A ÚLTIMA GAROTA SOLTEIRA
BRIA QUILAN
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A última garota solteira
Direitos autorais © 2012 por Bria Quinlan
Tradução: Elaine Lima
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Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são o produto da imaginação da autora ou são usados de forma fictícia. A autora reconhece o status de marca registrada e os proprietários de marcas de vários produtos referenciados nesta obra de ficção, que foram utilizados sem permissão. A publicação/uso dessas marcas não é autorizada, associada ou patrocinada pelos proprietários das marcas.
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1 UM
VERDADES SOBRE NAMOROS # 1: É justo quando você está confortável e feliz com seu grupo de amigas solteiras, que o desastre aparece.
— Jonathan é tudo o que eu sempre quis em um cara. — Angie girou o palito de azeitona em torno do seu martíni. — Nem posso acreditar que meu irmão nunca o levou lá em casa antes. Quero dizer, eles são melhores amigos desde a faculdade.
Ela disse isso como se ele tivesse cursado a faculdade há décadas, em vez de apenas alguns anos atrás. Eu não pude deixar de me perguntar se talvez saber que sua irmã roubaria seu melhor amigo fosse o motivo dele nunca ter levado Jonathan para casa dos pais. Ele estava escondendo o pobre rapaz, Caving provavelmente achou que perderia o amigo para sempre.
— Uau! — Claire sorriu e aquilo me deixou nervosa.
Não que ela não gostasse de Angie, mas o senso de humor de Claire era como uma navalha, mesmo sendo certeiro. Ela tinha o guarda-roupa de Carrie Bradshaw e a esperteza de Dorothy Parker. Seus comentários sempre pareciam surgir do nada, como um resfriado de verão. Um dia você está na praia, então… bam! Você está na cama doente. Ela meio que me assustava.
— Ir visitar os pais parece ser a melhor maneira de encontrar um cara — continuou Claire, antes de uma pausa dramática. — Eu voltei com Marcus.
— Sério? — Becca empurrou sua bebida para fora do caminho. — Como isso aconteceu?
Como era de se esperar, eu estava boiando. — Quem é Marcus?
Claire acenou para a garçonete e apontou para sua bebida pela metade, sem se preocupar em olhar na minha direção. — Eu sempre esqueço que você não estava por perto nessa época.
A verdade é que eu perdi muitas coisas pois não costumava andar com essas mulheres.
No outono passado, eu tinha um grupo adorável de amigas. Assim como qualquer grupo, você tem o seu círculo íntimo de amigos, que interage vagamente com os círculos externos. Como um diagrama de Venn de relacionamentos. Uma pequena vida confortável com muitos amigos por perto.
Até os primeiros noivados… depois os casamentos… depois vinham as casas nos subúrbios. A próxima coisa que você percebe é que todos no seu círculo íntimo estão casados e você está lá… largada, enquanto interage com uma mistura de círculos mais soltos e menos coesos, embora ainda fossem um pequeno grupo agradável. A vida era boa.
Até chegar a semana de Ação de Graças.
— Marcus e eu crescemos juntos, mas não começamos a namorar até o último ano da faculdade. Quando nos formamos, ele voltou para assumir a construtora da família e eu me mudei para cá para fazer publicidade. Você conseguiria me imaginar morando na Grande Comunidade Rural Americana?
Não, eu realmente não conseguiria. Claire se recusava a deixar qualquer pessoa sem status de celebridade local tocar em seu cabelo ou pele. Apenas para fazer manutenção em um salão de beleza ela teria que fazer viagens mensais de quatro horas.
— Mas quando o vi no jogo de futebol na quinta-feira, foi como se nunca tivéssemos nos separado e… bem, vamos apenas dizer que tudo voltou aos trilhos.
Ela parecia tão feliz… nem um pouco como a Claire que eu conheço. Eu não tive coragem de perguntar como o relacionamento daria certo desta vez.
— Eu não posso acreditar que vocês ficaram no fim de semana, porque… — Becca arrastou a palavra e eu sabia o que estava por vir. — Eu conheci o cara mais legal do mundo no avião. Ele é advogado em Nova York. Sentamos um ao lado do outro. Nunca fiquei tão feliz por ficar presa na pista por três horas. Ele mudou o voo dele, então fizemos parte de nosso retorno juntos também e… — Becca respirou fundo antes de terminar em um só fôlego — ele está vindo para cá para o Ano Novo!
Recostei enquanto ouvia os comentários delas sobre seus caras novos… e reciclados, sobre suas viagens, o ano novo e como o feriado seria ótimo.
— Sabe o que devíamos fazer? Se estão todos vindo para cá, deveríamos mudar nossa reserva de Ano Novo.
Espere! O quê? Não!
— Vamos apenas adicioná-los à nossa mesa.
— Mas eu pensei que estava tudo esgotado. — Tentei manter o desespero longe da minha voz. Tínhamos planejado tudo há meses. As garotas solteiras se divertindo à noite. Nenhum casal nos fazendo sentir deslocadas na segunda maior noite romântica do ano.
— Vou ligar para o meu agente de viagens agora mesmo. Tenho certeza que ele pode nos arranjar algo. — Claire estava falando no celular antes que eu pudesse dizer “noite das garotas”. — Oi, lindão. É a Claire. Preciso de um favor. — Ela soltou aquela risada de não-tem-graça-mas-preciso-de-algo antes de abrir um sorriso para nossa mesa. — Oh, você é um doce… eu sei, não é? Preciso de uma ajudinha com nossa mesa para a festa do Assassinato com Gelo… Eu sei, não é? Vou ficar fabulosa com meu vestido de melindrosa. Uma festa com toda a badalação dos anos 20 e ainda com assassinatos misteriosos é genial.
Angie e Becca empurraram suas bebidas de lado para se inclinar, tentando ouvir a conversa por cima do barulho crescente da multidão do bar.
— Bem, nós gostaríamos de ter mais algumas pessoas sentadas conosco. Existe alguma maneira de encaixá-los? … Aham… Sim… Com certeza. Posso garantir que você entre na lista para essa vaga… Claro. Bem, precisamos de mais três.
— Espere! — Angie acenou com a mão na frente de Clair. — E quanto a Sarah?
Todos se viraram em minha direção e fiquei tentada a dizer que estava noiva e me casaria na véspera de Ano Novo, e se elas e seus recém-encontrados paqueras estavam livres no dia.
— Ah. Sarah, você conheceu alguém também? — Desde o início dos tempos, também conhecido como casamento de Julie há quatro anos, o santo de Claire não bateu com o meu. Sua natureza competitiva parecia triplicar na minha presença. Só que eu realmente não fazia ideia pelo que estávamos competindo, então só tentava ficar fora do caminho dela.
Eu pensei em mentir, mas sabia que fingir que tinha um namorado resultaria em todos os tipos de armadilhas sociais que eu não poderia evitar. Além disso, eu tinha assistido Muito Bem Acompanhada. Aquele era um caminho que eu não queria trilhar.
— Não, não exatamente. — Eu arrastei o exatamente esperando que elas pensassem que tinha algo que eu não queria contar… como se talvez houvesse um cara que eu estava escondendo delas. Um cara incrivelmente gostoso que possuía uma pequena ilha particular escondida na costa de um certo país rico. Obviamente, não podia falar sobre ele por razões de segurança.
— Melhor reservar quatro — sussurrou Angie. — Tenho certeza de que Sarah não terá problemas em arranjar um acompanhante.
Claire ergueu uma sobrancelha para mim como se ela não apenas soubesse o quão improvável seria aquilo, mas esperava que eu a apoiasse nisso.
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