônico, paixão romântica! Ainda não sentiste como é belo derramar-se a alma toda inteira de um jovem na carta abrasadora que escreve à sua adorada, e receber de troco uma alma de moça, derramada toda inteira em suas letras, que tantas mil vezes se beijam.

Ora, esses derramamentos de alma bastante me assustavam; porque eu me lembro que em patologia se trata mui seriamente dos derramamentos.

Mas tu prosseguias:

— E depois, como é sublime deitar-se o estudante no solitário leito e ver-se acompanhado pela imagem da bela que lhe vela no pensamento, ou despertar ao momento de ver-se em sonhos sorvendo-lhe nos lábios voluptuosos beijos!

A inda estes argumentos não me convenciam suficientemente, porque eu pensava: 1.° que essa imagem que vela no pensamento não será a melhor companhia possível para um estudante, principalmente quando ela lhe velasse na véspera de alguma sabatina; 2.° porque eu sempre acho muito mais apreciável sorver os beijos voluptuosos por entre postigos de uma janela, do que sorvê-los em sonhos e acordar com água na boca: beijos por beijos, antes os reais que os sonhados.

Além disto, no teu sistema nunca se fala em empadas, doces, petiscos etc; no meu eles aparecem e tu, apesar de romântico, nunca viraste as costas nem fizeste ma cara a esses despojos de minhas batalhas.

Mas, enfim, maldita curiosidade de rapaz!... Eu quis experimentar o amor platônico, e dirigindo-me certa noite ao teatro São Pedro de Alcântara, disse entre mim: esta noite hei de entabular um namoro romântico.

Entabulei-o, sr. Augusto de uma figa!... Entabulei-o, e quer saber como?... Saí fora do meu elemento e espichei-me completamente. Estou em apuros.

Eis o caso:

Nessa noite fui para a superior; eu ia entabular um namoro romântico; não podia ser de outro modo. Para ser tudo à romântica consegui entrar antes de todos; fui o primeiro a sentar-me quando ainda o lustre monstro não estava aceso; vi--o descer e subir depois, ornado e brilhante de luzes, vi se irem enchendo os camarotes; finalmente eu, que tinha estado no vácuo, achei-me no mundo: o teatro estava cheio. Consultei com meus botões como devia principiar, concluí que, para portar-me romanticamente, deveria namorar alguma moça que estivesse na quarta ordem. Levantei os olhos, vi uma que olhava para o meu lado, e então pensei comigo mesmo: seja aquela!... Não sei se é bonita ou fria, mas que importa? Um romântico não cura dessas futilidades. Tirei, pois, da casaca o meu lenço branco, para fingir que enxugava o suor, para abanar-me e enfim para fazer todas essas macaquices que eu ainda ignorava que estavam condenadas pelo Romantismo. Porém, oh infortúnio!... Quando de novo olhei para o camarote, a moça tinha-se voltado completamente para a tribuna; tossi, tomei tabaco, assoei-me, espirrei e a pequena... nem caso; parecia que o negócio com ela não era. Começou a ouverture e nada; levantou-se o pano, e ela voltou os olhos para a cena, sem olhar para o meu lado. Representou-se o 1º ato... Tempo perdido. Veio o pano finalmente abaixo.

— Agora sim, começará o nosso telégrafo a trabalhar, disse eu comigo mesmo, erguendo-me para tornar-me mais saliente.

Porém, nova desgraça! Mal me tinha levantado, quando a moça ergueu-se por sua vez e retirou-se para dentro do camarote, sem dizer por que, nem por que não.

— Isto só pelo diabo!... exclamei eu involuntariamente, batendo o pé com toda a força.

— O senhor está doido?! disse-me... gemendo e fazendo uma careta horrível, o meu companheiro da esquerda.

— Não tenho que lhe dar satisfações, respondi-lhe amuado.

Tem, sim senhor, retorquiu-me o sujeito, empinando-se.

Pois que lhe fiz eu então? acudi, alterando-me.

— Acaba de pisar-me, com a maior força, no melhor calo do meu pé direito.

— Oh! senhor... queira perdoar!...

E dando mil desculpas ao homem, saí do teatro, pensando no meu amor.

Confesso que deveria ter notado que a minha paixão começava debaixo de maus auspícios, mas a minha má fortuna ou, melhor, os teus maus conselhos me empurravam para diante com força de gigante.

Sem pensar no que fazia, subi para os camarotes e fui dar comigo no corredor da quarta ordem; passei junto do camarote de minhas atenções: era o nº 3 (número simbólico, cabalístico e fatal! repara que em tudo segui o Romantismo). A porta estava cerrada; fui ao fim do corredor e voltei de novo; um pensamento esquisito e singular acabava de me brilhar na mente, e abracei-me com ele.

Eu tinha visto junto à porta nº 3 um moleque com todas as aparências de ser belíssimo cravo da Índia. Ora, lembrava-me que nesse camarote a minha querida era a única que se achava vestida de branco e, pois, eu podia muito bem mandar--lhe um recado pelo qual me fizesse conhecido. E assim avancei para o moleque.

Ah! maldito crioulo... estava-lhe o todo dizendo o para que servia!... Pinta na tua imaginação, Augusto, um crioulo de dezesseis anos, todo vestido de branco com uma cara mais negra e mais lustrosa do que um botim envernizado, tendo, além disso, dois olhos belos, grandes, vivíssimos e cuja esclerótica era branca como o papel em que te escrevo, com lábios grossos e de nácar, ocultando duas ordens de finos e claros dentes, que fariam inveja a uma baiana; dá-lhe a ligeireza, a inquietação e rapidez de movimentos de um macaco e terás frito idéia desse diabo de azeviche, que se chama Tobias.

Não me foi preciso chamá-lo: bastou um movimento de olhos para que o Tobias viesse a mim, rindo-se desavergonhadamente. Levei-o para um canto.

— Tu pertences aquelas senhoras que estão no camarote, a cuja porta te encostavas?...perguntei.

— Sim, senhor, me respondeu ele, e elas moram na rua de... n° ... ao lado esquerdo de quem vai para cima.

E quem são?...

— São duas filhas de uma senhora viúva, que também aí está, e que se chama a Ilma. Sra. d. Luíza. O meu defunto senhor era negociante e o pai de minha senhora é padre.

— Como se chama a senhora que está vestida de branco?

— A sra. d. Joana... tem dezessete anos, e morre por casar.

— Quem te disse isso?...

— Pelos olhos se conhece quem tem lombrigas, meu senhor!...

— Como te chamas?

— Tobias, escravo de meu senhor, crioulo de qualidade,fiel como um cão e vivo como um gato.

O maldito do crioulo era um clássico a falar português. Eu continuei:

— Hás de me levar um recado à sra. d. Joana.

— Pronto, lesto e agudo, respondeu-me o moleque.

— Pois toma sentido.

— Não precisa dizer duas vezes.

Ouve. Das duas uma: ou poderás falar com ela hoje, ou só amanhã...

— Hoje... agora mesmo. Nestas coisas Tobias não cochila: com licença de meu senhor, eu cá sou doutor nisto; meus parceiros me chamam orelha de cesto, pé de coelho e boca de taramela. Vá dizendo o que quiser, que em menos de dez minutos minha senhora saberá tudo; o recado de meu senhor é uma carambola que, batendo no meu ouvido vai logo bater no da senhora d. Joaninha.

— Pois dize-lhe que o moço que se sentar na última cadeira da 4ª coluna da superior, que assoar-se com uni lenço de seda verde, quando ela para ele olhar, se acha loucamente apaixonado de sua beleza etc., etc., etc.

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