Victor Hugo - Os Miseráveis

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Os Miseráveis é um romance de Victor Hugo publicado em 1862 que deu origem a muitas adaptações, no cinema e muitas outras mídias. Neste romance emblemático da literatura francesa que descreve a vida das pessoas pobres em Paris e na França provincial do século XIX, o autor se concentra mais particularmente no destino do condenado Jean Valjean.
O romance expõe a filosofia política de Hugo, retratando a desigualdade social e a miséria decorrente, e, por outro lado, o empreendedorismo e o trabalho desempenhando uma função benéfica para o indivíduo e para a sociedade. Retrata também o conflito na relação com o Estado, seja pela ação arbitrária do policial ou pela atitude do revolucionário obcecado pela justiça.

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Por fins de 1815, viera estabelecer-se na cidade um homem, um desconhecido, a quem ocorreu a ideia de substituir neste fabrico, a resina pela goma laca e, para os braceletes em particular, as correntes apenas juntas em vez de soldadas.

Esta, se bem que, na aparência, pequena mudança, tinha sido contudo uma revolução, porque, com efeito, reduzira espantosamente o preço da matéria-prima, o que permitia: primeiro, elevar o preço da mão de obra, benefício para a localidade; em segundo lugar, melhorar o fabrico, o que era uma vantagem para o consumidor; e em terceiro, vender por melhor preço, triplicando os lucros, benefício para o industrial. Deste modo uma só ideia tivera três resultados.

Em menos de três anos, o autor deste processo enriquecera, o que foi uma coisa boa, enriquecendo também todos em torno de si, o que ainda foi melhor. Aquele homem era estranho ao departamento; da sua origem nada se sabia, dos seus princípios muito menos. Contava-se que viera para a cidade com muito pouco dinheiro, algumas centenas de francos, quando muito. Fora deste pequeno capital, posto ao serviço duma ideia engenhosa, fecundada pela boa ordem e pela inteligência, que ele fizera surgir a sua fortuna e a de toda aquela terra. Quando chegou a Montreuil-sur-mer, não tinha mais do que o fato que levava no corpo; o seu aspeto e linguagem eram apenas os de um simples operário. Parece que no mesmo dia em que entrava obscuramente na pequena cidade de Montreuil-sur-mer, no fim da tarde de um dia de dezembro, com uma mochila às costas e um cajado na mão, se manifestara um grande incêndio na casa do concelho municipal, do qual tinha salvo, com risco da própria vida, duas crianças, filhas do capitão da gendarmeria, o que deu causa a que não lhe exigissem o passaporte. Desde essa ocasião, ficara-se, porém, a saber o seu nome. Era o senhor Madelaine.

II — Madelaine

A seu respeito só se podia dizer que era um homem de cinquenta anos, pouco mais ou menos, bondoso, parecendo sempre preocupado.

Graças aos rápidos processos da indústria que ele tão admiravelmente reformara, Montreuil-sur-mer tornara-se um considerável centro de comércio. A Espanha que consome muito azeviche, fazia todos os anos grandes encomendas. Neste ramo de comércio, Montreuil-sur-mer fazia concorrência a Londres e a Berlim. Eram tais os lucros do senhor Madelaine, que logo no segundo ano pudera construir uma grande fábrica, em que havia duas vastas oficinas, uma para homens, outra para mulheres. Quem tivesse fome, podia aí apresentar-se, que tinha de antemão a certeza de encontrar trabalho e pão.

O senhor Madelaine exigia boa vontade dos homens, pureza de costumes das mulheres, e probidade de todos. Para mais facilmente conseguir todas estas coisas, dividira as oficinas, para que, separados os dois sexos, as mulheres e as raparigas não viessem a perverter-se com o contacto dos homens, nem estes a deixarem-se arrastar de vergonhosos desvairamentos por aquelas. Neste ponto era inflexível. Era esta a única coisa para a qual se tornava de alguma maneira intolerante, empregando para conter o mal tanta maior severidade, quanto mais frequentes eram na terra as ocasiões de corrupção, por Montreuil-sur-mer ser uma cidade com guarnição militar De resto, a sua vinda tinha sido um benefício e a sua presença era uma providência. Antes da chegada do senhor Madelaine, tudo naquela terra jazia num estado de desalentada languidez; depois todos passaram a viver a vida sã do trabalho, aquecia tudo e penetrava em toda a parte o movimento duma forte circulação. Tanto a falta de trabalho como a miséria eram ali desconhecidos. Não havia bolsa, por mais mesquinha que fosse, em que não se encontrasse algum dinheiro, nem casa tão pobre que não penetrasse um quente raio de alegria. O senhor Madelaine empregava toda a gente, fazendo uma única exigência: «Seja homem de bem! Seja mulher honesta!»

Como já dissemos, no meio desta atividade, de que era a causa e o eixo, fazia o senhor Madelaine a sua fortuna; mas, coisa assaz singular num simples homem de comércio, não mostrava ser esse o seu principal cuidado. Parecia que cuidava muito nos outros e pouco em si. Em 1820 sabia-se que tinha seiscentos e trinta mil francos, depositados em seu nome na casa Laffite; antes, porém, de reservar para si esses seiscentos e trinta mil francos, tinha gasto mais de um milhão em favor da cidade e dos pobres.

O hospital estava mal dotado; o senhor Madelaine mandou estabelecer mais dez camas. Montreuil-sur-mer era dividida em cidade alta e cidade baixa A cidade baixa, onde ele morava, tinha apenas uma escola, velho pardieiro quase em ruínas: fundou duas, uma para meninas e outra para rapazes, dando aos professores, do seu bolso, o dobro do magro ordenado oficial que recebiam, dizendo um dia a alguém que se admirava de que ele fizesse estas despesas: «Os primeiros funcionários do Estado são as amas de leite e os professores de instrução primária». Criara a expensas suas uma casa de asilo, coisa então quase desconhecida em França, e uma caixa de socorros para os operários velhos e enfermos.

Como a sua fábrica se tornasse um centro, surgiu rapidamente em torno dela um novo bairro, onde morava um grande número de famílias indigentes e onde estabeleceu uma farmácia gratuita.

Ao princípio, quando o viram começar os alicerces da sua fortuna, as boas almas disseram: «É um atrevido que quer enriquecer». Quando o viram enriquecer a terra onde estava, antes de se enriquecer a si próprio, disseram ainda as mesmas boas almas: «É um ambicioso». Isto parecia tanto mais provável, por ele ser religioso e até certo ponto zeloso nas práticas externas, coisa muito bem vista naquela época. Ia regularmente ouvir uma missa rezada todos os domingos.

O deputado local, que por toda a parte farejava concorrência, não tardou a inquietar-se com a sua religião. Este deputado, que tinha sido membro do conselho geral, participava das ideias religiosas de um padre da Congregação do Oratório, conhecido sob o nome de Fouché, duque de Otranto, de quem fora amigo íntimo. No fundo da sua consciência, ria-se de Deus e das coisas sagradas. Mas quando viu o rico industrial Madelaine ir à missa rezada das sete horas, entreviu a possibilidade de um candidato e resolveu ultrapassá-lo em zelo, tomando um jesuíta para confessor e nunca faltando à missa cantada e a vésperas.

Naquele tempo, a ambição era, na verdadeira aceção da palavra, o caminho do campanário. Foi proveito dos pobres, tanto como de Deus, aquele terror, porque o respeitável deputado dotou o hospital com mais duas camas, o que fez subir o seu número a doze.

Todavia, em 1819, espalhou-se um dia na cidade o boato de que, por proposta do senhor prefeito e em consideração aos serviços prestados àquela localidade pelo senhor Madelaine, ia este ser nomeado pelo rei, maire de Montreuil-sur-mer. Os que à sua chegada o tinham apodado de «ambicioso», aproveitaram com entusiasmo esta ocasião, que todos desejam, para exclamar: «Aí está! Que tínhamos nós dito?» Em Montreuil-sur-mer não se falava noutra coisa e o boato tinha fundamento. Passados alguns dias apareceu o decreto da nomeação no Monitor e, no dia seguinte, o senhor Madelaine declarou que não aceitava.

Nesse mesmo ano de 1819, figuravam na exposição industrial os produtos do novo sistema inventado por Madelaine, o que fez em vista do relatório do júri, com que o rei o nomeasse cavaleiro da Legião de Honra. Novo rumor na pequena cidade: «Está visto, o que ele queria era a cruz!» Porém, o senhor Madelaine recusou a venera.

Decididamente aquele homem era um enigma, mas as boas almas, não o podendo decifrar, saíam do embaraço em que se viam, dizendo: «Afinal de contas, não passa de um aventureiro».

Como já se viu, a localidade devia-lhe muito e os pobres deviam-lhe tudo; Madelaine era tão útil, que fora indispensável que acabassem por lhe render o respeito que lhe era devido, era tão bondoso, que tinha sido impossível deixarem de lhe querer bem; os seus operários, especialmente, adoravam-no, adoração que ele recebia com uma espécie de gravidade melancólica.

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