Brian Quinlan - A Última Garota Solteira

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Depois que Sarah assegura as amigas que levará um acompanhante para a festa de Ano Novo, ela tem apenas um mês para encontrar o Sr. Perfeito. Será que um encontro ruim após o outro vai convencê-la a desistir do plano ou o cara perfeito pode estar escondido bem debaixo do nariz dela?
Arranjar um acompanhante para a grande festa em quatro semanas quando pensei que poderia ir sozinha? Desafio aceito. Agora, preciso encontrar um cara bonitão e interessante disposto a ir para uma festa de gala a caráter. De última hora. Alguém que ainda não tenha planos para a noite de encontro mais movimentada do ano. Mas, até agora, a melhor parte da busca pelo acompanhante ideal era a cafeteria fofa que encontrei e o dono nerd que continua me resgatando desses encontros loucos que arranjo no eLove.com
Imagina, tudo isso deve ser fácil! Afinal, a internet é o lar de todas as suas esperanças e necessidades, certo? Alerta de spoiler: Não, não é. Entre um bromance e um pai solteiro louco que precisa contratar uma babá e governanta, e não uma namorada, estou ficando sem opções. Se ao menos um certo cara fofo não falasse ao telefone com uma tal de “querida” todos os dias. Quanto mais bizarra as coisas ficam, mais eu penso que deixar tudo para lá ir sozinha seria algo do tipo… sou uma Mulher Independente e bla bla bla. Esqueça o fato que meu coração continua me trazendo de volta para uma certa cafeteria mesmo quando eu não preciso estar lá... Quero dizer, meu coração nem sempre consegue o que quer, não é?

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— Uau, você contratou uma babá? — Isso significaria deixar Dahlia fora de sua linha de visão por um tempo.

— Hum… Bem, sim. — Jane fez um pequeno ruído de tosse.

— O que foi isso?

— Eu disse… ela vai ficar de babá na sala dos fundos.

— Jane, se eu não te amasse, não me importaria em dizer que só falta uma capa da Revista TIME para você ser aquela mãe.

Ela riu, o que era bom. Mesmo construindo vidas diferentes, ainda entendíamos uma a outra.

— Sarah, ela tem quatro meses, não quatro anos. Mas estou melhorando. Eu deixei a mãe do Matt levá-la outro dia e nem mesmo liguei para checar… mesmo quando ela atrasou por dez minutos. Tenho certeza de que ela isso fez de propósito, você sabe que aquela mulher não gosta de mim.

Viu? Exatamente isso. Um dos motivos pelo qual era melhor ser solteira.

Sogras.

— Acho que vou tentar o Plano A primeiro.

— Você só tem quatro semanas até a noite de Ano Novo. Como você vai conseguir… Dahlia! Não. Não beba isso. Isso é shampoo. Eca!

Eu ri quando o barulho de água ficou mais alto. Se fosse logo no início, quando Jane teve o bebê, a essa altura teríamos desligado e esperaríamos para conversar mais tarde. Mas nos últimos meses, aprendemos que era melhor deixar rolar.

— Me desculpe por isso. Então, o plano?

— Vou escolher os cinco melhores caras na primeira semana. Vou passar a segunda semana conhecendo-os. Então, alguns dias antes e depois do Natal, irei em alguns encontros e verei o que acontece. O que me dará um espaço pequeno de tempo antes da véspera Ano Novo.

Tudo que recebi como resposta foi silêncio. Até o barulho de água havia parado magicamente.

— Bem, veja o que você acha das minhas alterações. Além disso, espero que você me envie seu nome de usuário e senha para que eu possa checar esses caras. — Jane respirou fundo. Eu podia imaginá-la criando coragem para dizer algo. — Você sabe que não importa se você está namorando alguém ou não. Era para ser uma noite das garotas, se elas estragaram tudo, não é culpa sua.

Eu não deveria ter precisado tanto ouvir isso, mas mesmo assim…

— Obrigada, de verdade… obrigada.

— Não esqueça seu nome de usuário e senha!

— Contanto que você não vá se passar por mim.

— Eu não prometo nada.

Claro que ela não prometeria.

1 TRÊS

Médico do Centro: Eu trabalho em um grande hospital no centro da cidade. O trabalho demanda muito do meu tempo, mas procuro alguém com quem compartilhar os momentos livres. Alguém que goste de museus, filmes, música e uma boa refeição. Eu adoraria encontrar uma mulher independente, mas que me deixe mimá-la um pouco.

O Médico do Centro, ou Trey, estava marcado para me encontrar às 13h30. Estávamos trocando e-mails quase desde o começo. Obviamente, ele me ganhou ao citar museu, mas eu estava ansiosa para ver se sentiria aquela faísca. Pelo perfil dele, ele era exatamente o meu tipo: Alto, bonito, bem-sucedido. Ele entendia que ter uma carreira não era apenas uma ocupação, mas uma paixão.

Por ordem de Jane, iríamos nos encontrar em um local neutro, uma cafeteria que eu tinha encontrado online.

A cafeteria ficava a cerca de meio quarteirão da estação trem, escondido em uma rua lateral. Ao vê-la, eu perdi o fôlego. Era a cafeteria mais mágica que eu já vi.

Era como se alguém tivesse transportado uma cabana irlandesa e a colocado entre as paredes de pedra mais altas do bairro. Persianas verdes se estendiam em torno das janelas de molduras pretas, e lâmpadas de gás cintilavam em cada lado da entrada.

Imagine o lugar perfeito para um encontro romântico.

Eu empurrei a pesada porta de carvalho e paralisei, surpresa ao ver o interior que combinava com o lado de fora. Em vez daquelas cadeiras de madeira feias compradas na IKEA e mesas estéreis de metal e madeira, aconchegantes cadeiras com combinações diferentes estavam aninhadas sob mesas de carvalho de diferentes tamanhos e formas. No final do salão, uma lareira crepitava, emoldurada por estantes do chão ao teto. Várias poltronas e uma mesa de café de aparência rústica foram postas nos cantos ao lado da lareira.

Mas a melhor parte eram as pinturas.

Uma coleção obviamente bem pensada agraciava uma parede, mas a exposição em si precisava de alguns ajustes

Todas as informações certas estavam lá, mas a iluminação estava ruim e as placas de informações mal colocadas. As obras nunca venderiam assim, não importa quão talentoso o artista fosse.

— Você gostou? — ressoou uma voz profunda atrás de mim, não esperava uma voz daquela em um cenário tão peculiar.

Esperava que fosse Trey, porque não havia nenhuma maneira de que nada menos do que gostoso fosse conectado a uma voz como aquela. Eu me virei, esperando ver um perfeitamente elegante,1,80m, gostosão executivo. Não foi isso que encontrei e estava seriamente começando a questionar as capacidades do mecanismo de busca da eLove e os perfis dos homens.

Ele não era gostosão e nem era muito alto. Ele definitivamente não era elegante. Para ser justa, ele era mais alto do que os meus 1,75m, mas eu gosto dos meus homens imponentes. Eu acho que ele era bonito de uma maneira simpática. Magro com ombros largos, do jeito que eu gostava que os meus homens fossem. Mas o cabelo dele… o cabelo dele me fez querer penteá-lo: longo demais para domar, curto demais para ficar assentado.

É melhor que não seja o Trey.

— O artista obviamente tem muita habilidade. Eu gosto da série. Naves de Catedrais? Poucas pessoas pensariam em pintar um detalhe tão pequeno de um espaço tão grande.

— Eu sei, foi isso o que me atraiu. Passa uma sensação de… segurança, não é? — Ele olhou para as pinturas um pouco mais antes de virar os olhos castanhos calorosos para mim. — Eu sou John.

Apertei a mão dele, tentando ser educada enquanto tentava me acomodar. Suspeitava que ficar tão perto assim de um cara qualquer enquanto seu encontro ainda não tinha chegado não era a melhor primeira impressão.

— Sarah.

— Bem-vinda ao Coffeesão, Sarah. Primeira vez aqui?

— Hum, sim. — Parecia estranho compartilhar isso com alguém, especialmente alguém que eu não conhecia.

— Ótimo. Comprei o lugar há quatro meses, ainda estou conhecendo os clientes frequentes. Posso te trazer alguma coisa?

Ah! O dono. Menos estranho, então.

— Estou esperando alguém, mas claro. — Eu o segui até o balcão e olhei o menu. Foi estranhamente reconfortante ver que tinha tamanhos pequenos, médios e grandes. Eu não era fã de adivinhação de café. Depois de pedir um chá chai médio, voltei para a parede de arte.

O Lugar estava tranquilo, apenas um senhor mais velho sentado no canto lendo um jornal. Eu sabia que aquilo não poderia ser bom para os negócios, mas era perfeito para mim.

— Você realmente parece gostar da galeria.

— Exibição, ou mostra. Ou até mesmo exposição.

— Desculpa, mas… o que?

— Isso aqui é o que você chama de exibição, não uma galeria. Galeria já é outra coisa.

— Ah… — John sorriu de uma forma engraçada. Ele parecia mais confuso por eu corrigi-lo do que pela palavra.

— Desculpa, é que… trabalho em um museu. Isso é parte do que eu faço.

Eu não disse a ele o quão mal planejada sua exibição era.

— Deve ser um trabalho muito interessante. É a primeira vez que coloco algo nas paredes. Quero dizer, além das terríveis imagens que estavam aqui antes. Estou tentando atrair mais clientela.

— Eu prefiro assim. — A voz veio do outro lado do salão. — Agradável e silencioso.

— Esse é o Ernest — explicou John, depois baixou a voz. — Não se importe com ele. Seu passatempo é ser mal-humorado.

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